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#4 Reinventando os 1440 minutos que cada dia nos oferece

Entrámos no novo ano ensombrados pela experiência de países longínquos onde as experiências de confinamento social se mostravam já necessárias. Talvez nem nos nossos sonhos difíceis antecipássemos, nessa altura, que estes dias chegariam para nós. Hoje, os dedos de uma mão chegam ainda para contarmos as semanas em que vivemos esta estranha forma de vida. Não sabemos, porém, se todos os dedos chegarão para a contagem final.

Todos nós, neste cenário, sentimos que perdemos alguma coisa. Desde a perceção de segurança às nossas rotinas, das nossas relações à capacidade financeira, dos nossos empregos à nossa saúde, da perceção de incontrolabilidade no cuidar dos nossos mais velhos ou mais frágeis… são inúmeras as perdas com que nos confrontamos. E, sabemo-lo, perdas e faltas são as grandes fontes do sofrimento humano.

Não foi assim que nascemos, não foi assim que crescemos, não é assim que desejamos viver. Isolados de um Mundo que nos estimula e simultaneamente inquieta, isolados daqueles que queremos abraçar, vivemos por ora confinados a 1440 minutos diários entre as nossas paredes, porventura alargadas ao sol de uma varanda ou a uns breves e contidos passos nas ruas que nos circundam.

Cada um de nós a quem é pedido que fique em casa, experimenta que - numa panóplia de tons que configuram as diversidades da experiência humana e das experiências familiares - vivemos dias difíceis. Muito mais do que sobreviver, importa que proactivamente procuremos cuidar destes nossos 1440 minutos diários, dos nossos pensamentos e das nossas emoções, da nossa saúde, dos nossos projetos, das nossas relações, das histórias que queremos contar.

Sim, temos tempo para o fazer. Não aspiremos a viver dias perfeitos. Não nos zanguemos se não fizermos uma hora diária de exercício físico. Não nos frustremos se não visitarmos diariamente um museu sublime ou devorarmos com alegria as 300 páginas de um belíssimo livro. Não serão possíveis muitas coisas com que sonhámos… Mas sim, temos tempo para nos cuidar. E, este tempo que temos, exige que cuidemos realmente de nós. E dos outros.

Escrevia Tom Andersen (1936-2007), distinto Professor de Psiquiatria Social na Universidade De Tromso (Noruega) que as palavras não são inocentes. Nas narrativas que construímos – e, nestes dias, de modo particular - as palavras que escolhemos influenciam os significados a que chegaremos. Com essa consciência, partilho algumas pistas de reflexão e de ação – numa ordem que poderia ser outra - num pequeno contributo apontando para a nossa construção de dias significativos:

  1. Permanecer em casa não tem que ser apenas um constrangimento. Pode ser, em liberdade, a nossa melhor escolha face à ameaça atual. Mais, podemos escolher viver duma forma consciente e construtiva esta situação.
  2. A perceção da perda, a preocupação, a incerteza, o aborrecimento, a ansiedade, a tristeza, a apatia, a irritação, são experiências normativas e muito ajustadas ao que estamos a viver. Perante emoções como estas, aceitemo-las como parte da situação permanecendo, contudo, vigilantes ao nosso bem-estar e disponíveis para nos adaptarmos e nos protegermos.
  3. Na experiência das inúmeras perdas, não há problema em sentirmos a falta daquilo que estamos a perder. Na verdade, importa fazer o luto daquilo que “já não é” ou que “não será”, virarmo-nos para dentro e recalibrar o nosso olhar – “O mundo mudou e eu quero adaptar-me”.
  4. Guardemos alguns minutos do nosso dia para fazer algo de que efetivamente gostamos. E guardemos tempo para pequenas ou grandes atividades que não podíamos fazer quando a vida nos pedia outras coisas.
  5. Nenhum de nós viveu algo semelhante ao que vivemos hoje, mas já todos enfrentámos situações desafiantes. Poderemos dar-nos conta do que fizemos no passado para lidar com as perdas? Como é que as ultrapassámos e cuidámos de nós e dos nossos? Poderemos repetir o que anteriormente correu bem?
  6. Se o suporte social é sempre importante, sublinha-se a sua relevância em tempos de isolamento. Telefonemas, mensagens, videochamadas, festas partilhadas à distância…momentos de verdadeiro encontro que podemos sempre reinventar… sejamos criativos e cuidemos dos nós e dos laços que nos importam.
  7. Na impossibilidade real de controlarmos o mundo à nossa volta (impossibilidade que é de sempre e que sempre continuará), queiramos viver bem cada momento presente. Concentrados no aqui e agora, podemos escolher a dedicação atenta a cada uma das nossas tarefas – trabalhar, estudar, ver um filme, cozinhar, regar as plantas, telefonar, brincar com o filho ou o irmão que pede a nossa atenção.
  8. Não deixemos que os nossos medos e preocupações tomem conta de nós. Reconheçamos a sua inevitabilidade e cuidemos de os partilhar, de comunicar aos outros o nosso mundo, deixando também tempo e espaço para que outros nos comuniquem o seu.
  9. Uma vez passados os piores momentos desta crise, a maioria de nós será capaz de seguir em frente com as suas vidas e voltará a um estado de percebida normalidade. Embora muito vá mudar para todos depois desta experiência, a experiência de luto é também ela transitória. Alguns de nós necessitarão de apoio na recuperação. Também nesse momento, seremos diferentes uns dos outros. E esta diferença sempre será das maiores riquezas da nossa humanidade.
  10. Queiramos ir ao encontro daqueles que passam travessias mais dolorosas. No meio do escuro, podemos escolher ser a luz que apazigua algum sofrimento ou cria condições de readaptação a novas realidades.
  11. E todos os dias, enquanto há Vida…procuremos alimentar a esperança e a possibilidade de um futuro melhor. Construamos – para nós e para os outros - cenários que vão para além das possibilidades atuais e nos quais (re)encontramos significado e propósito.

 

Honor your own hope | Bring it forth in your life |So when the road is difficult |And the river wide |We recall that life is good and |Know it can be so again. (Jevne, R., 2005)

Susana Ramalho, Professora Auxiliar, Psicologia na FCH e Psicóloga Clínica, Colaboradora do Instituto de Ciências da Família, FCH

Categorias: Faculdade de Ciências Humanas

Sexta, 17/04/2020

Fernando Ilharco: "Confiança e comunicar confiança"

Um dos factores que geram confiança é a própria confiança. Outro aspecto é o actuar com confiança. Mesmo sem confiança, agindo como se tivesse confiança, a confiança tende a aumentar, em nós mesmos e nos outros.

