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Docentes da Católica distinguidos pela Ordem dos Enfermeiros

A Ordem dos Enfermeiros distinguiu, por ocasião do Dia Internacional do Enfermeiro 2019, vários enfermeiros, entre ao quais dois docentes da Escola de Enfermagem da Católica (Porto).

O Doutor Miguel Pais-Vieira foi distinguido pela Secção Regional do Norte, com o Prémio Norte Valoriza em Investigação, pelo seu percurso como investigador e pelo trabalho atual em Neurociências. 

A Doutora Margarida Vieira recebeu o Prémio Valor e Excelência na área da Docência e Formação /Investigação, pelo trabalho desenvolvido na área do Ensino e Investigação em Enfermagem ao longo da sua carreira. 

Parabéns aos dois docentes! 

103.5 kg de lixo recolhidos no Dia Mundial da Educação Ambiental

No dia 27 de janeiro, para assinalar o Dia Mundial da Educação Ambiental, 6 voluntários do Projeto Vida - Voluntariado na Católica, participaram numa ação de limpeza na Praia das Avencas, que resultou na remoção de 103.5 kg de lixo, predominantemente composto por microplásticos.

Para Júlia Gabriello, estudante do Mestrado em Ciências da Comunicação na UCP e uma dos 52 voluntários da ação organizada pelo Movimento Claro, parceiro da Universidade Católica no âmbito do Projeto Vida, e pela RALVT – Rede de Arrojamentos de Lisboa e Vale do Tejo, "foi a primeira vez a fazer voluntariado numa ação de limpeza de praias, mas certamente não será a última."

De acordo com a estudante e voluntária do Projeto Vida: "é gratificante poder cuidar de um local tão bonito e cheio de vida. Ainda que pareça pouco, em união com outros voluntários, conseguimos reunir mais de 100 kg de lixo, os quais trazem diversos malefícios para a vida marinha e para nós."

Refletindo sobre a sua experiência de voluntariado, Júlia afirma ainda: "sem dúvidas, as próximas vezes que for à praia, terei mais atenção ao que vejo na areia e recolherei lixos que parecem inofensivos, mas causam um grande mal. Todos podem fazer sua parte!"

Também Kristin Hessel e Nele Konerding, estudantes do Mestrado em Business na CATÓLICA-LISBON, escolheram o Movimento Claro, no projeto Torre PLSTIK, para fazer voluntariado. Este projeto tem como objetivo a recolha e transformação de embalagens plásticas em skates e outros objetos, disponibilizados de forma gratuita à comunidade que frequenta o skatepark da Torre.

Para Kristin Hessel, "fazer voluntariado no Movimento Claro é muito divertido. As pessoas são muito simpáticas, e as tarefas em si são muito gratificantes, uma vez que nos envolvem em todas as etapas do projeto. Para além disso, há sempre novos voluntários com diferentes experiências," o que torna a experiência ainda mais interessante.

Ao longo do ano 2023/2024, estudantes, docentes e colaboradores da UCP tem vindo a participar em atividades de voluntariado, regulares e pontuais, integradas no Projeto VIDA – Voluntariado na Católica.  Participe, inscrevendo-se aqui

Para mais informações contacte voluntariado.sede@ucp.pt 

Voluntárias_TorrePLSTIK

Categorias: Projeto VIDA Voluntariado

Quarta, 07/02/2024

ODS 12

Garantir padrões de consumo e de produção sustentáveis

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ODS 13

Adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos

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ODS 14

Conservar e usar de forma sustentável os oceanos, mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável

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ODS 17

Reforçar os meios de implementação e revitalizar a Parceria Global para o Desenvolvimento Sustentável

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Paulo Alves: “Só quando pensamos na Enfermagem de forma preventiva é que podemos ter uma noção do seu real impacto”

Fotografia de Paulo Alves

Paulo Alves é Diretor da Escola de Enfermagem (Porto) e diretor-adjunto da Faculdade de Ciências da Saúde e Enfermagem da Universidade Católica Portuguesa. É enfermeiro, docente, investigador e especialista na área do tratamento de feridas. É, também, mergulhador nos tempos livres. Nas Berlengas ou no Mar Vermelho, garante que é uma experiência “impressionante” e que os enfermeiros e os mergulhadores têm coisas em comum. Nesta entrevista, falamos sobre os desafios da Enfermagem, a importância da inovação e dos valores que orientam o ensino da Enfermagem na Universidade Católica. Maior motivação para a vida? “A família é a minha motivação para ser feliz”.

 

O que é que um enfermeiro e um mergulhador têm em comum?

Têm em comum duas coisas muito importantes. Primeiro, há um fator risco muito elevado. No mergulho podemos pagar com a vida, literalmente. Na Enfermagem, nós zelamos pela vida dos outros. Por isso, este fator risco de pagar com a vida também existe na Enfermagem. Tanto no mergulho como na Enfermagem, devemos pensar em antecipar e programar e estar atentos aos sinais que nos podem colocar em risco. Principalmente, quando olhamos para a Enfermagem não só do ponto de vista curativo, mas, também, e acima de tudo, do ponto de vista da prevenção. Só quando pensamos na Enfermagem desta forma é que conseguimos ter uma verdadeira visão sobre a sua importância e o seu impacto. O segundo ponto que têm em comum é que o mergulhador precisa de verificar o equipamento antes de mergulhar. A Enfermagem também nos obriga a antecipar e a verificar se está tudo preparado para o procedimento que se segue. É preciso ter a capacidade de antecipar, para que possamos ser capazes de dar a resposta certa. Seja no oceano, seja num hospital com os pacientes, é necessário acautelar todos os riscos, é preciso antever e definir um plano. No mergulho, não posso entrar na água se vejo que as marés estão fortes ou sem verificar oxigénio e o tempo que tenho. O mesmo se passa nas feridas e no tratamento que faço: pondero sempre qual vai ser o prognóstico e que complicações é que podem advir.

 

O que é que se sente quando se está com a cabeça dentro de água?

Faço mergulho há muitos anos e é impressionante porque sempre que mergulho esqueço-me de tudo o que tenho à minha volta. Quando meto a cabeça dentro da água passo a estar num outro ecossistema. Literalmente. Abre-se um mundo novo de possibilidades à minha frente para eu ir descobrir.  

 

É uma prática desportiva de equipa?

