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JSTA: Já disponível o novo número

JSTA

Está já disponível o novo número do JSTA, Journal of Science and Technology of the Arts.

Nesta edição, editada por Cristina Sá, André Baltazar e Rui Torres, reúnem-se os seis melhores papers apresentados na 21ª Conferência Internacional Consciousness Reframed, decorrida entre 6 e 8 de Junho de 2019, numa organização do CITAR, em colaboração com o Planetary Collegium. 

Excerto do editorial:

Titled "Sentient States: Bio-mind and Techno-nature", the conference proposed to expand the trans-disciplinary inquiries into art, science, technology, and consciousness that previous Consciousness Reframed Conferences, under the direction of Professor Roy Ascott, had already promoted. Aimed at looking at the nature of artificial thought, participants examined how forms of intelligence can be found in nature. Adopting diverse perspectives, multiple creative practices and theories, they explored the ways in which our planetary consciousness is reframing and reforming. The texts selected for this publication seem to confirm that the intersection of practice and theory constitutes a good opportunity to reframe and reform critical thinking in academia as well.

Esta edição marca ainda o início de um processo de renovação da revista, assumido pela nova equipa editorial no seguimento da celebração, em 2019, de dez anos de existência da mesma. Esta renovação passou e irá passar por uma série de passos: mudança da imagem gráfica - cujo primeiro passo se vê neste número, com um novo logo; a clarificação do nome da revista - oficialmente Journal of Science and Technology of the Arts e sigla JSTA; e a integração no novo portal de Revistas da UCP:  No número de julho, o JSTA apresentará novas secções e a completa revisão gráfica da paginação.

Categorias: Escola das Artes

Quinta, 07/05/2020

Investigadores da Católica criam biosílica extraída da cana-de-açúcar

Um dos maiores projetos de investigação na área da biotecnologia, liderado pelo laboratório associado CBQF da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade da Católica Portuguesa, em parceria com a empresa Amyris Bio Products Portugal, apresentou um importante resultado: a primeira biosílica extraída da cana-de-açúcar com aplicação na indústria cosmética. Um ingrediente inovador que já deu origem a um produto que está a ser comercializado a nível internacional.

Manuela Pintado, investigadora do CBQF e coordenadora do projeto Alchemy em Portugal, refere que “esta primeira descoberta que dá origem a um produto inovador resulta de um conhecimento mútuo entre as duas entidades envolvidas – CBQF/ESB/UCP e Amyris -, de um alinhamento estratégico, mas acima de tudo do empenho de mais de 100 investigadores do projeto”. Manuela Pintado refere que a multidisciplinaridade da equipa - bioengenharia, microbiologia, bioanalítica entre outras áreas – permitiu “em dois anos criar um novo ingrediente bem aceite pelo mercado e que respeita os princípios da economia circular e do desenvolvimento sustentável”.

A biosílica sustentável é obtida a partir de cinzas de cana-de-açúcar, provenientes da queima de subprodutos das indústrias produtoras de açúcar para geração de energia, incluindo as folhas resultantes do processo da colheita da planta e do bagaço, material fibroso obtido após extração do xarope de açúcar. O novo ingrediente, o primeiro do mundo a ser criado com base em recursos sustentáveis, poderá ser usado, agora, na indústria cosmética, assumindo-se como uma alternativa sustentável e com melhor desempenho à sílica tradicional, extraída da areia, um recurso com intensa exploração no planeta.

“Este ingrediente vem tornar a cosmética limpa – clean beauty – ainda mais limpa e é, digamos assim, a ‘primeira pedra’ da implantação de um hub internacional de inovação na área da Biotecnologia com uma forte cultura de ciência aplicada, espirito empreendedor e empresarial, fortemente orientada ao mercado,” refere Miguel Barbosa, da Amyris Bio Products Portugal. A Amyris Bio Products Portugal é uma subsidiária da norte-americana Amyris Inc., cotada no NASDAQ, sedeada em Emeryville, Califórnia, e cujo CEO é o luso-americano John Melo.

Ciência ao serviço da sustentabilidade dos recursos mundiais
Raquel Madureira, investigadora do projeto, explica “mais do que um ingrediente sustentável, a biosílica mostra como a ciência pode ajudar a valorizar o desperdício de qualquer indústria, a salvaguardar a sustentabilidade dos recursos mundiais e, paralelamente, a promover uma ‘beleza limpa’, ao permitir o desenvolvimento de cosméticos limpos e seguros.” A este nível, refira-se que a indústria da beleza/estética produz milhões de toneladas de resíduos, desde o fornecimento de ingredientes até à criação da embalagem do produto. Este novo produto será comercializado pela Aprinnova, empresa norte-americana líder no campo da biotecnologia aplicada à cosmética sustentável e parceira da Amyris.

O projeto Alchemy que deriva de uma parceria estratégica entre a Universidade Católica Portuguesa, a empresa Amyris Bio Products Portugal e o Governo de Portugal, através da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), é financiado pelo Portugal 2020 e pelo Programa Operacional FEDER. Teve início em 2018 com o objetivo principal de estudar e desenvolver novas aplicações para os subprodutos/resíduos dos processos de fermentação da Amyris e da produção de cana-de-açúcar, potenciando assim o desenvolvimento de novas moléculas de elevado interesse comercial, com destaque para a indústria da cosmética, mas também para nutrição animal e humana, novos materiais e farmacêutica.

Para o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, “este primeiro resultado que advém do projeto Alchemy é muito importante. A AICEP tem acompanhado o processo desde o início, através do contrato de I&D estabelecido com a Amyris e a Universidade Católica Portuguesa, em 2018, e acreditamos que dará um contributo relevante para o aumento das exportações com alta intensidade tecnológica. A parceria com a UCP é um reconhecimento da qualidade do sistema universitário e da capacidade de investigação de Portugal e mais uma vez o talento português está a ser fundamental para o sucesso do projeto. Parabéns à Amyris e à UCP!” 

O Alchemy visa, simultaneamente, a promoção da transferência de tecnologia que se traduzirá num crescimento de competitividade das empresas na área da bioeconomia. Acrescente-se, ainda, que este projeto de investigação se materializa num centro de competências de excelência em biotecnologia, promovendo Portugal na linha da frente nas áreas da bioeconomia e economia circular.

