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Mensagem de Páscoa da Reitora

Cara Comunidade Académica,

Iniciamos por estes dias, a quarta semana de suspensão de aulas presenciais na UCP. As causas para esta situação singular nos 53 anos de vida da universidade são conhecidas, se bem que extraordinárias. E é também em momentos como este que a força da instituição se manifesta. 

Respondendo ao contexto pandémico, a universidade teve oportunidade de demonstrar o que melhor sabe fazer: encontrar soluções para resolver problemas, ao serviço das necessidades da sua comunidade de estudantes, ao serviço do país. Desde logo, na transformação tecnológica e metodológica para permitir a continuidade de um serviço de ensino de elevada qualidade, mas também na adoção de medidas de proteção profilática dos estudantes, docentes e colaboradores, e finalmente no contributo e colaboração com as autoridades no combate à pandemia. Privilegiámos a ação, em vez de simplesmente reagir. E continuamos a fazê-lo na lógica de serviço que preside à missão da Universidade Católica. 

Na homilia de Domingo de Ramos, o Magno Chanceler da UCP, D. Manuel Clemente recordava-nos que esta Semana Santa especial e diferente espelha um momento de alguma “deceção (...) não podendo já contar com o que contávamos, no que diz respeito a tempos e lugares previstos. Com receios e cautelas, por nós e pelos nossos.” Mas este é também um momento de esperança e de conversão, que se torna evidente, como salienta D. Manuel, nas formas diferentes e criativas em que o nosso serviço se exerce, numa “preocupação ativa” que se manifesta em iniciativas concretas e numa “aplicação redobrada”.  Na Católica, esta aplicação exprime-se igualmente num compromisso de liderança, assente no empenhamento ativo na manutenção da qualidade do serviço prestado, na responsabilidade para com a estabilidade laboral dos docentes e colaboradores e no comprometimento para com uma gestão sustentável da instituição.
 

Assim, 24 horas após a suspensão das aulas presenciais nos campida universidade, iniciou-se a progressiva transferência para a lecionação online, que tem vindo a funcionar em pleno com suporte em plataformas diversas desde 16 de março. De forma estruturada, as unidades académicas geriram o processo de mudança com o apoio notável das Direções de IT e o empenhamento dos professores. Os serviços de apoio transferiram-se para sistema remoto e continuámos a laborar. Tal foi possível, porque atempadamente se tomaram decisões e se investiu na segurança e nas infraestruturas tecnológicas. Na Católica, somos todos agora a geração 4.0!
 

Entendemos que neste momento crítico, a aplicação redobrada, se mede também pela intervenção na comunidade com base no conhecimento. As áreas de saúde mobilizaram-se na recolha e canalização de materiais urgentemente necessários ao SNS, de máscaras a meios de diagnóstico. No Centro Regional do Porto, o CBQF associou-se ao esforço de apoio ao Hospital de São João produzindo mais de 25.000 tubos para apoiar a amostragem do vírus SARS-CoV-2, e, por impressão 3D, produzindo mais de 100 viseiras. Em Lisboa, os estudantes de Enfermagem estão a reforçar a linha de apoio SNS24, em colaboração com a ARSLVRT e, em Viseu, a Faculdade de Medicina Dentária reforça o Centro Hospitalar de Viseu no fornecimento de cuidados de saúde oral a doentes crónicos (oncologia, nefrologia e cardiologia). Por outro lado, a UCP, através de docentes do ICS, colabora no grupo de aconselhamento nacional do Governo em Saúde Pública, e a Faculdade de Ciências Humanas, através do grupo de Comunicação em Saúde, elaborou, a pedido da DGS, o Manual de Saúde Pública.  

Respondendo às linhas de financiamento competitivo da FCT, por um lado, e da Fundação Calouste Gulbenkian, por outro, o CBQF e o CIIS submeteram propostas de projeto em colaboração para soluções de combate à COVID-19, que vão desde a melhoria do prognóstico e prevenção da doença à introdução de processos de robotização do diagnóstico. 

No apoio à comunidade mais frágil, no Porto, a Escola de Enfermagem colabora com a Cáritas Diocesana e as paróquias em iniciativas de sensibilização e voluntariado e a UDIP reforçou o seu serviço, introduzindo serviços online. Por sua vez, em Lisboa, a FCH está a colaborar com a Ordem de Serviço Social na bolsa de voluntariado para apoio a idosos institucionalizados, tal como acontece no Centro Regional de Braga, com os estudantes e docentes das Licenciaturas em Serviço Social e Psicologia.

Do mesmo modo, a universidade está atenta aos riscos do isolamento na sua comunidade. A Clínica Universitária de Psicologia (CUP) ligada à Faculdade de Educação e Psicologia está a dar apoio psicológico à comunidade interna ao CRP durante o período de emergência. Também a Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais, em Braga, disponibiliza serviço semelhante através do FACES (Centro de Atendimento Psicológico da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais), e na sede, foi lançada a iniciativa "Psicologia em Isolamento", coordenada pela Faculdade de Ciências Humanas, que pretende promover o bem-estar psicológico da comunidade académica e de todos os que acompanham regularmente as redes institucionais da UCP através da partilha de conselhos e artigos disponibilizados no site. 

O momento é de risco, mas não de desânimo. Por isso, preparando e antecipando cenários que permitam robustecer a decisão face à antecipada crise económica, a CLSBE preparou um conjunto de iniciativas que vão desde o Observatório da Sociedade Portuguesa e que estuda a transformação dos padrões de consumo, poupança e estilo de vida, à Análise de Micro Dados da Economia Portuguesa ou às Clínicas de Empresas para apoio às PME’s, lançado pelo Centro de Estudos Aplicados (CEA). No Porto, a CPBS lançou o programa virtual Gestão em Tempo de Crise dedicado a ajudar as empresas a navegar a incerteza do tempo presente.

A suspensão de atividades nos campifoi comunicada à comunidade, tendo como data limite  9 de abril. Face ao desenrolar das medidas de mitigação e ao anúncio do Governo de manter o encerramento de instituições de ensino até ao final de abril, a Reitoria decidiu que a atividade letiva até ao final do semestre se manterá em modelo de lecionação online. No final do mês de abril será avaliada a abertura progressiva dos serviços nos campie a possibilidade da realização presencial das avaliações finais nos meses de maio, junho e julho.

Quanto às provas públicas de Mestrado, Doutoramento e Agregação, tal como determinado no Despacho Reitoral ADM/0065/2020, e nos termos do estatuído na Lei n.º 1-A/2020 de 19 de março e no artigo 30.º do Decreto-Lei n.º 10-A/2020 de 13 de março, as provisões para a sua realização online mantem-se até ao final da vigência das medidas de exceção.
 

Vivemos certamente uma Páscoa diferente, mas a transformação que o tempo pascal consigo traz dá-nos a certeza de que a luz não tarda. Voltaremos ao rumo da sociabilidade, mais sensatos, porventura com menor ambição material e maior consciência da fragilidade própria e dos outros. Sobretudo, o momento que vivemos inspira-nos a valorizar a colaboração. Recordo as palavras do Santo Padre, na bênção Urbi et Orbide dia 27 de março, onde invoca a reação dos discípulos à tempestade que se levantou no Mar da Galileia: “fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda, todos estamos no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento.” 
 

Brevemente haverá um depois. Quer dando o peito à tempestade como na bonança, somos Católica. Sem desorientação, com energia, solidez e motivados, onde estiverem, remaremos juntos.
 

Em meu nome próprio e da equipa reitoral, desejo a todos uma Santa Páscoa.

 

Isabel Capeloa Gil

Reitora

 

 

 

 

 

 

Categorias: A Reitora

Quarta, 08/04/2020

Investigadores da Católica criam biosílica extraída da cana-de-açúcar

Um dos maiores projetos de investigação na área da biotecnologia, liderado pelo laboratório associado CBQF da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade da Católica Portuguesa, em parceria com a empresa Amyris Bio Products Portugal, apresentou um importante resultado: a primeira biosílica extraída da cana-de-açúcar com aplicação na indústria cosmética. Um ingrediente inovador que já deu origem a um produto que está a ser comercializado a nível internacional.

Manuela Pintado, investigadora do CBQF e coordenadora do projeto Alchemy em Portugal, refere que “esta primeira descoberta que dá origem a um produto inovador resulta de um conhecimento mútuo entre as duas entidades envolvidas – CBQF/ESB/UCP e Amyris -, de um alinhamento estratégico, mas acima de tudo do empenho de mais de 100 investigadores do projeto”. Manuela Pintado refere que a multidisciplinaridade da equipa - bioengenharia, microbiologia, bioanalítica entre outras áreas – permitiu “em dois anos criar um novo ingrediente bem aceite pelo mercado e que respeita os princípios da economia circular e do desenvolvimento sustentável”.

A biosílica sustentável é obtida a partir de cinzas de cana-de-açúcar, provenientes da queima de subprodutos das indústrias produtoras de açúcar para geração de energia, incluindo as folhas resultantes do processo da colheita da planta e do bagaço, material fibroso obtido após extração do xarope de açúcar. O novo ingrediente, o primeiro do mundo a ser criado com base em recursos sustentáveis, poderá ser usado, agora, na indústria cosmética, assumindo-se como uma alternativa sustentável e com melhor desempenho à sílica tradicional, extraída da areia, um recurso com intensa exploração no planeta.