Sem dúvida. Quando mergulhamos vamos sempre descobrir algo novo e é impossível conseguir fazê-lo sem ser em equipa. No mergulho, nunca podemos estar sozinhos, porque os riscos associados a esta prática são muito grandes.  O mergulho obriga a uma confiança enorme na equipa que vai connosco. Se um sobe, o outro também sobe. Nunca ninguém fica para trás.

 

Não gosta de estar sozinho?

Não gosto nada. Preciso de estar com pessoas, com família e amigos. Até no desporto: acho que não gosto de correr porque é uma atividade muito solitária. Vivo para estar com as pessoas, para colaborarmos e nos desenvolvermos em conjunto. É uma característica que me define bem.

 

E a Enfermagem também não se faz sozinha…

Os enfermeiros trabalham sempre em equipa. Tomamos decisões de forma autónoma, e outras são decisões interdisciplinares, mas, no fim do dia, é o trabalho de equipa que faz toda a diferença. Além disso, envolvemos sempre o doente e a sua família nas decisões, pois acreditamos que a colaboração com todos os envolvidos é fundamental para alcançar o melhor resultado. Quem ousa dizer que consegue fazê-lo de forma isolada não vai conseguir da melhor forma. Não é possível.

 

É diretor da Escola de Enfermagem – Porto da Católica e (colocar cargo na FCSE). Quais são as principais prioridades do seu mandato?

A nossa prioridade é sermos inovadores na forma como ensinamos e investigamos. Acima de tudo, temos de olhar para as necessidades da Saúde. São muito diferentes das que tínhamos antes, portanto, temos de ser capazes de adaptar os currículos dos programas, temos de adaptar as novas capacidades – do ensino e dos nossos docentes - e otimizá-las para as novas realidades. É nossa prioridade trazer inovação e tecnologia para o ensino, mas também para a prestação de cuidados de saúde. Preparamos os futuros enfermeiros para as necessidades do mundo.

 

“A matriz humanista e cristã diferencia-nos muito.”

 

O que é que tem sido mais desafiante no cargo de liderança que ocupa?

É inevitável trazer de novo a questão da equipa e do facto de ninguém conseguir fazer nada sozinha. Como diretor, não tenho outra forma de atingir os objetivos se não for através do envolvimento de todos. A Gestão tem processos que são muito solitários, mas aquilo que me tem fascinado é a procura pela mobilização das pessoas. Como é que se envolve uma equipa, levando a que tenham todos um foco comum? É isto que tenho tentado fazer. O meu empenho está concentrado nisto. É um grande desafio.

 

Que valores orientam o ensino da Enfermagem na Universidade Católica?

A matriz humanista e cristã diferencia-nos muito. Os valores que orientam a forma como ensinamos os nossos estudantes têm muito impacto. Nós centramo-nos muito no apoio aos mais vulneráveis. Para além disto, os enfermeiros são quem acompanha as pessoas em todo o seu ciclo de vida. Do nascimento até à morte. Não podemos ter medo de acompanhar as pessoas também na morte, isto é muito importante. É por isso que nos preocupamos tanto com a humanização e é um fator que nos distingue verdadeiramente.

 

É especialista na área do tratamento das feridas. Como é que se cruza com esta área?

No meu primeiro ano de trabalho como enfermeiro, estive a prestar cuidados de enfermagem no estabelecimento prisional do Porto, em Custóias. Comecei a ter um contacto próximo com situações de violência física e psicológica dentro da prisão e percebi que as lesões apareciam com alguma frequência. Refiro-me tanto a lesões mais simples como a lesões cirúrgicas. Mais tarde, quando também estive a trabalhar no Hospital de S. João e no Hospital de Gaia, voltei a perceber que a área das lesões e das feridas estava demasiado dispersa e que havia alguma falta de conhecimento. Dentro da Enfermagem temos várias especialidades, mas nessa altura a área da ferida crónica não tinha este espaço e esta atenção. Havia muito pouca evidência científica sobre este tema e eu comecei a interessar-me muito. Não era só a ferida aguda por motivo de trauma ou acidente, mas também a ferida crónica que muita gente tem, como o pé diabético, ou as feridas que muitos idosos apresentam por estarem acamados.

 

“A Universidade Católica foi pioneira na valorização da área do tratamento de feridas.”

 

A área das feridas é uma área abrangente?

É um campo enorme, sem dúvida. Mas eu comecei a debruçar-me especialmente não nas feridas de rápida cicatrização – uma queimadura simples ou uma ferida cirúrgica -, mas nas feridas que têm vinte ou trinta anos e que não cicatrizam. Percebi que estas feridas crónicas estão na comunidade. Os números dizem que cerca de 70% destas feridas estão na comunidade e nas famílias. Uma verdadeira epidemia escondida. Não havia números sequer. Nós não sabíamos onde é que estas pessoas estavam.

 

E assim começou a sua área de investigação…

Sim, para além de manter a prática clínica, comecei a especializar nessa área e a fazer formação específica. Quando chego à Universidade Católica, em 2009, é, precisamente, por causa desta área. Comecei logo por implementar a área da prevenção e do tratamento de feridas e a lecionar uma unidade curricular dedicada em exclusivo a esta área. Aliás, o meu primeiro estudo nesta área procurou perceber o tempo que as escolas de enfermagem, farmácia e medicina dedicavam à área das feridas. Pude concluir que muitas vezes havia seis horas dedicadas a este tema num curso de 4 anos, por exemplo. A Universidade Católica foi pioneira na valorização desta área e em trazer este tema para o ensino e para a investigação. Atualmente, somamos cerca de 20 anos de investigação e de evidência sobre este tema. Temos, hoje em dia, novos instrumentos e dispositivos médicos para uso no tratamento de feridas. Temos, também, um caminho de investigação partilhada nesta área com outras faculdades da Católica, por exemplo, com a Escola Superior de Biotecnologia. Somos os primeiros, a nível nacional, a trabalhar as feridas, as ostomias e a incontinência, oferecendo uma pós-graduação sobre isto. É importante referir que, hoje em dia, a Ordem dos Enfermeiros já reconhece como competência acrescida a áreas das feridas, coisa que não acontecia há uns anos, precisamente porque faltava evidência científica sobre esta área. É uma área que tem tido uma franca evolução. Para além de estar presente nos nossos programas de licenciatura e mestrado, temos também já estudantes de doutoramento que exploram este tema. Temos, também, ensino pós-graduado estamos a desenvolver agora novas tecnologias, quer no diagnóstico, quer no tratamento. Foi a Universidade Católica que permitiu este caminho.

 

“A investigação tem um lugar muito importante, porque foi a investigação que me trouxe esta dúvida constante, esta permanente insatisfação.”