 

Outras informações úteis:

Pedro M. Alves: "A emoção nos "tempos modernos" da educação"

O atual contexto sanitário reforçou a relevância das ferramentas digitais na comunicação pedagógica. Ao mesmo tempo, enfatizou a crescente individualização de experiências tradicionalmente coletivas. Contudo, as emoções humanas mantêm-se como poderosos fatores para o desenvolvimento de aprendizagens significativas. Num momento em que urgem novos modelos de prática educativa, importa que os processos de distanciamento interpessoal através de canais digitais não anulem, mas potenciem, o envolvimento emocional dos jovens.

A imposição recente e generalizada de confinamento doméstico e a iminência de uma segunda vaga pandémica conduziram à natural necessidade de uma renovação pedagógica nas escolas e universidades. Estas têm procurado definir modelos logisticamente exequíveis e pedagogicamente válidos para fomentar nos seus estudantes as competências desejadas. Mas são várias as dúvidas e incertezas, sobretudo no que concerne ao impacto das novas estratégias e possibilidades educativas.

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Nota: Este artigo faz parte dos conteúdos exclusivos para assinantes do Público.

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Nuno Crespo: "De que é feita uma colecção?"

A pergunta que dá título a este texto é uma citação do nome da exposição inaugural do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra. Com curadoria de David Santos (actual curador responsável pela Colecção de Arte Contemporânea do Estado) e por José Maçãs de Carvalho (curador do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra), propõe-se explorar os conceitos de "corpo" e "matéria" através de um percurso por esta colecção pública.

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Nota: Este artigo faz parte dos conteúdos exclusivos para assinantes do Público.

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Pós-graduação em Curadoria é aposta da Escola das Artes para 2020/2021

PG Curadoria

A pós-graduação em curadoria é uma das novas área de formação na Escola das Artes no ano letivo de 2020/2021, para a qual se estão já a aceitar candidaturas.

Esta nova formação, de orientação teórico-prática, pretende estimular e aprofundar os conhecimentos teóricos e profissionais nas áreas da pesquisa e desenvolvimento de projetos de curadoria de arte, promovendo o desenvolvimento de um discurso crítico e a capacidade prática para preparar, montar e comunicar uma exposição.

Com um ensino marcado por uma forte presença e colaboração de curadores altamente reconhecidos no meio artístico nacional e internacional, bem como de artistas, realizadores e especialistas internacionais nas áreas da arte contemporânea e do cinema (presentes na Escola das Artes no contexto de Exposições, Residências Artísticas, Seminários e Conferências ou Summer School) e uma parceria alargada com a Fundação de Serralves, prepararemos futuros curadores, críticos e pesquisadores de arte que desejem trabalhar em museus, galerias, centros e espaços independentes, meios de comunicação e projectos dedicados à arte contemporânea.

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Sexta, 31/07/2020

Projetos de estudantes da ESB na final dos Health INNOVAtion Awards

Dois projetos desenvolvidos por estudantes da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto foram selecionados para a final dos Health INNOVAtion Awards, um acelerador de ideias que promove a inovação no setor da Saúde, que se realiza a 22 de setembro de 2020.

As estudantes do 2º ano da Licenciatura em Bioengenharia - Ana Catarina Lopes Ramos, Ana Sofia Fontes da Silva, Áurea Filipa Oliveira Covas, Maria Inês Silva Lopes da Fonte e Simone Conceição da Costa Sá​ – desenvolveram a APP - SIGnal Monitoring Analysis APP for cardiac diseases, um sistema capaz de analisar um conjunto de parâmetros fundamentais na vida de qualquer pessoa que tenha problemas cardíacos. Através desta aplicação para smartphone é possível medir de uma forma segura e rápida o nível de oxigénio, a pressão arterial, temperatura ou frequência respiratória. Um projeto também orientado pelo docente Pedro Rodrigues.

Sob orientação do docente Pedro Rodrigues, os estudantes do Mestrado em Engenharia Biomédica - Gabriel Silva e Marco Alves -, desenvolveram o projeto NeuroSDR - Software para deteção rápida e precoce das doenças de Alzheimer e Parkinson através da análise de sinais EEG. As doenças neurodegenerativas, como por exemplo a doença de Alzheimer (DA) e a doença de Parkinson (DP), são as principais causas de demência nos idosos. Este tipo de doenças provoca morte celular, o que pode ter impacto na memória, no pensamento cognitivo e nas funções motoras. Especificamente, 75% dos casos de demência a nível mundial advêm destas duas doenças.

Saiba mais aqui.

 

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Seg, 21/09/2020

Investigadora Célia Manaia integra lista de cientistas mais citados em todo o Mundo

A investigadora Célia Manaia, do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Escola Superior de Biotecnologia, é uma dos 12 investigadores de instituições portuguesas mais citadas do mundo, segundo a lista “Highly Cited Researchers 2020”, elaborada pela empresa norte-americana Clarivate Analytics. Uma distinção que, para Célia Manaia, “é um reconhecimento do trabalho feito, de procurar ir ao encontro das questões mais centrais na área em que investigamos e de trabalhar em rede.”

Licenciada em Bioquímica e doutorada em Microbiologia, ambos pela Universidade de Coimbra, Célia Manaia é docente da Escola Superior de Biotecnologia e investigadora do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa. Ao longo dos seus mais de 25 anos como investigadora, tem vindo a dedicar-se ao estudo da diversidade e ecologia bacteriana, em particular de zonas sujeitas à ação humana. Nos últimos anos, Célia Manaia tem vindo também a estudar a dispersão ambiental de bactérias resistentes a antibióticos.

Highly Cited Researchers 2020 distingue 6167 investigadores de todo o mundo

A lista “Highly Cited Researchers 2020”, abrange a última década, e este ano distinguiu 6167 investigadores de mais de 60 países: 3.896 foram distinguidos pelo seu desempenho, em 21 áreas, e 2.493 pelo seu desempenho transversal. Esta lista incide apenas nos artigos mais citados, que representam 1% do que se publica no mundo.

Os países mais representados no ranking deste ano são os Estados Unidos da América, a China, o Reino Unido e a Alemanha. A lista inclui também 26 Prémios Nobel e a Universidade de Harvard, nos EUA, lidera novamente o número de cientistas. A lista completa pode ser consultada aqui.

Satisfeita com a distinção, que é o reconhecimento do trabalho de investigação desenvolvido, Célia Manaia alerta que “as métricas em ciência devem ser vistas com cautela e não devemos deixar que tudo se transforme em números e rankings.” Aos investigadores mais novos, a investigadora deixa alguns conselhos: “trabalhar sempre com muita seriedade, com verdadeira honestidade intelectual, e, muito importante, comunicar bem – com rigor, clareza e transparência”.