“Este ingrediente vem tornar a cosmética limpa – clean beauty – ainda mais limpa e é, digamos assim, a ‘primeira pedra’ da implantação de um hub internacional de inovação na área da Biotecnologia com uma forte cultura de ciência aplicada, espirito empreendedor e empresarial, fortemente orientada ao mercado,” refere Miguel Barbosa, da Amyris Bio Products Portugal. A Amyris Bio Products Portugal é uma subsidiária da norte-americana Amyris Inc., cotada no NASDAQ, sedeada em Emeryville, Califórnia, e cujo CEO é o luso-americano John Melo.

Ciência ao serviço da sustentabilidade dos recursos mundiais
Raquel Madureira, investigadora do projeto, explica “mais do que um ingrediente sustentável, a biosílica mostra como a ciência pode ajudar a valorizar o desperdício de qualquer indústria, a salvaguardar a sustentabilidade dos recursos mundiais e, paralelamente, a promover uma ‘beleza limpa’, ao permitir o desenvolvimento de cosméticos limpos e seguros.” A este nível, refira-se que a indústria da beleza/estética produz milhões de toneladas de resíduos, desde o fornecimento de ingredientes até à criação da embalagem do produto. Este novo produto será comercializado pela Aprinnova, empresa norte-americana líder no campo da biotecnologia aplicada à cosmética sustentável e parceira da Amyris.

O projeto Alchemy que deriva de uma parceria estratégica entre a Universidade Católica Portuguesa, a empresa Amyris Bio Products Portugal e o Governo de Portugal, através da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), é financiado pelo Portugal 2020 e pelo Programa Operacional FEDER. Teve início em 2018 com o objetivo principal de estudar e desenvolver novas aplicações para os subprodutos/resíduos dos processos de fermentação da Amyris e da produção de cana-de-açúcar, potenciando assim o desenvolvimento de novas moléculas de elevado interesse comercial, com destaque para a indústria da cosmética, mas também para nutrição animal e humana, novos materiais e farmacêutica.

Para o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, “este primeiro resultado que advém do projeto Alchemy é muito importante. A AICEP tem acompanhado o processo desde o início, através do contrato de I&D estabelecido com a Amyris e a Universidade Católica Portuguesa, em 2018, e acreditamos que dará um contributo relevante para o aumento das exportações com alta intensidade tecnológica. A parceria com a UCP é um reconhecimento da qualidade do sistema universitário e da capacidade de investigação de Portugal e mais uma vez o talento português está a ser fundamental para o sucesso do projeto. Parabéns à Amyris e à UCP!” 

O Alchemy visa, simultaneamente, a promoção da transferência de tecnologia que se traduzirá num crescimento de competitividade das empresas na área da bioeconomia. Acrescente-se, ainda, que este projeto de investigação se materializa num centro de competências de excelência em biotecnologia, promovendo Portugal na linha da frente nas áreas da bioeconomia e economia circular.

 

Outras informações úteis:

Manuel Fontaine Campos: "Ensino do Direito em tempos de pandemia - algumas lições"

Os últimos meses de pandemia, por que todos temos passado, foram férteis em adversidades, mas também em oportunidades. Em particular no ensino superior, e como resultado da quarentena, tornou-se impossível a realização de atividades de ensino presencial, e bem assim de muitas atividades de investigação e de serviço à comunidade. Nalgumas universidades, as atividades de ensino foram, com mais ou menos rapidez, transpostas para plataformas online (Zoom, Microsoft Teams, Collaborate Ultra, etc.). É sobre essa experiência, ocorrida na Faculdade de Direito da Universidade Católica, no Porto, e sobre as lições que encerra para o futuro que pretendo aqui falar.

Tendo as aulas presenciais sido suspensas no dia 11 de março, foi com muito trabalho que se conseguiu, logo no dia 13 de março, retomar as aulas em formato online. Naturalmente, uma transposição tão rápida operou-se no pressuposto de que as aulas continuariam a ser lecionadas no mesmo horário e, na verdade, tanto quanto possibilitado pela tecnologia, no mesmo modelo das aulas presenciais. 

Ler artigo completo aqui.

Nota: Para consultar este artigo na íntegra deverá fazer log in no website do Jornal Público.

Maria de Fátima Ribeiro: "Os efeitos da separação entre um clube e a SAD que fundou"

Três perguntas e respostas sobre as dúvidas mais comuns a respeito do regime jurídico das Sociedades Desportivas.

  1. Pode um clube vender a totalidade da sua participação na SAD que fundou? Não é obrigado a ter sempre 10 por cento?
    A Lei das Sociedades Desportivas (LSD) não responde directamente a essa questão, mas a resposta, à luz dos princípios gerais vigentes no nosso ordenamento jurídico e do próprio espírito das normas da LSD interpretadas só pode ser positiva: um clube pode validamente deixar de ser sócio da SAD que tenha constituído pela via da personalização jurídica da sua equipa desportiva, por vários meios, como a declaração da sua insolvência, a deliberação em assembleia geral da sua dissolução, ou a alienação voluntária das acções que nela detenha. Porém, a partir do momento em que a sua participação se torne inferior a 10%, o clube deixa de poder beneficiar do regime de tutela especial que, enquanto sócio dessa SAD, a LSD lhe conferia. Na prática, deixa de ser aplicável a essa SAD, nas relações com o clube, o regime especial previsto para as sociedades constituídas pela personalização jurídica da equipa desportiva.
  2. O que sucede a essa SAD? Mantém direito a competir? Mantém a ligação ao clube fundador ou passa a SAD de raiz?
    A SAD não perde, por essa razão, o direito a participar na competição em que está integrada (o direito a participar em competições foi imperativa e definitivamente transmitido pelo clube à sociedade no momento da constituição desta). E passa, a partir do momento em que a participação do clube fundador se torna inferior a 10% (e só a partir daí) a ser regida, no que respeita às relações com o clube, pelas regras que se aplicam a uma sociedade desportiva constituída de raiz - o mesmo é dizer, deixa de estar sujeita à aplicação das normas da LSD que se destinam à protecção do clube fundador de uma sociedade desportiva constituída pela personalização jurídica da sua equipa.

Ler artigo completo aqui.

Reitora da Universidade Católica Portuguesa eleita membro da Academia Europaea

Isabel Capeloa Gil, Reitora da Universidade Católica Portuguesa, foi eleita membro ordinário da Academia Europaea, face à sua contribuição na área da investigação.

A Reitora da Universidade Católica Portuguesa conta com mais de 150 trabalhos publicados, contribuindo o seu trabalho de investigação para a definição do campo dos Estudos de Cultura.

A Academia Europaea, fundada em 1988, visa o "avanço e a promoção da excelência nos estudos de ciências humanas, direito, ciências económicas, sociais e políticas, matemática, medicina, e em todos os ramos das ciências naturais e tecnológicas em qualquer parte do mundo para o benefício público e para o avanço da educação do público de todas as idades nas disciplinas supracitadas na Europa".

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Terça, 22/09/2020

Universidade Católica Portuguesa vive «Ano Laudato Si», por um mundo mais inclusivo e responsável

A Universidade Católica Portuguesa (UCP) promoveu hoje o lançamento do Ano ‘Laudato Si’ na instituição, acolhendo assim o desafio lançado pelo Papa, no quinto aniversário da sua encíclica ecológica e social.

“O desafio do Papa Francisco é um desafio para que a Universidade questione também a forma como está a interagir com o espaço social, cultural, científico, e sobretudo, como o seu contributo participa na construção de um mundo melhor, mais inclusivo, mais responsável”, disse à Agência ECCLESIA a reitora da UCP, Isabel Capeloa Gil.

“Um mundo em que as pessoas sintam verdadeiramente que são parte da solução para construir pontes entre aqueles que têm maiores possibilidades económicas e os que não têm. De um mundo que não deixa ninguém para trás”, acrescentou.

A responsável destacou que os problemas que a universidade resolve “existem fora dos muros da instituição” e que a UCP quer ser uma “marca distintiva” da proposta católica na sociedade portuguesa, atenta aos problemas sociais, ambientais, éticos ou jurídicos.

Isabel Capeloa Gil entende que a visão do Papa Francisco vem desinstalar a ideia de uma universidade “virada para dentro”.

“A Laudato Si interpela-nos a ir mais além, a questionar as nossas próprias práticas”, assume.

Na celebração do Ano Laudato Si, que agora se inicia, nós vamos justamente questionar, fazer propostas e propostas que sejam de reformas e que tenham viabilidade real no mundo em que vivemos”.

A reitora da UCP sublinha que as questões levantadas pela ‘Laudato Si’, da ecologia à economia, passando pela espiritualidade, implicam uma prática “institucional” de transdisciplinaridade, com novos modelos, em vez de uma Academia “tecnocrática, hiperespecializada, mas que é, no fundo, profundamente limitada nessa especialização”

O padre José Manuel Pereira de Almeida, vice-reitor da UCP, sublinhou à Agência ECCLESIA que este é “um ano particularmente relevante para uma viragem”, para promover o “cuidado com a natureza, esta casa comum, e a atenção particular aos pobres”.

Em Portugal, observa o responsável, essa atenção está presente e a UCP não pode deixar de ser uma “interlocutora relevante” a respeito de uma encíclica muito bem acolhida, “sobretudo para lá das fronteiras da Igreja Católica”.

Para o vice-reitor da UCP, mais do que uma encíclica “verde”, a ‘Laudato Si’ é um documento da Doutrina Social da Igreja, com impacto nas Faculdades de Teologia, Economia, Direito e, sobretudo, na “interdisciplinaridade”.