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Nota: Este artigo faz parte da versão exclusiva para assinantes do Jornal de Negócios.

Investigadores da Católica criam biosílica extraída da cana-de-açúcar

Um dos maiores projetos de investigação na área da biotecnologia, liderado pelo laboratório associado CBQF da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade da Católica Portuguesa, em parceria com a empresa Amyris Bio Products Portugal, apresentou um importante resultado: a primeira biosílica extraída da cana-de-açúcar com aplicação na indústria cosmética. Um ingrediente inovador que já deu origem a um produto que está a ser comercializado a nível internacional.

Manuela Pintado, investigadora do CBQF e coordenadora do projeto Alchemy em Portugal, refere que “esta primeira descoberta que dá origem a um produto inovador resulta de um conhecimento mútuo entre as duas entidades envolvidas – CBQF/ESB/UCP e Amyris -, de um alinhamento estratégico, mas acima de tudo do empenho de mais de 100 investigadores do projeto”. Manuela Pintado refere que a multidisciplinaridade da equipa - bioengenharia, microbiologia, bioanalítica entre outras áreas – permitiu “em dois anos criar um novo ingrediente bem aceite pelo mercado e que respeita os princípios da economia circular e do desenvolvimento sustentável”.

A biosílica sustentável é obtida a partir de cinzas de cana-de-açúcar, provenientes da queima de subprodutos das indústrias produtoras de açúcar para geração de energia, incluindo as folhas resultantes do processo da colheita da planta e do bagaço, material fibroso obtido após extração do xarope de açúcar. O novo ingrediente, o primeiro do mundo a ser criado com base em recursos sustentáveis, poderá ser usado, agora, na indústria cosmética, assumindo-se como uma alternativa sustentável e com melhor desempenho à sílica tradicional, extraída da areia, um recurso com intensa exploração no planeta.

“Este ingrediente vem tornar a cosmética limpa – clean beauty – ainda mais limpa e é, digamos assim, a ‘primeira pedra’ da implantação de um hub internacional de inovação na área da Biotecnologia com uma forte cultura de ciência aplicada, espirito empreendedor e empresarial, fortemente orientada ao mercado,” refere Miguel Barbosa, da Amyris Bio Products Portugal. A Amyris Bio Products Portugal é uma subsidiária da norte-americana Amyris Inc., cotada no NASDAQ, sedeada em Emeryville, Califórnia, e cujo CEO é o luso-americano John Melo.

Ciência ao serviço da sustentabilidade dos recursos mundiais
Raquel Madureira, investigadora do projeto, explica “mais do que um ingrediente sustentável, a biosílica mostra como a ciência pode ajudar a valorizar o desperdício de qualquer indústria, a salvaguardar a sustentabilidade dos recursos mundiais e, paralelamente, a promover uma ‘beleza limpa’, ao permitir o desenvolvimento de cosméticos limpos e seguros.” A este nível, refira-se que a indústria da beleza/estética produz milhões de toneladas de resíduos, desde o fornecimento de ingredientes até à criação da embalagem do produto. Este novo produto será comercializado pela Aprinnova, empresa norte-americana líder no campo da biotecnologia aplicada à cosmética sustentável e parceira da Amyris.

O projeto Alchemy que deriva de uma parceria estratégica entre a Universidade Católica Portuguesa, a empresa Amyris Bio Products Portugal e o Governo de Portugal, através da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), é financiado pelo Portugal 2020 e pelo Programa Operacional FEDER. Teve início em 2018 com o objetivo principal de estudar e desenvolver novas aplicações para os subprodutos/resíduos dos processos de fermentação da Amyris e da produção de cana-de-açúcar, potenciando assim o desenvolvimento de novas moléculas de elevado interesse comercial, com destaque para a indústria da cosmética, mas também para nutrição animal e humana, novos materiais e farmacêutica.

Para o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, “este primeiro resultado que advém do projeto Alchemy é muito importante. A AICEP tem acompanhado o processo desde o início, através do contrato de I&D estabelecido com a Amyris e a Universidade Católica Portuguesa, em 2018, e acreditamos que dará um contributo relevante para o aumento das exportações com alta intensidade tecnológica. A parceria com a UCP é um reconhecimento da qualidade do sistema universitário e da capacidade de investigação de Portugal e mais uma vez o talento português está a ser fundamental para o sucesso do projeto. Parabéns à Amyris e à UCP!” 

O Alchemy visa, simultaneamente, a promoção da transferência de tecnologia que se traduzirá num crescimento de competitividade das empresas na área da bioeconomia. Acrescente-se, ainda, que este projeto de investigação se materializa num centro de competências de excelência em biotecnologia, promovendo Portugal na linha da frente nas áreas da bioeconomia e economia circular.

 

Outras informações úteis:

Fernando Ilharco: "Um tempo surreal"

Nas ruas, esplanadas e praias deste Verão tudo é diferente do habitual. Mesmo o ruído de fundo é outro. Não se ouve mais o alvoroço da globalização, a agitação das massas, as rodinhas das malas de viagem, os motores dos Tuc Tuc, o vaivém constante das trotinetes, as conversas sem fim ao telemóvel, as vozes que não se calam, em inglês, espanhol, chinês, italiano e em muitas outras línguas da Babel mundial.

Se o ruído nos impõe a força do presente, o silêncio deixa-nos parados no tempo, suspensos do ritmo do mundo. Lá fora não se vê nem se ouve o que se esperaria. São tempos únicos, algo artificiais, intrigantes e perigosos.

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Nota: Este artigo faz parte da versão exclusiva para assinantes do Jornal de Negócios.

Fernando Ilharco: "Não pensar muda o mundo"

Pensar muda o mundo, escreveu o filósofo alemão Martin Heidegger. Mas não pensar também muda. E pensar mal muda na mesma. A acção, as decisões boas ou más, as suas consequências não intencionais, os resultados planeados ou não, tudo isso é parte da evolução, lenta ou rápida, sempre em curso. É a acção, intencional e criadora de significado, e não o pensamento, que muda o mundo, defendeu I-Iannah Arendt, a pensadora naturalizada norte-americana.

São as ideias dos homens feitas acção que mudam a realidade. Abrem possibilidades, surpreendem a sociedade, revolucionam os mercados. Quando a mudança ganha força, não são as melhores ideias que triunfam, nem a melhor análise que se impõe.

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Nota: Este artigo faz parte da versão exclusiva para assinantes do Jornal de Negócios.

