Eventos

A decorrer neste mês

< >

Vânia Sousa Lima - "Afinal havia o Outro"

O vírus virou-nos. Do avesso, primeiro. Para dentro, crê-se. Para fora, sabe-se.

Como tempestade que se antecipa, distante, e se deseja não chegue. E antes que fosse dito, era claro que chegaria. Dela ouvia-se falar do seu devastador e nefasto poder.

A palavra cria realidade e as que mais se ouviam eram infecção, doença, morte, crise, quarentena, confinamento, isolamento. E números, muitos (dúbios) números. Faz-se real o risco de ser infectado, real o de perder o emprego, real o de não pagar salários, real o de cancelar projectos, real o de não fruir do desejado, do assumido como garantido, real o de adoecer, real o de morrer. Real o risco de não ser capaz de (se) suplantar.

O entranhar-se do medo revira as entranhas, tolda a razão, turva a emoção, entorpece a acção. O medo do vírus virou-nos, do avesso, primeiro. Para dentro, crê-se. Na procura da garantia da satisfação das mais primárias necessidades de sobrevivência e segurança, as de Maslow. Para dentro de supermercados, farmácias, hospitais, centros de saúde, (mãos) dentro de luvas, dentro de casas. Antes que nos fosse dito. Para dentro de nós e do nosso medo. Crê-se.

O risco é universal como o medo. Ambos nos fazem pessoas. Como, ante eles, a resiliência e a estoicidade. Sabe-se.

A construção relacional do significado evidencia o carácter falacioso do desenvolvimento individual. A história de Mim exige o Outro. Este Outro, história nossa, a quem se quer bem e com quem não se está (por tanto se querer bem não se está). Com quem se quer festejar o aniversário e não se visita. A quem se quer dar um abraço e se vê da janela. Com quem se partilharia uma Páscoa que se reinventa.

Ler artigo completo aqui.

Alunos do secundário regressam às aulas: conheça os riscos

Nos últimos treze dias, as escolas prepararam o regresso dos alunos dos 11.º e 12.º anos. Houve visitas das autoridades de saúde, foram criados corredores para que quem entra e sai não se cruze, pensadas em soluções para as salas de aula pequenas (como o uso dos pavilhões gimnodesportivos). Foram dadas formações pela Força Aéreas aos assistentes operacionais para saberem como eficientemente desinfetar os espaços e preparado um manual que define regras de separação das turmas ou a frequência de limpeza.

Mas nem tudo ficou esclarecido ou é possível solucionar – os conselhos gerais da Escola Secundária Avelar Brotero (Coimbra) e do Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio (Braga) pedem "a suspensão do regresso às aulas e dos exames nacionais". Diz o órgão da Alberto Sampaio: "As garantias de segurança dadas pela Tutela são manifestamente insuficientes, muito mais quando a relação "custo-benefício" se anuncia, no mínimo, duvidosa." Todos estão "expostos a riscos desnecessários", soma o conselho geral do Agrupamento de Escolas Romeu Correia, no Feijó (Almada). 

Eis algumas dúvidas manifestadas por membros da comunidade educativa:
 
1. Transportes Públicos
O conselho geral da Escola Secundária Avelar Brotero (Coimbra) considera que "parte" das orientações da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE) estão "distantes da realidade de muitas escolas". Um dos problemas apontados por esta comunidade escolar são as deslocações casa-escola-casa "desnecessárias, muitas delas em transportes públicos partilhados".

Essa também é uma preocupação manifestada por João Jaime Pires, diretor da Escola Secundária Camões, em Lisboa: "Independentemente de os alunos e pais terem confiança na segurança das escolas, na nossa cidade [andarão] de transportes públicos." E são jovens, gostam de se reunir no jardim em frente, conversar. Será difícil manterem as distâncias. 

Esta solução poderá também trazer problemas de ansiedade acrescida para quem vai realizar exames nacionais. "Este cenário vai ser muito difícil para todos. A escola transforma-se, por efeito dos cuidados sanitários que se têm de ter, mas há o risco de passar a ser um espaço concentracionário, lido e sentido pelos alunos num espaço de concentração, não podem ir ao recreio, não podem conviver, para irem almoçar têm de ir em turnos. Ninguém consegue viver assim", diz José Matias Alves, professor na Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (Porto).

2. Higiene: quem e onde?
Ainda no início de maio já Paulo Guinote, professor e responsável pelo blogue 'O Meu Quintal', manifestava essa dúvida à SÁBADO: "Como é que se vai assegurar a desinfeção em escolas que, em período normal, têm problemas de funcionários para a limpeza?".

As dúvidas mantém-se na Avelar Botelho ou na Alberto Sampaio: os assistentes operacionais foram formados de modo "superficial e precipitado", escreveu o conselho geral da escola de Coimbra. "Existem sérias dúvidas quanto à existência de recursos físicos e humanos suficientes para a necessária desinfeção dos espaços escolares", sublinhou o órgão do agrupamento bracarence, referindo que as casas de banho são "poucas e com ainda menos lavatórios para higienização das mãos".

No Camões, que está em obras, as aulas estavam a ocorrer em mono-blocos e também aí eram poucas as casas de banho – o projeto para a reabertura passava por pedir WC portáteis à Câmara de Lisboa.

3. E se alguém for infetado?
"Em caso de infeção, mais do que previsível, não haverá equidade, na medida em que algumas turmas entrarão em quarentena, enquanto as outras continuarão presencialmente. Caso os professores sejam comuns, todas as suas turmas entram em quarentena", escreve o conselho geral da Alberto Sampaio.

4. Professores em modo presencial, à distância ou de baixa
No início do mês já a direção do Camões estava a receber as declarações das baixas de professores. "Vou ter muita dificuldade na disciplina de Português de 12.º ano e na de História", previa João Jaime Pires, que tem 44 professores acima dos 60 anos. A idade não é entendida como fator de risco, mas há também "muitos com diabetes ou questões cardíacas" e ainda os que têm filhos menores de 12 anos. Este diretor escolar sugeria que os professores titulares "continuassem remotamente a acompanhar os seus alunos, porque são eles que os conhecem os alunos".

"Há colegas que ponderam não regressar, pedindo baixa porque são de grupos de risco. É legítimo que tentem salvaguardar-se", diz André Pestana do Sindicato de Todos os Professores (STOP).

Outra dúvida de Paulo Guinote: "Os professores que tenham [turmas] do secundário e do básico, deixam de ir ao básico à distancia para ir ao secundário? Os horários sobrepõem-se. Uma colega dizia-me: 'Tenho 9.º, 10.º, 12.º e profisisonais. Se voltar, o que é que acontece?' Vão ter que ir buscar professores que não conhecem as turmas". A solução está prevista nas orientações da DGESTE de 5 de maio para os docentes que sejam de grupos de risco e estejam de baixa.

Ler artigo completo aqui.

Observatory for the Protection of Social Rights in the European Context

Projecto - logotipo Observatório Competition Law Enforcement

Católica Research Centre for the Future of Law and the Portuguese section of ANESC launched the Observatory for the Protection of Social Rights in the European Context. This Observatory serves the purpose of thinking over the impact of those normative instruments on the national law system, assessing their compliance with supranational sources of law.

The activity pursued by this Observatory is threefold:

(i) Analysis of the rulings and reports of the European Committee of Social Rights, in what concerns the Revised European Social Charter, as well as the case law of the European Court of Human Rights, as far as the European Convention on Human Rights is concerned, with direct or indirect impact on the national system;

(ii) Analysis of the Portuguese legislation and case law, with a view to assessing its compliance with the international instruments mentioned above;

(iii) Analysis of the relationship between several international instruments arising from different sources (Council of Europe; European Union; ILO, UN, WTO) and the terms in which they are connected with national law, in order to solve potential conflicts and to assess their justiciability and effectiveness.

