João Moreira de Campos: "Pobreza: ano novo, o flagelo de sempre"

Na mensagem que dirigiu ao país a propósito do início do novo ano, o Presidente da República voltou a alertar para a premência da redução da pobreza, à semelhança do que havia ocorrido em ocasiões anteriores. Católico confesso, Marcelo Rebelo de Sousa deu eco às palavras do Papa Francisco que, em meados do mês de novembro, apelou aos cristãos para que não ignorassem quem enfrenta o flagelo da pobreza. Flagelo este cujo retrato nacional seria publicado alguns dias depois, aquando da divulgação dos resultados anuais do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento.

Os resultados do referido inquérito revelaram que, em 2023, cerca de 1 milhão e 761 mil residentes em Portugal auferiram rendimentos inferiores a 60% da mediana, no caso, 12.646 euros. Em termos relativos, estima-se que 16,6% da população estava em risco de pobreza, o que significa um decréscimo de 0,4 pontos percentuais face ao período homólogo. Ainda que tal percentagem continue a ser elevada, é possível observar uma aproximação ao valor respeitante a 2019 (16,2%), o mais baixo desde que o indicador em apreço começou a ser calculado, na década de 1990.

Artigo completo disponível no jornal  Económico.