X Lisbon Summer School da FCH-Católica debate ecocultura no futuro pós-pandemia

A Lisbon Summer School for the Study of Culture, uma iniciativa do Lisbon Consortium da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, está de regresso entre os dias 6 e 11 de julho. 

A edição deste ano de 2020 será dedicada ao tema “Ecoculture” e decorrerá, pela primeira vez, em formato online devido à pandemia do COVID-19.

“O tema não podia ser mais pertinente. Numa altura em que se debate os efeitos da pandemia de COVID-10 sobre o meio ambiente, a Summer School será dedicada à reflexão sobre a inter-relação entre cultura e meio ambiente, examinando a crescente consciência do impacto negativo das atividades humanas. Mais do que nunca importa discutir a necessidade de repensar, reconceptualizar e redefinir a relação entre humanos e o mundo não humano” afirma Diana Gonçalves, Diretora Académica do Lisbon Consortium e Coordenadora do Mestrado em Estudos de Cultura.

Os oradores que estarão presentes, destaca-se Lawrence Buell, prestigiado académico da área da literatura americana e da ecocrítica da Harvard University e autor de obras seminais como Literature and Environment (2011), The Future of Environmental in Criticism (2005) e Writing for an Endangered World: Literature, Culture and Environment in the United States and Beyond (2001), Buell trará uma reflexão sobre uma escocultura pós-pandemica.

Ariel Salleh abrirá a Summer School com uma palestra sobre ecofeminismo, uma das suas áreas de investigação, Viriato Soromenho-Marques sobre valores sociais no presente momento de crise ambiental, e ainda, Vera Mantero que mostrará a sua obra “O Limpo e o Sujo”.

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Projetos de estudantes da ESB na final dos Health INNOVAtion Awards

Dois projetos desenvolvidos por estudantes da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto foram selecionados para a final dos Health INNOVAtion Awards, um acelerador de ideias que promove a inovação no setor da Saúde, que se realiza a 22 de setembro de 2020.

As estudantes do 2º ano da Licenciatura em Bioengenharia - Ana Catarina Lopes Ramos, Ana Sofia Fontes da Silva, Áurea Filipa Oliveira Covas, Maria Inês Silva Lopes da Fonte e Simone Conceição da Costa Sá​ – desenvolveram a APP - SIGnal Monitoring Analysis APP for cardiac diseases, um sistema capaz de analisar um conjunto de parâmetros fundamentais na vida de qualquer pessoa que tenha problemas cardíacos. Através desta aplicação para smartphone é possível medir de uma forma segura e rápida o nível de oxigénio, a pressão arterial, temperatura ou frequência respiratória. Um projeto também orientado pelo docente Pedro Rodrigues.

Sob orientação do docente Pedro Rodrigues, os estudantes do Mestrado em Engenharia Biomédica - Gabriel Silva e Marco Alves -, desenvolveram o projeto NeuroSDR - Software para deteção rápida e precoce das doenças de Alzheimer e Parkinson através da análise de sinais EEG. As doenças neurodegenerativas, como por exemplo a doença de Alzheimer (DA) e a doença de Parkinson (DP), são as principais causas de demência nos idosos. Este tipo de doenças provoca morte celular, o que pode ter impacto na memória, no pensamento cognitivo e nas funções motoras. Especificamente, 75% dos casos de demência a nível mundial advêm destas duas doenças.

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Categorias: Escola Superior de Biotecnologia

Seg, 21/09/2020

Nuno Goulart Brandão: "Reformulação das metodologias de ensino"

Com quase 13 anos de experiência, a Escola de Pós-Graduação e Formação Avançada (EPGFA) da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa reúne a formação avançada para executivos, as pós-graduações, as formações à medida e os serviços de consultoria, actuando em diferentes áreas como a Comunicação Estratégica e Cultura Organizacional, Marketing de Conteúdos, Comunicação e Transformação Digital, Comunicação de Crise, Psicologia e Gestão de Pessoas, Filosofia, Economia e Empreendedorismo Social, Educação e Formação e Arte e Cultura.

Após um ano à frente da EPGFA, Nuno Goulart Brandão, coordenador da escola, faz um balanço claramente positivo deste período que permitiu «concretizar um objectivo muito importante na afirmação, na diferenciação e no desenvolvimento da escola», com uma abordagem inovadora e com a garantia de mais-valias significativas no campo académico e no desenvolvimento profissional dos formandos.

Este ano, «aumentámos a nossa oferta formativa em diversas áreas, onde sentíamos existir uma procura crescente e que se confirmava haver uma lacuna no mercado, e verificámos também um crescimento superior a 50% no número de alunos a frequentar os nossos programas» de pós-graduação e formação avançada. Com o objectivo de reformular as suas metodologias de ensino em contexto de pandemia, a oferta formativa da EPGFA para o ano lectivo 2020-2021, combina já programas leccionados em regime presencial com programas leccionados no modelo de ensino à distância. 

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Rita Figueiras: "Desafios da Geração Z"

Rita Figueiras, professora da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e investigadora na área da comunicação, em entrevista à Ecclesia, destacou que são os contextos que "dão sentido e significado à tecnologia", falando do seu impacto na chamada "Geração Z", sem memória do pré-internet.

"Cresceram num ambiente em que o digital e todas as tecnologias potenciam a interação, em escala mais reduzida -, de um para um -, de um para muitos e de muitos para muitos, em simultâneo. São tecnologias mais envolventes e reclamam mais de cada um", assinala a entrevistada na edição de hoje nas Conversas Originais, um projecto da Agência ECCLESIA que decorre ao longo do mês de setembro.

Segundo a especialista, os atores deste processo são tanto os jovens como as empresas digitais, que limitam possibilidades de comunicação pela arquitectura das plataformas. 

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Investigadora Célia Manaia integra lista de cientistas mais citados em todo o Mundo

A investigadora Célia Manaia, do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Escola Superior de Biotecnologia, é uma dos 12 investigadores de instituições portuguesas mais citadas do mundo, segundo a lista “Highly Cited Researchers 2020”, elaborada pela empresa norte-americana Clarivate Analytics. Uma distinção que, para Célia Manaia, “é um reconhecimento do trabalho feito, de procurar ir ao encontro das questões mais centrais na área em que investigamos e de trabalhar em rede.”

Licenciada em Bioquímica e doutorada em Microbiologia, ambos pela Universidade de Coimbra, Célia Manaia é docente da Escola Superior de Biotecnologia e investigadora do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa. Ao longo dos seus mais de 25 anos como investigadora, tem vindo a dedicar-se ao estudo da diversidade e ecologia bacteriana, em particular de zonas sujeitas à ação humana. Nos últimos anos, Célia Manaia tem vindo também a estudar a dispersão ambiental de bactérias resistentes a antibióticos.