Institucional Sede e Centros Regionais Notícias e Eventos Eventos Notícias Notícias de Imprensa Centro Académico Clínico Católica Luz (CAC - CL) Calendário Académico 2023/2024 Projeto Training for Resilience - A Value for the Future

Observatório para a Tutela dos Direitos Sociais em Contexto Europeu

Centro Estudos Investigação em Direito UCP_ANESC

O Católica Research Centre for the Future of Law  e a secção portuguesa da ANESC lançaram o Observatório para a Tutela dos Direitos Sociais em Contexto Europeu. Este Observatório serve o propósito de reflectir sobre o impacto desses instrumentos normativos no sistema jurídico nacional, avaliando a sua conformidade com as fontes supranacionais de direito. A actividade desenvolvida por este Observatório tem três vertentes:

(i) Análise das decisões e relatórios do Comité Europeu dos Direitos Sociais, no que diz respeito à Carta Social Europeia Revista, bem como da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, no que diz respeito à Convenção Europeia dos Direitos do Homem, com impacto direto ou indireto sobre o sistema nacional;

(ii) Análise da legislação e jurisprudência portuguesa, com vista a avaliar a sua conformidade com os instrumentos internacionais acima mencionados;

(iii) Análise da relação entre vários instrumentos internacionais provenientes de diferentes fontes (Conselho da Europa; União Europeia; OIT, ONU, OMC) e os termos em que estão ligados ao direito nacional, a fim de resolver potenciais conflitos e de avaliar a sua justiciabilidade e eficácia.

Mais informação aqui.

Institucional Sede e Centros Regionais Notícias e Eventos Eventos Notícias Notícias de Imprensa Centro Académico Clínico Católica Luz (CAC - CL) Calendário Académico 2023/2024 Projeto Training for Resilience - A Value for the Future

Católica participa na European Association for International Education

De 11 a 14 de setembro a UCP participou novamente na EAIE – European Association for International Education - que este ano teve lugar em Genebra.

A Universidade Católica é já participante assídua desta feira destinada ao encontro e networking entre Universidades, tendo sido pela 3ª vez consecutiva a única universidade portuguesa representada com stand próprio.

Durante três dias, vários representantes e coordenadores de Relações Internacionais da UCP e das suas diversas unidades académicas dedicaram-se à missão de internacionalização da universidade, reafirmando parcerias já existentes e estabelecendo novas.

Merece um especial destaque o interesse demonstrado por Universidade Japonesas em cooperar com a UCP.

Categorias: Internacional

Sáb, 15/09/2018

Projeto Promise

Promise

Os desafios enfrentados pelos jovens em toda a Europa têm sido o foco de debates públicos, políticos e académicos a nível local, nacional e internacional. Os jovens europeus enfrentam escolhas difíceis em áreas-chave da vida social que podem afetar a sua participação na sociedade e, eventualmente, potenciar a sua marginalização: desde questões estruturais de desemprego, falta de acesso a habitação e problemas de dívida, a grandes questões como o meio ambiente, identidade, fé e radicalização, à negociação dos desafios morais decorrentes dos mercados ilegais e dos media sociais cada vez mais sexualizados. Embora existam amplas variações nas oportunidades e desafios entre e dentro dos países, os jovens europeus enfrentam hoje escolhas difíceis na negociação destes labirintos morais.

O projeto PROMISE - Promover o Envolvimento e o Compromisso Social dos Jovens: Oportunidades e desafios para os jovens ‘em conflito’ na Europa - investigará como as respostas dos jovens, muitas vezes negativas, a estes problemas podem criar conflitos, mas também como podem proporcionar oportunidades de compromisso social positivo. Ao abordar as experiências, os valores e as atitudes da juventude europeia vista como ‘em conflito’ com as gerações mais velhas, com as autoridades e com as normas sociais, o PROMISE chegará ao cerne das barreiras e oportunidades para o envolvimento social dos jovens.

O projeto está em execução entre maio de 2016 e abril de 2019 e envolve 12 entidades colaboradoras em 10 países europeus diferentes. É coordenado por uma equipa da Universidade de Manchester liderada pela Dr.ª Jo Deakin (Centro de Criminologia e Justiça Criminal | Faculdade de Direito | Universidade de Manchester | Manchester | M13 9PL; jo.deakin@manchester.ac.uk).

Em Portugal, o PROMISE é desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade Católica Portuguesa – Porto, liderada pela Dr.ª Raquel Matos (Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano I Rua de Diogo Botelho, 1327 I 4169-005 Porto; rmatos@porto.ucp.pt).

Este projeto é financiado no âmbito do Horizonte 2020 – Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação, Acordo de Subvenção n.º 693221.

Para mais informação sobre o PROMISE: www.promise.manchester.ac.uk

 

Institucional Sede e Centros Regionais Notícias e Eventos Eventos Notícias Notícias de Imprensa Centro Académico Clínico Católica Luz (CAC - CL) Calendário Académico 2023/2024 Projeto Training for Resilience - A Value for the Future

Católica Fellowships for Portuguese American Students | Candidaturas abertas!

A Universidade Católica Portuguesa oferece anualmente 5 bolsas de mérito a estudantes luso-americanos que estejam à procura de cursos de licenciatura ou mestrados em todos os campos de conhecimento.

O período de candidatura para as "Católica Fellowships for Portuguese American Students" está oficialmente aberto.

 Para mais informações deve consultar este link.

Categorias: Internacional

Quinta, 12/11/2020

Equipa de investigação da Católica lança Guia “PRO.VI – Protect the Rights of the Victims” para profissionais

No passado dia 22 de fevereiro de 2021, assinalou-se o 31.º Dia Europeu da Vítima de Crime. Recentemente, também a Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (FEP-UCP) lançou um trabalho para profissionais desta área, que resultou de um projeto Europeu - PRO.VI - Protecting Victims Rights - financiado pela Comissão Europeia, cujo principal objetivo é precisamente proteger os Direitos das Vítimas de Crime, através da capacitação dos especialistas que trabalham com esta população.

Este projeto, realizado pelas investigadoras Catarina RibeiroMariana BarbosaRaquel Matos e Mafalda Santos da FEP-UCP, envolveu 5 países europeus (Itália, Espanha, Roménia, Alemanha e Portugal), e a CIG - Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, como principal parceiro nacional nesta jornada.

O Guia Prático para Profissionais foi construído por todos os parceiros da investigação, com a colaboração de vários profissionais, de Vítimas de Crime e de várias instituições, nomeadamente, a CIG (Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género), a APF (Associação para o Planeamento da Família), a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), agentes policiais que integram o Gabinete de Atendimento e Informação à Vítima (GAIV) da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto, o Gabinete para a Igualdade e Apoio à Vítima da Câmara Municipal da Trofa e a Cruz Vermelha Portuguesa.

Todos os anos na União Europeia uma em cada sete pessoas é vítima de crime, incluindo crianças e adultos. A violência tem um impacto muito significativo na saúde e na sociedade, com custos elevadíssimos a nível económico também. A Proteção dos Direitos das Vítimas continua a ser, sem dúvida, uma prioridade.

Faculdade de Educação e Psicologia promove inquérito sobre os desafios do teletrabalho

O Research Centre for Human Development (CEDH) da Faculdade de Educação e Psicologia (FEP) da Universidade Católica Portuguesa, no Porto, está a promover um inquérito sobre os desafios do trabalho remoto, fruto do contexto pandémico da Covid-19, no âmbito do projeto Work@Home.

Com o objetivo de conhecer as perceções de todos os que foram repentinamente desafiados a enfrentar o teletrabalho, este inquérito, que está disponível até 5 de fevereiro, inclui questões sobre as experiências com o teletrabalho durante o período da pandemia, nomeadamente, as dificuldades sentidas, as estratégias utilizadas e o suporte recebido por parte da empresa.

