José Miguel Sardica: "Os problemas do "wokismo""
Como um dia escreverão os manuais de História, foi no final da década de 2010 que o “wokismo” entrou a sério nas nossas vidas. Trata-se da tradução de “wokeism”, que vem da expressão “stay woke” (“fique desperto”, acordado, sensibilizado, etc.), e que reivindica a consciencialização, militância e denúncia de tudo o que possa diminuir, ofender ou oprimir as causas de justiça racial, identidade sexual (e igualdade de género), ativismo ambiental ou cultura grupal. A origem deste justicialismo difuso vem de trás, do “politicamente correto” do final do século XX, acelerado a partir de 2014 pelas militâncias do «Black Lives Matter» ou do «Me Too». Não pretendo analisar a pertinência das agendas identitárias ou políticas que se multiplicam ao sabor de indignações e alvos que as redes sociais fazem e desfazem. O meu objetivo é apenas o de chamar a atenção para um dos mais correntes instrumentos do wokismo - as censuras de “cancelamento” - e para o que estas implicam.
Artigo completo disponível na Renascença.
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