 

O que é que o move?

A família! É o mais importante. É a família que tolera os meus maus feitios, mas acima de tudo, a família é a minha motivação para ser feliz. A investigação tem, também, um lugar muito importante, porque foi a investigação que me trouxe esta dúvida constante, esta permanente insatisfação. O que é extremamente desafiante e motivador. Tenho a sorte de poder variar a minha vida profissional entre a parte clínica, que muito valorizo porque me permite estar em contacto com a comunidade, a docência, que me realiza muitíssimo, e a investigação, que é sempre um grande desafio.

 

Bons locais para mergulhar em Portugal?

Gosto muito de mergulhar nas Berlengas, sem dúvida. Gosto também do Algarve e da Madeira. Os Açores também são excecionais, mas eu ainda não tive a oportunidade de fazer lá mergulho. Há, ainda, um sítio fabuloso que é em Vila Chã aqui no Norte. Está nesse local um submarino alemão afundado desde a II Guerra Mundial a cerca de 33 metros de profundidade. É um mergulho arriscado, porque a zona tem marés e correntes complexas.

 

Um mergulho inesquecível?

No Mar Vermelho. Foi absolutamente extraordinário. Tem uma imensa riqueza de vida animal e a visibilidade que se tem dentro de água é muito maior. Tem animais de grande porte! E o risco é maior, o que nos dá uma grande adrenalina.

 


Pessoas em Destaque é uma rubrica de entrevistas da Universidade Católica Portuguesa, Centro Regional do Porto.

Categorias: Escola de Enfermagem

Quinta, 09/05/2024

Refeições de Maria. “Sentimo-nos chamados a ir onde as crianças sofrem mais, onde as coisas são mais sombrias”

A iniciativa "Mary’s Meals" alimenta mais de 2,4 milhões de crianças todos os dias letivos do ano. Nasceu na Escócia e espalhou-se pelos países mais pobres do mundo.

O seu fundador, Magnus MacFarlane-Barrow, está em Portugal, onde um grupo de voluntários organizou vários encontros para dar a conhecer este projeto.

Um dos encontros decorre na Universidade Católica de Lisboa, esta segunda-feira ao meio-dia.

Artigo completo disponível na Renascença

O que deve ter um enfermeiro do futuro? Inovação e compaixão

Utilizam-se algoritmos e usa-se a inteligência artificial. Investe-se na inovação e na investigação. A área da saúde tem muitos caminhos e a Universidade Católica Portuguesa (UCP) sabe disso. Paulo Alves, diretor da Escola de Enfermagem do Porto da UCP, coordenador dos projetos do Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde, fala sobre horizontes que se abrem, desafios e soluções para o futuro da Enfermagem. E da inovação e humanização no cuidado a tratar feridas crónicas.

“Numa era em que a tecnologia redefine os limites do possível, a nossa investigação no desenvolvimento de um Sistema de Apoio à Tomada de Decisão Clínica no Diagnóstico e Tratamento da Pessoa com Ferida Crónica, destaca-se como um farol de inovação e um desafio à compaixão”, refere.

Artigo completo disponível no Notícias Magazine

Católica, Associação Virtuous Leadership e ACEGE trazem Alexandre Havard a Portugal para “inspirar todas as pessoas a serem líderes magnânimos”

A Universidade Católica Portuguesa, a Associação Virtuous Leadership e a ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores) juntaram-se para trazer a Portugal o fundador do sistema de Virtuous Leadership, Alexandre Havard para “inspirar todas as pessoas a serem líderes magnânimos”.

Assim, no próximo dia 16 de maio às 18h30, na Católica Lisbon School of Business and Economics, Alexandre Havard vem dar a conhecer o sistema Virtuous Leadership a todos os que pretendem ser líderes inspiradores e criadores de grandeza, numa intervenção com o tema “Cultivar o carácter para o sucesso sustentável”.

Artigo completo disponível na Executive Digest

Diurna.: um jornal dos estudantes da Católica que preza pela pluralidade ao serviço do conhecimento

A ousadia de escrever. Esta é a assinatura que acompanha o Diurna. O jornal académico que nasceu no Centro Regional do Porto, mas que, atualmente, já é um projeto nacional, que abrange os campi do Porto e Lisboa, chegando na Edição de Março a Braga e Viseu da Universidade Católica Portuguesa (UCP), cumprindo a sua vocação nacional.

“Plural” e “ambicioso”, o Diurna. já conta com dois anos de vida, que resultaram em nove edições, dez pessoas dedicadas ao projeto, um sem número de autores convidados, milhares de horas ao computador e umas centenas de cafés. É um projeto cheio que veio para ficar e que se empenha em contribuir para o diálogo e para a partilha de conhecimento. É, também, bom exemplo desta dedicação ao serviço do conhecimento o evento que o Diurna. irá promover a 3 de março, no campus do Porto da Católica. As Conferências do Diurna. serão um conjunto de conversas que contarão com a presença de oradores que foram ou serão Autores e Personalidades que integram as várias Edições do jornal. Serão discutidos temas sobre “o Futuro que todos queremos viver” e as inscrições estão abertas.

Foi, também, a pensar no Futuro que Nuno Brochado de Agarez, fundador do jornal e atual diretor nacional e estudante da Dupla Licenciatura em Direito e em Gestão, agarrou o desafio de construir um jornal universitário, motivado pela “ideia de criar algo do zero, pelas enormes possibilidades que tal constitui”.

 

 

A pluralidade como chave para o sucesso

Não tiveram dúvidas de que a marca de pluralidade seria basilar neste projeto. Pode ler-se na Edição Especial de maio de 2021:

“Sediados numa Universidade cuja morfologia é única em Portugal - por se dividir entre quatro campi dispostos por zonas tão diferentes do país: Lisboa, Porto, Braga e Viseu - sabíamos que a multiplicidade de saberes e de ideias que se faziam notar pelos nossos corredores era sintomática dessa diversidade.

E, ainda, também:

“Mais, a causa académica é, especificamente - o nosso ponto de partida - no campus do Porto, de uma riqueza imensa: conjugamos diferentes Escolas, desde as ciências exatas às ciências humanas, passando pelas ciências da saúde ou das artes, no mesmo espaço com vista para o mar.”

O Diurna. ficou assim marcado, logo desde o seu início, pela diversidade de saberes, perspetivas e opiniões. O objetivo? “Promover a interligação entre os que passam os seus dias na Católica, fomentando conversas e discussões transversais.”

