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Inês Quadros e Maria d’Oliveira Martins: B-learning no ensino superior: do inesperado à oportunidade

Em meados de março, as Universidades foram obrigadas a ensinar à distância de um dia para o outro. Em setembro de 2019 havia sido publicado o “Regime Jurídico do Ensino Superior à Distância”, mas ninguém podia adivinhar que esta seria a única modalidade de ensino viável para todas as Universidades do país, já no segundo semestre do ano letivo 2019/20. Depois da surpresa inicial, alunos e professores revelaram-se surpreendentemente capazes de se adaptar ao novo modelo, transpondo para o ensino online aquilo que já faziam presencialmente.

Parece, para já, provável que venham novos confinamentos; mesmo que assim não seja – ou para que assim não seja – será preciso adaptar as Universidades à necessária distância social, reduzindo turmas e redistribuindo espaços e tempos de permanência nas instalações, permitindo que os alunos que pertencem a grupos de risco, ou que habitam com pessoas nessas circunstâncias, possam permanecer mais resguardados. Acontece que, ao contrário do que vimos suceder com a tecnologia, os recursos humanos e físicos não crescem de um dia para o outro: não é possível dobrar ou triplicar o número de professores, não é possível dobrar ou triplicar os espaços. Em suma, há limites objetivos à possibilidade de retornar ao modelo totalmente presencial de ensino num contexto de continuidade da pandemia.

Por outro lado, os tempos exigem que não se fique amarrado aos modelos antigos, agora meramente replicados para um ambiente remoto, online. Se a necessidade aguça o engenho, o ensino universitário pode agarrar a oportunidade para inovar, para protagonizar uma mudança de paradigma na criação de conhecimento e nos modos de aprender e ensinar.

Neste contexto, ganha protagonismo o modelo de educação mista, que conjuga o ensino presencial e à distância (blended learning, ou B-learning).

No próximo ano, se as Universidades seguirem uma aproximação muito conservadora ao B-learning, este não passará – mais uma vez – de uma adaptação do modelo presencial a alguns momentos online, replicando o trabalho que já era feito em sala de aula, com os mesmos manuais, slides e exposições de sempre. Mas fazê-lo seria desperdiçar a oportunidade que esta conversão ao digital proporciona. Não tem de ser mais do mesmo.

Num modelo em que predominam aulas presenciais, o B-learning abre a porta tanto à produção de novos conteúdos digitais (artigos em open access, podcasts, fóruns de participação…) quanto ao estabelecimento de parcerias universitárias para a lecionação remota por docentes internacionais (compensando a menor capacidade de mobilidade). Além disso, pode favorecer também um contacto mais estreito com os professores, por meio da divisão de turmas, proporcionando esquemas rotativos de aulas online e presenciais a grupos mais pequenos, com horários menos rígidos, ou até mesmo permitindo a readaptação dos programas num esquema tailor-made, indo ao encontro das necessidades e dos ritmos de cada um (desenhando-os, por exemplo, como se de playlists se tratassem, com momentos presenciais e outros à distância).

Mesmo que tenhamos de aderir – por força das circunstâncias – a um modelo de predomínio de aulas online, o B-learning pode constituir uma boa oportunidade para as Universidades. Em primeiro lugar, porque permite chegar a um público mais vasto, com a disponibilização de alguns conteúdos e avaliações totalmente online, para quem não tem a disponibilidade para a vida universitária e necessita de se atualizar ou progredir na carreira. Em segundo lugar, porque obriga a uma revisitação dos programas lecionados, em busca de novos métodos, que promovam mais a autonomia e o desenvolvimento do pensamento crítico. O B-learning pode favorecer, por exemplo, a inversão do método de aprendizagem – deixando de fora das aulas tudo o que não é interativo –, estimulando leituras e aprendizagens autónomas por parte dos alunos, de forma orientada, com acesso a bibliografia e materiais disponibilizados online, deixando o contacto com o professor e os colegas para discussão de temas e debate científico. Pode potenciar ainda o desenvolvimento de projetos individuais ou de grupo, devidamente acompanhados e supervisionados pari passu pelo professor, podendo isso refletir-se num aumento do número de publicações científicas.

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Biblioteca Pe. Júlio Fragata

Biblioteca da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais_PT

A história da Biblioteca Pe. Júlio Fragata entrelaça-se com a história recente da Companhia de Jesus em Braga. 

Com a criação, em 1934, do Instituto de Filosofia Beato Miguel de Carvalho, que viria a tornar-se Faculdade Pontifícia e, posteriormente Faculdade de Filosofia (a primeira Faculdade da Universidade Católica Portuguesa), esta Biblioteca começou por integrar as ofertas de vários colégios da Companhia de Jesus.

