Católica e Serralves inauguram exposição “Helena Almeida: Habitar a Obra”
A exposição “Helena Almeida: Habitar a Obra”, dedicada a uma das mais emblemáticas artistas portuguesas contemporâneas, foi inaugurada no dia 10 de outubro na Galeria Fundação Amélia de Mello, na sede da Universidade Católica Portuguesa (UCP), em Lisboa. Esta mostra é a mais recente iniciativa no âmbito do protocolo de cooperação entre a Fundação de Serralves e a Universidade Católica, que tem vindo a promover, desde 2021, a presença da arte contemporânea no espaço académico.
Na sessão de inauguração, Isabel Capeloa Gil, Reitora da Universidade Católica Portuguesa, sublinhou a relevância da arte no contexto universitário, destacando que “uma universidade não é um espaço de conforto, é um espaço de criação de ideias, de desafio constante”. A Reitora acrescentou que “a arte, sobretudo a arte contemporânea, é essencial neste processo”, por ser capaz de “criar admiração e perturbação” — dimensões que, segundo afirmou, são centrais na formação integral dos estudantes e no pensamento crítico que a Universidade cultiva.
O Presidente da Fundação de Serralves, Manuel Ferreira da Silva, recordou que a colaboração com a Universidade Católica já permitiu a realização de oito exposições — nos campi de Lisboa, Porto, Braga e Viseu — e destacou a relação longa e profunda da Fundação com a obra de Helena Almeida, que remonta a 1995. “Em 2015, tivemos a grande retrospetiva da artista, uma exposição extraordinária que projetou internacionalmente o seu trabalho em cidades como Paris, Bruxelas e Valência”, referiu.
Já o Diretor da Galeria Fundação Amélia de Mello, Paulo Pinto, lembrou que esta exposição marca a conclusão de um ciclo de quatro anos de colaboração entre Serralves e a UCP, iniciado em 2021, e que trouxe à comunidade académica de Lisboa três importantes mostras: Lourdes Castro | A Vida Como Ela é, Mãos sobre a Cidade e, agora, Helena Almeida: Habitar a Obra.
Segundo Paulo Pinto, “As obras da coleção de Serralves provocaram e vão continuar a provocar pensamento, reflexão, conversas, debates, isto socializando o papel das artes na formação integral dos nossos estudantes. Humanizando o processo educativo, colocando o ser humano no centro da aprendizagem. Como sujeito sensível, criativo, crítico e ético. Porque arte não é um complemento, mas parte essencial do desenvolvimento pleno do ser humano.”
De seguida, os convidados foram presenteados com uma visita guiada por Marta Moreira de Almeida, curadora da exposição.
A exposição “Helena Almeida: Habitar a Obra” pode ser visitada na Galeria Fundação Amélia de Mello, em Lisboa, até 11 de janeiro de 2026, e reúne um conjunto de obras que exploram o corpo, o gesto e a presença da artista na criação, temas centrais da sua trajetória.