 

“Ainda me custa acreditar que este projeto tenha sido erguido em tão pouco tempo e que o resultado final tenha tanta qualidade.”

 

Da provocação para o papel

Foi da provocação de uma docente e de um ímpeto de vontade, coragem e entusiasmo de uma pequena equipa que nasceu o jornal Diurna.

Tudo começou no dia 30 de setembro de 2020, no fim da Aula de Argumentação e Retórica, quando a docente Ana Andrade confessou que já há uns anos que não havia um jornal na Católica no Porto feito por alunos. O desafio estava lançado. Nuno Brochado de Agarez não descansou enquanto não passou a ideia para o papel e constituiu a equipa fundadora que ia dar o pontapé de saída do projeto: Daniel Fonseca, João Paulo Coutinho e Catarina Ferreira foram os escolhidos.

 

 

Para Daniel Fonseca, um dos fundadores do Diurna e estudante de Gestão da Católica Porto Business School, “este projeto, que nunca fora programado, e que assume agora uma fase mais madura e de reafirmação, não só da sua qualidade, mas também da sua multiplicidade, é a concretização de uma visão, de uma conversa no final de uma aula que, com garra e motivação se conseguiu erguer. O Diurna. é para mim a prova de que algo só é impossível até o deixar de ser.”

Para além da docente Ana Andrade, também o docente António Agostinho Guedes apadrinhou o projeto. Na Edição Especial de maio de 2021, Agostinho Guedes confessa que “ainda me custa acreditar que este projeto tenha sido erguido em tão pouco tempo e que o resultado final tenha tanta qualidade.” O docente acrescenta, também, que os estudantes têm um jornal “do qual se podem orgulhar, um jornal feito por alunos das várias faculdades, que consegue um equilíbrio interessante entre vários temas.”

Também Manuel Fontaine, diretor da Escola do Porto da Faculdade de Direito, apoiou o jornal desde a sua fundação e afirmou, num artigo de opinião, que foi com “entusiasmo e expectativa” que acolheu a iniciativa e que o Diurna. é testemunho de “competência e proatividade”.

 

 

A ousadia de escrever

Tão simples quanto isto: a tradução da palavra Jornal em Latim fica “Diurna.” Assim ficou batizado. Da definição do nome, da imagem e das rubricas até ao lançamento da primeira edição, foram muitas horas de trabalho e de imersão. Em pleno 2020, a equipa rendeu-se ao Zoom, como não podia deixar de ser, tendo em conta o contexto de pandemia, e pensou, desde o seu início, num jornal inteiramente digital.

Movido pela ousadia de escrever, o jornal bi-semestral viria a adotar esta missão como a sua assinatura. Nuno Brochado de Agarez confessa que “é uma homenagem ao modo e à forma como quisemos sempre levar este projeto por diante.”

Para a construção de cada edição, a equipa tem em conta os temas da atualidade e, também, se preocupa em garantir que há diversidade, uma vez que pretende que estejam representadas as diferentes áreas do saber da Católica. A ousadia de escrever prende-se com esta missão de contribuir para a causa do conhecimento, ajudando na formação e na construção do espírito crítico e da iniciativa, em prol do desenvolvimento em sociedade.  

 

“Somos um projeto que começa no Porto e se expande para Lisboa. Que quer representar todas as escolas.”

 

Do Porto para um projeto nacional

A ideia de alargar o Diurna para o âmbito nacional “esteve sempre lá”, “movidos sempre pela tal ideia de ousadia.”

Nuno Brochado de Agarez, em setembro de 2021, realizou um intercâmbio de um semestre na Universidade Católica em Lisboa e foi nessa experiência que não “perdeu a oportunidade de cativar autores para as publicações desse ano” e que foi sonhando com a possibilidade de um jornal da UCP. É no verão de 2022 que chega da reitoria da Universidade o desafio de se concretizar um jornal nacional.

Atualmente, o jornal organiza-se em duas equipas editoriais – uma do Porto e outra de Lisboa – coordenadas pelo diretor nacional. Catarina Andrade, estudante da Licenciatura em Direito, e Maria Luís Gaspar, também estudante da Licenciatura em Direito, são, atualmente, as Editor in Chief em Lisboa e no Porto, respetivamente, fazendo parte da Direção Nacional que estabelece as pontes para um alinhamento único.

 

 

“Somos um projeto que começa no Porto e se expande para Lisboa. Que quer representar todas as escolas. Que não se fecha na Universidade nem à Universidade. Que reconhece que os campus são diferentes, mas que ambos têm muito a acrescentar”, afirma o diretor nacional do Diurna.

“Vi no Diurna. uma mais valia, porque seria muito mais do que um jornal académico – seria a oportunidade de fazer Lisboa chegar ao Porto e o Porto chegar a Lisboa.”, explica Catarina Andrade. “Como estudei em ambos os campi da Católica e ambos me são tão queridos, a ideia de ser parte de um projeto nacional revelava-se irrecusável”, acrescenta.

 

A Personalidade em Destaque, os Preferidos, Arte em Destaque, entre muitas outras rubricas.

 

Como se constrói uma edição do Diurna?

Em primeiro lugar, cada uma das equipas do Porto e de Lisboa constrói o seu alinhamento. Depois de preparados são apresentados e discutidos em equipa. É nestas reuniões que se percebem as ideias coincidentes e também as sinergias. Depois há todo um trabalho a desenvolver que passa pela escolha das pessoas, a busca pelos contactos, a formulação dos convites, a definição dos temas. A partir daqui o processo é de escrita, criatividade, busca por respostas e sempre em desafio.

“Nenhum alinhamento inicial é igual ao que aparece no jornal. Uns mudam muito, outros mudam totalmente”, confessam.

O jornal integra diferentes rubricas que pretendem fazer chegar ao leitor visões e orientações acerca de temáticas muito diversas: as entrevistas às Personalidade em Destaque, os Preferidos, Arte em Destaque, entre outras, são alguns dos exemplos dos conteúdos que compõem o jornal académico.

 

“Espero que nunca se perca o caráter tão próprio do Diurna.”

 

Acrescentar valor à Universidade Católica

“O conhecimento que corre nos corredores da nossa Universidade é inimaginável. A Universidade Católica Portuguesa tem um valor incomparável e o que o Diurna. faz é dar a conhecer, ainda mais, esse valor. O Diurna. é uma conversa entre todos os membros da comunidade académica. A importância do Diurna. resume-se essencialmente em dar à Católica um valor acrescentado”, afirma Catarina Andrade.