Categorias: Investigação Escola Superior de Biotecnologia

Quinta, 19/11/2020

Obras de arte de Serralves vão estar mais acessíveis. Não vão para a rua mas para universidades

Studentato, um termo italiano para a vida de estudante, não só académica como interdisciplinar, de trocas de experiências e de encontro, serve de mote para o encontro entre o mundo académico e o vasto universo da cultura. Para a Fundação de Serralves, salienta a curadora Joana Valsassina, a exposição enunciada com sonoridade latina concretiza uma "aproximação", que já se iniciara "antes deste contexto que estamos a viver": ter a cultura e a arte no quotidiano da vida académica.

Retomar o ritmo dos dias é fazer renascer "a arte da vida, embora haja tanto desencontro pela vida", uma lição que Vinícius encetou e nesta altura se revela ainda mais premente. Joana Valsassina considera que esta foz que entrelaça cultura e academia contribui para "marcar o regresso dos estudantes, depois de uma ausência prolongada".

A Federação Académica do Porto assinala que a parceria com a Fundação Serralves, para reunir o espólio e fazê-lo imergir nas instalações das Faculdades de Economia, de Engenharia, do Instituto Superior de Engenharia do Porto e da Universidade Católica Portuguesa, é uma forma de "fornecer oportunidades aos estudantes". Marcos Alves Teixeira defende a necessidade de trazer a cultura para um lugar de indispensabilidade, sobretudo quando as carteiras das famílias foram largamente afetadas pela crise pandémica. E esse compromisso pode começar na academia, substancia. "O confinamento já nos tirou muito, e sabemos que os jovens sofreram um impacto muito grande, também em termos de saúde mental."

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Isabel Capeloa Gil na Rádio Renascença: Católica | Talento para o Futuro

No passado domingo, dia 5 de março, a Reitora da Universidade Católica Portuguesa (UCP), Isabel Capeloa Gil, juntou-se à equipa de locução da Rádio Renascença a propósito da 3.ª edição do Católica | Talento para o Futuro, um dia onde 16 faculdades da UCP abrem as suas portas, este ano em formato digital, para dar a conhecer a oferta formativa que a universidade dispõe e que irá decorrer no dia 10 de março das 10h00 às 19h00.

Isabel Capeloa Gil informou que "este ano devido à situação de exceção que vivemos, vamos na mesma organizar o Open Day, mas em formato virtual, com uma plataforma digital que vai permitir que os potenciais candidatos, os seus pais e todas as pessoas que tenham interesse em conhecer os cursos da universidade possam ter contacto com aquilo que são as ofertas, as saídas profissionais e o perfil dos cursos, falando com especialistas de cada uma das 16 faculdades."

A reitora não deixou de indicar a importância do ensino superior na vida do estudante, dizendo que "chegar ao final do ensino secundário e fazer a escolha para aquilo que vai ser a sua formação inicial do ensino superior é importante para os jovens, é um momento de viragem de vida."

Acerca da condicionalidade profissional que a escolha de um curso que antigamente traria, Isabel Capeloa Gil acredita que "hoje em dia o mercado é muito mais flexível, como o tipo de competências que os vários setores exigem e necessitam , resulta muitas vezes de um conjunto de skills que podem ser desenvolvidos a partir de áreas disciplinares muito diferentes e esta primeira escolha de entrar no ensino superior é um primeiro caminho para uma formação que, cada vez mais, se fará ao longo da vida".

A reitora da Universidade deixou o desafio para os estudantes, professores e empresas se inscreverem neste evento de grande interesse, tendo ainda poucos dias para o fazer, no website da UCP ou das suas Faculdades. 

Pode ouvir a emissão completa do programa "Pequenas Grandes Coisas" na Rádio Renascença aqui.

Paula Castro: "O poder do invisível na saúde do planeta"

O meu filho mais novo é adolescente e faz anos hoje, dia 5 Junho - desejo que quando atingir a idade da mãe possa festejar neste dia mundial do ambiente o sucesso que a humanidade obteve ao reverter caminhos vertiginosamente perigosos para a nossa sobrevivência como espécie.

No Porto Cuidar do solo é um dever de todos - é dele que vem o nosso sustento e assim a saúde da humanidade depende da saúde do solo. Os solos contribuem com 25% da biodiversidade do planeta, invisível aos nossos olhos, e nele são criados 95% dos alimentos que consumimos.

As suas funções não se esgotam aí - também purificam água, controlam cheias e fixam carbono, contribuindo para a estabilização do clima. Os cientistas têm a responsabilidade de dar a ver o solo a toda a sociedade, de tornar visível o que aparentemente não passa de um suporte físico para plantas, estradas ou cidades.

A FAO (a organização das Nações Unidas dedicada à agricultura e alimentação) calcula que um terço do solo mundial está significativamente degradado. Há estimativas que apontam que a cada ano uma área correspondente à produção de 20 milhões de toneladas de cereais é perdida devido à desertificação.

As causas que nos trouxeram a este estado são múltiplas: monoculturas com pouca ou nenhuma rotação, abuso de agroquímicos de síntese, compactação e impermeabilização agravada pelo crescimento urbano, entre outros. Mas talvez a perda mais insidiosa seja a da biodiversidade escondida - os organismos que fazem a diferença entre um solo vivo, fértil, dinâmico e regenerador, e um pó inerte quiçá recheado de contaminantes.

Desde há duas décadas que investigadores na Escola Superior de Biotecnologia da Católica no Porto se dedicam a desenhar soluções baseadas na natureza com vista à regeneração de solos. A biodiversidade do solo é a fonte de inspiração para soluções naturais: desde os biofertilizantes aos bioinoculantes desenvolvemos cocktails de microrganismos que fixam azoto e solubilizam fósforo (nutrientes críticos ao crescimento vegetal) e criam redes de comunicação subterrânea que distribuem água e nutrientes pelas plantas e as protegem de doenças.

Ler artigo completo aqui.

CBQF no programa "Mentes Que Brilham" do Porto Canal

A Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e a empresa americana, Amyris, estão atualmente a desenvolver um projeto de produção de adjuvantes para vacinas profiláticas, que têm um papel fundamental na resposta imunitária provocada pelas vacinas incluindo algumas contra SARS-Cov2.

O Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) recebeu Cláudia Fonseca, do programa "Mentes que Brilham" do Porto Canal para conhecer o projeto, o laboratório e, a equipa que está por detrás do mesmo, entrevistando João Carlos Fernandes da Escola Superior de Biotecnologia.