Highly Cited Researchers 2020 distingue 6167 investigadores de todo o mundo

A lista “Highly Cited Researchers 2020”, abrange a última década, e este ano distinguiu 6167 investigadores de mais de 60 países: 3.896 foram distinguidos pelo seu desempenho, em 21 áreas, e 2.493 pelo seu desempenho transversal. Esta lista incide apenas nos artigos mais citados, que representam 1% do que se publica no mundo.

Os países mais representados no ranking deste ano são os Estados Unidos da América, a China, o Reino Unido e a Alemanha. A lista inclui também 26 Prémios Nobel e a Universidade de Harvard, nos EUA, lidera novamente o número de cientistas. A lista completa pode ser consultada aqui.

Satisfeita com a distinção, que é o reconhecimento do trabalho de investigação desenvolvido, Célia Manaia alerta que “as métricas em ciência devem ser vistas com cautela e não devemos deixar que tudo se transforme em números e rankings.” Aos investigadores mais novos, a investigadora deixa alguns conselhos: “trabalhar sempre com muita seriedade, com verdadeira honestidade intelectual, e, muito importante, comunicar bem – com rigor, clareza e transparência”.

Categorias: Investigação Escola Superior de Biotecnologia

Quinta, 19/11/2020

Instituto de Estudos Asiáticos recebe doação de livros pela The Nippon Foundation

Instituto de Estudos Asiáticos da Faculdade de Ciências Humanas (FCH) acaba de receber uma doação pela The Nippon Foundation: 100 livros ligados ao Japão, que abordam diferentes áreas tais como Política e Relações internacionais, Economia e Negócios, Sociedade e Cultura, Literatura, Arte e História

A doação é o resultado de uma candidatura bem sucedida, que contou com o apoio da Embaixada do Japão em Lisboa e o empenho da docente de Língua JaponesaYuko Kase.

Os livros doados encontram-se agora na Biblioteca Universitária João Paulo II

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Seg, 14/12/2020

Exposição comissariada pelo Prof. Jorge Santos Alves eleita Melhor Exposição Temporária de 2019

A exposição Um Rei e Três Imperadores. Portugal, a China e Macau no tempo de D. João V, que esteve patente no Museu de São Roque até março de 2020, foi eleita Melhor Exposição Temporária de 2019 em Portugal, pela Associação Portuguesa de Museologia.

A exposição, destinada a assinalar simultaneamente "os 40 anos do restabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e a China, os 20 anos da transferência de poderes em Macau e os 450 anos da Santa Casa da Misericórdia de Macau", foi comissariada pelo Prof. Jorge Santos Alves, docente da FCH e coordenador do Instituto de Estudos Asiáticos.
 

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Terça, 15/12/2020

Tantas incertezas, tantas contradições. Podemos falar do futuro?

O futuro? "Nada vai ser igual na relação com o outro. O outro é um risco", antevê o coordenador do Observatório do Risco. Haverá outras dinâmicas e é preciso capacidade de acreditar e construir a confiança participada com base na cidadania. Porque confiança é bem-estar pessoal, psicológico, físico, é segurança profissional e económica. É o ganha-pão, também.

Ana Veloso, psicóloga, professora da Escola de Psicologia da Universidade do Minho, investigadora do Centro de Investigação em Psicologia da mesma universidade, lembra que confiar implica riscos e que a confiança organizacional é feita de competência, de credibilidade, de arriscar. Tal como um animal que só oferece o seu pescoço quando confia. O momento é de muitos medos. Medo de perder o emprego, ficar sem salário, sem rendimento. "Em situações de crise, se a organização quebra algumas das promessas que fez, há uma quebra de confiança que nunca mais é recuperada", observa a investigadora. "O sentimento de estar sempre em perigo cria uma grande ansiedade às pessoas", acrescenta. Restaurar uma relação de confiança é muito difícil.

Rui Gaspar, psicólogo social, professor da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, concorda. "A confiança sofreu alguns abalos e é difícil restaurá-la. É mais fácil perdê-la do que ganhá-la." Pensar no futuro passa por confiar no presente. Criar as bases e as fundações da confiança agora.

"Para alcançarmos a confiança no futuro temos, primeiro, de confiar no presente", vinca. O plano de vacinação, por exemplo. O Governo garante que 70% da população estará vacinada depois do verão. "Devia comunicar outros cenários possíveis em que não possa ser alcançado esse valor", comenta Rui Gaspar. Se promete e não cumpre, a confiança futura é destruída com base no que é dito no presente. Confinar, desconfinar, confinar outra vez.

Achatar a curva da pandemia. Pareceres técnicos e muitas opiniões de especialistas epidemiologistas, infeciologistas. Decisões políticas, mensagens que não se percebem, cacofonia comunicacional. Os recados dos políticos para os cientistas. Os recados dos cientistas para os políticos. A vacinação, os abusos, vacinar políticos. As vacinas chegarão para todos? Rui Gaspar defende um trabalho árduo a começar já hoje.

Aumentar a literacia científica dos cidadãos é uma forma. "Ajudar as pessoas a compreender e a clarificar que a ciência é feita de incertezas. Explicar que o que funciona num determinado momento pode não funcionar mais tarde". E assim se constrói a confiança. Há recursos psicológicos que facilitam como a esperança, o otimismo, a resiliência. Mas não bastam. "Não podemos só esperar que as pessoas sejam otimistas e ponto final. É preciso reduzir as exigências com que se confrontam", diz o psicólogo social. 

Nota: Pode ler o artigo na íntegra na edição impressa da Magazine do Jornal de Notícias, à venda nos locais habituais.

O excesso de ruído nos debates ainda rende?

Aí estão os debates das presidenciais, dois a três por dia, em vários canais que, entretanto, se desdobram em debates sobre os debates. Tem havido debates para todos os gostos, mais agrestes e mais suaves, mel e fel escorrem no ecrã. Quanto mais me debates mais gosto de ti?

Esta emissão do magazine dos domingos (gravada na teve um convidado especial, o jornalista free-lancer André Cunha, cuja pegada está associada a muitos momentos luminosos da história desta Rádio.

