Ucrânia. Seis meses após invasão russa guerra de atrito sem fim à vista

Seis meses depois da invasão russa, o conflito na Ucrânia tornou-se numa guerra de atrito, com avanços e recuos dos dois lados, e sem fim à vista, antecipam especialistas ouvidos pela Lusa.

“Nós temos guerra [na Ucrânia] desde 2014, após a anexação da Crimeia e os conflitos no Donbass [leste]. Quando esta nova fase da guerra começou em 24 de fevereiro, inicialmente todos pensaram que, face ao poderio bélico russo, houvesse uma conquista rápida do território”, declarou Francisco Proença Garcia, professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica.

Segundo Proença Garcia, “este pensamento esfumou-se rapidamente devido a brava e corajosa resistência dos ucranianos e veio mostrar-nos que a guerra iria ser prolongada”.

“Será uma guerra prolongada porque não temos solução à vista. O Presidente ucraniano não quer ceder território, e está no seu direito, e os russos não querem entregar os territórios conquistados em qualquer tipo de negociação”, avaliou Proença Garcia.

“A guerra de atrição é isso mesmo, hoje ganha-se ‘x’ quilómetros quadrados e amanhã perde-se, isso é a guerra de atrição, é o atrito, naquilo que é a guerra tradicional de conquista e cedência de território”, adiantou.

Nota: Artigo completo disponível no Jornal Económico.