Assista aqui à reportagem completa no Porto Canal.

AgroGrIN Tech distinguida nos Prémios Empreendedor XXI

A AgroGrIN Tech, criada por investigadores do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, foi uma das dez jovens empresas finalistas em Portugal, no âmbito do programa Prémios Empreendedor XXI. Uma iniciativa promovida pela La Caixa em parceria com o Banco BPI Portugal, que contou com a participação de mais de 171 startups/PMEs. No âmbito deste concurso, a Agência Nacional de Inovação distinguiu, através do programa Born from Knowledge (BfK), a AgroGrIN Tech como a empresa portuguesa que mais se destacou em atividades de Investigação & Desenvolvimento (I&D).

A AgroGrIN Tech, fundada pela investigadora Débora Campos, com o apoio dos investigadores Ricardo García e Ana Vilas-Boas, pretende ser uma referência a nível nacional e internacional, em termos de inovação tecnológica, sustentável e económica para o aproveitamento total dos resíduos gerados pelas industrias de processamento de frutas e vegetais. A aplicação do seu processo patenteado permite produzir novos ingredientes funcionais de alto valor económico através destes resíduos, permitindo a sua reintegração na cadeia alimentar. Além disso, a implementação do processo da AgroGrIN Tech permitirá às empresas a transição para uma economia circular, podendo assim ser económica e ambientalmente sustentáveis.

A startup nasceu do trabalho de investigação científica desenvolvido por Débora Campos durante o seu doutoramento, coordenado pela investigadora Manuela Pintado, na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto. Por esse motivo, a distinção BfK nos Prémios Empreendedor XXI é o reconhecimento pelo elevado impacto da investigação & desenvolvimento no trabalho da AgroGrIN Tech, o pilar base da startup.

A equipa da AgroGrIN Tech explica que esta distinção "é o impulso de que a startup precisava para o seu crescimento e expansão global, uma vez que neste momento se encontra à procura de investimento para acelerar o seu processo de crescimento.”

Categorias: Escola Superior de Biotecnologia

Seg, 10/05/2021

Nuno Crespo: "O mais novo de todos os artistas"

Sempre fui fascinado pelos olhos do Julião. Atentos, curiosos, cheios de energia. Olhos de felino sempre vigilante a todas as criaturas e a todas as coisas que o rodeavam. A sua visão era de quem está sempre a descobrir coisas, a estabelecer relações, a encontrar motivos de conversa, de admiração, de perguntas. Um olhar que se foi sempre renovando e que fazia com que fosse, de todos, o artista mais novo.

A partir do seu modo de ver, conseguiu, mais do que desenvolver pinturas, desenhos, filmes, performances ou instalações (o que realmente fez), expressar e materializar um corpo artístico único. Um todo, como ele gostava de dizer. Se as telas brancas e o vestido preto (“the sexy litle black dress”) são as suas imagens icónicas, os diálogos que estabeleceu com outros artistas e a maneira como fez da sua prática artística um campo fundamental de experimentação e descoberta do mundo são as maiores lições que nos deixou.

Foi sempre notável a maneira como o Julião queria experimentar coisas novas, conhecer novos artistas, desenvolver novos projectos. Tinha sempre alguma ideia nova para nos contar e em que nos queria envolver. Estava sempre a puxar-nos pela manga e a dizer “Anda cá ver isto.” Não se tratava de um programa ou de uma estratégia, era a sua posição no mundo: insaciável, movido por uma enorme curiosidade e dono da maior e da melhor juventude de todas.

Essa juventude, que fez dele sempre o artista mais novo, tinha um poder mobilizador enorme. E foi à volta dessa juventude que tantos de nós crescemos: artistas, críticos, curadores, amigos. E foi sempre imenso aquilo que nos deu.

Ler artigo completo aqui.

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Curtas 2021: Alumnus da EA vence prémio de melhor realizador

Prémio alumnus EA no Curtas

Mário Macedo, alumnus da Escola das Artes, venceu o Prémio de Melhor Realizador da Competição Nacional do Festival Curtas Vila do Conde. Numa competição que contava com mais dois alumni da EATerceiro Turno, ganhou o Prémio Kino Sound Studio, que garante ao realizador 2500 € em serviços. 

Terceiro Turno foi também coproduzido por uma produtora fundada por alumni da EA: a Olhar de Ulisses dos realizadores André Guiomar e Luís Costa. O filme foi também produzido pela Vento Forte.

Na mesma competição o Prémio Escola das Artes (fruto da parceria entre a EA e o festival) para o melhor filme foi atribuído a Madrugada, de Leonor Noivo.

 

Os realizadores-produtores da Olhar de Ulisses

 

Cursos nesta área

 
 

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Quinta, 05/08/2021

Escola das Artes com grande participação no Indielisboa

Indielisboa 2021

A Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa volta a ter uma grande participação num dos maiores festivais de cinema portugueses. Desta vez, no Indielisboa que decorre de 21 de agosto a 6 de setembro. Os alunos da EA estão presentes nas competições Novíssimos, IndieJúnior e no Fundo de Apoio ao Cinema, onde concorrem também projetos de professores e alumni da EA.

Na competição Novíssimos, dedicada a filmes de escola e primeiros filmes, estão duas produções da EA: Party Tattoos, projeto de conclusão de licenciatura de Teresa Sandeman, e Poente, um filme que Vasco Trabulo Bäuerle realizou no primeiro ano do Mestrado em Cinema, cujo projeto já tinha sido apresentado no Fundo de Apoio ao Cinema do Indie em 2020. Na competição IndieJúnior, dedicada a cinema para jovens e crianças, está o filme Nada se Perdeprojeto de fim de licenciatura de Leonor Faria Henriques.

No Fundo de Apoio ao Cinema 2021, iniciativa complementar de apoio à pós-produção de filmes portugueses do qual a EA volta a ser parceira, será apresentado fora de competição Um Longo Fim-de-Semana, projeto do aluno de segundo ano do Mestrado em Cinema Sérgio Roo. Na competição do Fundo estarão ainda os filmes Aos dezasseis, do professor da EA Carlos Lobo, e Saturno, dos alumni da EA André Guiomar e Luís Costa. Os dois filmes forma produzidos pelas produtoras Olhar de Ulisses e Cimbalino Filmes, ambas fundadas por alumni da EA.

 


PARTY TATTOOS

(Doc., 7:56, PT, 2020)
Realização: Teresa Sandeman

 
(PT) Se os aniversários são celebração, bolo e velas, eles são também um ritual de produção de imagens que arquivamos na expectativa de reencontro na posteridade. Este filme é um pequeno documentário sobre o reencontro com essas imagens. O que elas revelaram, e surpreendentemente, o que elas fizeram pensar.