Ele e a comentadora residente Rita Figueiras, professora de Ciências da Comunicação e de Comunicação Política da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa reflectem sobre o que fica dos vários confrontos, entre forma e fundo. Marcelo dizendo a Ventura: "A minha direita é a social, a sua é a do medo". E Ventura exibindo a foto de Marcelo com moradores do bairro da Jamaica aos quais chamou "bandidos". Marcelo, em resposta: "Não divido os portugueses em puros e impuros".

Tiago Mayan Gonçalves chamando ao actual presidente "ministro da propaganda do governo"; Ventura atropelando João Ferreira num debate que a moderadora considerou "em roda livre".

O excesso de ruído ainda rende? No debate com André Ventura, Tino de Rans levou pedras do mar. Pedras de várias cores que ele próprio recolheu na praia. Não as arremessou, usou-as como metáfora para lembrar que "o mar não traz só pedras, também traz pessoas de todas as cores. E há muita gente que vem por esse mar à procura de um terreno firme. Mas há quem os receba criando muros".

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FCH lança a primeira licenciatura do país em Filosofia, Política e Economia

A Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa anuncia o lançamento da nova Licenciatura em Filosofia, Política e Economia, um curso inovador e interdisciplinar, que permitirá aos estudantes obterem uma abordagem ampla e integradora dos desafios que se impõem às sociedades contemporâneas. Este curso da Católica é o primeiro em Portugal a aliar estas três áreas de estudos.

A nova licenciatura vem associar o ‘saber pensar’ ao ‘saber agir’ e ‘saber fazer’, capacitando os alunos para uma intervenção ancorada na reflexão crítica. Esta é ainda uma das licenciaturas de maior prestígio na Europa e na América do Norte (onde habitualmente é conhecida pela sigla PPE), pelo enorme interesse na ligação destas três áreas, numa base interdisciplinar que está presente ao longo de todo o curso, estruturado para uma formação ampla e completa dos futuros profissionais.

“Nos dias de hoje é essencial formarmos os nossos estudantes para enfrentarem os desafios do futuro, o que implica serem proficientes a cruzar conhecimentos de diferentes áreas disciplinares. É, por esta razão, que todas as licenciaturas da Faculdade de Ciências Humanas têm uma natureza interdisciplinar.” explica o Professor Doutor Nelson Ribeiro, Diretor da Faculdade de Ciências Humanas, acrescentando que “no caso do PPE pretendemos que os estudantes consigam conjugar a reflexão filosófica com o conhecimento do funcionamento dos sistemas políticos e económicos. Os grandes desafios que temos pela frente enquanto sociedade exigem líderes capazes de articular a reflexão eticamente sustentada com um conhecimento aprofundado da inter-relação entre as esferas política e económica.”

A Filosofia é uma das áreas fundacionais do curso, possibilitando aos estudantes o desenvolvimento de um pensamento crítico, essencial para uma problematização dos fenómenos políticos, económicos e sociais. A Ciência Política desempenha um papel preponderante no currículo da formação, ao permitir que os alunos adquiram um conhecimento aprofundado sobre as instituições e os processos políticos numa comunidade global. A Economia está presente no curso para dotar os alunos de um conhecimento rigoroso de macro e microeconomia.

O curso criado pela Universidade de Oxford no anos 20 do século passado tem uma grande reputação internacional, sendo lecionado nas mais prestigiadas e respeitadas universidades do mundo, e tendo sido frequentado por diversas personalidades como o ex-Presidente dos Estados Unidos da América, Bill Clinton, o ex-primeiro-ministro britânico David Cameron, ex-primeiro ministro da Austrália Tony Abbott, a Mianmarense e Prémio Nobel da Paz de 1991 Aung San Suu Kyi e ainda a também Nobel da Paz de 2014, Malala Yousafzai, que estudou no Reino Unido após ter recuperado da tentativa de assassinato que sofreu no Paquistão.

Inserida no contexto de Bolonha, a nova licenciatura está organizada em três anos de formação, sob a coordenação dos Professores Doutores Michael Baum e Inês Bolinhas. Filosofia, Política e Economia arranca já no ano letivo de 2021/2022 e todas as informações sobre candidaturas podem ser conhecidas no website da FCH.

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Seg, 08/02/2021

Marcelo, a cenografia e a retórica do homem comum?

Na primeira emissão da Espantosa Realidade das Coisas após as eleições presidenciais, já com o sociólogo Paulo Pedroso retomando o seu lugar de comentador residente, o editor do magazine dos domingos pediu a Rita Figueiras, professora de Ciências da Comunicação e de Comunicação Política da Universidade Católica de Lisboa, que reflectisse sobre a dimensão cénica e retórica de vários protagonistas da noite eleitoral.

Marcelo saindo de casa para ir buscar o jantar, arrastando jornalistas no seu encalço, Marcelo mostrando a casa, Marcelo saindo mais tarde e dando voltas pela cidade até considerar chegada a hora do discurso. Quis o presidente reeleito mostrar desprendimento, relevando a sua condição de homem comum? E quem se apresentou como homem providencial?

Foi a esquerda, nestas eleições, sacudida por um vendaval que provocou estragos, talvez inesperados num Alentejo, porventura demasiado esquecido pelos decisores e por quantos dele fizeram, em tempos, bastião. Nesse quadro de fundo corre a conversa da jornalista Teresa Dias Mendes com Carlos Brito, um histórico comunista desde há anos fazendo um caminho solitário, sempre na margem esquerda da política. Lá em Alcoutim, junto ao Guadiana, ele ainda escuta o canto dos rouxinóis. 

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Governo cria task force de cientistas para ajudar a passar mensagens

Está já criada a task force de cientistas comportamentais para assessorarem o Governo em relação à melhor forma de passar a mensagem às populações sobre os comportamentos indicados para combater a pandemia de covid-19. A criação desta equipa consta de um despacho da ministra da Saúde, Marta Temido, a que o PÚBLICO teve acesso, e os seus membros não serão remunerados.

A task force é coordenada por Margarida Gaspar de Matos, da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa. Integram o grupo António Silva, do Instituto Superior de Economia e Gestão; Cristina Godinho, da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica; Duarte Sequeira, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde; Marta Moreira Marques, do Trinity Centre for Practice and Healthcare Innovation; Miguel Arriaga, da DirecçãoGeral da Saúde; Osvaldo Santos, do Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Faculdade de Medicina de Lisboa; e Rui Gaspar, da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica.

Nos termos do despacho de nomeação, até 31 de Dezembro esta equipa de cientistas comportamentais irá assessorar o Governo produzindo estudos e documentos. A ligação com o executivo é feita através do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes.

