A favor: “O celibato é um dom e não é uma questão em debate". Contra: “Tivemos séculos de padres casados e não veio mal ao mundo"

Depoimento de José Jacinto Farias, padre, teólogo e professor catedrático na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa

A origem do celibato está no próprio Jesus Cristo. Costuma dizer-se que a origem do celibato está ligada a uma oração, a uma lei da Igreja, mas isso não corresponde à verdade. O que aconteceu é que, ao longo da história, coexistiu o celibato e também o sacramento do matrimónio para os ministros da Igreja, mas progressivamente foi tornado lei e universalizou-se o celibato para todos os sacerdotes.

O que me parece, e isso não tem sido posto em relevo, é que o celibato total elimina o matrimónio cristão e o matrimónio cristão elimina o celibato. O celibato consagrado deve ser fecundo, uma fecundidade espiritual e apostólica, e o matrimónio deve ser casto, ou seja, vivido nesta delicadeza do amor dos esposos. Agora, as dificuldades, a fraqueza humana, o pecado da Igreja sempre existiram.

Artigo completo disponível na CNN.