 


POENTE
EVENTIDE

(FIC, 11', PT, 2021)
Realização: Vasco Trabulo Bäuerle

(PT) Rafa pressente uma despedida eminente, lembrando lugares passados, encontros e conexões fátuas.
 


NADA SE PERDE
NOTHING IS LOST

(Ani., 04:05, PT, 2020)
Realização: Leonor Faria Henriques

 
(PT) Emília tem uma rosa especial que, um dia, murcha. Emília tem de enfrentar essa perda e descobrir como superá-la.
 


Cursos nesta área

 

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Quarta, 11/08/2021

A agricultura e a culinária vão mudar. Gosta de feijão alado?

O que é que a bambara tem? E o que traz de novo o milho-painço? Estarão os europeus prontos para o feijão alado? Todas estas questões deverão ter resposta, dentro de quatro anos, quando o projeto europeu RADIANT der a conhecer os resultados obtidos com o cultivo de 15 grupos de vegetais provenientes de outros continentes ou que, entretanto, caíram em desuso. Os testes começam num grupo de 20 quintas, e deverão expandir-se mais tarde a outras 45, por convite. Estão envolvidas 29 entidades de 12 países. A participação nacional é garantida por duas vias: além da inclusão da Herdade do Freixo do Meio, em Montemor-o-Novo, e da Quinta Biofontinha, na ilha Terceira, Açores, o RADIANT conta com a coordenação da Universidade Católica Portuguesa (UCP).

“Mais do que combater a escassez de alimento, o projeto pretende evitar dietas cada vez mais monótonas. A agricultura tem vindo a produzir mais do mesmo. O que pode ter como resultado a perda de qualidade dos solos e de diversidade dos vegetais. A ideia é que estes alimentos sejam produzidos de forma sustentável e com custos acessíveis”, explica Marta Vasconcelos, professora na Escola Superior de Biotecnologia da UCP.

O projeto, que conta com um total de 5,9 milhões de euros de financiamento, não só vai testar o cultivo de vegetais que geralmente não constam nas safras e nos pratos europeus como prevê testes de degustação, inquéritos e rotulagem que enaltece os benefícios nutricionais dos novos vegetais que vierem a ser cultivados. Também está previsto o desenvolvimento de uma app que ajude os agricultores a apurar quais as espécies que melhor se adequam às condições agrícolas e meteorológicas de cada região.

Nota: Pode ler o artigo na íntegra na edição impressa do Expresso de 13 de agosto de 2021.

Diretor da Escola das Artes integra júri da representação oficial portuguesa na Bienal de Arte de Veneza 2022

Prof. Doutor Nuno Crespo

Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, no Porto, integra a comissão de apreciação de candidaturas ao concurso limitado para a escolha do projeto curatorial e expositivo da representação de Portugal na 59.ª Bienal de Arte de Veneza, que terá lugar em 2022. Os curadores convidados a apresentar candidatura são Bruno Leitão, Filipa Oliveira, Paula Nascimento, Sara Antónia Matos e a dupla constituída por João Mourão e Luís Silva.

Segundo a Direção-Geral das Artes: “Os projetos devem relacionar-se com o tema "The Milk of Dreams/Il latte dei sogni", proposto pela comissária-geral da Bienal, Cecilia Alemani, cuja inspiração surgiu do livro com o mesmo nome, "The Milk of Dreams", da artista surrealista Leonora Carrington. Os projetos candidatos deverão ainda ter em conta objetivos como a dinamização da internacionalização das artes e da cultura portuguesa através da cooperação com outros países; a valorização da dimensão educativa e da sensibilização para a cultura através de boas práticas de mediação de públicos; a sustentabilidade ambiental e a implementação de boas práticas ecológicas; o fomento da pesquisa e experimentação artísticas como práticas inovadoras do desenvolvimento e do conhecimento; a promoção da acessibilidade física, social e intelectual de todos os profissionais envolvidos nos projetos artísticos e dos respetivos públicos.”

Além de Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes, a comissão de apreciação dos candidatos é constituída por Sofia Isidoro, da Direcção-Geral das Artes (DGArtes), que coordena, por Ana Cristina Cachola, professora convidada na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa e investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura, e a especialista Giulia Lamoni, como membros efectivos, e por Catarina Rosendo e Constanza Ronchetti, como suplentes.

A Representação Oficial Portuguesa na 59.ª Exposição Internacional de Arte - La Biennale di Venezia 2022 decorrerá entre 23 de abril e 27 de novembro de 2022. Em 2022, Portugal passará a ocupar em Veneza o Palazzo Franchetti, com uma superfície expositiva de 500 metros quadrados. As candidaturas terminam a 24 de setembro.

Categorias: Escola das Artes

Quarta, 01/09/2021

Ana Maria Gomes e Manuela Pintado: "Mar Português – uma fonte inesgotável de valor"

“E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português”

Mar Português, Fernando Pessoa

Assinala-se na última semana de setembro o Dia Mundial do Mar, uma data criada em 1978 pela Organização Marítima Internacional, agência das Nações Unidas. A data pretende alertar para a importância de um desenvolvimento marítimo seguro e eficiente e da proteção dos mares e dos oceanos, essenciais para a vida no planeta e para a sociedade. A beleza natural, riqueza mineral e centenas de milhares (238 700, Fundação Oceano Azul) de espécies marinhas habitante do mar são elemento de fascínio que exigem proteção e valorização apoiadas no conhecimento científico, e numa economia azul sustentável, circular e inclusiva, alinhado com o Pacto Ecológico Europeu.

É indelével a alma marítima de Portugal que atravessa séculos e serve de inspiração à literatura e cultura portuguesas desde a arte à gastronomia. Com uma linha de costa de cerca de 2500 km, incluindo uma das maiores zonas económicas exclusivas do mundo que se estende por 1,7 milhões de km2 (Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030) Portugal goza de um espaço de excelência que conjuga valores naturais únicos com uma grande ocupação humana. A importância da preservação da biodiversidade e da integridade dos ecossistemas e recursos e da prevenção da acidificação e poluição destas zonas, na promoção da qualidade de vida dos cidadãos e nas respetivas economias, implica uma atenção redobrada na sua gestão e desenvolvimento. Urge contribuir para a sua proteção, gestão e conservação alavancando a sustentabilidade das dinâmicas da orla costeira em termos ambiental, económico e social suportadas na tecnologia, conhecimento científico e inovação. Todos os intervenientes são interpelados a agir de forma articulada e colaborativa num modelo multi e interdisciplinar desde as universidades, centros de investigação, indústria, empresas, associações do sector, entidades da Administração Pública e a sociedade civil. São já vários os projetos relevantes neste domínio da multidisciplinaridade, como são o ValorPeixe, o ValorMar e o CVMar+i, com enfoque na valorização de recursos marinhos e seus subprodutos através do desenvolvimento de novos produtos com aplicações na alimentação animal e humana, cosmética, materiais e biomédica, farmacêutica, têxtil ou mesmo agricultura.