A equipa será apoiada pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. O objectivo é contribuir para “uma mudança de comportamentos individuais e colectivos” e “garantir que diferentes indivíduos e as suas comunidades mantenham” os “comportamentos recomendados como mais eficazes em cada momento e contexto social, na resposta à pandemia e nos momentos que a ela se sucederão”.

O despacho afirma que estas “mudanças comportamentais apenas poderão ser alcançáveis com a aplicação estruturada da ciência comportamental” que permite “identificar, explicar, prever e intervir sobre comportamentos”, baseando-se no “estudo de flutuações” em relação às “percepções do sistema social sobre a evolução da pandemia”. Mas também das flutuações “nos comportamentos de prevenção dos riscos de contágio pelo vírus SARS-CoV-2, em diferentes momentos e contextos sociais e por diferentes pessoas”. E ainda das variações “nos factores individuais, sociais e ambientais que permitem a sua facilitação ou inibição e consequente explicação e previsão de alterações ao comportamento e expectativas de adesão futuras”.

Nota: Pode ler o artigo na íntegra na edição impressa do PÚBLICO de 11 de março de 2021.

10 sugestões para ajudar o seu filho a recuperar da perda de aprendizagens no confinamento

Esqueça a tabuada. Esqueça a dinastia Afonsina. Esqueça a conjugação do verbo "sein" em alemão. Se o seu filho estiver a ficar para trás nas aprendizagens, de pouco serve pô-lo a repetir "8 vezes 8 são 64", "D. Sancho I foi o segundo rei de Portugal", ou "ich bin da, du bist da" até ao infinito. Os pais devem ser pais e os professores devem ser professores. Este é o mais importante conselho de vários especialistas ouvidos pelo Observador, que, com 10 sugestões práticas, tentam responder à pergunta que atormenta muitos encarregados de educação em tempo de ensino à distância por causa do confinamento: "Como posso ajudar o meu filho a não ficar para trás?" Evitar vestir a pele de professor não é sinónimo de nada fazer pelas crianças, mas é sinónimo de evitar confundir papéis que acabam por complicar a relação de pais e filhos. "Não cabe aos pais substituir a escola nas aprendizagens. Essa extensão excessiva da escola para o contexto familiar - quando, por exemplo, os trabalhos de casa são demasiados - acaba a roubar o essencial: ter tempo de qualidade com os filhos", defende a investigadora Célia Oliveira. Em contrapartida, lembra que não faltam estudos que mostram que "uma das coisas que mais contribui para o sucesso académico é o interesse dos pais nas escolas". O importante é encontrar o equilíbrio. Dar apoio, sim. Dar aulas, não.

Rodrigo Queiroz e Melo tem uma crença sólida de que, quando olharmos para trás, o custo da pandemia e do ensino à distância nas aprendizagens não será assim tão elevado. A matéria que ficar por saber será aprendida mais tarde e, por isso, sugere que o foco dos pais seja posto na melhoria de competências - a argumentação, o pensamento crítico, a criatividade, a autoregulação, entre outras - que irão ajudar os alunos a apanhar o comboio, mesmo que fiquem temporariamente para trás. "Numa investigação futura desta época que vivemos, não estou convencido que seja muito grave o que os alunos não aprenderam das dinastias e dos teoremas. Aprenderão mais à frente. O que é preocupante é o que podem perder em competências e, aí, já posso ajudar enquanto pai", argumenta o professor de Ciências da Educação da Universidade Católica.

"Não há um livro de receitas, não pode haver, quando se fala de ajudar as crianças. Todas são diferentes, até irmãos. E as dinâmicas familiares também. Temos pais que não sabem ler e temos pais doutorados em Educação e para quem os conselhos não podem ser os mesmos", acrescenta Júlia Serpa Pimentel, da Associação Pais em Rede, lembrando que há muita coisa que aprendemos antes sequer de se ir à escola e que se aprende muito a brincar. Célia Oliveira acrescenta que mais do que uma lista do que devem ou não devem fazer, os pais devem procurar aquilo que melhor se enquadra à sua família. "Quando dizemos que os pais devem fazer algo, esta frase tem logo algo de culpabilizante, de injusto, como se tivessem de ser exímios a tudo, e há, da parte dos pais, uma propensão para a culpabilização.

É importante saber que há um conjunto de coisas que ajudam, mas que todos falhamos nelas e não há mal algum nisso." Se é importante ajudar as crianças, também é importante saber deixá-las fazer nada. "No meio destes horários é preciso ter tempo para brincar, tempo para fazer nada, tempo apenas para o ócio", sustenta a psicóloga Sofia Ramalho. 1)Bem-estar psicológico. A criança que está bem aprende bem Fugir ao papel do professor e focar-se nas competências (e já iremos às sugestões práticas) é só o primeiro passo. "A principal missão de qualquer educador, pai, mãe, seja quem for, é assegurar o bem-estar físico e psicológico das crianças para que elas possam estar disponíveis para a aprendizagem", defende Sofia Ramalho, vice-presidente da Ordem dos Psicólogos e especialista em Psicologia da Educação. 

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Homenagem Prof.ª Helena Rebelo Pinto: Conferência e lançamento do livro Psicologia em Movimento

No dia 30 de abril, a Faculdade de Ciências Humanas (FCH) prestou homenagem à Professora Helena Rebelo Pinto, figura incontornável da Psicologia em Portugal e fundadora da Área Científica de Psicologia na FCH. A homenagem decorreu no âmbito da conferência "Psicologia em Movimento" que culminou com o lançamento do livro com o mesmo título. Esta iniciativa percorreu a história da Psicologia em Portugal, apresentando um foco na perspetiva de alguns domínios da Psicologia, e da Psicologia na Universidade Católica Portuguesa.  

O evento contou com a organização da Professora Augusta Gaspar, Coordenadora da Área Científica de Psicologia, da Professora Joana Carneiro Pinto, Coordenadora do Gabinete de Carreiras e da Professora Rita Francisco, Coordenadora do Centro de Investigação Catolica Research Centre for Psychological, Family & Social Wellbeing - CRC-W.

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Seg, 03/05/2021

CBQF no programa "Mentes Que Brilham" do Porto Canal

A Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e a empresa americana, Amyris, estão atualmente a desenvolver um projeto de produção de adjuvantes para vacinas profiláticas, que têm um papel fundamental na resposta imunitária provocada pelas vacinas incluindo algumas contra SARS-Cov2.

O Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) recebeu Cláudia Fonseca, do programa "Mentes que Brilham" do Porto Canal para conhecer o projeto, o laboratório e, a equipa que está por detrás do mesmo, entrevistando João Carlos Fernandes da Escola Superior de Biotecnologia.

