E se o Netanyahu e o Putin fossem mulheres?
Estamos a experienciar trágicos eventos movidos pelo desejo de conquistar territórios. Todos os dias temos notícia de mais um massacre a civis. No caso da faixa de Gaza, homens, mulheres, crianças, que até há umas semanas tinham a sua vida organizada, a sua família unida, e que de repente se vêm negados de um teto, da sua segurança diária. No caso da Ucrânia, assistimos a uma lenta destruição das suas cidades e também a mortes constantes. Estas regiões estão sem água, sem eletricidade, sem cuidados básicos de saúde. Uma situação trágica. Interrogo-me então se estaríamos a assistir a estas tragédias se os líderes que estão na origem das mesmas fossem mulheres? Possivelmente não.
Conclusões de alguns estudos indicam que, quando se tem em consideração o sexo dos participantes, os homens tendem a assumir um estilo de gestão de conflito dominante, enquanto as mulheres tendem a adotar um comportamento de evitar os conflitos1. Outro artigo sugere que as mulheres, em contexto empresarial e em comparação com os gestores masculinos, tendem a adotar consistentemente estratégias de maior integração dos diferentes pontos de vista, evitando conflitos e optando por soluções por compromisso2. Estes e muito outros estudos reforçam este resultado de que as mulheres tendem a evitar o conflito direto, procurando outras estratégias aquando da prossecução dos seus objetivos. Além disso, as mulheres são por norma mais zelosas do bem-estar do próximo, e têm maior dificuldade em se empoderarem pela via do conflito.
Artigo completo disponível no Observador.
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