“É uma oportunidade para levar a sério a oportunidade para transformar as práticas, a vida concreta, o estilo de vida, as opções, as prioridades”, acrescenta.

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Projetos de estudantes da ESB na final dos Health INNOVAtion Awards

Dois projetos desenvolvidos por estudantes da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto foram selecionados para a final dos Health INNOVAtion Awards, um acelerador de ideias que promove a inovação no setor da Saúde, que se realiza a 22 de setembro de 2020.

As estudantes do 2º ano da Licenciatura em Bioengenharia - Ana Catarina Lopes Ramos, Ana Sofia Fontes da Silva, Áurea Filipa Oliveira Covas, Maria Inês Silva Lopes da Fonte e Simone Conceição da Costa Sá​ – desenvolveram a APP - SIGnal Monitoring Analysis APP for cardiac diseases, um sistema capaz de analisar um conjunto de parâmetros fundamentais na vida de qualquer pessoa que tenha problemas cardíacos. Através desta aplicação para smartphone é possível medir de uma forma segura e rápida o nível de oxigénio, a pressão arterial, temperatura ou frequência respiratória. Um projeto também orientado pelo docente Pedro Rodrigues.

Sob orientação do docente Pedro Rodrigues, os estudantes do Mestrado em Engenharia Biomédica - Gabriel Silva e Marco Alves -, desenvolveram o projeto NeuroSDR - Software para deteção rápida e precoce das doenças de Alzheimer e Parkinson através da análise de sinais EEG. As doenças neurodegenerativas, como por exemplo a doença de Alzheimer (DA) e a doença de Parkinson (DP), são as principais causas de demência nos idosos. Este tipo de doenças provoca morte celular, o que pode ter impacto na memória, no pensamento cognitivo e nas funções motoras. Especificamente, 75% dos casos de demência a nível mundial advêm destas duas doenças.

Saiba mais aqui.

 

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Seg, 21/09/2020

Isabel Capeloa Gil será oradora no debate “Fake News – O jornalismo europeu enfrenta novos desafios”

Isabel Capeloa Gil, Reitora da Universidade Católica Portuguesa, participará no debate online “Fake News – O jornalismo europeu enfrenta novos desafios” na próxima quinta-feira, dia 3 de dezembro, pelas 18h30, organizado pelo Goethe-Institut Portugal em colaboração com a UCP.

Com moderação por parte de Luísa Meireles, Diretora da agência LUSA, o debate contará ainda com a participação de João Vieira Pereira, Diretor do Expresso e Bernhard Pörksen, professor de Estudos dos Media na Universidade de Tübingen.

Focando nos media europeus, o debate irá abordar o contexto que originou a disseminação de fake news, que teve impacto no papel dos media enquanto quarto poder, incluindo o papel da internet, redes sociais e smartphones neste processo, visando a identificação de estratégias para enfrentar esta realidade.

O debate online insere-se no ciclo de debates “Quo Vadis Europa?”, iniciativa promovida pelo Goethe-Institut Portugal, pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã e pela Associação São Bartolomeu dos Alemães em Lisboa.
 

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Isabel Capeloa Gil será oradora no debate “Fake News – O jornalismo europeu enfrenta novos desafios” - cartaz

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Sexta, 27/11/2020

Alumna de Direito distinguida com o Prémio Teresa Rosmaninho – Direitos Humanos, Direitos das Mulheres

De forma a assinalar o dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, o trabalho “Reflexões Críticas Acerca do Enquadramento Jurídico-Penal da Prostituição no Ordenamento Jurídico Português”, da alumna da Faculdade de Direito - Escola do Porto, Tatiana Botelho, foi galardoado pela Associação Portuguesa de Mulheres Juristas (APMJ).

Para a ex-mestranda, este reconhecimento constitui “uma prova de reconhecimento do meu esforço e mérito” e admite que é uma honra perceber que a sua tese contribuiu para a investigação dos direitos humanos das mulheres: “Consegui aprofundar e desenvolver conceitos e métodos que permitam moldar o Direito de forma a que este possa ser o utensílio adequado à realização do seu fim último – a justiça.”

Na verdade, a área criminal sempre suscitou o interesse de Tatiana. Assim, um mestrado especializado na área do Direito Criminal foi uma escolha óbvia: “Devido ao meu especial interesse por esta área, mantive-me sempre atenta aos temas que mais controvérsia levantavam no direito criminal e foi, precisamente, numa pesquisa que me confrontei com a prostituição e com as várias e diversas teorias, posições e modelos prostitucionais existentes.”

Após a extensa exploração de temáticas relacionadas com a prostituição e a legislação penal portuguesa nesta área, Tatiana chegou a algumas conclusões: “A evolução das políticas e das leis relativas à prostituição em Portugal culminaram na adoção de um modelo tendencialmente abolicionista onde o exercício da prostituição não constitui um crime mas, não obstante, também não se encontra regulamentado como uma outra qualquer profissão/atividade.”

Ao recordar a sua experiência académica na Escola de Direito, Tatiana destaca alguns fatores que contribuíram para uma experiência única:” O corpo docente de excelência, o desenvolvimento das competências comunicacionais, da prática forense, a interdisciplinaridade e especialização disponibilizados por esta instituição”. De salientar, ainda, a proximidade com os docentes “disponíveis e incansáveis na sua tarefa de transmitir conhecimentos”.

O trabalho de orientação da tese foi conduzido pela docente Sandra Tavares que guiou a escrita e defesa da dissertação de Tatiana com muita satisfação: “Ver agora esse trabalho estar na génese do Prémio Teresa Rosmaninho é algo de que muito me orgulho. Manifesto a minha esperança de que o aprofundamento do conhecimento científico desta temática, essencial aos Direitos Humanos das Mulheres, continue nos anos vindouros.”

Categorias: Faculdade de Direito - Escola do Porto

Quinta, 10/12/2020

Investigadora Célia Manaia integra lista de cientistas mais citados em todo o Mundo

A investigadora Célia Manaia, do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Escola Superior de Biotecnologia, é uma dos 12 investigadores de instituições portuguesas mais citadas do mundo, segundo a lista “Highly Cited Researchers 2020”, elaborada pela empresa norte-americana Clarivate Analytics. Uma distinção que, para Célia Manaia, “é um reconhecimento do trabalho feito, de procurar ir ao encontro das questões mais centrais na área em que investigamos e de trabalhar em rede.”

Licenciada em Bioquímica e doutorada em Microbiologia, ambos pela Universidade de Coimbra, Célia Manaia é docente da Escola Superior de Biotecnologia e investigadora do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa. Ao longo dos seus mais de 25 anos como investigadora, tem vindo a dedicar-se ao estudo da diversidade e ecologia bacteriana, em particular de zonas sujeitas à ação humana. Nos últimos anos, Célia Manaia tem vindo também a estudar a dispersão ambiental de bactérias resistentes a antibióticos.

Highly Cited Researchers 2020 distingue 6167 investigadores de todo o mundo

A lista “Highly Cited Researchers 2020”, abrange a última década, e este ano distinguiu 6167 investigadores de mais de 60 países: 3.896 foram distinguidos pelo seu desempenho, em 21 áreas, e 2.493 pelo seu desempenho transversal. Esta lista incide apenas nos artigos mais citados, que representam 1% do que se publica no mundo.

Os países mais representados no ranking deste ano são os Estados Unidos da América, a China, o Reino Unido e a Alemanha. A lista inclui também 26 Prémios Nobel e a Universidade de Harvard, nos EUA, lidera novamente o número de cientistas. A lista completa pode ser consultada aqui.

Satisfeita com a distinção, que é o reconhecimento do trabalho de investigação desenvolvido, Célia Manaia alerta que “as métricas em ciência devem ser vistas com cautela e não devemos deixar que tudo se transforme em números e rankings.” Aos investigadores mais novos, a investigadora deixa alguns conselhos: “trabalhar sempre com muita seriedade, com verdadeira honestidade intelectual, e, muito importante, comunicar bem – com rigor, clareza e transparência”.

Categorias: Investigação Escola Superior de Biotecnologia

Quinta, 19/11/2020

Sessão Premium ADN do Jurista: A influência da imprensa e dos social media na desinformação e o efeito nas eleições portuguesas

Com as eleições portuguesas marcadas para janeiro, a Faculdade de Direito - Escola do Porto da Universidade Católica Portuguesa convidou Marina Costa Lobo, cientista política, e o jornalista Paulo Pena para um debate que contou com a presença de mais de cem participantes. Ao longo da conversa discutiu-se a ascensão da extrema-direita no panorama político nacional e o papel da imprensa e dos social media na desinformação dos cidadãos. 

Segundo Paulo Pena, os principais órgãos de comunicação estão a dar ceder mais espaço ao partido Chega e ao presidente André Ventura pela forma como as redações passaram a avaliar o interesse do público.

Agora que os jornais conseguem medir o alcance dos seus conteúdos digitais, acabam por ser favorecidas histórias com mais comentários e partilhas. Uma vez que os discursos populistas de André Ventura acabam por ser amplamente divulgados (mesmo por aqueles que não perfilham das suas ideias), o algoritmo entende que esses assuntos devem ser beneficiados.

O próprio partido Chega organiza-se para difundir a sua mensagem através de contas falsas: “Cada um dos 68 mil apoiantes do Chega pode criar, se quiser, cem contas no Facebook e com isso altera a métrica online e faz com que essa informação que as redações têm seja enviesada.”