Assista aqui à reportagem completa no Porto Canal.

Próximos eventos

#4 Reinventando os 1440 minutos que cada dia nos oferece

Entrámos no novo ano ensombrados pela experiência de países longínquos onde as experiências de confinamento social se mostravam já necessárias. Talvez nem nos nossos sonhos difíceis antecipássemos, nessa altura, que estes dias chegariam para nós. Hoje, os dedos de uma mão chegam ainda para contarmos as semanas em que vivemos esta estranha forma de vida. Não sabemos, porém, se todos os dedos chegarão para a contagem final.

Todos nós, neste cenário, sentimos que perdemos alguma coisa. Desde a perceção de segurança às nossas rotinas, das nossas relações à capacidade financeira, dos nossos empregos à nossa saúde, da perceção de incontrolabilidade no cuidar dos nossos mais velhos ou mais frágeis… são inúmeras as perdas com que nos confrontamos. E, sabemo-lo, perdas e faltas são as grandes fontes do sofrimento humano.

Não foi assim que nascemos, não foi assim que crescemos, não é assim que desejamos viver. Isolados de um Mundo que nos estimula e simultaneamente inquieta, isolados daqueles que queremos abraçar, vivemos por ora confinados a 1440 minutos diários entre as nossas paredes, porventura alargadas ao sol de uma varanda ou a uns breves e contidos passos nas ruas que nos circundam.

Cada um de nós a quem é pedido que fique em casa, experimenta que - numa panóplia de tons que configuram as diversidades da experiência humana e das experiências familiares - vivemos dias difíceis. Muito mais do que sobreviver, importa que proactivamente procuremos cuidar destes nossos 1440 minutos diários, dos nossos pensamentos e das nossas emoções, da nossa saúde, dos nossos projetos, das nossas relações, das histórias que queremos contar.

Sim, temos tempo para o fazer. Não aspiremos a viver dias perfeitos. Não nos zanguemos se não fizermos uma hora diária de exercício físico. Não nos frustremos se não visitarmos diariamente um museu sublime ou devorarmos com alegria as 300 páginas de um belíssimo livro. Não serão possíveis muitas coisas com que sonhámos… Mas sim, temos tempo para nos cuidar. E, este tempo que temos, exige que cuidemos realmente de nós. E dos outros.

Escrevia Tom Andersen (1936-2007), distinto Professor de Psiquiatria Social na Universidade De Tromso (Noruega) que as palavras não são inocentes. Nas narrativas que construímos – e, nestes dias, de modo particular - as palavras que escolhemos influenciam os significados a que chegaremos. Com essa consciência, partilho algumas pistas de reflexão e de ação – numa ordem que poderia ser outra - num pequeno contributo apontando para a nossa construção de dias significativos:

  1. Permanecer em casa não tem que ser apenas um constrangimento. Pode ser, em liberdade, a nossa melhor escolha face à ameaça atual. Mais, podemos escolher viver duma forma consciente e construtiva esta situação.
  2. A perceção da perda, a preocupação, a incerteza, o aborrecimento, a ansiedade, a tristeza, a apatia, a irritação, são experiências normativas e muito ajustadas ao que estamos a viver. Perante emoções como estas, aceitemo-las como parte da situação permanecendo, contudo, vigilantes ao nosso bem-estar e disponíveis para nos adaptarmos e nos protegermos.
  3. Na experiência das inúmeras perdas, não há problema em sentirmos a falta daquilo que estamos a perder. Na verdade, importa fazer o luto daquilo que “já não é” ou que “não será”, virarmo-nos para dentro e recalibrar o nosso olhar – “O mundo mudou e eu quero adaptar-me”.
  4. Guardemos alguns minutos do nosso dia para fazer algo de que efetivamente gostamos. E guardemos tempo para pequenas ou grandes atividades que não podíamos fazer quando a vida nos pedia outras coisas.
  5. Nenhum de nós viveu algo semelhante ao que vivemos hoje, mas já todos enfrentámos situações desafiantes. Poderemos dar-nos conta do que fizemos no passado para lidar com as perdas? Como é que as ultrapassámos e cuidámos de nós e dos nossos? Poderemos repetir o que anteriormente correu bem?
  6. Se o suporte social é sempre importante, sublinha-se a sua relevância em tempos de isolamento. Telefonemas, mensagens, videochamadas, festas partilhadas à distância…momentos de verdadeiro encontro que podemos sempre reinventar… sejamos criativos e cuidemos dos nós e dos laços que nos importam.
  7. Na impossibilidade real de controlarmos o mundo à nossa volta (impossibilidade que é de sempre e que sempre continuará), queiramos viver bem cada momento presente. Concentrados no aqui e agora, podemos escolher a dedicação atenta a cada uma das nossas tarefas – trabalhar, estudar, ver um filme, cozinhar, regar as plantas, telefonar, brincar com o filho ou o irmão que pede a nossa atenção.
  8. Não deixemos que os nossos medos e preocupações tomem conta de nós. Reconheçamos a sua inevitabilidade e cuidemos de os partilhar, de comunicar aos outros o nosso mundo, deixando também tempo e espaço para que outros nos comuniquem o seu.
  9. Uma vez passados os piores momentos desta crise, a maioria de nós será capaz de seguir em frente com as suas vidas e voltará a um estado de percebida normalidade. Embora muito vá mudar para todos depois desta experiência, a experiência de luto é também ela transitória. Alguns de nós necessitarão de apoio na recuperação. Também nesse momento, seremos diferentes uns dos outros. E esta diferença sempre será das maiores riquezas da nossa humanidade.
  10. Queiramos ir ao encontro daqueles que passam travessias mais dolorosas. No meio do escuro, podemos escolher ser a luz que apazigua algum sofrimento ou cria condições de readaptação a novas realidades.
  11. E todos os dias, enquanto há Vida…procuremos alimentar a esperança e a possibilidade de um futuro melhor. Construamos – para nós e para os outros - cenários que vão para além das possibilidades atuais e nos quais (re)encontramos significado e propósito.

 

Honor your own hope | Bring it forth in your life |So when the road is difficult |And the river wide |We recall that life is good and |Know it can be so again. (Jevne, R., 2005)

Susana Ramalho, Professora Auxiliar, Psicologia na FCH e Psicóloga Clínica, Colaboradora do Instituto de Ciências da Família, FCH

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Sexta, 17/04/2020

Fernando Ilharco: "Confiança e comunicar confiança"

Um dos factores que geram confiança é a própria confiança. Outro aspecto é o actuar com confiança. Mesmo sem confiança, agindo como se tivesse confiança, a confiança tende a aumentar, em nós mesmos e nos outros.