O Work@Home, projeto através do qual este estudo se insere, visa analisar as relações de trabalho que foram desafiadas pelo contexto da pandemia da Covid-19 para que através dos dados se possa apoiar a implementação de práticas adequadas ao regime de trabalho remoto.

Filipa Sobral, coordenadora da equipa de investigação responsável do projeto, afirma que “perante a pandemia da COVID-19, o teletrabalho surgiu claramente como uma das melhores alternativas para evitar contactos sociais desnecessários, no entanto, a maioria das empresas e dos seus colaboradores tiveram de se adaptar rapidamente a esta nova realidade, enfrentando muitos desafios relacionados com infraestruturas, equipamentos ou a preparação das suas equipas de trabalho.”

O inquérito pretende caracterizar as perceções dos trabalhadores, face ao suporte organizacional, às competências mobilizadas, ao relacionamento com os líderes e ao bem-estar geral, e as perceções dos líderes de equipa, face aos desafios de gerir uma equipa à distância e às estratégias implementadas de gestão e de motivação. A participação neste estudo é voluntária e anónima e a informação recolhida destina-se unicamente a fins de investigação, sendo que os dados serão tratados de forma coletiva. 

O projeto tem como parceiros o Centro Regional do Porto e o Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa, a Finantech, a Fundação AEP, a Multipessoal, a Symington Family Estates e a Wincode.

Em caso de dúvida, contacte workathome@porto.ucp.pt.

Participe no inquérito aqui.

Atividades extracurriculares diminuem riscos de utilização de media eletrónicos

Os jovens que passam mais tempo a utilizar meios de comunicação eletrónicos, do smartphone ao tablet, tendem a ter menos ferramentas socioemocionais, autorregulação, motivação, capacidade de decisão ou ajustamento psicológico e maior propensão para cometerem ou serem vítimas de bullying ou cyberbullying, contacto com estranhos, pornografia ou mensagens sexuais. O alerta é feito pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica do Porto, advertindo também para que a pandemia aumentou a exposição a esses perigos - e que impor limites à utilização dos dispositivos não resolve o problema. O antídoto mais eficaz é a participação em atividades extracurriculares, mesmo sem sair de casa.

Publicado no "International Journal of Environmental Research and Public Health", o estudo da UCP avaliou, no início de 2019, 729 adolescentes, dos 11 aos 17 anos, em 17 escolas públicas e privadas de todo o país, incluindo nas ilhas. Os resultados foram evidentes: a participação em atividades fora do ambiente escolar protege contra a utilização excessiva de telemóveis, computadores, videojogos, internet e outros dispositivos, bem como contra os efeitos negativos associados a essa exposição.

Os dados permitiram ainda concluir que as mais-valias das atividades extracurriculares são visíveis na participação individual ou em grupo, em casa ou no exterior e com ou sem componente desportiva. "Pode ser música, ballet, ginástica, surf, escuteiros... O importante é que sejam atividades extra ao tempo escolar, estruturadas, supervisionadas e internacionalizadas para a promoção de competências", explica Luísa Campos, uma das autoras do estudo.

 

Ler artigo completo aqui.

Nota: Este artigo encontra-se disponível na íntegra para assinantes do Expresso.

Teletrabalho? Agora sim, vai começar.

Nunca, como nos últimos meses, a palavra teletrabalho esteve tão presente. Mas após um ano a lidar com esta realidade, que se sobrepôs a todas as vontades de forma inesperada e imparável, é tempo de fazer balanços, perspectivar o futuro e, acima de tudo, assumir que o verdeiro teletrabalho ainda está por acontecer.Catarina Morais  e Filipa Sobral, investigadoras do Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano (CEDH) da Faculdade de Educação e Psicologia do Porto

Quatro anos antes do início da pandemia, e de acordo com últimos dados do Eurofound, apenas 3% dos europeus exercia o seu trabalho de forma remota. Hoje, mais de um ano após o início da pandemia, e embora sem números oficiais, sabemos que todos aqueles cujas profissões o permitiram, estiveram, estão, e eventualmente estarão nos próximos tempos, a trabalhar a partir de casa. Mas isso não significa que tenham estado, que estejam ou que estarão verdadeiramente em teletrabalho.

Por isso, será com o fim do teletrabalho obrigatório que se tornaram mais claras as mudanças que a pandemia trouxe ao mercado de trabalho e quais as empresas que estarão preparadas para assumir formatos de trabalho mais flexíveis. Flexíveis no que se refere ao controlo de horários, de assiduidade, de localização física do trabalhador e, no limite, flexíveis no sentido de total adaptação ao regime que melhor convém a cada um dos seus trabalhadores - seja esse regime a exclusividade do trabalho remoto, do trabalho presencial ou um regime híbrido.

No âmbito do Projecto Work@Home, do Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano da Universidade Católica Portuguesa (CEDH-UCP), foram inquiridos 2757 trabalhadores em teletrabalho (831 a ocupar cargos de chefia). Os resultados do projecto mostram isso, que a transição abrupta para o teletrabalho trouxe muitas desafios relacionados com questões logísticas, como falta de equipamentos ou a necessidade de formação em tecnologias de informação; mas também, e sobretudo, desafios relacionados com a gestão do espaço e do tempo no que concerne à conciliação da vida pessoal com a vida profissional. Desafio particularmente presente para aqueles que tiveram de partilhar espaço de trabalho com outros elementos da família também a trabalhar, a estudar ou a necessitarem de cuidados constantes.

Curiosamente, e também de acordo com os dados do mesmo estudo, as chefias responderam usando os princípios do conceito acima referido: flexibilidade. Ou seja, mesmo neste regime de teletrabalho abrupto, onde o dia-a-dia foi sendo improvisado, o instinto das chefias levou-as a apostaram em atribuir maior autonomia às suas equipas, em fazer um controlo da gestão do trabalho através do cumprimento de metas, objectivos e prazos (ao invés do controlo de horas e de assiduidade) e permitir que os trabalhadores pudessem ajustar o tempo de trabalho às rotinas da sua vida pessoal.

No final, é interessante perceber que, de acordo com os resultados obtidos, os trabalhadores e as chefias apresentam genericamente uma visão positiva deste regime e estão preparados para se manterem a trabalhar num formato de trabalho que não seja exclusivamente presencial. Agora que o teletrabalho começa a deixar de ser obrigatório, muitas empresas começarão assim a debater internamente qual o futuro do teletrabalho. Naturalmente que "cada caso é um caso" e o teletrabalho não serve todas as empresas, nem todas as funções, e muito menos todos os trabalhadores.

Ler artigo completo aqui.

Aprender Com Todos: Projeto do Centro Regional do Porto promove o sucesso escolar e a equidade no acesso à educação

Aprender Com Todos (ACT) é o nome do projeto de intervenção e investigação socioeducativa promovido pela Faculdade de Educação e Psicologia e pela Área Transversal de Economia Social do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa.

Cerca de 400 estudantes, do 1.º ao 9.º ano, já estiveram envolvidos nas atividades promovidas pelo projeto ACT, que está implementado no Agrupamento de Escolas Leonardo Coimbra Filho, no Porto, e que se enquadra na abordagem territorial de Desenvolvimento Local de Base Comunitária.

Financiado pelo Norte 2020 e pelo Fundo Social Europeu, o projeto, que teve início em outubro de 2019, pretende envolver os diferentes agentes educativos e comunitários em prol da promoção do sucesso escolar e da prevenção do abandono precoce, implementando e reforçando medidas que promovam a equidade no acesso à educação.

Lurdes Veríssimo, docente e investigadora da FEP e coordenadora do projeto, refere que “através de atividades de carácter criativo, expressivo e cívico, pretende-se estimular as competências socioemocionais e académicas dos alunos, promotoras de maior participação social, envolvimento e sucesso escolar.”

