Carmo Themudo: "Aprender servindo ou servir para aprender?"
São cada vez mais as universidades em Portugal que estão a usar a metodologia Aprendizagem-Serviço nas suas unidades curriculares ou extracurriculares. A Universidade Católica não é exceção. Esta metodologia tem por base a aprendizagem dos conceitos teóricos da disciplina num contexto de serviço social.
O estudante desenvolve conhecimentos e competências através da vivência e intervenção numa organização, promovendo uma compreensão mais profunda do seu curso, da sua profissão e até mesmo da sua cidadania. Com várias reflexões e avaliações requeridas pela metodologia e envolvendo todos os participantes, é uma forma diferente de aprender e ensinar. Esta metodologia integra-se assim em linhas de inovação pedagógica e de responsabilidade social das Universidades, reforçando a sua vocação de intervenção na sociedade, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A carregar... Quem tem esta metodologia a ver com o voluntariado? Tudo e nada. Tudo porque ambas são fonte de crescimento para os estudantes e reforça o papel das universidades na formação de cidadãos e profissionais comprometidos com o futuro, sensíveis aos problemas dos mais frágeis e capazes de liderar mudanças. Nada porque não é a mesma coisa. Apesar da enorme experiência de serviço que ambas proporcionam, o voluntariado universitário não está necessariamente ligado aos conteúdos curriculares nem à reflexão e avaliação profundas do serviço que é prestado.
Em 2002, na Universidade Católica, no Porto, surge a CASO-CAtólica SOlidária. Um grupo de estudantes com vontade de fazer e dar-se mais, começou um grupo de voluntariado. Nesse ano, foram nove os alunos interessados. Com o passar do tempo, foi crescendo, deixando de ser formado somente por alunos e a ser parte integrante da Universidade.
Categorias: Católica