Na verdade, toda esta situação já aconteceu nos EUA com Donald Trump, que, em 2016, era um dos piores classificados nas primeiras sondagens das primárias republicanas antes das eleições. No entanto, conseguiu obter 56% do tempo disponível nos meios de comunicação social, por várias razões: “Era capaz de ter uma base de apoiantes, tal como André Ventura tem, e conseguiu dominar a agenda de todo o debate porque os seus adversários usaram as suas declarações para o criticar.”

De acordo com Marina Costa Lobo, também Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou a sua presença mediática enquanto comentador para se aproximar do eleitorado, o que teve consequências no seio político:” Agora não há nenhum político que ambicione um lugar de maior relevo que não sinta que tem de ter um lugar cativo como comentador para criar essa ligação.”

Para a cientista política, esta “transformação da política num exercício de mediatismo”, terá implicações: “Poderá surgir uma pessoa que não tem essa base académica, militante ou jornalística, mas apenas essa base mediática.”
 

Recorde a sessão premium onde foi debatido o papel do jornalismo e das redes sociais no panorama eleitoral dos EUA.

Todos estes eventos do programa ADN do Jurista são abertos ao público, sendo sempre abordados temas conexos ao Direito e à literacia política, mediática e europeia. 

Categorias: Faculdade de Direito - Escola do Porto

Seg, 28/12/2020

Isabel Capeloa Gil: "Pandemia foi um acelerador de transformação das universidades"

Isabel Capeloa Gil inicia um novo mandato à frente da Universidade Católica. Para a reitora, a pandemia obrigou repensar o modelo de formação, mas também permitiu chegar a novos públicos. 

Pode ouvir aqui a entrevista completa a Isabel Capeloa Gil, Reitora da Universidade Católica Portuguesa à Rádio Observador no programa "Direto ao Assunto".

Categorias: A Reitora

Universidade Católica Portuguesa assinala Dia Internacional da Mulher com três testemunhos no Feminino

Na semana em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, a 8 de março, a Universidade Católica Portuguesa apresenta três testemunhos no feminino sobre Liderança, Ciência e o Futuro.
 
Com Isabel Capeloa Gil, Reitora da UCP e criadora da primeira task force para mulheres líderes, no âmbito da Federação Internacional de Universidades Católicas; Célia Manaia, docente na Escola Superior de Biotecnologia, investigadora no Centro de Biotecnologia e Química Fina e uma das 10 cientistas portuguesas mais citadas no mundo; e Mariana Morais Sarmento, alumna da CATÓLICA-LISBON e atualmente a estudar Investigação de Desenvolvimento Internacional na Universidade de Amesterdão, estes testemunhos sublinham a importância de todos no compromisso com a igualdade de género.

Investir na Liderança Feminina

O testemunho da Reitora da UCP destaca a importância de formar para a liderança, através da criação de um programa estratégico em toda a instituição para apoiar o desenvolvimento e a carreira das estudantes, docentes e colaboradoras da UCP.

“Vivemos numa sociedade em que o acesso desigual das mulheres a cargos de liderança ainda é uma realidade. Na nossa universidade, com pouco mais de 50 anos, somos, em Portugal, um caso exemplar com duas reitoras. Duas reitoras quando olhamos para o panorama do ensino superior em Portugal com mais de 700 anos e verificamos que, em todos estes anos, o sistema de ensino superior português apenas gerou 8 mulheres reitoras”, começa por dizer Isabel Capeloa Gil. 

A Reitora da UCP explica que é necessário “alterar a perceção. O teto de vidro não é um teto de vidro legal, mas é um teto de vidro cultural”. Enquanto instituição, Isabel Capeloa Gil defende que a UCP deve agir pelo exemplo: “É necessário inspirar as novas gerações. E depois dessa inspiração pelo exemplo é preciso produzir e promover a mentoria”.

Veja o vídeo da Reitora da UCP

Equilíbrio entre Homens e Mulheres na Ciência 

Além do investimento na liderança feminina, uma sociedade mais igualitária também passa por garantir que a área da Ciência não tem barreiras para as mulheres.

No seu testemunho, a investigadora Célia Manaia destaca a importância do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 5, dedicado à Igualdade de Género, das Nações Unidas.

“Ao longo dos tempos, o acesso à ciência não foi igual para homens e mulheres, basta dizer que dos mais de 600 prémios Nobel atribuídos em 120 anos, apenas 58 couberam a mulheres”, começa por dizer.

“É este desequilíbrio que é necessário combater. O acesso à educação e à lucidez que a investigação científica inspira tem o enorme poder de moldar atitudes, abrir horizontes e rejeitar preconceitos e medos infundados. É a única via para o desenvolvimento das sociedades, para sustentar a economia, o ambiente e o equilíbrio social. E precisa mesmo do contributo equilibrado, justo e balanceado de homens e mulheres”, diz a Professora Célia Manaia.

Veja o vídeo da Professora Célia Manaia

O Papel das Mulheres num Futuro com Paz 

No entanto, para alcançar um futuro igualitário, não basta garantir mais igualdade na ciência, educação e liderança. 

Mariana Morais Sarmentoalumna da UCP, relembra a importância das mulheres na manutenção da paz e de como "a segurança é a condição básica para o futuro de qualquer ser vivo".

“O futuro no feminino passa pela participação ativa e contínua da mulher na construção, avaliação e monitorização da paz e de conflitos. Para isto, é necessário identificar e transformar as desigualdades de direitos entre o homem e a mulher, bem como as disparidades de poder nas relações entre o homem e a mulher”, explica.

Veja o vídeo da alumna Mariana Morais Sarmento

 

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Seg, 08/03/2021

Isabel Capeloa Gil na Rádio Renascença: Católica | Talento para o Futuro

No passado domingo, dia 5 de março, a Reitora da Universidade Católica Portuguesa (UCP), Isabel Capeloa Gil, juntou-se à equipa de locução da Rádio Renascença a propósito da 3.ª edição do Católica | Talento para o Futuro, um dia onde 16 faculdades da UCP abrem as suas portas, este ano em formato digital, para dar a conhecer a oferta formativa que a universidade dispõe e que irá decorrer no dia 10 de março das 10h00 às 19h00.

Isabel Capeloa Gil informou que "este ano devido à situação de exceção que vivemos, vamos na mesma organizar o Open Day, mas em formato virtual, com uma plataforma digital que vai permitir que os potenciais candidatos, os seus pais e todas as pessoas que tenham interesse em conhecer os cursos da universidade possam ter contacto com aquilo que são as ofertas, as saídas profissionais e o perfil dos cursos, falando com especialistas de cada uma das 16 faculdades."

A reitora não deixou de indicar a importância do ensino superior na vida do estudante, dizendo que "chegar ao final do ensino secundário e fazer a escolha para aquilo que vai ser a sua formação inicial do ensino superior é importante para os jovens, é um momento de viragem de vida."

Acerca da condicionalidade profissional que a escolha de um curso que antigamente traria, Isabel Capeloa Gil acredita que "hoje em dia o mercado é muito mais flexível, como o tipo de competências que os vários setores exigem e necessitam , resulta muitas vezes de um conjunto de skills que podem ser desenvolvidos a partir de áreas disciplinares muito diferentes e esta primeira escolha de entrar no ensino superior é um primeiro caminho para uma formação que, cada vez mais, se fará ao longo da vida".

A reitora da Universidade deixou o desafio para os estudantes, professores e empresas se inscreverem neste evento de grande interesse, tendo ainda poucos dias para o fazer, no website da UCP ou das suas Faculdades. 

Pode ouvir a emissão completa do programa "Pequenas Grandes Coisas" na Rádio Renascença aqui.

Isabel Capeloa Gil: "Um erro de cálculo"

Uma primeira crónica em tempo de pandemia não pode falar de árvores e flores. Vivemos tempos negros com impactos ainda imprevisíveis, apesar das estimativas e projeções de quebra do PIB, instabilidade social, mortalidade covid e não covid, impacto sobre as aprendizagens e outros dados mais soft e não menos importantes como o reflexo na nossa saúde mental.

O Presidente da República resumiu a inépcia das políticas e também da ação coletiva dos portugueses quanto a esta terceira vaga pandémica a um "erro de cálculo". Os decisores políticos não anteciparam o que se avolumava no horizonte, a população, excelente na primeira vaga, desmobilizou a sua militância protetora. Com o novo ano, tudo mudou. Erro de cálculo, portanto.

A população-modelo tornou-se uma cáfila de irresponsáveis que transforma o passeio profilático no lazer comunitário de um fim de semana ao sol. Os decisores políticos sentem-se traídos pelo país, pede-se um "sobressalto cívico". Culpa-se o exército, afinal, não os generais.

Os especialistas falam de cansaço pandémico, os políticos esgrimem acusações e, entretanto, o número de mortes assume dimensões não antecipadas, o crescimento das infeções ultrapassa as estimativas, ainda que se suspeite que os números - tão bem esgrimidos ao longo dos últimos meses - estão claramente subestimados.

Mas os portugueses de janeiro de 2021 são os mesmos de março de 2020, com a mesma cultura cívica, porventura mais cansados da vida em suspenso, mais pobres e com medo do futuro, menos confiantes, em suma. Além da incapacidade congénita de antecipar cenários, que é estrutural à política portuguesa, a situação que vivemos é o resultado de uma questão endémica do Portugal democrático, e que se manifestava já em latência na longue durée do tempo que decorreu da monarquia à República e ao Estado Novo.