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Centro de Biotecnologia e Química Fina: Celebrar o passado e desafiar o futuro

Os 30 anos do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) mereceram um ano repleto de comemorações. Todas as iniciativas promovidas neste âmbito pretenderam celebrar e reforçar a importância que este Centro de Investigação da Escola Superior de Biotecnologia do Centro Regional do Porto ocupa no panorama da investigação nacional e internacional.

Gunter Pauli, autor do livro Blue Economy e considerado o “pai” da Economia Circular, foi o convidado da Conferência de Encerramento das comemorações do 30.º aniversário, que decorreu a 28 de outubro, no Auditório Carvalho Guerra do Centro Regional do Porto, tendo tido, igualmente, transmissão online. Uma sessão que pretendeu celebrar as realizações e as conquistas do CBQF, bem como lançar e desafiar a agenda para o futuro.

Isabel Braga da Cruz, Presidente do Centro Regional do Porto, começou por “agradecer a todos os que durante 30 anos acreditaram no potencial do CBQF e contribuíram para o seu reconhecimento nacional e internacional.” A Presidente lembrou, também, que “a classificação de excelência, a mais alta distinção atribuída pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, atesta esta qualidade e reconhece uma comunidade empenhada na inovação e na excelência. Toda a comunidade da Católica no Porto se orgulha do CBQF.”

Seguiu-se uma apresentação de Manuela Pintado, diretora do CBQF, sobre aquele que tem sido o percurso do centro de investigação. Manuela Pintado lembrou que o CBQF é “internacionalmente reconhecido nas áreas da biotecnologia, alimentação, ambiente e saúde”, que “é um interveniente ativo na definição de políticas e prioridades de investigação” e que “cria valor com impacto para a economia circular”.

Capacitando a ciência a criar alto valor através de soluções circulares” foi o título da apresentação central desta conferência, proferida por Gunter Pauli, que começou por felicitar “o trabalho do CBQF e de toda a sua equipa”, bem como todo “o trabalho que ainda têm pela frente”.  

Gunter Pauli inspirou a missão do CBQF, referindo que “verdade”, “honestidade”, “transparência” e “capacidade de perdão” são os ingredientes essenciais “que devem ser traduzidos em iniciativas capazes de transformar o mundo”.  

A sessão de encerramento contou ainda com a intervenção de João Rocha, Coordenador do Comité Executivo do Conselho dos Laboratórios Associados.

Com esta conferência, o Centro de Biotecnologia e Química Fina encerrou o ciclo de comemorações que começou a 24 de novembro de 2020, Dia Mundial da Ciência e Dia Nacional da Cultura Científica. A escolha simbólica desta data procurou marcar o começo de um novo ciclo para o Centro de Investigação e Laboratório Associado.

Chegado ao fim deste ciclo de comemorações, resta a certeza de que a missão de produzir conhecimentos inovadores e relevantes em biotecnologia continua. O CBQF manter-se-á focado em ser um centro de investigação de referência nacional e internacional especializado na criação de conhecimentos transferíveis para a indústria e para a sociedade, cumprindo objetivos circulares de bioeconomia.

 

Comissário do Governo Húngaro visita Centro Regional do Porto

A 23 de novembro, o comissário do governo húngaro e presidente do conselho de curadores da Universidade Tokaj-Hegyalja, István Stumpf, esteve no Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa no âmbito de uma visita oficial a Portugal. O encontro permitiu abordar os diferentes modelos universitários portugueses, com um enfoque especial nas áreas da viticultura e enologia.

A sessão de boas-vindas foi dirigida por Isabel Braga da Cruz, Presidente do Centro Regional do Porto, e por Isabel Vasconcelos, Vice-Reitora da Universidade Católica Portuguesa. Seguiu-se uma reunião entre todos os participantes: István Stumpf e os membros da sua delegação - Klára Breuer, diretora internacional da Universidade Nacional de Serviço Público, Tamás Dúzsi, produtor de vinho e especialista em vinhos, e Boglárka Borbély, chefe de secretariado do comissário -, Miklós Halmai, embaixador da Hungria em Portugal; Paula Castro, diretora da Escola Superior de Biotecnologia; Bento Amaral, Service Director do Instituto de Vinhos do Douro e do Porto; e José António Couto, coordenador da Pós-graduação em Enologia da Escola Superior de Biotecnologia.

A visita da delegação a Portugal contempla também encontros a respeito do estudo de modelos universitários, de aspirações e experiências portuguesas no campo do ensino superior. Adicionalmente, os membros da delegação pretendem, também, estreitar relações bilaterais entre Portugal e a Hungria, conversando sobre futuras oportunidades de cooperação.

Curta-metragem de professor da Escola das Artes selecionada para 72.ª edição da Berlinale

Aos Dezasseis, curta-metragem do realizador e professor da Escola das Artes Carlos Lobo, foi selecionada para 72.ª edição da Berlinale - Berlin International Film Festival. A curta-metragem integra a Competição Generation 14Plus, dedicada a obras contemporâneas que exploram a vida e o mundo juvenil, e fará a sua estreia mundial no festival alemão.

O filme nasce da experiência pessoal do realizador, que quis escrever uma carta de amor à beleza da juventude e a todas as suas lutas, esperanças e frustrações.

"Não consigo imaginar uma estreia internacional melhor para um filme que foi rodado com uma equipa muito pequena e a trabalhar apenas com miúdos locais. Penso que é um prémio para todos que acreditaram e investiram o seu tempo nesta história de crescimento e de procura de afirmação de uma personalidade", afirma o realizador Carlos Lobo.

Alumni da EA integram a equipa técnica da produção: Miguel Santa, André Guiomar, Tiago Carvalho, Luís Costa e Maurício d'Orey. O filme também teve a colaboração do Ricardo Ferreira nos efeitos especiais.