São 7 os eixos de ação que orientam as atividades promovidas pelo ACT

Prevenção das dificuldades de aprendizagem; Desenvolvimento Socioemocional; Aprendizagem Formal e Não Formal; Disciplina e Cultura Escolar; Direitos Humanos e Cidadania; Envolvimento Parental e Investigação são os 7 eixos orientadores do projeto, através dos quais se desenvolvem múltiplas e diferenciadas atividades que envolvem os alunos do 1.º ao 9.º ano do Agrupamento de Escolas Leonardo Coimbra Filho, no Porto.

Programa de Treino da Consciência Fonológica, Programa de Promoção de Competências de Leitura, Programa Aprender na Comunidade, Projeto “Justiça para Todos”, Academia de Líderes Ubuntu, School Talks, Prémio Malala Yousafzai, “Estudar aqui!” - Exposição comunitária de fotografia e “Vamos falar de…” – Sessões de educação parental são alguns exemplos de atividades desenvolvidas que têm como principais objetivos:

  • prevenir as dificuldades de aprendizagem, promover o desenvolvimento de várias competências socioemocionais;
  • reforçar a colaboração interinstitucional e interdisciplinar entre alunos, docentes e agentes da comunidade;
  • contribuir para a construção de uma visão e de uma vivência positiva da escola;
  • sensibilizar, mobilizar e disseminar conhecimentos e práticas sobre os Direitos Humanos;
  • fomentar a relação entre a escola e a família.

À ação alia-se a Investigação, eixo que se posiciona como transversal a todos os outros, e através do qual se pretende criar mecanismos de monitorização e avaliação da eficácia, da adequação e do impacto das atividades desenvolvidas.

Mais informações disponíveis aqui.

José Matias Alves: "Ensino em casa é um remedeio e desigualdades entre alunos vão crescer"

Entrevista a José Matias Alves, diretor adjunto da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto.

Para ouvir esta entrevista, clique aqui.

Investigadora avisa que "professores vão ter de fazer reset daquilo que achavam que era ensinar"

Ilídia Cabral considera que apesar dos desafios que o sistema educativo tem pela frente, esta é uma oportunidade de ouro para os professores repensarem o seu papel e o seu modo de ensino. Condições não técnicas para o ensino à distância não faltam. Falta um novo paradigma.

"Para mim este assunto está a ser abordado do prisma errado. O problema centra-se não na forma, mas no conteúdo. E o conteúdo tem a ver com o que é que nós queremos fazer com que os nossos alunos aprendam e como é que nós queremos fazer com que eles aprendam. Ou seja, o problema não fica resolvido escolhendo a plataforma A, B ou C para trabalhar com os alunos e aprendendo tecnicamente a trabalhar com essa plataforma. Esta questão do ensino à distância vai obrigar os professores a fazerem reset daquilo que a vida toda acharam que era ensinar", explicou à TSF Ilídia Cabral.

Na opinião desta professora da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, e coordenadora do Serviço de Apoio à Melhoria da Educação, as aulas à distância vão ter de obedecer a novas regras. Não é possível aplicar, nas novas circunstâncias, o mesmo método das aulas presenciais.

"Os alunos terão que ter menos aulas online e terão que se usar outras ferramentas de trabalho autónomo, de projetos integradores que os alunos possam fazer, que integrem, por exemplo, conteúdos disciplinares de várias áreas do saber e que possam fazer com que os alunos realizem aprendizagens integradas em vez de espartilhadas", aconselha a professora.

Ler artigo completo aqui.

Grupo de investigação da UCP lidera estudo sobre impacto do desenvolvimento da vacina COVID-19 na saúde mental dos portugueses

COVID-19 Vacina: do poder biotecnológico ao impacto psicológico. É com este mote que o grupo de investigação do Human Neurobehavioral Laboratory (HNL) da Faculdade de Educação e Psicologia, da Universidade Católica Portuguesa no Porto, e o laboratório Stress LAB do departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro, lançou um questionário online sobre o impacto do desenvolvimento da vacina COVID-19 na saúde mental dos portugueses.

O objetivo é avaliar o impacto da temática “desenvolvimento da vacina COVID-19” nos níveis de ansiedade/stress dos portugueses (e.g., variáveis sociodemográficas, crenças em saúde, perceção dos portugueses sobre o desenvolvimento da vacina e seu impacto na população, níveis de ansiedade).  

Pode participar aqui.

Categorias: Faculdade de Educação e Psicologia

Sexta, 06/11/2020

Uso excessivo do ecrã tem consequências, mas há formas de se proteger

Passar cada vez mais tempo em frente a um ecrã tem grande influência no comportamento dos jovens e adultos. A baixa integração social e familiar é um dos motivos que preocupa os investigadores da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica no Porto e que os levou a analisar a repercussão desse alto uso de equipamentos tecnológicos.

O estudo publicado na revista "International Journal of Environmental Research and Public Health" e que faz parte do projeto "Media Activity and Mental Health", do Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano (CEDH) - tenta analisar como proteger os jovens relativamente ao uso dos MEC (Meios de Comunicação Eletrónicos como telemóveis, computadores, tablets, etc.).

Luísa Campos, uma das especialistas envolvidas na investigação, explica os resultados encontrados: "A diminuição do impacto negativo é mais determinada pela frequência de atividades extracurriculares (ex. praticar desporto, independentemente do tempo que lá estão), do que pelo menor tempo de utilização dos MCE ".

A pandemia também é um dos fatores de preocupação pela sua influência nesta "situação" e como esta impede tais atividades extracurriculares. O confinamento permitiu que o uso extensivo aumentasse ainda mais.

A especialista exemplificou as medidas mais efetivas nesse controlo: "Mais do que estarmos preocupados em, por exemplo, reduzir o tempo de ecrã, deveríamos centrar-nos na integração dos jovens em atividades que lhes permitam desenvolver competências sócio emocionais para, assim, estarem protegidos do possível impacto negativo dos MCE.

Acreditamos que este artigo dá importantes pistas para pais e profissionais (como por exemplo, professores, treinadores, psicólogos) em relação ao papel protetor da frequência de atividades extracurriculares relativamente ao uso dos MCE".

Ler artigo completo aqui.

Sessão de Encerramento da 1.ª Edição da UBUNTU UNITED NATIONS

No passado domingo, dia 19 de dezembro, mais de 600 jovens líderes reuniram virtualmente para a cerimónia de encerramento da 1.ª edição da Academia de Liderança da Ubuntu United Nations.

O programa, que se centrou na defesa dos Direitos Humanos, Justiça Social e Desenvolvimento Sustentável, contou com a presença de vários laureados do Prémio Nobel da Paz.

Entre os participantes encontravam-se três alumni da Católica, dois selecionados para representar os seus respetivos países de origem, e o terceiro enquanto participante observador.

Por favor veja os destaques desta experiência no seguinte link.

Categorias: Internacional Homepage

Terça, 21/12/2021

Celebração da 6.ª edição do Encontro de Estudantes Internacionais

Na passada sexta-feira, dia 16 de outubro, a Universidade Católica Portuguesa organizou a sexta edição do Encontro dos Estudantes Internacionais. O evento, destinado aos estudantes internacionais que frequentam pela primeira vez um dos 4 campi da Universidade – Lisboa, Braga, Porto e Viseu – assumiu este ano um formato digital.

O programa incluiu uma visita guiada aos 4 campi através da apresentação de curtos vídeos feitos pelos próprios estudantes em resposta ao convite que lhes foi dirigido para darem a sua visão da vida na UCP.

Os estudantes foram depois distribuídos por equipas multiculturais e de diferentes campi para jogarem o quiz “Católica Trivial Pursuit”, que desafiou tanto a sua cultura geral e o seu conhecimento de Portugal e da Universidade, como a sua criatividade e sentido de humor.

O encontro terminou com um agradecimento a todos pela participação no evento e com a entrega dos prémios à equipa vencedora.

