Podemos lavar as máscaras sociais com o resto da roupa? Quantas vezes? E reutilizar as cirúrgicas?

As máscaras continuam na ordem do dia. E vão continuar, prevê-se, durante muito mais tempo. Primeiro porque é um assunto novo no nosso modo de vida e, depois, porque não se sabe quanto tempo vai durar esta pandemia. O mesmo é dizer, não sabemos até quando teremos de conviver com um artefacto a tapar-nos metade da cara.

Importa dizer, e nunca é demais, repeti-lo, que as máscaras funcionam em complemento das regras de distanciamento físico e lavagem das mãos. “A máscara não é uma panaceia para prevenir uma transmissão viral, é apenas mais uma precaução”, nota Henrique Lopes, professor de Saúde Pública na Universidade Católica Portuguesa.

O especialista, também membro da Task Force da Aspher (acrónimo em inglês para Associação de Escolas de Saúde Pública da Região Europeia) para a Covid-19, chama especial atenção para os erros que têm sido cometidos na utilização das máscaras e quer iniciar um combate ao erro alertando para seis princípios básicos, uma espécie de mandamentos que, se seguidos, reduzem em “80% ou 90% a probabilidade de ser contagiado”:

  • Não mexer na máscara enquanto a usa. Nunca;
  • Colocar bem a máscara, tapando o nariz, a boca e o queixo;
  • Tirá-la bem, sempre através dos elásticos ou atilhos;
  • Ter zonas limpas e zonas sujas em casa (nestas últimas é onde se descalça e despe quando chega da rua);
  • Tomar banho quando chega a casa (mesmo que seja o segundo banho do dia);
  • Lavar as mãos e a cara várias vezes ao dia.

Se cumprir estas regras “pode descontrair”, diz, e não entrar em paranoias desnecessárias. A verdade é que muito antes de as máscaras serem recomendadas pelas autoridades de Saúde já a corrida tinha começado.

Desde o início de 2020 e até ao dia 3 de maio foram vendidas, nas farmácias, quase 41 milhões de máscaras.

Se nas primeiras semanas de janeiro foram vendidas pouco mais de 200 mil a cada semana, segundo os dados da HMR – Health Market Search, que contabiliza as vendas nestes estabelecimentos, o número foi trepando por aí a cima. No início de fevereiro venderam-se quase 6,5 milhões de máscaras. O mercado ressentiu-se com tanta procura, como se sabe, e passou a ser muito difícil comprar. Só em meados de abril é que a oferta comercial recomeçou. O que coincidiu com a norma da Direção Geral de Saúde (DGS), assinada por Graça Freitas a 13 de abril, para o uso de máscaras sociais ou comunitárias. Depois isso o Infarmed disponibilizou informação mais minuciosa , feita em colaboração com a DGS e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

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