Aos Dezasseis foi produzido por Olhar de Ulisses e Cimbalino Filmes, e distribuído pela Agência da Curta Metragem. O projeto tem financiamento do Município de Guimarães e Compete 2020. A Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa apoia a produção.

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Seg, 17/01/2022

Próximos eventos

JSTA: Já disponível o novo número

JSTA

Está já disponível o novo número do JSTA, Journal of Science and Technology of the Arts.

Nesta edição, editada por Cristina Sá, André Baltazar e Rui Torres, reúnem-se os seis melhores papers apresentados na 21ª Conferência Internacional Consciousness Reframed, decorrida entre 6 e 8 de Junho de 2019, numa organização do CITAR, em colaboração com o Planetary Collegium. 

Excerto do editorial:

Titled "Sentient States: Bio-mind and Techno-nature", the conference proposed to expand the trans-disciplinary inquiries into art, science, technology, and consciousness that previous Consciousness Reframed Conferences, under the direction of Professor Roy Ascott, had already promoted. Aimed at looking at the nature of artificial thought, participants examined how forms of intelligence can be found in nature. Adopting diverse perspectives, multiple creative practices and theories, they explored the ways in which our planetary consciousness is reframing and reforming. The texts selected for this publication seem to confirm that the intersection of practice and theory constitutes a good opportunity to reframe and reform critical thinking in academia as well.

Esta edição marca ainda o início de um processo de renovação da revista, assumido pela nova equipa editorial no seguimento da celebração, em 2019, de dez anos de existência da mesma. Esta renovação passou e irá passar por uma série de passos: mudança da imagem gráfica - cujo primeiro passo se vê neste número, com um novo logo; a clarificação do nome da revista - oficialmente Journal of Science and Technology of the Arts e sigla JSTA; e a integração no novo portal de Revistas da UCP:  No número de julho, o JSTA apresentará novas secções e a completa revisão gráfica da paginação.

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Quinta, 07/05/2020

Investigadores da Católica criam biosílica extraída da cana-de-açúcar

Um dos maiores projetos de investigação na área da biotecnologia, liderado pelo laboratório associado CBQF da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade da Católica Portuguesa, em parceria com a empresa Amyris Bio Products Portugal, apresentou um importante resultado: a primeira biosílica extraída da cana-de-açúcar com aplicação na indústria cosmética. Um ingrediente inovador que já deu origem a um produto que está a ser comercializado a nível internacional.

Manuela Pintado, investigadora do CBQF e coordenadora do projeto Alchemy em Portugal, refere que “esta primeira descoberta que dá origem a um produto inovador resulta de um conhecimento mútuo entre as duas entidades envolvidas – CBQF/ESB/UCP e Amyris -, de um alinhamento estratégico, mas acima de tudo do empenho de mais de 100 investigadores do projeto”. Manuela Pintado refere que a multidisciplinaridade da equipa - bioengenharia, microbiologia, bioanalítica entre outras áreas – permitiu “em dois anos criar um novo ingrediente bem aceite pelo mercado e que respeita os princípios da economia circular e do desenvolvimento sustentável”.

A biosílica sustentável é obtida a partir de cinzas de cana-de-açúcar, provenientes da queima de subprodutos das indústrias produtoras de açúcar para geração de energia, incluindo as folhas resultantes do processo da colheita da planta e do bagaço, material fibroso obtido após extração do xarope de açúcar. O novo ingrediente, o primeiro do mundo a ser criado com base em recursos sustentáveis, poderá ser usado, agora, na indústria cosmética, assumindo-se como uma alternativa sustentável e com melhor desempenho à sílica tradicional, extraída da areia, um recurso com intensa exploração no planeta.

“Este ingrediente vem tornar a cosmética limpa – clean beauty – ainda mais limpa e é, digamos assim, a ‘primeira pedra’ da implantação de um hub internacional de inovação na área da Biotecnologia com uma forte cultura de ciência aplicada, espirito empreendedor e empresarial, fortemente orientada ao mercado,” refere Miguel Barbosa, da Amyris Bio Products Portugal. A Amyris Bio Products Portugal é uma subsidiária da norte-americana Amyris Inc., cotada no NASDAQ, sedeada em Emeryville, Califórnia, e cujo CEO é o luso-americano John Melo.

Ciência ao serviço da sustentabilidade dos recursos mundiais
Raquel Madureira, investigadora do projeto, explica “mais do que um ingrediente sustentável, a biosílica mostra como a ciência pode ajudar a valorizar o desperdício de qualquer indústria, a salvaguardar a sustentabilidade dos recursos mundiais e, paralelamente, a promover uma ‘beleza limpa’, ao permitir o desenvolvimento de cosméticos limpos e seguros.” A este nível, refira-se que a indústria da beleza/estética produz milhões de toneladas de resíduos, desde o fornecimento de ingredientes até à criação da embalagem do produto. Este novo produto será comercializado pela Aprinnova, empresa norte-americana líder no campo da biotecnologia aplicada à cosmética sustentável e parceira da Amyris.

O projeto Alchemy que deriva de uma parceria estratégica entre a Universidade Católica Portuguesa, a empresa Amyris Bio Products Portugal e o Governo de Portugal, através da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), é financiado pelo Portugal 2020 e pelo Programa Operacional FEDER. Teve início em 2018 com o objetivo principal de estudar e desenvolver novas aplicações para os subprodutos/resíduos dos processos de fermentação da Amyris e da produção de cana-de-açúcar, potenciando assim o desenvolvimento de novas moléculas de elevado interesse comercial, com destaque para a indústria da cosmética, mas também para nutrição animal e humana, novos materiais e farmacêutica.

Para o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, “este primeiro resultado que advém do projeto Alchemy é muito importante. A AICEP tem acompanhado o processo desde o início, através do contrato de I&D estabelecido com a Amyris e a Universidade Católica Portuguesa, em 2018, e acreditamos que dará um contributo relevante para o aumento das exportações com alta intensidade tecnológica. A parceria com a UCP é um reconhecimento da qualidade do sistema universitário e da capacidade de investigação de Portugal e mais uma vez o talento português está a ser fundamental para o sucesso do projeto. Parabéns à Amyris e à UCP!” 

O Alchemy visa, simultaneamente, a promoção da transferência de tecnologia que se traduzirá num crescimento de competitividade das empresas na área da bioeconomia. Acrescente-se, ainda, que este projeto de investigação se materializa num centro de competências de excelência em biotecnologia, promovendo Portugal na linha da frente nas áreas da bioeconomia e economia circular.