International Student Meeting 2020International Student Meeting 2020

International Student Meeting 2020

Categorias: Internacional A Católica

Sexta, 16/10/2020

Abertura das Candidaturas para as Bolsas China Three Gorges

No âmbito do Protocolo de Cooperação com a China Three Gorges Corporation (CTG), a Universidade Católica Portuguesa abre concurso para financiamento de bolsas de mestrado na China.

As bolsas CTG têm por objetivo estimular os recém-diplomados da Universidade Católica Portuguesa a prosseguirem os seus estudos pós-graduados em Universidades da China continental, contribuindo para valorizar a formação de nível superior fortemente ancorada na investigação, para a valorização social e económica do conhecimento e a participação ativa no progresso das comunidades.

O período de candidatura para as bolsas está aberto de 1 de abril a 30 de maio, e as condições podem ser consultadas aqui.

Categorias: Internacional

Seg, 29/03/2021

Católica acolhe estudantes internacionais na 7.ª edição do International Student Meeting

Alunos de várias nacionalidades estiveram reunidos nos 4 campi da Universidade Católica Portuguesa para a 7.ª edição do International Student Meeting. O evento nacional, que decorreu no dia 15 de outubro, recebeu os alunos internacionais, de mobilidade e regulares, recém-chegados à universidade.

Estes alunos, reunidos no seu próprio campus, assistiram à transmissão ao vivo, em direto do Centro Regional do Porto, ao programa comum que incluiu um vídeo dos locais turísticos da cidade do Porto, um quiz e uma atuação da tuna do CRP, seguida de um momento de convívio informal em cada campus.

Gabriela Santos é uma das estudantes internacionais que a Católica acolhe este ano, no Instituto Ciências da Saúde, em Lisboa. Vinda da Universidade de São Paulo, a enfermeira de 32 anos destaca “a grande oportunidade que o doutoramento na Católica está a possibilitar”. 

“Levo desta passagem pela Católica muita informação sobre a população idosa, a forma como é feito o acolhimento, como se trabalha na mobilidade e autonomia dos idosos e isso será muito útil para a minha investigação nesta área”, acrescenta a estudante.

Também oriundo do Brasil, Natan Nogueira diz não ter dúvidas que “a escolha pela Católica foi a melhor opção para o futuro”.

Aluno da pós-graduação em Ciência Política e Relações Internacionais, do Instituto de Estudos Políticos, refere que “depois uma grande pesquisa, a Universidade Católica Portuguesa foi a que mais se destacou”, acrescentando que para a escolha “foi decisivo o facto de, no processo de seleção, terem sido exigidos dois ensaios académicos e uma entrevista”. “Senti-me apreciado”, acrescenta o aluno.

Já Nathalya Casallas Hernandez, de nacionalidade colombiana e aluna de Erasmus, diz que “estar em Portugal e a estudar na Católica é um sonho realizado”.

A fazer um doutoramento em Enfermagem, a aluna refere que o grande responsável por esta escolha foi o professor da UCP, Sérgio Deodato, que conheceu no Brasil, na Universidade de Minas Gerais. A este docente, diz Nathalya, deve “todo o apoio, acompanhamento e ajuda para terminar com sucesso a tese sobre Compaixão e Competência Cultural de Enfermeiros que Cuidam de Populações Vulneráveis”.

O International Student Meeting é um evento organizado anualmente que reúne os recém-chegados alunos internacionais da universidade, convidando-os a conhecer melhor a cultura portuguesa e as cidades onde a universidade se insere. Este evento, que tem contado com uma forte adesão dos alunos internacionais, fomenta o convívio e partilha num ambiente de abertura e multiculturalidade, celebrando assim as mais de 100 nacionalidades que compõem a comunidade estudantil.

Categorias: Internacional Católica sem fronteiras

Seg, 18/10/2021

Universidade Católica Portuguesa organiza ciclo de seminários sobre administração escolar

Entre janeiro e maio, a Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica volta a organizar um Ciclo de Seminários de Aprofundamento em Administração, Supervisão e Organização Escolar (ASOE). No total, o ciclo "Escola: Construir Futuro" inclui quatro seminários, que serão realizados online. 

Este ciclo, que se realiza anualmente, é coordenado pela docente Cristina Palmeirão e pretende reunir "parceiros implicados na construção da qualidade da educação, valorizar a comunidade educativa enquanto instância de decisão, e potenciar o compromisso ético relativamente à missão do sistema educativo", revela a Universidade Católica, em comunicado.

Ler artigo completo aqui.

A professora Isa e "A casa da Mosca Fosca". Como foi a primeira aula da telescola

Orlando Almeida | Global Imagens

Orlando Almeida | Global Imagens

Mosca, escaravelho, morcego, sapo, coruja, raposa, lobo e urso. Esta é a lista de oito animais que, um a um, entraram pelas casas de milhares de alunos dos 1.º e 2.º anos do Ensino Básico naquele que foi o arranque oficial da telescola em Portugal.

"A casa da Mosca Fosca" , de Eva Mejuto, com ilustrações de Sérgio Moura foi a obra escolhida na disciplina de português e vai estar durante toda a semana em análise para os alunos de ambos os anos de escolaridade.

A professora lê a história de uma ponta à outra. O livro está aberto, as páginas estão viradas para câmara e a professora Isa lê, palavra por palavra. A trama desenrola-se em torno de um bolo feito por uma mosca e do cheiro que vai atraindo, um a um, outros animais para um lanche caseiro.

As páginas estão lá, as letras também, mas a câmara de televisão ainda está longe. Assim é difícil ler para quem está em casa.

Mas voltemos ao básico. Casa. Silabicamente: ca-sa. A primeira sílaba tem um som aberto: "Cá", nota a professora Isa. Mas a mesma sílaba na palavra cama já conta outra história. Ca-ma. Aqui, alerta a professora, lê-se "câ".

E quantas palavras estão no interior da casa? "Há lá uma, já repararam? É a palavra asa." Sílaba a sílaba, a análise da história continuou.

Pouco depois, sinais dos tempos. A telescola é nova, mas o quadro continua a ser real, ainda que não seja de ardósia e o giz não desenhe os traços. Sobre um tripé está um painel com folhas de papel de grandes dimensões que, em bloco, recebem o que a aula tem a dar. O giz é agora de cor azul e vem em forma líquida num pequeno tubo: é um marcador. E esse marcador desenha letras que podem não ser pacíficas.

É a chamada diferença entre letra "à maquina" e "à mão". A professora Isa acabara de desenhar um z com um traço no meio. Era um z à maquina. "Vou tentar aqui fazer de forma diferente, pode ser mais fácil para alguns de vocês", notava, enquanto reescrevia a palavra cozinha com um traçado arredondado e um z que faz regressar o cheiro do giz a quem o vê escrito.

É um z que parte acima da linha e dá duas voltas antes de passar a linha de novo, desenhando uma "barriga" por baixo dela. "Também foi assim que a minha professora me ensinou na escola", reconhece. Era um z "à mão".

A Mosca Fosca, o Escaravelho Carquelho e o Morcego Ralego

Voltemos à história. Cada um destes animais tem nomes peculiares. E que rimam. Temos a Mosca Fosca, o Escaravelho Carquelho, o Morcego Ralego, o Sapo Larapo, a Coruja Rabuja, a Raposa Tramosa o Lobo Rebobo.

E se dividirmos mais palavras? Lobo, por exemplo. "Lo-bo", diz a professora, enquanto corta a palavra, escrita num pedaço de papel, ao meio, deixando as sílabas separadas antes de anunciar o nascimento de um novo vocábulo, fruto daqueles dois sons que acabara de separar: "Bo-lo. Bolo."

O bolo é também parte desta história. Afinal, foi em torno dele que, uma a uma, cada personagem desta história se reuniu em casa da protagonista fosca. A história promete dar mais aos alunos durante toda a semana.

