Aquacultura: O que precisa saber sobre esta forma de pôr peixe na mesa
O que é a aquacultura?
Aquacultura é a produção de espécies marinhas num espaço controlado. São instalações que têm como objetivo a reprodução, engorda e depuração de peixes, crustáceos e moluscos a fim de aumentar a sua população para que o consumo humano não coloque em perigo a sua existência no seu habitat natural.
Em Portugal, esta atividade é considerada uma importante alternativa ao tradicional abastecimento de pescado. Este tipo de produção pode ser desenvolvido de três formas: em regime extensivo, semi-intensivo ou intensivo.
No regime extensivo dá-se prevalência maioritariamente ao uso das condições naturais. A espécie a cultivar é mantida num meio natural controlado e a sua alimentação é também natural.
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Vantagens e desvantagens
Independentemente do tipo de regime em que as espécies são criadas, esta alternativa de produção de pescado, moluscos e bivalves fornece quase metade do pescado consumido em todo o mundo. Na prática, isto significa que, através da aquacultura, é possível fazer chegar pescado a mais pessoas sem colocar em risco a existência das espécies.
Mas, este tipo de produção tem as suas desvantagens e, neste caso, pode debater-se com o problema dos efluentes provenientes da sua atividade. E há quem esteja atento a esta questão.
Em prol de um mar mais limpo, sem descurar a importância que esta atividade tem, há um projeto português que está a utilizar microalgas e bactérias para tratar os efluentes gerados na aquacultura e reutilizar a água. Trata-se do GreAT, e foi desenvolvido pela Universidade Católica Portuguesa e pela Universidade de Aveiro.
“O desenvolvimento de uma economia azul sustentável permite combater as alterações climáticas, recuperar a biodiversidade e utilizar os recursos marinhos de uma forma mais responsável”, começa por explicar uma das investigadoras do projeto, Paula Castro.
“A eficiência dos sistemas de tratamento de águas residuais no setor da aquacultura marinha é de extrema importância para a proteção do ambiente, especialmente para minimizar o impacto destes nos ecossistemas aquáticos onde são descarregados”, continua.
Assim, a equipa investigadora do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica criou um projeto que permitiu desenvolver processos de biomassa granular composta por microalgas e bactérias que se tornaram uma solução eficiente para o tratamento de efluentes de aquacultura.
Nota: Artigo completo disponível na Recicla.
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