 

 

Nuno Brochado de Agarez afirma que aquilo que os leitores referem que mais distingue o jornal são os convidados, o conteúdo e o grafismo: “há uma forte componente estética naquilo que fazemos. Uma imagem de marca perfeitamente estabelecida e harmonizada, mas nunca estática. Depois, quanto ao conteúdo, que é apenas tornado mais apetitoso pelo “belo”, devemos muito ao quão destacados são os nossos autores.”

Para o futuro do Diurna. os desejos são manter os padrões de qualidade, garantir a sucessão no projeto e manter clara a matriz própria do jornal. “Espero que nunca se perca o caráter tão próprio do Diurna. Que nunca seja absorvido por outros interesses ou outras dinâmicas que não aquelas que o fundaram.”

A próxima edição do Diurna. ficará disponível no dia 31 de março de 2023, mas não sem antes apresentar As Conferências do Diurna, no dia 3 do mesmo mês. Olhos postos no Diurna., porque é grande a sua missão!

Categorias: Universidade Católica Portuguesa

Sexta, 17/02/2023

II Encontro CAtólica REsearch debate Comunicação de Ciência e Cultura

Presidente da FCT e Maria da Graça Carvalho elogiam alinhamento da investigação da Universidade com políticas científicas nacionais e europeias.

 

Mais de 120 investigadores das 15 unidades de Investigação e Desenvolvimento (I&D) da Universidade Católica Portuguesa participaram na segunda edição do CAtólica REsearch – CARE, que se realizou a 27 de março no polo do Porto. Com o mote “Comunicação de Ciência e Cultura”, o encontro ficou marcado pelo debate sobre a necessidade e a importância em comunicar a qualidade da investigação realizada na Universidade.

No encontro, que contou com a presença de Isabel Capeloa Gil, Reitora da Universidade Católica Portuguesa, e de Maria da Graça Carvalho, da Comissão Europeia, foi debatido o papel que a Europa ocupa na construção de conhecimento científico de valor acrescentado. De acordo com Maria da Graça Carvalho, a Universidade Católica Portuguesa encontra-se “muito bem posicionada neste campo”, estando em linha com os objetivos da Comissão Europeia que apresenta uma “política consistente e ambiciosa relativa à ciência”.

A sessão “Comunicação de Cultura e Ciência”, moderada por Célia Manaia, investigadora da Escola Superior de Biotecnologia, contou com um painel composto por Fátima Dias e Emanuel Carvalho do British Council e da FameLab, por Ana Noronha da Ciência Viva, Eduardo Cintra Torres da Faculdade de Ciências Humanas da UCP, João Vasconcelos do Canal 180 e pelo maestro Rui Massena. Neste painel foram debatidos os principais desafios da comunicação de ciência e foi reiterada a importância de a sociedade perceber o porquê de o conhecimento científico ser tão importante, já que se apresenta como um fator crítico para decisões conscientes e acertadas no quotidiano comum.

“A ciência não é concluída enquanto não for comunicada”

Durante a tarde, o encontro integrou um momento “zapping”, onde foram apresentadas em estilo de elevator pitch os mais recentes projetos de investigação das unidades de I&D da Universidade Católica Portuguesa. A este nível, destaque-se que a Universidade tem mais de mil investigadores envolvidos em projetos de investigação em áreas tão distintas – e complementares – como as Artes, a Biotecnologia, as Ciências Sociais, a Ciência Política, a Economia, a Educação e Psicologia, entre outras. (mais informação sobre os projetos apresentados disponível aqui)

Investimento em ciência beneficia a sociedade

Na sua intervenção ao final da tarde Paulo Ferrão, presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), deu os parabéns à Universidade pela iniciativa e reiterou que é importante ter uma abordagem holística da ciência, acrescentando, ainda, que “o investimento em ciência beneficia a sociedade e que a instituição tem tido um papel importantíssimo na criação e disseminação do conhecimento científico.”

A fechar a segunda edição do CARE, Luís Gustavo Martins, Vice-Reitor da Universidade Católica Portuguesa, destacou que “o futuro da investigação da instituição é promissor”. Para o responsável, o caminho traçado pelos centros de I&D da Universidade está alinhado com os principais compromissos da instituição, já que é, também, pautado por uma visão humanista e empenhada em contribuir para o conhecimento e bem-estar da sociedade.

Temas e Apresentações

 

Mais de 40 mil pessoas impactadas por projetos da Universidade Católica

São mais de 40 mil as pessoas impactadas pelas iniciativas decorridas no âmbito das cerca de 110 edições de experiências curriculares e extracurriculares da Universidade Católica Portuguesa que seguiram a metodologia de Aprendizagem-Serviço. Em cinco semestres de implementação do projeto, estiveram envolvidos mais de 1850 estudantes e mais de 60 docentes dos quatro campi da Católica, em articulação com mais de 250 entidades parceiras.

São números muito expressivos que descrevem o projeto CApS – Universidade Católica e Aprendizagem-Serviço: Inovação e Responsabilidade Social -, que, atualmente, está no sexto semestre de implementação. Um projeto da Universidade Católica Portuguesa, liderado pela Faculdade de Educação e Psicologia (FEP) e pela Unidade de Desenvolvimento Integral da Pessoa (UDIP) da Católica no Porto, com abrangência nacional – tendo, por isso, expressão no Porto, Braga, Viseu e Lisboa – que visa a promoção e institucionalização da metodologia Aprendizagem-Serviço (ApS) na Universidade e a sua disseminação também em outras instituições de ensino superior em Portugal.

As coordenadoras do projeto, Luísa Mota Ribeiro, da FEP, e Carmo Themudo, da UDIP, afirmam que tem sido muito gratificante liderar o Projeto CApS, que tem permitido ensinar e aprender fazendo a diferença na comunidade, e estes números, assim como os testemunhos que diariamente ouvimos, animam-nos a continuar com entusiasmo.

 

Quando a inovação pedagógica e a responsabilidade social se unem

Este modelo de aprendizagem integra-se em linhas de inovação pedagógica e de responsabilidade social em que a UCP tem vindo a apostar, seja através dos profissionais que forma ou do trabalho que desenvolve em parceria com múltiplos interlocutores, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A ApS é uma metodologia educativa que promove nos estudantes uma compreensão mais abrangente e aprofundada dos temas curriculares, a par de um maior sentido de responsabilidade cívica. Nesta experiência, os estudantes desenvolvem os seus conhecimentos e as suas competências quer através da vivência e intervenção numa atividade de serviço que responde a necessidades previamente identificadas na comunidade, quer através de um processo contínuo de reflexão guiada.