Partamos então o bolo em fatias: é o sumário. "Leitura da história", escreve a professora Isa no quadro que não é de giz mas também recebeu letras escritas "à mão". Falou-se de "rimas e divisão silábica". Por hoje, foi tudo no Português.

No final, o suspiro. Parece ser de alívio. A primeira aula do regresso da telescola está dada.

"Não lhes vou chamar aulas." Como correu tudo isto?

Vamos então à avaliação. À TSF, a professora Ilídia Cabral, docente da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e coordenadora do Serviço de Apoio à Melhoria da Educação (SAME), começa por dizer que foi um "momento positivo na globalidade" e destaca "cinco pontos bastante positivos".

Comecemos pelo livro que, nota Ilídia Cabral, é o "pano de fundo das aprendizagens" para toda a semana. A "continuidade é muitíssimo importante" e pode mesmo contribuir para aprendizagens noutras áreas, como o "Estudo do Meio ou Matemática" ao longo dos próximos dias.

Quanto à aula, propriamente dita, a docente da UCP destaca o conjunto de "sugestões de trabalho e orientações" que servem tanto para alunos como professores e dão "pistas de exploração". Esta é uma forma de trabalho que "faz todo o sentido".

E a abordagem? A aula foi feita em torno também de um jogo - o de separar sílabas - que conferiu uma "dimensão lúdica" à aprendizagem. Ambos "são fundamentais" nesta faixa etária. A isto junta-se a possibilidade que os alunos têm de "construir em casa os seus próprios jogos para irem aprendendo".

É precisamente aqui que entram os materiais caseiros, com os quais a professora Isa revelou "muita preocupação". Folhetos das compras, jornais, revistas, tiras de papel, canetas e marcadores são objetos comuns nas casas portuguesas e que "por vezes não associamos, mas podem ser fontes de aprendizagem muito interessantes".

Ler artigo completo aqui.

José Matias Alves: "Carta aberta aos educadores e professores"

No princípio foi um esboço de carta dirigida aos educadores e professores. Dizia assim: "Sei o tempo caótico que vivem. Sei a vontade de quererem fazer o melhor possível. Sei que estão a procurar reduzir o peso da escolarização forçada. Sei que muitas vezes não sabem o que fazer. Sei que a casa se transformou numa prisão para quase todos. E que se pode transformar num inferno."

Tenho apenas uma preocupação maior: não afoguem as crianças com classificações, evidências, modismos escolares agora totalmente despropositados. Deixem as crianças em paz e não façam de conta que a escolarização segue os cânones normais. Não segue e não pode seguir. Os pais não podem ser transformados em auxiliares da ação educativa dos professores e das escolas. Esqueçam o mais possível as notas. Promovam aprendizagens e requeiram evidências minimalistas que os alunos possam realizar (não os pais). Tranquilizem miúdos e graúdos. Afirmem a importância da comunicação informalizada, a convivialidade familiar, libertem a casa da lógica da escolarização...

Proponho-me hoje expandir este esboço e escrever a carta seguindo um roteiro de dez tópicos que se organizam em duas sequências: os primeiros cinco pontos enunciam as dimensões críticas; os segundos, as dimensões de oportunidade.

1. O tempo caótico. Todos o sabemos e reconhecemos. Quase todas as rotinas profissionais mudaram. O que era linear e relativamente pacífico complexificou-se enormemente. Vivíamos sós dentro de quatro paredes frente a uma turma (a várias turmas) de alunos. Com muitas falas cruzadas e necessidade de mandar calar. Hoje desapareceu a turma, a classe, as paredes da sala de aula, o ruído. Da clausura passamos para o espaço aberto onde milhares de olhos nos vêem. E ouvem. Mas onde o silêncio impera e inquieta.

Por vezes, há a notícia de que filmam e gravam numa ameaça à privacidade da relação pedagógica. É um tempo síncrono (provavelmente excessivo). Um tempo assíncrono provavelmente desregulado. Um tempo paradoxal em que a escola e a lógica escolar invadiram o espaço doméstico. A casa. O lar. De professores e alunos. O tempo caótico é um tempo de desordem, esgotamento, desregulação, imprevisibilidade, efeitos secundários imprevistos, heterogeneidades várias. Distâncias, sofrimentos, ansiedades, perplexidades. Que tem de ser moderado, sob pena de uma destruição e esgotamento totais.

2. A impossibilidade de reproduzir o modelo escolar. O ensino à distância através de várias plataformas, complementado pelo ensino através da televisão não pode reproduzir o modelo escolar. Ele continua muito presente no modo de organizar o conhecimento em disciplinas estanques, na segmentação do tempo e na tendência de expor, de dar a matéria prescrita, mas o efeito turma, a presença do professor, as relações de proximidade física desapareceram.

Ler artigo completo aqui.

Próximos eventos

Vânia Sousa Lima - "Afinal havia o Outro"

O vírus virou-nos. Do avesso, primeiro. Para dentro, crê-se. Para fora, sabe-se.

Como tempestade que se antecipa, distante, e se deseja não chegue. E antes que fosse dito, era claro que chegaria. Dela ouvia-se falar do seu devastador e nefasto poder.

A palavra cria realidade e as que mais se ouviam eram infecção, doença, morte, crise, quarentena, confinamento, isolamento. E números, muitos (dúbios) números. Faz-se real o risco de ser infectado, real o de perder o emprego, real o de não pagar salários, real o de cancelar projectos, real o de não fruir do desejado, do assumido como garantido, real o de adoecer, real o de morrer. Real o risco de não ser capaz de (se) suplantar.

O entranhar-se do medo revira as entranhas, tolda a razão, turva a emoção, entorpece a acção. O medo do vírus virou-nos, do avesso, primeiro. Para dentro, crê-se. Na procura da garantia da satisfação das mais primárias necessidades de sobrevivência e segurança, as de Maslow. Para dentro de supermercados, farmácias, hospitais, centros de saúde, (mãos) dentro de luvas, dentro de casas. Antes que nos fosse dito. Para dentro de nós e do nosso medo. Crê-se.

O risco é universal como o medo. Ambos nos fazem pessoas. Como, ante eles, a resiliência e a estoicidade. Sabe-se.

A construção relacional do significado evidencia o carácter falacioso do desenvolvimento individual. A história de Mim exige o Outro. Este Outro, história nossa, a quem se quer bem e com quem não se está (por tanto se querer bem não se está). Com quem se quer festejar o aniversário e não se visita. A quem se quer dar um abraço e se vê da janela. Com quem se partilharia uma Páscoa que se reinventa.

Ler artigo completo aqui.

Alunos do secundário regressam às aulas: conheça os riscos

Nos últimos treze dias, as escolas prepararam o regresso dos alunos dos 11.º e 12.º anos. Houve visitas das autoridades de saúde, foram criados corredores para que quem entra e sai não se cruze, pensadas em soluções para as salas de aula pequenas (como o uso dos pavilhões gimnodesportivos). Foram dadas formações pela Força Aéreas aos assistentes operacionais para saberem como eficientemente desinfetar os espaços e preparado um manual que define regras de separação das turmas ou a frequência de limpeza.

Mas nem tudo ficou esclarecido ou é possível solucionar – os conselhos gerais da Escola Secundária Avelar Brotero (Coimbra) e do Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio (Braga) pedem "a suspensão do regresso às aulas e dos exames nacionais". Diz o órgão da Alberto Sampaio: "As garantias de segurança dadas pela Tutela são manifestamente insuficientes, muito mais quando a relação "custo-benefício" se anuncia, no mínimo, duvidosa." Todos estão "expostos a riscos desnecessários", soma o conselho geral do Agrupamento de Escolas Romeu Correia, no Feijó (Almada). 