Dito de outra forma, os modelos de desenvolvimento sociocultural em Portugal conjugam uma baixa responsabilidade individual com deficiente corresponsabilização coletiva. No nosso modelo de desenvolvimento, as pessoas não são educadas para a autonomia individual e para um sentido de imbricação comum, conscientes de que as decisões que eu tomo afetam necessariamente a vida dos outros com que convivo.

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Paula Castro: "O poder do invisível na saúde do planeta"

O meu filho mais novo é adolescente e faz anos hoje, dia 5 Junho - desejo que quando atingir a idade da mãe possa festejar neste dia mundial do ambiente o sucesso que a humanidade obteve ao reverter caminhos vertiginosamente perigosos para a nossa sobrevivência como espécie.

No Porto Cuidar do solo é um dever de todos - é dele que vem o nosso sustento e assim a saúde da humanidade depende da saúde do solo. Os solos contribuem com 25% da biodiversidade do planeta, invisível aos nossos olhos, e nele são criados 95% dos alimentos que consumimos.

As suas funções não se esgotam aí - também purificam água, controlam cheias e fixam carbono, contribuindo para a estabilização do clima. Os cientistas têm a responsabilidade de dar a ver o solo a toda a sociedade, de tornar visível o que aparentemente não passa de um suporte físico para plantas, estradas ou cidades.

A FAO (a organização das Nações Unidas dedicada à agricultura e alimentação) calcula que um terço do solo mundial está significativamente degradado. Há estimativas que apontam que a cada ano uma área correspondente à produção de 20 milhões de toneladas de cereais é perdida devido à desertificação.

As causas que nos trouxeram a este estado são múltiplas: monoculturas com pouca ou nenhuma rotação, abuso de agroquímicos de síntese, compactação e impermeabilização agravada pelo crescimento urbano, entre outros. Mas talvez a perda mais insidiosa seja a da biodiversidade escondida - os organismos que fazem a diferença entre um solo vivo, fértil, dinâmico e regenerador, e um pó inerte quiçá recheado de contaminantes.

Desde há duas décadas que investigadores na Escola Superior de Biotecnologia da Católica no Porto se dedicam a desenhar soluções baseadas na natureza com vista à regeneração de solos. A biodiversidade do solo é a fonte de inspiração para soluções naturais: desde os biofertilizantes aos bioinoculantes desenvolvemos cocktails de microrganismos que fixam azoto e solubilizam fósforo (nutrientes críticos ao crescimento vegetal) e criam redes de comunicação subterrânea que distribuem água e nutrientes pelas plantas e as protegem de doenças.

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CBQF no programa "Mentes Que Brilham" do Porto Canal

A Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e a empresa americana, Amyris, estão atualmente a desenvolver um projeto de produção de adjuvantes para vacinas profiláticas, que têm um papel fundamental na resposta imunitária provocada pelas vacinas incluindo algumas contra SARS-Cov2.

O Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) recebeu Cláudia Fonseca, do programa "Mentes que Brilham" do Porto Canal para conhecer o projeto, o laboratório e, a equipa que está por detrás do mesmo, entrevistando João Carlos Fernandes da Escola Superior de Biotecnologia.

Assista aqui à reportagem completa no Porto Canal.

AgroGrIN Tech distinguida nos Prémios Empreendedor XXI

A AgroGrIN Tech, criada por investigadores do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, foi uma das dez jovens empresas finalistas em Portugal, no âmbito do programa Prémios Empreendedor XXI. Uma iniciativa promovida pela La Caixa em parceria com o Banco BPI Portugal, que contou com a participação de mais de 171 startups/PMEs. No âmbito deste concurso, a Agência Nacional de Inovação distinguiu, através do programa Born from Knowledge (BfK), a AgroGrIN Tech como a empresa portuguesa que mais se destacou em atividades de Investigação & Desenvolvimento (I&D).

A AgroGrIN Tech, fundada pela investigadora Débora Campos, com o apoio dos investigadores Ricardo García e Ana Vilas-Boas, pretende ser uma referência a nível nacional e internacional, em termos de inovação tecnológica, sustentável e económica para o aproveitamento total dos resíduos gerados pelas industrias de processamento de frutas e vegetais. A aplicação do seu processo patenteado permite produzir novos ingredientes funcionais de alto valor económico através destes resíduos, permitindo a sua reintegração na cadeia alimentar. Além disso, a implementação do processo da AgroGrIN Tech permitirá às empresas a transição para uma economia circular, podendo assim ser económica e ambientalmente sustentáveis.

A startup nasceu do trabalho de investigação científica desenvolvido por Débora Campos durante o seu doutoramento, coordenado pela investigadora Manuela Pintado, na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto. Por esse motivo, a distinção BfK nos Prémios Empreendedor XXI é o reconhecimento pelo elevado impacto da investigação & desenvolvimento no trabalho da AgroGrIN Tech, o pilar base da startup.

A equipa da AgroGrIN Tech explica que esta distinção "é o impulso de que a startup precisava para o seu crescimento e expansão global, uma vez que neste momento se encontra à procura de investimento para acelerar o seu processo de crescimento.”

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Seg, 10/05/2021

Isabel Capeloa Gil será oradora no Delphi Economic Forum VI

Isabel Capeloa Gil, Reitora da Universidade Católica Portuguesa, participará na 6.ª edição do Delphi Economic Forum na próxima quarta-feira, dia 12 de maio.

A Reitora da UCP será uma das oradoras na sessão Drivers of Economic Growth and Inclusive Prosperity, juntamente com Hiro Nishiguchi (Co-Fundador e CEO da Japan Innovation Network - JIN) e Zakri Abdul Hamid (Conselheiro Científico, Campanha pela Natureza; Conselheiro do Presidente, Scientific Islamic Development Bank). A sessão, que decorre no terceiro dia da conferência, pelas 12h05, irá contar com moderação por Roberto Alvarez (Diretor Executivo, Global Federation of Competitiveness Councils – GFCC).

A 6.ª edição do Delphi Economic Forum decorre entre os dias 10 e 15 de maio, em Atenas, assinalando este ano o bicentenário da Revolução Grega.

Inscreva-se no Delphi Economic Forum e consulte mais informações aqui.

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Quarta, 05/05/2021

A agricultura e a culinária vão mudar. Gosta de feijão alado?

O que é que a bambara tem? E o que traz de novo o milho-painço? Estarão os europeus prontos para o feijão alado? Todas estas questões deverão ter resposta, dentro de quatro anos, quando o projeto europeu RADIANT der a conhecer os resultados obtidos com o cultivo de 15 grupos de vegetais provenientes de outros continentes ou que, entretanto, caíram em desuso. Os testes começam num grupo de 20 quintas, e deverão expandir-se mais tarde a outras 45, por convite. Estão envolvidas 29 entidades de 12 países. A participação nacional é garantida por duas vias: além da inclusão da Herdade do Freixo do Meio, em Montemor-o-Novo, e da Quinta Biofontinha, na ilha Terceira, Açores, o RADIANT conta com a coordenação da Universidade Católica Portuguesa (UCP).

“Mais do que combater a escassez de alimento, o projeto pretende evitar dietas cada vez mais monótonas. A agricultura tem vindo a produzir mais do mesmo. O que pode ter como resultado a perda de qualidade dos solos e de diversidade dos vegetais. A ideia é que estes alimentos sejam produzidos de forma sustentável e com custos acessíveis”, explica Marta Vasconcelos, professora na Escola Superior de Biotecnologia da UCP.

O projeto, que conta com um total de 5,9 milhões de euros de financiamento, não só vai testar o cultivo de vegetais que geralmente não constam nas safras e nos pratos europeus como prevê testes de degustação, inquéritos e rotulagem que enaltece os benefícios nutricionais dos novos vegetais que vierem a ser cultivados. Também está previsto o desenvolvimento de uma app que ajude os agricultores a apurar quais as espécies que melhor se adequam às condições agrícolas e meteorológicas de cada região.

Nota: Pode ler o artigo na íntegra na edição impressa do Expresso de 13 de agosto de 2021.

Isabel Capeloa Gil: "O valor da universidade"

A maior reserva de crescimento de um país está no conhecimento que gera e no talento que alimenta. As universidades são instituições definidoras deste modelo de desenvolvimento que passa necessariamente por uma adaptação às necessidades emergentes de formação, pelo antecipar de caminhos e pela inovação, mas também pelo cultivo daquilo que são os saberes estruturantes da matriz do país, a sua história, o que se pensou, criou e discutiu. Ou seja, as universidades - e saliento que o termo deve ser sempre plural - garantem o presente, estruturam o futuro e preservam o passado.

Face a um antecipado inverno demográfico, são excelentes as notícias acerca do crescimento de candidatos ao ensino superior, o mais elevado desde 1996. Como são também positivas as medidas que permitem um aumento de vagas no ensino superior estatal, e que, imaginamos, estarão potencialmente em linha com os limites impostos pela Agência de Acreditação do Ensino Superior nas acreditações destes ciclos de estudos. Da mesma forma, acredito, porque estar empenhado no país significa acreditar nas instituições, que este aumento não deixará de ter reflexo no número de vagas autorizado pela mesma agência para as instituições não-estatais. Num sistema que se robustece na diversidade, o contrário seria arbitrariedade e nepotismo.