As coordenadoras do CApS explicam, também, que a metodologia traz inúmeros benefícios para todos os envolvidos, com destaque para o desenvolvimento de competências por parte dos estudantes, no domínio académico e cognitivo, vocacional e profissional, pessoal, social, cívico, e ético moral.

Lares de idosos, centros de dia, jardins de infância, instituições de apoio a famílias vulneráveis e até a própria Universidade foram alguns dos locais que foram palco das iniciativas e projetos desenvolvidos no âmbito da metodologia ApS, que, na sua maioria, atuaram nas áreas da solidariedade e cooperação, apoio educativo e escolar, promoção da saúde e promoção dos direitos das pessoas.

Em questionários realizados com vista à avaliação das diferentes fases do projeto, vários estudantes foram ouvidos, tendo estes referido que a metodologia ApS tem impacto sobre eles em diferentes domínios, tais como: aplicação prática de conceitos teóricos; a promoção da consciência social; a promoção da auto-realização; a promoção de um sentimento de utilidade; a aproximação à futura prática profissional; o desenvolvimento de competências profissionais; o desenvolvimento da empatia; o aumento da motivação para ajudar os outros; a possibilidade de contacto com novas realidades; e a possibilidade de contactar e integrar uma equipa multidisciplinar.

A par dos benefícios que colhem para o seu desenvolvimento, os estudantes descrevem também o impacto que a aplicação desta metodologia tem nos beneficiários finais: melhoria da qualidade de vida; elevada satisfação/entusiasmo; melhoria da saúde; aumento da motivação; maior bem-estar psicológico; desenvolvimento de capacidades de reflexão; aumento do conhecimento; desenvolvimento do pensamento crítico; maior empatia; maior autoestima; reintegração social, entre outros.

 

A vocação da Católica para a intervenção na sociedade

As parcerias são um eixo central para a concretização do projeto CApS, registando até ao momento um total de 164 parceiros de diferentes setores de atividade e atuação. Dos 83 projetos que decorreram no âmbito das mais de 110 unidades curriculares ou extracurriculares que seguiram esta metodologia 7 são projetos transdisciplinares. A multi e a transdisciplinaridade são, também, uma parte muito relevante da missão da Universidade, que em cada um dos seus quatro campi agrega diferentes áreas do conhecimento. “A transdisciplinaridade enriquece muitos os projetos e traz vantagens. Por um lado, permite a abordagem dos problemas segundo perspetivas diferentes., conforme as áreas do saber envolvidas. Os problemas sociais geralmente são complexos e envolvem múltiplos fatores. Por outro lado, possibilita soluções inovadoras, pois a integração de diferentes perspetivas pode levar a novas ideias e soluções que não seriam possíveis se cada disciplina trabalhasse de forma isolada.”, afirmam.

O projeto conta com o apoio de especialistas internacionais, como consultores e avaliadores externos. O impacto e a eficácia do CApS são avaliados cientificamente, produzindo um conjunto de conhecimentos para melhorar as ações futuras. Os resultados serão divulgados nacional e internacionalmente.

Robert G. Bringle, consultor do Projeto CApS, afirma que a Aprendizagem-Serviço permite enriquecer as aprendizagens dos alunos através do desenvolvimento de parcerias autênticas com a comunidade.

A fase final do projeto ampliará as competências e conhecimentos da Universidade na metodologia permitindo fortalecer a ApS noutras instituições de ensino superior em Portugal. A aposta da Universidade Católica Portuguesa na metodologia Aprendizagem-Serviço prende-se com a sua vocação para a intervenção na sociedade.

Categorias: Universidade Católica Portuguesa

Terça, 16/01/2024

Dia Internacional do Enfermeiro | "A Saúde como Resposta" por Amélia Simões Figueiredo

Quando nos últimos anos do século XIX a saúde no país se definia enquanto uma questão de “boa ou má sorte”, os enfermeiros já se ocupavam de vertentes tecnicistas baseadas em práticas ensinadas por outros profissionais, sob a alçada das administrações hospitalares.

Desde então no processo de profissionalização da Enfermagem valorizamos como marcos determinantes: a evolução do Sistema de Formação, o Regulamento do Exercício Profissional e a criação da Ordem dos Enfermeiros.

No início do século XX, a saúde foi definida “como a ausência de doença”. A aparente exclusão mútua destes dois conceitos levou a desígnios próprios onde se foi evidenciando o objeto da Enfermagem.

Ao longo da história do século XX, a saúde aponta para “um estado de completo bem-estar físico, mental e social”, definição amplamente criticada, enquanto se interroga a diferença e a singularidade de cada pessoa e se assume a doença integrada num fenómeno de saúde, numa temporalidade vivida e em circunstâncias únicas.

A saúde em Portugal assume-se como um direito a partir do 25 de abril de 1974. Com a revisão constitucional “a saúde passa a ser considerada como um bem a atingir e a preservar”. A mudança de paradigma anunciada pela primeira vez em setembro de 1978, na Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em Alma-Ata, na República do Cazaquistão, expressa a “necessidade de ação urgente de todos os governos, de todos os que trabalham nos campos da saúde e do desenvolvimento da comunidade mundial para promover a saúde de todos os povos do mundo”. Esta aposta na promoção da saúde e na prevenção da doença foi desde então assumida pelo ensino de enfermagem e pela prática clínica dos enfermeiros. Na década de oitenta entendia-se “uma boa saúde como um dos maiores recursos para o desenvolvimento social, económico e pessoal e uma dimensão importante de qualidade de vida”.

Entre a década de 80 e 90 os modelos de formação evoluíram para práticas pedagógicas mais reflexivas; assiste-se a uma transição da racionalidade técnica para uma orientação para o cuidar, com recurso à Academia. Apesar de tudo, ainda parece haver alguma dissonância entre uma filosofia já anunciada por Alma Ata e os modelos em uso em alguns contextos clínicos, faltando cumprir o ideal da referida filosofia.

A afirmação da Ordem dos Enfermeiros, enquanto entidade que regula o exercício da Enfermagem Portuguesa, com a produção de uma série de instrumentos como os Padrões de Qualidade, as competências dos Enfermeiro de Cuidados Gerais, as Competências Comuns e especificas dos Enfermeiros Especialistas, entre outros, revela que os cuidados de saúde e, consequentemente, os cuidados de Enfermagem, assumem hoje uma exigência técnica e científica, fundamentais para a sociedade.