Eis algumas dúvidas manifestadas por membros da comunidade educativa:
 
1. Transportes Públicos
O conselho geral da Escola Secundária Avelar Brotero (Coimbra) considera que "parte" das orientações da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE) estão "distantes da realidade de muitas escolas". Um dos problemas apontados por esta comunidade escolar são as deslocações casa-escola-casa "desnecessárias, muitas delas em transportes públicos partilhados".

Essa também é uma preocupação manifestada por João Jaime Pires, diretor da Escola Secundária Camões, em Lisboa: "Independentemente de os alunos e pais terem confiança na segurança das escolas, na nossa cidade [andarão] de transportes públicos." E são jovens, gostam de se reunir no jardim em frente, conversar. Será difícil manterem as distâncias. 

Esta solução poderá também trazer problemas de ansiedade acrescida para quem vai realizar exames nacionais. "Este cenário vai ser muito difícil para todos. A escola transforma-se, por efeito dos cuidados sanitários que se têm de ter, mas há o risco de passar a ser um espaço concentracionário, lido e sentido pelos alunos num espaço de concentração, não podem ir ao recreio, não podem conviver, para irem almoçar têm de ir em turnos. Ninguém consegue viver assim", diz José Matias Alves, professor na Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (Porto).

2. Higiene: quem e onde?
Ainda no início de maio já Paulo Guinote, professor e responsável pelo blogue 'O Meu Quintal', manifestava essa dúvida à SÁBADO: "Como é que se vai assegurar a desinfeção em escolas que, em período normal, têm problemas de funcionários para a limpeza?".

As dúvidas mantém-se na Avelar Botelho ou na Alberto Sampaio: os assistentes operacionais foram formados de modo "superficial e precipitado", escreveu o conselho geral da escola de Coimbra. "Existem sérias dúvidas quanto à existência de recursos físicos e humanos suficientes para a necessária desinfeção dos espaços escolares", sublinhou o órgão do agrupamento bracarence, referindo que as casas de banho são "poucas e com ainda menos lavatórios para higienização das mãos".

No Camões, que está em obras, as aulas estavam a ocorrer em mono-blocos e também aí eram poucas as casas de banho – o projeto para a reabertura passava por pedir WC portáteis à Câmara de Lisboa.

3. E se alguém for infetado?
"Em caso de infeção, mais do que previsível, não haverá equidade, na medida em que algumas turmas entrarão em quarentena, enquanto as outras continuarão presencialmente. Caso os professores sejam comuns, todas as suas turmas entram em quarentena", escreve o conselho geral da Alberto Sampaio.

4. Professores em modo presencial, à distância ou de baixa
No início do mês já a direção do Camões estava a receber as declarações das baixas de professores. "Vou ter muita dificuldade na disciplina de Português de 12.º ano e na de História", previa João Jaime Pires, que tem 44 professores acima dos 60 anos. A idade não é entendida como fator de risco, mas há também "muitos com diabetes ou questões cardíacas" e ainda os que têm filhos menores de 12 anos. Este diretor escolar sugeria que os professores titulares "continuassem remotamente a acompanhar os seus alunos, porque são eles que os conhecem os alunos".

"Há colegas que ponderam não regressar, pedindo baixa porque são de grupos de risco. É legítimo que tentem salvaguardar-se", diz André Pestana do Sindicato de Todos os Professores (STOP).

Outra dúvida de Paulo Guinote: "Os professores que tenham [turmas] do secundário e do básico, deixam de ir ao básico à distancia para ir ao secundário? Os horários sobrepõem-se. Uma colega dizia-me: 'Tenho 9.º, 10.º, 12.º e profisisonais. Se voltar, o que é que acontece?' Vão ter que ir buscar professores que não conhecem as turmas". A solução está prevista nas orientações da DGESTE de 5 de maio para os docentes que sejam de grupos de risco e estejam de baixa.

Ler artigo completo aqui.

Observatory for the Protection of Social Rights in the European Context

Projecto - logotipo Observatório Competition Law Enforcement

Católica Research Centre for the Future of Law and the Portuguese section of ANESC launched the Observatory for the Protection of Social Rights in the European Context. This Observatory serves the purpose of thinking over the impact of those normative instruments on the national law system, assessing their compliance with supranational sources of law.

The activity pursued by this Observatory is threefold:

(i) Analysis of the rulings and reports of the European Committee of Social Rights, in what concerns the Revised European Social Charter, as well as the case law of the European Court of Human Rights, as far as the European Convention on Human Rights is concerned, with direct or indirect impact on the national system;

(ii) Analysis of the Portuguese legislation and case law, with a view to assessing its compliance with the international instruments mentioned above;

(iii) Analysis of the relationship between several international instruments arising from different sources (Council of Europe; European Union; ILO, UN, WTO) and the terms in which they are connected with national law, in order to solve potential conflicts and to assess their justiciability and effectiveness.

Institucional Sede e Centros Regionais Notícias e Eventos Eventos Notícias Notícias de Imprensa Centro Académico Clínico Católica Luz (CAC - CL) Calendário Académico 2023/2024 Projeto Training for Resilience - A Value for the Future

Observatório para a Tutela dos Direitos Sociais em Contexto Europeu

Centro Estudos Investigação em Direito UCP_ANESC

O Católica Research Centre for the Future of Law  e a secção portuguesa da ANESC lançaram o Observatório para a Tutela dos Direitos Sociais em Contexto Europeu. Este Observatório serve o propósito de reflectir sobre o impacto desses instrumentos normativos no sistema jurídico nacional, avaliando a sua conformidade com as fontes supranacionais de direito. A actividade desenvolvida por este Observatório tem três vertentes:

(i) Análise das decisões e relatórios do Comité Europeu dos Direitos Sociais, no que diz respeito à Carta Social Europeia Revista, bem como da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, no que diz respeito à Convenção Europeia dos Direitos do Homem, com impacto direto ou indireto sobre o sistema nacional;

(ii) Análise da legislação e jurisprudência portuguesa, com vista a avaliar a sua conformidade com os instrumentos internacionais acima mencionados;

(iii) Análise da relação entre vários instrumentos internacionais provenientes de diferentes fontes (Conselho da Europa; União Europeia; OIT, ONU, OMC) e os termos em que estão ligados ao direito nacional, a fim de resolver potenciais conflitos e de avaliar a sua justiciabilidade e eficácia.

Mais informação aqui.

Institucional Sede e Centros Regionais Notícias e Eventos Eventos Notícias Notícias de Imprensa Centro Académico Clínico Católica Luz (CAC - CL) Calendário Académico 2023/2024 Projeto Training for Resilience - A Value for the Future

Católica participa na European Association for International Education

De 11 a 14 de setembro a UCP participou novamente na EAIE – European Association for International Education - que este ano teve lugar em Genebra.

A Universidade Católica é já participante assídua desta feira destinada ao encontro e networking entre Universidades, tendo sido pela 3ª vez consecutiva a única universidade portuguesa representada com stand próprio.

Durante três dias, vários representantes e coordenadores de Relações Internacionais da UCP e das suas diversas unidades académicas dedicaram-se à missão de internacionalização da universidade, reafirmando parcerias já existentes e estabelecendo novas.

Merece um especial destaque o interesse demonstrado por Universidade Japonesas em cooperar com a UCP.

Categorias: Internacional

Sáb, 15/09/2018

Projeto Promise

Promise

Os desafios enfrentados pelos jovens em toda a Europa têm sido o foco de debates públicos, políticos e académicos a nível local, nacional e internacional. Os jovens europeus enfrentam escolhas difíceis em áreas-chave da vida social que podem afetar a sua participação na sociedade e, eventualmente, potenciar a sua marginalização: desde questões estruturais de desemprego, falta de acesso a habitação e problemas de dívida, a grandes questões como o meio ambiente, identidade, fé e radicalização, à negociação dos desafios morais decorrentes dos mercados ilegais e dos media sociais cada vez mais sexualizados. Embora existam amplas variações nas oportunidades e desafios entre e dentro dos países, os jovens europeus enfrentam hoje escolhas difíceis na negociação destes labirintos morais.