Para que este seja verdadeiramente um momento de viragem que permita um crescimento sustentado de estudantes, atingindo em 2030 a meta delineada pelo Governo de conseguir que 6 em cada 10 estudantes que terminam o ensino secundário frequente o ensino superior, é necessário um pacto com três vetores: económico, político e social. Começando pelo último, que a sociedade nos seus vários setores, e as famílias, assumam como indiscutível o valor do ensino universitário para que os jovens e o país tenham um futuro de qualificação profissional robusta, conceptualmente sólido e capaz de se reinventar continuamente. Um dos co-fundadores do MIT - Media Lab, Nicholas Negroponte, disse-me um dia que a missão deste instituto de vanguarda é "reinventar o futuro a cada seis meses". Que as universidades são os locais onde esta transformação se faz, não pode ser um discurso de Reitores, mas uma constatação da sociedade.

Ora essa assunção inequívoca, esse pacto, social, diria com o ensino superior, passa necessariamente por um outro pacto de natureza económica e política. Pela consciência do custo e investimento necessários para que o sistema tenha qualidade e possa ser competitivo na atração global de talento. O ensino superior de qualidade tem um custo financeiro elevado, mas com um retorno económico muito superior para o graduado, e sobretudo para o país. Este custo é pago por todos os contribuintes portugueses, para as universidades estatais, e duplamente pelas famílias cujos filhos frequentam instituições não-estatais.

Escrevi acima que universidade é um termo que se deve grafar no plural, como universidades, porque apesar do ideário matricial da universidade europeia ser comum, os projetos das universidades atuais devem necessariamente ser distintos, com valências de especialização diversa, respondendo a outras tantas necessidades de territórios muito variados e, sobretudo, exigindo, para poderem manter a competitividade posicionamentos diversos. A apologia do consórcio, da associação, entre instituições, que está na base do programa de Universidades Europeias, justifica-se pela coligação de modelos diversos, distintos, cujo valor radica na articulação e na projeção que esta diversidade dialogante consigo traz. Universidades, portanto. E universidades com projetos institucionais, pedagógicos e de missão distintos potenciam a possibilidade de escolha do estudante.

Ler artigo completo aqui.

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Entrevista a Isabel Capeloa Gil

Como figuras de eleição, em resposta ao questionário de Proust, proposto pelo Diário de Notícias no último verão, escolheu a chanceler Angela Merkel, o cônsul Aristides de Sousa Mendes e a filósofa Edith Stein. “Têm todos uma ligação a algo que tem muito que ver com a minha formação, a fidelidade aos princípios”, justifica Isabel Capeloa Gil, 56 anos, a germanófila que, desde 2016, assume o cargo de reitora da Universidade Católica Portuguesa. No mês passado, inaugurou a nova Faculdade de Medicina, a primeira do setor privado no País.

A primeira pergunta não é para a reitora, é para a investigadora: a que se deve esta voragem humana pelo conhecimento?

O conhecimento é um processo que tem como objetivo a melhoria das condições de vida, estando estas não apenas centradas no ser humano mas também no respeito pelo ambiente. Não numa lógica predatória, de imposição à Natureza, mas de compreensão daquilo que são os fenómenos naturais. Costumo citar Francis Bacon, que esteve na origem do método experimental do século XIX: ele dizia que a função da Ciência era melhorar a condição humana e, portanto, não contribuir para a destruição. É verdade que, às vezes, perdemos um pouco este horizonte. Ainda há pouco lia uma afirmação de Margrethe Vestager, a comissária europeia para a concorrência, sobre a necessidade de interagirmos essa melhoria no que se refere aos processos de desenvolvimento de Inteligência Artificial, a qual, se não for bem utilizada, pode ter um efeito absolutamente danoso.

Na pandemia, a Ciência, com todos os seus avanços e recuos, esteve muito presente no dia a dia. Isto permitiu reforçar a sua importância?

Sim, sobretudo porque foi uma demonstração clara de que as instituições científicas, as universidades, os laboratórios, as grandes empresas e as farmacêuticas estavam preparados para produzir produtos que tiveram um efeito de mitigação e de combate à pandemia.

A colaboração entre os cientistas tornou esse processo inédito?

A Ciência, por natureza, é colaborativa e cosmopolita. Há uma lógica política das nações que não é a lógica dos cientistas. No século XIX, Goethe já dizia que não existe Ciência patriótica. E isto é interessante, porque os projetos das universidades, sobretudo na universidade moderna que nasceu do modelo alemão, estão muitos ligados à afirmação da Nação. Claro que as instituições científicas são um poderoso acelerador da capacidade de projeção do poder dos países, mas a prática científica faz-se de forma comunitária, através da interação e da colaboração. Quer a União Soviética quer o Estado nacional-socialista utilizaram os mecanismos da Ciência para processos de manipulação do conhecimento, para fins contrários ao que são estes princípios...

Do bem comum?

Exato, do bem comum.

Escreveu há pouco um artigo sobre como a experiência da pandemia veio reforçar a importância do contrato social. Vê sinais deste recentramento?

Vivemos num tempo em que é muito fácil pôr a circular narrativas falsas, que têm o efeito de descredibilizar, causar a incerteza, aprofundar a ansiedade das populações. Mas, nos momentos de crise, é absolutamente essencial reafirmar aquilo que são os princípios básicos do contrato social e do respeito pelo Outro, os valores essenciais das sociedades democráticas. Tem muito que ver com a tal prossecução do bem comum. Tivemos situações extraordinárias na sociedade civil como, por exemplo, a dinâmica criada por um grupo de jovens que, durante os surtos nos lares, se organizou para acompanhar os idosos, quando as equipas dos cuidadores estavam contaminadas.

Que papel podem ter as universidades, além de contribuir para o conhecimento?

A universidade é uma instituição central para a coesão das sociedades, porque capacita profissionais mas também educa cidadãos. Aliás, só formando pessoas é que podemos ter profissionais competentes. Formar pessoas significa fornecer-lhes os instrumentos para poderem gerir a própria vida com espírito crítico, terem a capacidade de eleger os seus caminhos, as competências para poderem escolher, de forma responsável, aquilo que vão ser ao longo da vida. Aquele discurso de que os indivíduos estão ao sabor das decisões dos outros é terrível: o “eles” – o governo, a igreja, a empresa... – é uma expressão retórica terrível na Língua Portuguesa. Somos cocriadores do nosso destino.

Nota: Pode ler o artigo na íntegra na edição impressa da Visão de 7 de outubro de 2021.

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Próximos eventos

Mensagem de Páscoa da Reitora

Cara Comunidade Académica,

Iniciamos por estes dias, a quarta semana de suspensão de aulas presenciais na UCP. As causas para esta situação singular nos 53 anos de vida da universidade são conhecidas, se bem que extraordinárias. E é também em momentos como este que a força da instituição se manifesta. 

Respondendo ao contexto pandémico, a universidade teve oportunidade de demonstrar o que melhor sabe fazer: encontrar soluções para resolver problemas, ao serviço das necessidades da sua comunidade de estudantes, ao serviço do país. Desde logo, na transformação tecnológica e metodológica para permitir a continuidade de um serviço de ensino de elevada qualidade, mas também na adoção de medidas de proteção profilática dos estudantes, docentes e colaboradores, e finalmente no contributo e colaboração com as autoridades no combate à pandemia. Privilegiámos a ação, em vez de simplesmente reagir. E continuamos a fazê-lo na lógica de serviço que preside à missão da Universidade Católica. 

Na homilia de Domingo de Ramos, o Magno Chanceler da UCP, D. Manuel Clemente recordava-nos que esta Semana Santa especial e diferente espelha um momento de alguma “deceção (...) não podendo já contar com o que contávamos, no que diz respeito a tempos e lugares previstos. Com receios e cautelas, por nós e pelos nossos.” Mas este é também um momento de esperança e de conversão, que se torna evidente, como salienta D. Manuel, nas formas diferentes e criativas em que o nosso serviço se exerce, numa “preocupação ativa” que se manifesta em iniciativas concretas e numa “aplicação redobrada”.  Na Católica, esta aplicação exprime-se igualmente num compromisso de liderança, assente no empenhamento ativo na manutenção da qualidade do serviço prestado, na responsabilidade para com a estabilidade laboral dos docentes e colaboradores e no comprometimento para com uma gestão sustentável da instituição.
 

Assim, 24 horas após a suspensão das aulas presenciais nos campida universidade, iniciou-se a progressiva transferência para a lecionação online, que tem vindo a funcionar em pleno com suporte em plataformas diversas desde 16 de março. De forma estruturada, as unidades académicas geriram o processo de mudança com o apoio notável das Direções de IT e o empenhamento dos professores. Os serviços de apoio transferiram-se para sistema remoto e continuámos a laborar. Tal foi possível, porque atempadamente se tomaram decisões e se investiu na segurança e nas infraestruturas tecnológicas. Na Católica, somos todos agora a geração 4.0!
 

Entendemos que neste momento crítico, a aplicação redobrada, se mede também pela intervenção na comunidade com base no conhecimento. As áreas de saúde mobilizaram-se na recolha e canalização de materiais urgentemente necessários ao SNS, de máscaras a meios de diagnóstico. No Centro Regional do Porto, o CBQF associou-se ao esforço de apoio ao Hospital de São João produzindo mais de 25.000 tubos para apoiar a amostragem do vírus SARS-CoV-2, e, por impressão 3D, produzindo mais de 100 viseiras. Em Lisboa, os estudantes de Enfermagem estão a reforçar a linha de apoio SNS24, em colaboração com a ARSLVRT e, em Viseu, a Faculdade de Medicina Dentária reforça o Centro Hospitalar de Viseu no fornecimento de cuidados de saúde oral a doentes crónicos (oncologia, nefrologia e cardiologia). Por outro lado, a UCP, através de docentes do ICS, colabora no grupo de aconselhamento nacional do Governo em Saúde Pública, e a Faculdade de Ciências Humanas, através do grupo de Comunicação em Saúde, elaborou, a pedido da DGS, o Manual de Saúde Pública.  

