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Conferência "Illuminating the Pacific": A 'Spanish' Heresy Appears Half a World Away

Quarta-feira, junho 28, 2023 - 17:30 - Quarta-feira, junho 28, 2023 - 19:30

Sala da Sociedade Científica | UCP | Lisboa - Sede


A conferência proferida por Jessica J. Fowler (University of Montana Western), organizada em parceria pelo UCP-CEHR, através do seu grupo de investigação "História das Inquisições" e pela Cátedra de Estudos Sefarditas "Alberto Benveniste".

A conferência realiza-se no dia 28 de junho, pelas 17h30, em formato presencial e online.

 

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Exposição Equidade

Segunda-feira, julho 10, 2023 - 10:00 - Quinta-feira, Agosto 10, 2023 - 18:00

Palácio das Galveias | Biblioteca das Galveias


O investigador do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura, (CECC), Carlos Barros, é o curador da exposição Equidade, que conta com o apoio da Universidade Católica Portuguesa.

A exposição vai estar de portas abertas ao público entre 10 de julho e 10 de agosto de 2023, no Palácio das Galveias, em Lisboa. 

A entrada é gratuita.

ExposiçãoEquidade_CentroEstudosComunicaçãoCultura_UniversidadeCatólica

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Conferência "Europa 2019: a (re)fundação da União Europeia?"

Sexta-feira, Maio 24, 2019 - 18:30 - Sexta-feira, Maio 24, 2019 - 20:00

Auditório Padre Bacelar | UCP | Lisboa - Sede


A Sociedade Científica organiza, no próximo dia 24 de Maio, pelas 18h30, no Auditório Padre Bacelar, uma conferência proferida pelo Doutor João Salgueiro com o tema "Europa 2019: a (re)fundação da União Europeia?"

A conferência, que terá lugar após a realização da Assembleia Geral anual da Sociedade Científica é aberta ao público

 

 

Conferência "Europa 2019: a (re)fundação da União Europeia?" - convite

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Post-Doc Lounge: comunicação de Ciência

Terça-feira, Março 05, 2024 - 15:30 - Terça-feira, Março 05, 2024 - 16:30

Sala Descobrimentos | Edifício da Biblioteca | UCP !| Lisboa - Sede


O Centro de Estudos de Comunicação e Cultura (CECC), organiza a primeira sessão de 2024 do Post-doc lounge no dia 5 de março, pelas 15h30.

Esta sessão conta com a participação de Elsa Costa que irá debruçar-se sobre o tema: "Comunicação de Ciência, mais precisamente sobre comunicação estratégica e os seus usos na esfera académica".

Post-doc lounge_Elsa Costa_CECC

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O Papa português que era médico e aparece na Divina Comédia

Basta relembrar que João XXI, que viveu entre 1215 e 1277, foi o único Papa português em dois milénios de cristianismo para se perceber que tal "é um dado do maior significado na história de Portugal", afirma o historiador Saul Gomes. O professor da Universidade de Coimbra, doutorado em História Medieval, acrescenta que "João XXI é o exemplo típico de um dos "Papas de Viterbo", num tempo em que declinava o conflito Papado-Império".

Nascido Pedro Julião, em Lisboa, foi arcebispo de Braga. Mas é além-fronteiras que ganha protagonismo e o novo nome de Pedro Hispano, a ponto de, como destaca Saul Gomes, se tornar "um homem dos círculos intelectuais universitários da Igreja, um magíster, sábio nas Artes e na Medicina, o que lhe abriu as portas dos palácios pontifícios e os conhecimentos e as relações necessárias à sua escolha para o cardinalato pelo esclarecido papa Gregório X".

Foi breve o pontificado. Eleito Papa em setembro de 1276, morreu em maio do ano seguinte, numa derrocada da câmara nova que mandara edificar junto do seu palácio em Viterbo. Como síntese, e seguindo as palavras do historiador, "João XXI deu continuidade às linhas de governação política consagradas por Gregório X e Inocêncio IV, mormente no Concílio de Lyon de 1274. As relações com os ortodoxos e a continuidade da defesa das conquistas cristãs na Terra Santa dominaram o essencial dos esforços de governação da Igreja romana desse tempo. Coube a João XXI, ainda, legitimar a iniciativa da condenação, pelos bispos das respetivas dioceses, do que ensinavam certos mestres de Artes, Gramática, Lógica e Filosofia Natural nas universidades de Paris e de Oxford".

Consequência de ter sido tão curto, o pontificado de João XXI não trouxe grandes benefícios políticos ou religiosos a Portugal e até se manteve a excomunhão de D. Afonso III. Sublinha, aliás, Saul Gomes que "as relações entre o Trono português e a Igreja conheceram momentos bastante conturbados ao longo do século XIII. Penas de excomunhão e de interdito do Reino e dos seus monarcas foram brandidas com alguma frequência pelos Papas desse século". Depois, com D. Dinis, que assumiu o trono em 1279, "assinar-se-ão várias concordatas e reforçar-se-á uma diplomacia de compromissos mútuos entre Portugal e Roma, situação de abertura da qual emergirão as condições favoráveis à fundação régia e ao reconhecimento papal do Estudo Geral ou Universidade, em 1290", acrescenta o académico, que é também autor de uma biografia de D. Afonso V, o Africano.

"Por outro lado, apenas se contam nove cardeais portugueses para os séculos medievais e um antipapa, Maurício Burdino, arcebispo de Braga, que tomou o nome de Gregório VIII (1118-1121). No final da Idade Média, os interesses atlânticos portugueses pesaram na Santa Sé, recolhendo-se desta um conjunto de bulas muito favoráveis ao reino que renovava, com a tomada de Ceuta, em 1415, uma política de (re)conquistas cruzadísticas de territórios ultramarinos", conclui Saul Gomes.

Será de facto, finda a Idade Média, que a aliança entre Portugal e a Igreja Católica trará mais frutos, com a expansão do cristianismo a acompanhar os descobrimentos. Mas se Espanha teve dois Papas nos séculos XV e XVI, Portugal não voltou a ter nenhum e por isso Pedro Hispano é uma figura que faz parte do imaginário português, mesmo que muitos só conheçam da sua vida dois factos: ter sido o único Papa nascido em Portugal e ter morrido de forma acidental. Dá nome hoje a hospitais e avenidas e teve direito não há muitos anos a uma biografia pelo historiador Armando Norte, onde a par do eclesiástico também se fala do médico, do filósofo e do teólogo, um sábio de tal modo admirado na sua época que Dante o incluiu no Paraíso na sua Divina Comédia.

Para a Igreja portuguesa, Pedro Hispano é uma referência, mesmo que longínqua. "Quando se fala de João XXI a um clérigo, creio que todos sabemos que se trata do primeiro e até agora único Papa português. Pode ser que saibam que o seu pontificado durou apenas alguns meses e mesmo que se trata de Pedro Hispano. Pelo menos os que foram a Itália e passaram em Viterbo recordam o seu túmulo e terão presente que foi nessa cidade que habitou enquanto Papa. No que me diz respeito, gostava de chamar a atenção de que estudou na Universidade de Paris, ao mesmo tempo que o grande teólogo S. Tomás de Aquino e também que S. Boaventura. Um dos seus mestres foi S. Alberto Magno", comenta o padre José Manuel Pereira de Almeida, vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa.

Acrescenta o padre e professor, também especialista de Anatomia Patológica: "Na minha qualidade de médico, não queria deixar de dizer ainda que Pedro Hispano aliava o conhecimento da filosofia ao da medicina do seu tempo (...).

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