José Miguel Sardica: "Auschwitz-Birkenau: pode o inferno ter cor?"
A história, verídica, é contada por Laurence Rees no seu livro «The Holocaust». Freda Wineman, uma judia francesa de 20 anos, foi deportada para Auschwitz-Birkenau no verão de 1944. Cruzando o portão da morte, o comboio que a levava, com a família e um milhar de outros judeus, deteve-se na “Judenrampe”. O cheiro era nauseabundo. Um “Sonderkommando” ordenou que uma jovem mãe, ao lado de Freda, entregasse o seu filho recém-nascido à mãe de Freda, que tinha 46 anos. Formaram-se duas colunas no cais de pedra e poeira cinzenta: o pai e os três irmãos de Freda de um lado, a sua mãe, carregando ao colo um bebé desconhecido, do outro lado. A jovem judia francesa deu então um passo para se juntar à mãe, mas um médico das SS - muito possivelmente o tenebroso Josef Mengele - indicou-lhe que deveria ir para o lado dos jovens adultos, onde já estava também a jovem mãe apartada do seu bebé. Foi então que David, o irmão mais velho de Freda, disse ao mais novo, Marcel, de 13 anos, para ir ter com a mãe. Josef Mengele não o deteve.
Artigo completo disponível na Renascença.
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