O acervo bibliográfico foi sendo enriquecido, especialmente a partir de 1945, com o início da publicação da Revista Portuguesa de Filosofia, por meio não só de inúmeras permutas e envios regulares de livros para recensão, mas também por múltiplas ofertas de particulares, e novas aquisições criteriosamente ajustadas às necessidades da comunidade académica.

O seu acervo documental, dotado de considerável variedade de documentos e nos mais diversos tipos de suporte (monografias, publicações periódicas e outros materiais), é formado por dois fundos principais, o Geral e o Reservado. Deste último fazem parte a produção científica de teses, relatórios e dissertações académicas da Faculdade e o fundo de livro antigo, com volumes do século XVI ao início do século XIX. Os exemplares raros, as primeiras edições, as obras autografadas e os livros com edições esgotadas foram também alvo de cuidados de acondicionamento; organizam-se ainda numa secção especial as coleções Migne e Corpus Christianorum.

Mantendo um lugar de destaque no edifício original, a Biblioteca tem vindo a expandir por mais dois pisos a sua área, tendo já ocupado as antigas salas de aula e corredores da antiga Faculdade de Filosofia. Considerada uma das mais valiosas a nível nacional na área de Filosofia, a Biblioteca da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais reúne agora uma vasta coleção de obras de diversas áreas de conhecimento: Filosofia, Literaturas, Linguística, Psicologia, Religião, Teologia, Ciências Sociais, Ciências da Comunicação, Matemática, Ciências Naturais, Ciências Aplicadas, Medicina, Arte, Desporto, Geografia, História, Turismo, Música e Generalidades.

Arte

Biografia

Ciências Aplicadas

Ciências Naturais

Ciências Sociais

Desporto

Filosofia

Generalidades

Geografia

História

Língua

Linguística

Literatura

Matemática

Medicina

Música

Psicologia

Religião

Teologia

Turismo

Número de títulos

115.000

Número de periódicos

2.000

Número de postos de trabalho

53

Número de terminais de pesquisa

2

Número de gabinetes estudo (individual e grupo)

não disponível de momento

Coleção Corpus Christianorum

Coleção Migne

Fundo Isabel e Luís Couto dos Santos

Fundo Francisco Videira Pires

Livro Antigo

Biblioteca D. Manuel Vieira de Matos

Biblioteca D. Manuel Vieira de Matos_PT

A Biblioteca D. Manuel Vieira de Matos foi estabelecida, dando continuidade à Biblioteca do Seminário Conciliar de Braga, em 1987, aquando da criação do Pólo de Braga da Faculdade de Teologia. A Biblioteca assumiu o nome daquele arcebispo de Braga, uma vez que este, durante o seu ministério episcopal (1914-1932), além das preocupações e atividades pastorais, envolveu-se, tanto na construção de um novo Seminário Conciliar – instalações onde hoje se situa a Biblioteca da Faculdade de Teologia –, como no desenvolvimento formativo e académico, nomeadamente, através da formação de professores para os Seminários, da promoção de congressos, da renovação da música sacra e na criação do Tesouro-Museu da Sé de Braga.

Atualmente, num mesmo espírito empreendedor e académico, a Biblioteca é dotada de um acervo documental com mais de trinta e cinco mil volumes, encontrando-se este dividido em dois fundos: fundo geral e fundo reservado. A diversidade de obras (monografias, publicações periódicas, bases de dados e material não livro) que aqui se encontram resultam de aquisições e de ofertas particulares, as quais permitem a instituição de Memoriais que tanto remetem para grandes nomes que foram marcando a vida e investigação académica ao longo da história da Teologia em Braga, como para a concentração de obras únicas, muitas vezes oferecidas pelos seus próprios autores.

Bíblia

Literatura

Ciências Religiosas

Patrologia

Filosofia

Psicologia

História

Teologia

Línguas (Latim/Grego/Hebraico)

 

Número de títulos

35 000

Número de periódicos

120

Número de postos de trabalho

1

Número de terminais de pesquisa

1

Número de gabinetes estudo (individual e grupo)

4

Livro Antigo

Les Editions du Cerf

Fundos de professores eméritos

Biblioteca D. José Pedro da Silva

Biblioteca D. José Pedro da Silva_PT

A Biblioteca da Universidade Católica Portuguesa do Centro Regional de Viseu foi criada em 1980, aquando da implantação do Pólo de Viseu nesta mesma cidade, como elemento de apoio às atividades de estudo e de pesquisa, subjacentes ao processo de ensino/aprendizagem. Tendo partilhado até 1999 o mesmo edifício comum ao Departamento dos Serviços Administrativos, a Biblioteca transferiu-se, nesse mesmo ano, para as atuais instalações, ocupando, assim, um edifício próprio, muito espaçoso, que passou a funcionar logo após a sua inauguração, em fevereiro do mesmo ano.