Respondendo às linhas de financiamento competitivo da FCT, por um lado, e da Fundação Calouste Gulbenkian, por outro, o CBQF e o CIIS submeteram propostas de projeto em colaboração para soluções de combate à COVID-19, que vão desde a melhoria do prognóstico e prevenção da doença à introdução de processos de robotização do diagnóstico. 

No apoio à comunidade mais frágil, no Porto, a Escola de Enfermagem colabora com a Cáritas Diocesana e as paróquias em iniciativas de sensibilização e voluntariado e a UDIP reforçou o seu serviço, introduzindo serviços online. Por sua vez, em Lisboa, a FCH está a colaborar com a Ordem de Serviço Social na bolsa de voluntariado para apoio a idosos institucionalizados, tal como acontece no Centro Regional de Braga, com os estudantes e docentes das Licenciaturas em Serviço Social e Psicologia.

Do mesmo modo, a universidade está atenta aos riscos do isolamento na sua comunidade. A Clínica Universitária de Psicologia (CUP) ligada à Faculdade de Educação e Psicologia está a dar apoio psicológico à comunidade interna ao CRP durante o período de emergência. Também a Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais, em Braga, disponibiliza serviço semelhante através do FACES (Centro de Atendimento Psicológico da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais), e na sede, foi lançada a iniciativa "Psicologia em Isolamento", coordenada pela Faculdade de Ciências Humanas, que pretende promover o bem-estar psicológico da comunidade académica e de todos os que acompanham regularmente as redes institucionais da UCP através da partilha de conselhos e artigos disponibilizados no site. 

O momento é de risco, mas não de desânimo. Por isso, preparando e antecipando cenários que permitam robustecer a decisão face à antecipada crise económica, a CLSBE preparou um conjunto de iniciativas que vão desde o Observatório da Sociedade Portuguesa e que estuda a transformação dos padrões de consumo, poupança e estilo de vida, à Análise de Micro Dados da Economia Portuguesa ou às Clínicas de Empresas para apoio às PME’s, lançado pelo Centro de Estudos Aplicados (CEA). No Porto, a CPBS lançou o programa virtual Gestão em Tempo de Crise dedicado a ajudar as empresas a navegar a incerteza do tempo presente.

A suspensão de atividades nos campifoi comunicada à comunidade, tendo como data limite  9 de abril. Face ao desenrolar das medidas de mitigação e ao anúncio do Governo de manter o encerramento de instituições de ensino até ao final de abril, a Reitoria decidiu que a atividade letiva até ao final do semestre se manterá em modelo de lecionação online. No final do mês de abril será avaliada a abertura progressiva dos serviços nos campie a possibilidade da realização presencial das avaliações finais nos meses de maio, junho e julho.

Quanto às provas públicas de Mestrado, Doutoramento e Agregação, tal como determinado no Despacho Reitoral ADM/0065/2020, e nos termos do estatuído na Lei n.º 1-A/2020 de 19 de março e no artigo 30.º do Decreto-Lei n.º 10-A/2020 de 13 de março, as provisões para a sua realização online mantem-se até ao final da vigência das medidas de exceção.
 

Vivemos certamente uma Páscoa diferente, mas a transformação que o tempo pascal consigo traz dá-nos a certeza de que a luz não tarda. Voltaremos ao rumo da sociabilidade, mais sensatos, porventura com menor ambição material e maior consciência da fragilidade própria e dos outros. Sobretudo, o momento que vivemos inspira-nos a valorizar a colaboração. Recordo as palavras do Santo Padre, na bênção Urbi et Orbide dia 27 de março, onde invoca a reação dos discípulos à tempestade que se levantou no Mar da Galileia: “fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda, todos estamos no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento.” 
 

Brevemente haverá um depois. Quer dando o peito à tempestade como na bonança, somos Católica. Sem desorientação, com energia, solidez e motivados, onde estiverem, remaremos juntos.
 

Em meu nome próprio e da equipa reitoral, desejo a todos uma Santa Páscoa.

 

Isabel Capeloa Gil

Reitora

 

 

 

 

 

 

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Quarta, 08/04/2020

Investigadores da Católica criam biosílica extraída da cana-de-açúcar

Um dos maiores projetos de investigação na área da biotecnologia, liderado pelo laboratório associado CBQF da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade da Católica Portuguesa, em parceria com a empresa Amyris Bio Products Portugal, apresentou um importante resultado: a primeira biosílica extraída da cana-de-açúcar com aplicação na indústria cosmética. Um ingrediente inovador que já deu origem a um produto que está a ser comercializado a nível internacional.

Manuela Pintado, investigadora do CBQF e coordenadora do projeto Alchemy em Portugal, refere que “esta primeira descoberta que dá origem a um produto inovador resulta de um conhecimento mútuo entre as duas entidades envolvidas – CBQF/ESB/UCP e Amyris -, de um alinhamento estratégico, mas acima de tudo do empenho de mais de 100 investigadores do projeto”. Manuela Pintado refere que a multidisciplinaridade da equipa - bioengenharia, microbiologia, bioanalítica entre outras áreas – permitiu “em dois anos criar um novo ingrediente bem aceite pelo mercado e que respeita os princípios da economia circular e do desenvolvimento sustentável”.

A biosílica sustentável é obtida a partir de cinzas de cana-de-açúcar, provenientes da queima de subprodutos das indústrias produtoras de açúcar para geração de energia, incluindo as folhas resultantes do processo da colheita da planta e do bagaço, material fibroso obtido após extração do xarope de açúcar. O novo ingrediente, o primeiro do mundo a ser criado com base em recursos sustentáveis, poderá ser usado, agora, na indústria cosmética, assumindo-se como uma alternativa sustentável e com melhor desempenho à sílica tradicional, extraída da areia, um recurso com intensa exploração no planeta.

“Este ingrediente vem tornar a cosmética limpa – clean beauty – ainda mais limpa e é, digamos assim, a ‘primeira pedra’ da implantação de um hub internacional de inovação na área da Biotecnologia com uma forte cultura de ciência aplicada, espirito empreendedor e empresarial, fortemente orientada ao mercado,” refere Miguel Barbosa, da Amyris Bio Products Portugal. A Amyris Bio Products Portugal é uma subsidiária da norte-americana Amyris Inc., cotada no NASDAQ, sedeada em Emeryville, Califórnia, e cujo CEO é o luso-americano John Melo.

Ciência ao serviço da sustentabilidade dos recursos mundiais
Raquel Madureira, investigadora do projeto, explica “mais do que um ingrediente sustentável, a biosílica mostra como a ciência pode ajudar a valorizar o desperdício de qualquer indústria, a salvaguardar a sustentabilidade dos recursos mundiais e, paralelamente, a promover uma ‘beleza limpa’, ao permitir o desenvolvimento de cosméticos limpos e seguros.” A este nível, refira-se que a indústria da beleza/estética produz milhões de toneladas de resíduos, desde o fornecimento de ingredientes até à criação da embalagem do produto. Este novo produto será comercializado pela Aprinnova, empresa norte-americana líder no campo da biotecnologia aplicada à cosmética sustentável e parceira da Amyris.

O projeto Alchemy que deriva de uma parceria estratégica entre a Universidade Católica Portuguesa, a empresa Amyris Bio Products Portugal e o Governo de Portugal, através da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), é financiado pelo Portugal 2020 e pelo Programa Operacional FEDER. Teve início em 2018 com o objetivo principal de estudar e desenvolver novas aplicações para os subprodutos/resíduos dos processos de fermentação da Amyris e da produção de cana-de-açúcar, potenciando assim o desenvolvimento de novas moléculas de elevado interesse comercial, com destaque para a indústria da cosmética, mas também para nutrição animal e humana, novos materiais e farmacêutica.

Para o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, “este primeiro resultado que advém do projeto Alchemy é muito importante. A AICEP tem acompanhado o processo desde o início, através do contrato de I&D estabelecido com a Amyris e a Universidade Católica Portuguesa, em 2018, e acreditamos que dará um contributo relevante para o aumento das exportações com alta intensidade tecnológica. A parceria com a UCP é um reconhecimento da qualidade do sistema universitário e da capacidade de investigação de Portugal e mais uma vez o talento português está a ser fundamental para o sucesso do projeto. Parabéns à Amyris e à UCP!” 

O Alchemy visa, simultaneamente, a promoção da transferência de tecnologia que se traduzirá num crescimento de competitividade das empresas na área da bioeconomia. Acrescente-se, ainda, que este projeto de investigação se materializa num centro de competências de excelência em biotecnologia, promovendo Portugal na linha da frente nas áreas da bioeconomia e economia circular.

 

Outras informações úteis:

Manuel Fontaine Campos: "Ensino do Direito em tempos de pandemia - algumas lições"

Os últimos meses de pandemia, por que todos temos passado, foram férteis em adversidades, mas também em oportunidades. Em particular no ensino superior, e como resultado da quarentena, tornou-se impossível a realização de atividades de ensino presencial, e bem assim de muitas atividades de investigação e de serviço à comunidade. Nalgumas universidades, as atividades de ensino foram, com mais ou menos rapidez, transpostas para plataformas online (Zoom, Microsoft Teams, Collaborate Ultra, etc.). É sobre essa experiência, ocorrida na Faculdade de Direito da Universidade Católica, no Porto, e sobre as lições que encerra para o futuro que pretendo aqui falar.