 

Outras informações úteis:

Pedro M. Alves: "A emoção nos "tempos modernos" da educação"

O atual contexto sanitário reforçou a relevância das ferramentas digitais na comunicação pedagógica. Ao mesmo tempo, enfatizou a crescente individualização de experiências tradicionalmente coletivas. Contudo, as emoções humanas mantêm-se como poderosos fatores para o desenvolvimento de aprendizagens significativas. Num momento em que urgem novos modelos de prática educativa, importa que os processos de distanciamento interpessoal através de canais digitais não anulem, mas potenciem, o envolvimento emocional dos jovens.

A imposição recente e generalizada de confinamento doméstico e a iminência de uma segunda vaga pandémica conduziram à natural necessidade de uma renovação pedagógica nas escolas e universidades. Estas têm procurado definir modelos logisticamente exequíveis e pedagogicamente válidos para fomentar nos seus estudantes as competências desejadas. Mas são várias as dúvidas e incertezas, sobretudo no que concerne ao impacto das novas estratégias e possibilidades educativas.

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Nuno Crespo: "De que é feita uma colecção?"

A pergunta que dá título a este texto é uma citação do nome da exposição inaugural do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra. Com curadoria de David Santos (actual curador responsável pela Colecção de Arte Contemporânea do Estado) e por José Maçãs de Carvalho (curador do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra), propõe-se explorar os conceitos de "corpo" e "matéria" através de um percurso por esta colecção pública.

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Pós-graduação em Curadoria é aposta da Escola das Artes para 2020/2021

PG Curadoria

A pós-graduação em curadoria é uma das novas área de formação na Escola das Artes no ano letivo de 2020/2021, para a qual se estão já a aceitar candidaturas.

Esta nova formação, de orientação teórico-prática, pretende estimular e aprofundar os conhecimentos teóricos e profissionais nas áreas da pesquisa e desenvolvimento de projetos de curadoria de arte, promovendo o desenvolvimento de um discurso crítico e a capacidade prática para preparar, montar e comunicar uma exposição.

Com um ensino marcado por uma forte presença e colaboração de curadores altamente reconhecidos no meio artístico nacional e internacional, bem como de artistas, realizadores e especialistas internacionais nas áreas da arte contemporânea e do cinema (presentes na Escola das Artes no contexto de Exposições, Residências Artísticas, Seminários e Conferências ou Summer School) e uma parceria alargada com a Fundação de Serralves, prepararemos futuros curadores, críticos e pesquisadores de arte que desejem trabalhar em museus, galerias, centros e espaços independentes, meios de comunicação e projectos dedicados à arte contemporânea.

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Sexta, 31/07/2020

Projetos de estudantes da ESB na final dos Health INNOVAtion Awards

Dois projetos desenvolvidos por estudantes da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto foram selecionados para a final dos Health INNOVAtion Awards, um acelerador de ideias que promove a inovação no setor da Saúde, que se realiza a 22 de setembro de 2020.

As estudantes do 2º ano da Licenciatura em Bioengenharia - Ana Catarina Lopes Ramos, Ana Sofia Fontes da Silva, Áurea Filipa Oliveira Covas, Maria Inês Silva Lopes da Fonte e Simone Conceição da Costa Sá​ – desenvolveram a APP - SIGnal Monitoring Analysis APP for cardiac diseases, um sistema capaz de analisar um conjunto de parâmetros fundamentais na vida de qualquer pessoa que tenha problemas cardíacos. Através desta aplicação para smartphone é possível medir de uma forma segura e rápida o nível de oxigénio, a pressão arterial, temperatura ou frequência respiratória. Um projeto também orientado pelo docente Pedro Rodrigues.

Sob orientação do docente Pedro Rodrigues, os estudantes do Mestrado em Engenharia Biomédica - Gabriel Silva e Marco Alves -, desenvolveram o projeto NeuroSDR - Software para deteção rápida e precoce das doenças de Alzheimer e Parkinson através da análise de sinais EEG. As doenças neurodegenerativas, como por exemplo a doença de Alzheimer (DA) e a doença de Parkinson (DP), são as principais causas de demência nos idosos. Este tipo de doenças provoca morte celular, o que pode ter impacto na memória, no pensamento cognitivo e nas funções motoras. Especificamente, 75% dos casos de demência a nível mundial advêm destas duas doenças.

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Seg, 21/09/2020

Investigadora Célia Manaia integra lista de cientistas mais citados em todo o Mundo

A investigadora Célia Manaia, do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Escola Superior de Biotecnologia, é uma dos 12 investigadores de instituições portuguesas mais citadas do mundo, segundo a lista “Highly Cited Researchers 2020”, elaborada pela empresa norte-americana Clarivate Analytics. Uma distinção que, para Célia Manaia, “é um reconhecimento do trabalho feito, de procurar ir ao encontro das questões mais centrais na área em que investigamos e de trabalhar em rede.”

Licenciada em Bioquímica e doutorada em Microbiologia, ambos pela Universidade de Coimbra, Célia Manaia é docente da Escola Superior de Biotecnologia e investigadora do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa. Ao longo dos seus mais de 25 anos como investigadora, tem vindo a dedicar-se ao estudo da diversidade e ecologia bacteriana, em particular de zonas sujeitas à ação humana. Nos últimos anos, Célia Manaia tem vindo também a estudar a dispersão ambiental de bactérias resistentes a antibióticos.

Highly Cited Researchers 2020 distingue 6167 investigadores de todo o mundo

A lista “Highly Cited Researchers 2020”, abrange a última década, e este ano distinguiu 6167 investigadores de mais de 60 países: 3.896 foram distinguidos pelo seu desempenho, em 21 áreas, e 2.493 pelo seu desempenho transversal. Esta lista incide apenas nos artigos mais citados, que representam 1% do que se publica no mundo.

Os países mais representados no ranking deste ano são os Estados Unidos da América, a China, o Reino Unido e a Alemanha. A lista inclui também 26 Prémios Nobel e a Universidade de Harvard, nos EUA, lidera novamente o número de cientistas. A lista completa pode ser consultada aqui.

Satisfeita com a distinção, que é o reconhecimento do trabalho de investigação desenvolvido, Célia Manaia alerta que “as métricas em ciência devem ser vistas com cautela e não devemos deixar que tudo se transforme em números e rankings.” Aos investigadores mais novos, a investigadora deixa alguns conselhos: “trabalhar sempre com muita seriedade, com verdadeira honestidade intelectual, e, muito importante, comunicar bem – com rigor, clareza e transparência”.

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Quinta, 19/11/2020