Construída numa base de quatro pisos, que cobrem uma área de aproximadamente 2 225 m2, a Biblioteca D. José Pedro da Silva dispõe de um espaço físico amplo, de ambiente agradável e convidativo, de certo modo devido à sua arquitetura que lhe confere um aspeto moderno e atual. O seu edifício encontra-se devidamente equipado e atualizado tecnologicamente, refletindo boas condições de funcionamento e garantindo a acessibilidade plena dos seus utilizadores.

A Biblioteca D. José Pedro da Silva tem como objetivo principal facultar à Comunidade Académica do Centro Regional de Viseu os recursos bibliográficos necessários ao estudo e à investigação. Neste contexto, a BJPS procura disponibilizar materiais diversificados, garantindo aos seus utilizadores o acesso a um elevado potencial de informação de diferentes áreas, de forma a cobrir e dar resposta às mais variadas solicitações e interesses do seu público leitor. Os seus fundos cobrem, primordialmente, as áreas dos cursos que foram e são lecionados neste mesmo Centro, nomeadamente Arquitetura, Gestão, Informática, Línguas e Literaturas Clássicas e Modernas, Matemática, Medicina Dentária, Serviço Social e Turismo. Assim, a Biblioteca disponibiliza, atualmente, cerca de 67 000 documentos, classificados e dispostos nas estantes, em livre acesso, de acordo com a Classificação Decimal Universal.

Ciências Sociais

Gestão

História

Humanidades

Medicina Dentária

Teologia e Arquitetura

Número de títulos

36.150

Número de periódicos

907

Número de postos de trabalho

180

Número de terminais de pesquisa

3

Número de gabinetes estudo (individual e grupo)

12

Arq. Kheil do Amaral

Christine De Roo

Dª. Sebastiana

Dr. Henrique Machado

Dr. José Coelho

Dr. Maximiano Aragão

Mons. Camilo Barros

Pe. Fino

Prof. António Cabrita

Rui Melo

Auditoria e Fiscalidade

Education field:

Economia e Gestão

Grade:

Mestrado

Católica Porto Business School

A Católica Porto Business School é uma escola reconhecida nacional e internacionalmente pelo desenvolvimento completo de profissionais nas áreas da Economia e da Gestão, focados na sustentabilidade e no respeito pelo indivíduo. Ao longo de mais de 25 anos a Escola tem preparado profissionais para os negócios globais, que seguem carreiras em Portugal ou no estrangeiro. 

Finance

Education field:

Economia e Gestão

Grade:

Mestrado

Languages:

Inglês

Católica Porto Business School

A Católica Porto Business School é uma escola reconhecida nacional e internacionalmente pelo desenvolvimento completo de profissionais nas áreas da Economia e da Gestão, focados na sustentabilidade e no respeito pelo indivíduo. Ao longo de mais de 25 anos a Escola tem preparado profissionais para os negócios globais, que seguem carreiras em Portugal ou no estrangeiro. 

Administração e Gestão de Empresas

Education field:

Economia e Gestão

Grade:

Licenciatura

Católica Lisbon School of Business and Economics

A CATÓLICA-LISBON é hoje uma instituição de referência em Portugal, com uma reputação de excelência nos seus vários níveis de ensino: Licenciatura em Economia, Licenciatura em Gestão, Mestrados, MBA e Programas para Executivos.

Nuno Crespo: "De que é feita uma colecção?"

A pergunta que dá título a este texto é uma citação do nome da exposição inaugural do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra. Com curadoria de David Santos (actual curador responsável pela Colecção de Arte Contemporânea do Estado) e por José Maçãs de Carvalho (curador do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra), propõe-se explorar os conceitos de "corpo" e "matéria" através de um percurso por esta colecção pública.

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Nota: Este artigo faz parte dos conteúdos exclusivos para assinantes do Público.

Categorias: Escola das Artes

Fernando Ilharco: "Um tempo surreal"

Nas ruas, esplanadas e praias deste Verão tudo é diferente do habitual. Mesmo o ruído de fundo é outro. Não se ouve mais o alvoroço da globalização, a agitação das massas, as rodinhas das malas de viagem, os motores dos Tuc Tuc, o vaivém constante das trotinetes, as conversas sem fim ao telemóvel, as vozes que não se calam, em inglês, espanhol, chinês, italiano e em muitas outras línguas da Babel mundial.

Se o ruído nos impõe a força do presente, o silêncio deixa-nos parados no tempo, suspensos do ritmo do mundo. Lá fora não se vê nem se ouve o que se esperaria. São tempos únicos, algo artificiais, intrigantes e perigosos.

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Nota: Este artigo faz parte da versão exclusiva para assinantes do Jornal de Negócios.