Tendo as aulas presenciais sido suspensas no dia 11 de março, foi com muito trabalho que se conseguiu, logo no dia 13 de março, retomar as aulas em formato online. Naturalmente, uma transposição tão rápida operou-se no pressuposto de que as aulas continuariam a ser lecionadas no mesmo horário e, na verdade, tanto quanto possibilitado pela tecnologia, no mesmo modelo das aulas presenciais. 

Ler artigo completo aqui.

Nota: Para consultar este artigo na íntegra deverá fazer log in no website do Jornal Público.

Maria de Fátima Ribeiro: "Os efeitos da separação entre um clube e a SAD que fundou"

Três perguntas e respostas sobre as dúvidas mais comuns a respeito do regime jurídico das Sociedades Desportivas.

  1. Pode um clube vender a totalidade da sua participação na SAD que fundou? Não é obrigado a ter sempre 10 por cento?
    A Lei das Sociedades Desportivas (LSD) não responde directamente a essa questão, mas a resposta, à luz dos princípios gerais vigentes no nosso ordenamento jurídico e do próprio espírito das normas da LSD interpretadas só pode ser positiva: um clube pode validamente deixar de ser sócio da SAD que tenha constituído pela via da personalização jurídica da sua equipa desportiva, por vários meios, como a declaração da sua insolvência, a deliberação em assembleia geral da sua dissolução, ou a alienação voluntária das acções que nela detenha. Porém, a partir do momento em que a sua participação se torne inferior a 10%, o clube deixa de poder beneficiar do regime de tutela especial que, enquanto sócio dessa SAD, a LSD lhe conferia. Na prática, deixa de ser aplicável a essa SAD, nas relações com o clube, o regime especial previsto para as sociedades constituídas pela personalização jurídica da equipa desportiva.
  2. O que sucede a essa SAD? Mantém direito a competir? Mantém a ligação ao clube fundador ou passa a SAD de raiz?
    A SAD não perde, por essa razão, o direito a participar na competição em que está integrada (o direito a participar em competições foi imperativa e definitivamente transmitido pelo clube à sociedade no momento da constituição desta). E passa, a partir do momento em que a participação do clube fundador se torna inferior a 10% (e só a partir daí) a ser regida, no que respeita às relações com o clube, pelas regras que se aplicam a uma sociedade desportiva constituída de raiz - o mesmo é dizer, deixa de estar sujeita à aplicação das normas da LSD que se destinam à protecção do clube fundador de uma sociedade desportiva constituída pela personalização jurídica da sua equipa.

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Reitora da Universidade Católica Portuguesa eleita membro da Academia Europaea

Isabel Capeloa Gil, Reitora da Universidade Católica Portuguesa, foi eleita membro ordinário da Academia Europaea, face à sua contribuição na área da investigação.

A Reitora da Universidade Católica Portuguesa conta com mais de 150 trabalhos publicados, contribuindo o seu trabalho de investigação para a definição do campo dos Estudos de Cultura.

A Academia Europaea, fundada em 1988, visa o "avanço e a promoção da excelência nos estudos de ciências humanas, direito, ciências económicas, sociais e políticas, matemática, medicina, e em todos os ramos das ciências naturais e tecnológicas em qualquer parte do mundo para o benefício público e para o avanço da educação do público de todas as idades nas disciplinas supracitadas na Europa".

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Terça, 22/09/2020

Universidade Católica Portuguesa vive «Ano Laudato Si», por um mundo mais inclusivo e responsável

A Universidade Católica Portuguesa (UCP) promoveu hoje o lançamento do Ano ‘Laudato Si’ na instituição, acolhendo assim o desafio lançado pelo Papa, no quinto aniversário da sua encíclica ecológica e social.

“O desafio do Papa Francisco é um desafio para que a Universidade questione também a forma como está a interagir com o espaço social, cultural, científico, e sobretudo, como o seu contributo participa na construção de um mundo melhor, mais inclusivo, mais responsável”, disse à Agência ECCLESIA a reitora da UCP, Isabel Capeloa Gil.

“Um mundo em que as pessoas sintam verdadeiramente que são parte da solução para construir pontes entre aqueles que têm maiores possibilidades económicas e os que não têm. De um mundo que não deixa ninguém para trás”, acrescentou.

A responsável destacou que os problemas que a universidade resolve “existem fora dos muros da instituição” e que a UCP quer ser uma “marca distintiva” da proposta católica na sociedade portuguesa, atenta aos problemas sociais, ambientais, éticos ou jurídicos.

Isabel Capeloa Gil entende que a visão do Papa Francisco vem desinstalar a ideia de uma universidade “virada para dentro”.

“A Laudato Si interpela-nos a ir mais além, a questionar as nossas próprias práticas”, assume.

Na celebração do Ano Laudato Si, que agora se inicia, nós vamos justamente questionar, fazer propostas e propostas que sejam de reformas e que tenham viabilidade real no mundo em que vivemos”.

A reitora da UCP sublinha que as questões levantadas pela ‘Laudato Si’, da ecologia à economia, passando pela espiritualidade, implicam uma prática “institucional” de transdisciplinaridade, com novos modelos, em vez de uma Academia “tecnocrática, hiperespecializada, mas que é, no fundo, profundamente limitada nessa especialização”

O padre José Manuel Pereira de Almeida, vice-reitor da UCP, sublinhou à Agência ECCLESIA que este é “um ano particularmente relevante para uma viragem”, para promover o “cuidado com a natureza, esta casa comum, e a atenção particular aos pobres”.

Em Portugal, observa o responsável, essa atenção está presente e a UCP não pode deixar de ser uma “interlocutora relevante” a respeito de uma encíclica muito bem acolhida, “sobretudo para lá das fronteiras da Igreja Católica”.

Para o vice-reitor da UCP, mais do que uma encíclica “verde”, a ‘Laudato Si’ é um documento da Doutrina Social da Igreja, com impacto nas Faculdades de Teologia, Economia, Direito e, sobretudo, na “interdisciplinaridade”.

“É uma oportunidade para levar a sério a oportunidade para transformar as práticas, a vida concreta, o estilo de vida, as opções, as prioridades”, acrescenta.

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Projetos de estudantes da ESB na final dos Health INNOVAtion Awards

Dois projetos desenvolvidos por estudantes da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto foram selecionados para a final dos Health INNOVAtion Awards, um acelerador de ideias que promove a inovação no setor da Saúde, que se realiza a 22 de setembro de 2020.

As estudantes do 2º ano da Licenciatura em Bioengenharia - Ana Catarina Lopes Ramos, Ana Sofia Fontes da Silva, Áurea Filipa Oliveira Covas, Maria Inês Silva Lopes da Fonte e Simone Conceição da Costa Sá​ – desenvolveram a APP - SIGnal Monitoring Analysis APP for cardiac diseases, um sistema capaz de analisar um conjunto de parâmetros fundamentais na vida de qualquer pessoa que tenha problemas cardíacos. Através desta aplicação para smartphone é possível medir de uma forma segura e rápida o nível de oxigénio, a pressão arterial, temperatura ou frequência respiratória. Um projeto também orientado pelo docente Pedro Rodrigues.

Sob orientação do docente Pedro Rodrigues, os estudantes do Mestrado em Engenharia Biomédica - Gabriel Silva e Marco Alves -, desenvolveram o projeto NeuroSDR - Software para deteção rápida e precoce das doenças de Alzheimer e Parkinson através da análise de sinais EEG. As doenças neurodegenerativas, como por exemplo a doença de Alzheimer (DA) e a doença de Parkinson (DP), são as principais causas de demência nos idosos. Este tipo de doenças provoca morte celular, o que pode ter impacto na memória, no pensamento cognitivo e nas funções motoras. Especificamente, 75% dos casos de demência a nível mundial advêm destas duas doenças.

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Seg, 21/09/2020

Isabel Capeloa Gil será oradora no debate “Fake News – O jornalismo europeu enfrenta novos desafios”

Isabel Capeloa Gil, Reitora da Universidade Católica Portuguesa, participará no debate online “Fake News – O jornalismo europeu enfrenta novos desafios” na próxima quinta-feira, dia 3 de dezembro, pelas 18h30, organizado pelo Goethe-Institut Portugal em colaboração com a UCP.

Com moderação por parte de Luísa Meireles, Diretora da agência LUSA, o debate contará ainda com a participação de João Vieira Pereira, Diretor do Expresso e Bernhard Pörksen, professor de Estudos dos Media na Universidade de Tübingen.

Focando nos media europeus, o debate irá abordar o contexto que originou a disseminação de fake news, que teve impacto no papel dos media enquanto quarto poder, incluindo o papel da internet, redes sociais e smartphones neste processo, visando a identificação de estratégias para enfrentar esta realidade.

O debate online insere-se no ciclo de debates “Quo Vadis Europa?”, iniciativa promovida pelo Goethe-Institut Portugal, pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã e pela Associação São Bartolomeu dos Alemães em Lisboa.
 

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Isabel Capeloa Gil será oradora no debate “Fake News – O jornalismo europeu enfrenta novos desafios” - cartaz

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Sexta, 27/11/2020