O projeto PROMISE - Promover o Envolvimento e o Compromisso Social dos Jovens: Oportunidades e desafios para os jovens ‘em conflito’ na Europa - investigará como as respostas dos jovens, muitas vezes negativas, a estes problemas podem criar conflitos, mas também como podem proporcionar oportunidades de compromisso social positivo. Ao abordar as experiências, os valores e as atitudes da juventude europeia vista como ‘em conflito’ com as gerações mais velhas, com as autoridades e com as normas sociais, o PROMISE chegará ao cerne das barreiras e oportunidades para o envolvimento social dos jovens.

O projeto está em execução entre maio de 2016 e abril de 2019 e envolve 12 entidades colaboradoras em 10 países europeus diferentes. É coordenado por uma equipa da Universidade de Manchester liderada pela Dr.ª Jo Deakin (Centro de Criminologia e Justiça Criminal | Faculdade de Direito | Universidade de Manchester | Manchester | M13 9PL; jo.deakin@manchester.ac.uk).

Em Portugal, o PROMISE é desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade Católica Portuguesa – Porto, liderada pela Dr.ª Raquel Matos (Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano I Rua de Diogo Botelho, 1327 I 4169-005 Porto; rmatos@porto.ucp.pt).

Este projeto é financiado no âmbito do Horizonte 2020 – Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação, Acordo de Subvenção n.º 693221.

Para mais informação sobre o PROMISE: www.promise.manchester.ac.uk

 

Institucional Sede e Centros Regionais Notícias e Eventos Eventos Notícias Notícias de Imprensa Centro Académico Clínico Católica Luz (CAC - CL) Calendário Académico 2023/2024 Projeto Training for Resilience - A Value for the Future

Católica Fellowships for Portuguese American Students | Candidaturas abertas!

A Universidade Católica Portuguesa oferece anualmente 5 bolsas de mérito a estudantes luso-americanos que estejam à procura de cursos de licenciatura ou mestrados em todos os campos de conhecimento.

O período de candidatura para as "Católica Fellowships for Portuguese American Students" está oficialmente aberto.

 Para mais informações deve consultar este link.

Categorias: Internacional

Quinta, 12/11/2020

Faculdade de Educação e Psicologia promove inquérito sobre os desafios do teletrabalho

O Research Centre for Human Development (CEDH) da Faculdade de Educação e Psicologia (FEP) da Universidade Católica Portuguesa, no Porto, está a promover um inquérito sobre os desafios do trabalho remoto, fruto do contexto pandémico da Covid-19, no âmbito do projeto Work@Home.

Com o objetivo de conhecer as perceções de todos os que foram repentinamente desafiados a enfrentar o teletrabalho, este inquérito, que está disponível até 5 de fevereiro, inclui questões sobre as experiências com o teletrabalho durante o período da pandemia, nomeadamente, as dificuldades sentidas, as estratégias utilizadas e o suporte recebido por parte da empresa.

O Work@Home, projeto através do qual este estudo se insere, visa analisar as relações de trabalho que foram desafiadas pelo contexto da pandemia da Covid-19 para que através dos dados se possa apoiar a implementação de práticas adequadas ao regime de trabalho remoto.

Filipa Sobral, coordenadora da equipa de investigação responsável do projeto, afirma que “perante a pandemia da COVID-19, o teletrabalho surgiu claramente como uma das melhores alternativas para evitar contactos sociais desnecessários, no entanto, a maioria das empresas e dos seus colaboradores tiveram de se adaptar rapidamente a esta nova realidade, enfrentando muitos desafios relacionados com infraestruturas, equipamentos ou a preparação das suas equipas de trabalho.”

O inquérito pretende caracterizar as perceções dos trabalhadores, face ao suporte organizacional, às competências mobilizadas, ao relacionamento com os líderes e ao bem-estar geral, e as perceções dos líderes de equipa, face aos desafios de gerir uma equipa à distância e às estratégias implementadas de gestão e de motivação. A participação neste estudo é voluntária e anónima e a informação recolhida destina-se unicamente a fins de investigação, sendo que os dados serão tratados de forma coletiva. 

O projeto tem como parceiros o Centro Regional do Porto e o Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa, a Finantech, a Fundação AEP, a Multipessoal, a Symington Family Estates e a Wincode.

Em caso de dúvida, contacte workathome@porto.ucp.pt.

Participe no inquérito aqui.

Equipa de investigação da Católica lança Guia “PRO.VI – Protect the Rights of the Victims” para profissionais

No passado dia 22 de fevereiro de 2021, assinalou-se o 31.º Dia Europeu da Vítima de Crime. Recentemente, também a Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (FEP-UCP) lançou um trabalho para profissionais desta área, que resultou de um projeto Europeu - PRO.VI - Protecting Victims Rights - financiado pela Comissão Europeia, cujo principal objetivo é precisamente proteger os Direitos das Vítimas de Crime, através da capacitação dos especialistas que trabalham com esta população.

Este projeto, realizado pelas investigadoras Catarina RibeiroMariana BarbosaRaquel Matos e Mafalda Santos da FEP-UCP, envolveu 5 países europeus (Itália, Espanha, Roménia, Alemanha e Portugal), e a CIG - Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, como principal parceiro nacional nesta jornada.

O Guia Prático para Profissionais foi construído por todos os parceiros da investigação, com a colaboração de vários profissionais, de Vítimas de Crime e de várias instituições, nomeadamente, a CIG (Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género), a APF (Associação para o Planeamento da Família), a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), agentes policiais que integram o Gabinete de Atendimento e Informação à Vítima (GAIV) da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto, o Gabinete para a Igualdade e Apoio à Vítima da Câmara Municipal da Trofa e a Cruz Vermelha Portuguesa.

Todos os anos na União Europeia uma em cada sete pessoas é vítima de crime, incluindo crianças e adultos. A violência tem um impacto muito significativo na saúde e na sociedade, com custos elevadíssimos a nível económico também. A Proteção dos Direitos das Vítimas continua a ser, sem dúvida, uma prioridade.

Atividades extracurriculares diminuem riscos de utilização de media eletrónicos

Os jovens que passam mais tempo a utilizar meios de comunicação eletrónicos, do smartphone ao tablet, tendem a ter menos ferramentas socioemocionais, autorregulação, motivação, capacidade de decisão ou ajustamento psicológico e maior propensão para cometerem ou serem vítimas de bullying ou cyberbullying, contacto com estranhos, pornografia ou mensagens sexuais. O alerta é feito pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica do Porto, advertindo também para que a pandemia aumentou a exposição a esses perigos - e que impor limites à utilização dos dispositivos não resolve o problema. O antídoto mais eficaz é a participação em atividades extracurriculares, mesmo sem sair de casa.

Publicado no "International Journal of Environmental Research and Public Health", o estudo da UCP avaliou, no início de 2019, 729 adolescentes, dos 11 aos 17 anos, em 17 escolas públicas e privadas de todo o país, incluindo nas ilhas. Os resultados foram evidentes: a participação em atividades fora do ambiente escolar protege contra a utilização excessiva de telemóveis, computadores, videojogos, internet e outros dispositivos, bem como contra os efeitos negativos associados a essa exposição.

Os dados permitiram ainda concluir que as mais-valias das atividades extracurriculares são visíveis na participação individual ou em grupo, em casa ou no exterior e com ou sem componente desportiva. "Pode ser música, ballet, ginástica, surf, escuteiros... O importante é que sejam atividades extra ao tempo escolar, estruturadas, supervisionadas e internacionalizadas para a promoção de competências", explica Luísa Campos, uma das autoras do estudo.

 

Ler artigo completo aqui.

Nota: Este artigo encontra-se disponível na íntegra para assinantes do Expresso.