A definição de Saúde de René Dubos - “…um modus vivendi que permita aos homens imperfeitos ter uma vida compensatória e não demasiado difícil, apesar de viverem num mundo imperfeito”-  revela o potencial da intervenção dos Enfermeiros na “resposta” às “respostas” humanas singulares que cada ser humano carrega nos seus processos de vida, em temporalidades e circunstâncias próprias.

Termino destacando as linhas que norteiam o lema escolhido pelo Conselho Internacional de Enfermeiros (International Council of Nurses – ICN) para o Dia Internacional do Enfermeiro de 2024:

"Os nossos enfermeiros. O nosso futuro. O poder económico dos cuidados".

Atrevo-me a acrescentar:

"Os nossos enfermeiros” são um valor transformador para a saúde global na capacitação das pessoas para a gestão dos processos de saúde doença!

“O nosso futuro” reside na melhor evidência científica e na mudança do paradigma anunciado que falta cumprir!

“O poder económico dos cuidados" assenta na promoção da saúde e na prevenção da doença em contextos integrados de saúde!

A Escola de Enfermagem (Lisboa) da Universidade Católica Portuguesa cumprimenta respeitosamente todos os Enfermeiros!

Amélia Simões Figueiredo

Categorias: Escola de Enfermagem Católica Opinion-Makers

Sexta, 10/05/2024

ODS 3

Garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades

Saiba Mais

Projeto da Universidade Católica vence Born from Knowledge Ideas

O projeto que permite valorizar a 100% os resíduos das indústrias de processamento de fruta, da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, foi o vencedor na categoria de Recursos Naturais, Ambiente e Alterações Climáticas da edição anual do Born from Knowledge Ideas (BfK), um concurso promovido pela Agência Nacional de Inovação (ANI), que reúne as melhores ideias de negócio “nascidas do conhecimento" científico e/ou tecnológico.

Desenvolvido por Débora Campos, juntamente com os alunos Ana Vilas Boas, Ricardo Goméz-García e os doutorados Ezequiel Coscueta e Pedro Castro, sob orientação de Manuela Pintado, investigadora e diretora do Centro de Investigação CBQF, o AgroGrIN Tech oferece um processo downstream, patenteado, que permite valorizar em 100% os resíduos das indústrias de processamento de fruta.

MAIS INFORMAÇÃO

Ana Carolina da Rocha Monteiro: "Desafios da Enfermagem"

Neste Dia Internacional do Enfermeiro é imperativo reconhecer a profunda dedicação e resiliência demonstradas por estes profissionais, diariamente. Este ano, é celebrado sob o lema "Os nossos enfermeiros. O nosso futuro. O poder económico dos cuidados", definido pelo International Council of Nurses.

Tendo em conta a crescente mudança do paradigma da saúde, torna-se cada vez mais importante, o investimento do enfermeiro na sua educação e formação, em resposta aos inúmeros reptos que lhe são colocados. Assim, é relevante refletir sobre os desafios que os enfermeiros enfrentam, desde o início da sua formação, até aos exigentes e diversificados contextos da prática clínica.

Nota: Este conteúdo é exclusivo dos assinantes do Público de 12 de maio de 2024.

170 estudantes do secundário participaram na Teen Academy da Católica no Porto

Com o mote de aproveitar as férias de verão para explorar várias profissões em áreas distintas, 170 estudantes de norte a sul do país participaram na edição de 2021 da Católica Porto TEEN ACADEMY, que decorreu no mês de julho. O objetivo foi o de proporcionar aos estudantes do ensino secundário a oportunidade de explorar diferentes profissões e áreas do saber através de uma experiência única em ambiente universitário.

Seis Faculdades da Universidade Católica no Porto prepararam oito programas, todos eles em formato digital. O programa Young Enterprise deu a oportunidade aos alunos de conhecer o fantástico mundo dos negócios; À descoberta do Direito permitiu conhecer as diversas áreas do mundo do direito para quem um dia gostaria de vir a ser advogado, juiz, jurista ou inspetor da polícia judiciária; Experimenta com Ciência permitiu explorar oportunidades de pensar e fazer ciência a partir de objetos do dia-a-dia nas áreas de Bioengenharia, Microbiologia e Ciências da Nutrição; Become a Nurse: A Begginer´s Guide proporcionou a oportunidade de conhecer o fascinante mundo da saúde; e o programa DivertidaMente, permitiu explorar o mundo da mente e deu a conhecer a relação entre emoções, pensamentos e comportamento humano. Já no mundo das artes, realizaram-se os programas Tardes de Arte, Conservação e Restauro, bem como as Tardes de Cinema e Tardes de Som e Imagem onde foi possível explorar uma gama de áreas artísticas distintas e encontrar a sua vocação.

Os oito cursos de verão da Católica Porto Teen Academy, que decorreram entre 19 a 30 de julho, proporcionaram aos alunos do secundário a oportunidade de explorar o vasto mundo das profissões, em ambiente universitário, numa viagem ao futuro feita no presente.

Categorias: Universidade Católica Portuguesa

Seg, 02/08/2021

Ajude Moçambique até dia 7 de junho!

Nos dias 14 e 15 de março, o ciclone Idai atingiu, de forma severa, a região central de Moçambique, o Malauí e o Zimbabué, estimando-se que o número de vítimas mortais ultrapasse as 1.000 pessoas. Esta informação tem sido divulgada pelos órgãos oficiais de Moçambique e foi também confirmada pela Cáritas Moçambicana, com quem a Cáritas Portuguesa mantém ligação diária.

Estas regiões já se encontravam em situação de emergência desde 5 de março, devido às cheias, com a Cáritas no terreno em resposta a estas populações. A passagem do ciclone veio agravar esta situação e, para além do elevado número vítimas humanas, causou interrupções no fornecimento de energia, nas comunicações em grande escala, cortou as redes rodoviárias e levou à proliferação de epidemias tais como a cólera.

Apesar das comunicações estarem a ser repostas, o acesso a algumas das zonas afetadas continua muito limitado, sendo a principal prioridade da Cáritas fornecer água potável, alimentação, artigos de higiene, redes mosquiteiras, equipamentos de cozinha e de abrigo a estas populações. 

