Alexandre Freire Duarte: "A espécie e as pessoas na sexualidade cristã"
Um dia, numa das minhas aulas, alguém perguntou, sem qualquer intuito provocador, se os católicos podiam ter prazer sexual. Estimo que se terão passado dois segundos para perceber onde estava e com quem estava. Então, dei-me conta que era uma questão que caracterizava perfeitamente a generalidade do meu público e o que cursavam, tendo dito para mim mesmo o famoso dito que, no flagrante grego em que o conhecemos, diz «tautēn iatré therápeuson seautón». Depois disse “sim, claro, como poderia ser o contrário?” e prometi escrever com maior detalhe o que iria dizer brevemente nessa ocasião.
Regresso, aqui, a esse tema e desde outra perspetiva, pois creio-o fundamental para a maturidade cristã e até humana – estoutra, à qual creio que todos nós aspiramos.
Às vezes esquecemo-nos disto, mas trata-se de uma lei de todos os seres que estão vivos: a nossa biologia não nos permite viver perenemente ao nível biológico. A vida e o tempo, em que desfruímos da vida, são dos maiores dons de Deus. São mesmo a moldura para todas as demais ofertas que Ele incessantemente nos está a dar ao dar-Se-nos continuamente. Mas aqui, e como bem reconheceu C.S. Lewis, surge um “choque” entre a vida como dom divino e a vida que se encaminha para a morte.
Artigo completo disponível no Observador.
Categorias: Faculdade de Teologia