Depois de uma primeira “resposta rápida de emergência”, a Caritas Internationalis, que coordena todas as operações no terreno, em parceria com a Cáritas Moçambicana e de acordo com o protocolo de resposta de emergência da Confederação, avançou para o chamado “apelo de emergência” (EA–Emergency Appeal). Esta resposta, que conta com um orçamento de 730 mil euros e que prevê um apoio direto a 27 500 pessoas, define uma estratégia de ação para a rede internacional, onde está incluída a Cáritas Portuguesa, até julho de 2019, nas Dioceses da Beira (Sofala), Chimoio (Manica) e Quelimane (Zambezia). 

A Cáritas Portuguesa já respondeu a este apelo, ativando de imediato o seu Fundo de Emergência Internacional, através da campanha “Cáritas Ajuda Moçambique”, que prevê apoiar um conjunto de 4 mil agregados familiares. Desta campanha foi já possível disponibilizar à Cáritas Moçambicana, a verba de 86.335,43€.

Pode ainda contribuir para este Fundo com o seu donativo. Saiba como em: caritas.pt/como-ajudar-mocambique

A Cáritas Moçambicana, para além dos elementos de coordenação da Caritas Internationalis, conta com um grupo de 20 pessoas, que está neste momento a dar apoio direto à população, tendo já entregue kits alimentares a 2 200 famílias. 

Também a Universidade Católica Portuguesa, através da sua reitora, tem estado em contacto com a Universidade Católica de Moçambique, cuja sede, na cidade da Beira, sofreu gravíssimos danos, com edifícios destelhados, material informático irrecuperável e zonas absolutamente destruídas. Para ajudar na reconstrução do edifício da nossa congénere moçambicana, a Universidade Católica Portuguesa tem uma conta de ajuda direta para a qual pode contribuir com o seu donativo.

IBAN: PT50 0033 0000 00273510416 05
SWIFT/BIC: BCOMPTPL

Para obter o seu recibo envie uma prova de comprovativo do pagamento do seu donativo, juntamente com nome, morada, e NIF para cristina@lisboa.ucp.pt.

Moçambique ainda precisa da nossa ajuda. Pode consultar aqui a lista de necessidades existentes até à data.

O seu donativo conta! A recolha de donativos será feita até dia 7 de junho!

Categorias: Universidade Católica Portuguesa

Sexta, 31/05/2019

Próximos eventos

Docentes da Católica distinguidos pela Ordem dos Enfermeiros

A Ordem dos Enfermeiros distinguiu, por ocasião do Dia Internacional do Enfermeiro 2019, vários enfermeiros, entre ao quais dois docentes da Escola de Enfermagem da Católica (Porto).

O Doutor Miguel Pais-Vieira foi distinguido pela Secção Regional do Norte, com o Prémio Norte Valoriza em Investigação, pelo seu percurso como investigador e pelo trabalho atual em Neurociências. 

A Doutora Margarida Vieira recebeu o Prémio Valor e Excelência na área da Docência e Formação /Investigação, pelo trabalho desenvolvido na área do Ensino e Investigação em Enfermagem ao longo da sua carreira. 

Parabéns aos dois docentes! 

103.5 kg de lixo recolhidos no Dia Mundial da Educação Ambiental

No dia 27 de janeiro, para assinalar o Dia Mundial da Educação Ambiental, 6 voluntários do Projeto Vida - Voluntariado na Católica, participaram numa ação de limpeza na Praia das Avencas, que resultou na remoção de 103.5 kg de lixo, predominantemente composto por microplásticos.

Para Júlia Gabriello, estudante do Mestrado em Ciências da Comunicação na UCP e uma dos 52 voluntários da ação organizada pelo Movimento Claro, parceiro da Universidade Católica no âmbito do Projeto Vida, e pela RALVT – Rede de Arrojamentos de Lisboa e Vale do Tejo, "foi a primeira vez a fazer voluntariado numa ação de limpeza de praias, mas certamente não será a última."

De acordo com a estudante e voluntária do Projeto Vida: "é gratificante poder cuidar de um local tão bonito e cheio de vida. Ainda que pareça pouco, em união com outros voluntários, conseguimos reunir mais de 100 kg de lixo, os quais trazem diversos malefícios para a vida marinha e para nós."

Refletindo sobre a sua experiência de voluntariado, Júlia afirma ainda: "sem dúvidas, as próximas vezes que for à praia, terei mais atenção ao que vejo na areia e recolherei lixos que parecem inofensivos, mas causam um grande mal. Todos podem fazer sua parte!"

Também Kristin Hessel e Nele Konerding, estudantes do Mestrado em Business na CATÓLICA-LISBON, escolheram o Movimento Claro, no projeto Torre PLSTIK, para fazer voluntariado. Este projeto tem como objetivo a recolha e transformação de embalagens plásticas em skates e outros objetos, disponibilizados de forma gratuita à comunidade que frequenta o skatepark da Torre.

Para Kristin Hessel, "fazer voluntariado no Movimento Claro é muito divertido. As pessoas são muito simpáticas, e as tarefas em si são muito gratificantes, uma vez que nos envolvem em todas as etapas do projeto. Para além disso, há sempre novos voluntários com diferentes experiências," o que torna a experiência ainda mais interessante.

Ao longo do ano 2023/2024, estudantes, docentes e colaboradores da UCP tem vindo a participar em atividades de voluntariado, regulares e pontuais, integradas no Projeto VIDA – Voluntariado na Católica.  Participe, inscrevendo-se aqui

Para mais informações contacte voluntariado.sede@ucp.pt 

Voluntárias_TorrePLSTIK

Categorias: Projeto VIDA Voluntariado

Quarta, 07/02/2024

ODS 12

Garantir padrões de consumo e de produção sustentáveis

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ODS 13

Adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos

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ODS 14

Conservar e usar de forma sustentável os oceanos, mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável

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ODS 17

Reforçar os meios de implementação e revitalizar a Parceria Global para o Desenvolvimento Sustentável

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Católica, Associação Virtuous Leadership e ACEGE trazem Alexandre Havard a Portugal para “inspirar todas as pessoas a serem líderes magnânimos”

A Universidade Católica Portuguesa, a Associação Virtuous Leadership e a ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores) juntaram-se para trazer a Portugal o fundador do sistema de Virtuous Leadership, Alexandre Havard para “inspirar todas as pessoas a serem líderes magnânimos”.

Assim, no próximo dia 16 de maio às 18h30, na Católica Lisbon School of Business and Economics, Alexandre Havard vem dar a conhecer o sistema Virtuous Leadership a todos os que pretendem ser líderes inspiradores e criadores de grandeza, numa intervenção com o tema “Cultivar o carácter para o sucesso sustentável”.

Artigo completo disponível na Executive Digest