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Nota: Este artigo faz parte da versão exclusiva para assinantes do Jornal de Negócios.

Fernando Ilharco: "Um tempo surreal"

Nas ruas, esplanadas e praias deste Verão tudo é diferente do habitual. Mesmo o ruído de fundo é outro. Não se ouve mais o alvoroço da globalização, a agitação das massas, as rodinhas das malas de viagem, os motores dos Tuc Tuc, o vaivém constante das trotinetes, as conversas sem fim ao telemóvel, as vozes que não se calam, em inglês, espanhol, chinês, italiano e em muitas outras línguas da Babel mundial.

Se o ruído nos impõe a força do presente, o silêncio deixa-nos parados no tempo, suspensos do ritmo do mundo. Lá fora não se vê nem se ouve o que se esperaria. São tempos únicos, algo artificiais, intrigantes e perigosos.

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Nota: Este artigo faz parte da versão exclusiva para assinantes do Jornal de Negócios.

Fernando Ilharco: "Não pensar muda o mundo"

Pensar muda o mundo, escreveu o filósofo alemão Martin Heidegger. Mas não pensar também muda. E pensar mal muda na mesma. A acção, as decisões boas ou más, as suas consequências não intencionais, os resultados planeados ou não, tudo isso é parte da evolução, lenta ou rápida, sempre em curso. É a acção, intencional e criadora de significado, e não o pensamento, que muda o mundo, defendeu I-Iannah Arendt, a pensadora naturalizada norte-americana.

São as ideias dos homens feitas acção que mudam a realidade. Abrem possibilidades, surpreendem a sociedade, revolucionam os mercados. Quando a mudança ganha força, não são as melhores ideias que triunfam, nem a melhor análise que se impõe.

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Nota: Este artigo faz parte da versão exclusiva para assinantes do Jornal de Negócios.

X Lisbon Summer School da FCH-Católica debate ecocultura no futuro pós-pandemia

A Lisbon Summer School for the Study of Culture, uma iniciativa do Lisbon Consortium da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, está de regresso entre os dias 6 e 11 de julho. 

A edição deste ano de 2020 será dedicada ao tema “Ecoculture” e decorrerá, pela primeira vez, em formato online devido à pandemia do COVID-19.

“O tema não podia ser mais pertinente. Numa altura em que se debate os efeitos da pandemia de COVID-10 sobre o meio ambiente, a Summer School será dedicada à reflexão sobre a inter-relação entre cultura e meio ambiente, examinando a crescente consciência do impacto negativo das atividades humanas. Mais do que nunca importa discutir a necessidade de repensar, reconceptualizar e redefinir a relação entre humanos e o mundo não humano” afirma Diana Gonçalves, Diretora Académica do Lisbon Consortium e Coordenadora do Mestrado em Estudos de Cultura.

Os oradores que estarão presentes, destaca-se Lawrence Buell, prestigiado académico da área da literatura americana e da ecocrítica da Harvard University e autor de obras seminais como Literature and Environment (2011), The Future of Environmental in Criticism (2005) e Writing for an Endangered World: Literature, Culture and Environment in the United States and Beyond (2001), Buell trará uma reflexão sobre uma escocultura pós-pandemica.

Ariel Salleh abrirá a Summer School com uma palestra sobre ecofeminismo, uma das suas áreas de investigação, Viriato Soromenho-Marques sobre valores sociais no presente momento de crise ambiental, e ainda, Vera Mantero que mostrará a sua obra “O Limpo e o Sujo”.

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Investigadores da Católica criam biosílica extraída da cana-de-açúcar

Um dos maiores projetos de investigação na área da biotecnologia, liderado pelo laboratório associado CBQF da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade da Católica Portuguesa, em parceria com a empresa Amyris Bio Products Portugal, apresentou um importante resultado: a primeira biosílica extraída da cana-de-açúcar com aplicação na indústria cosmética. Um ingrediente inovador que já deu origem a um produto que está a ser comercializado a nível internacional.

Manuela Pintado, investigadora do CBQF e coordenadora do projeto Alchemy em Portugal, refere que “esta primeira descoberta que dá origem a um produto inovador resulta de um conhecimento mútuo entre as duas entidades envolvidas – CBQF/ESB/UCP e Amyris -, de um alinhamento estratégico, mas acima de tudo do empenho de mais de 100 investigadores do projeto”. Manuela Pintado refere que a multidisciplinaridade da equipa - bioengenharia, microbiologia, bioanalítica entre outras áreas – permitiu “em dois anos criar um novo ingrediente bem aceite pelo mercado e que respeita os princípios da economia circular e do desenvolvimento sustentável”.

A biosílica sustentável é obtida a partir de cinzas de cana-de-açúcar, provenientes da queima de subprodutos das indústrias produtoras de açúcar para geração de energia, incluindo as folhas resultantes do processo da colheita da planta e do bagaço, material fibroso obtido após extração do xarope de açúcar. O novo ingrediente, o primeiro do mundo a ser criado com base em recursos sustentáveis, poderá ser usado, agora, na indústria cosmética, assumindo-se como uma alternativa sustentável e com melhor desempenho à sílica tradicional, extraída da areia, um recurso com intensa exploração no planeta.

“Este ingrediente vem tornar a cosmética limpa – clean beauty – ainda mais limpa e é, digamos assim, a ‘primeira pedra’ da implantação de um hub internacional de inovação na área da Biotecnologia com uma forte cultura de ciência aplicada, espirito empreendedor e empresarial, fortemente orientada ao mercado,” refere Miguel Barbosa, da Amyris Bio Products Portugal. A Amyris Bio Products Portugal é uma subsidiária da norte-americana Amyris Inc., cotada no NASDAQ, sedeada em Emeryville, Califórnia, e cujo CEO é o luso-americano John Melo.

Ciência ao serviço da sustentabilidade dos recursos mundiais
Raquel Madureira, investigadora do projeto, explica “mais do que um ingrediente sustentável, a biosílica mostra como a ciência pode ajudar a valorizar o desperdício de qualquer indústria, a salvaguardar a sustentabilidade dos recursos mundiais e, paralelamente, a promover uma ‘beleza limpa’, ao permitir o desenvolvimento de cosméticos limpos e seguros.” A este nível, refira-se que a indústria da beleza/estética produz milhões de toneladas de resíduos, desde o fornecimento de ingredientes até à criação da embalagem do produto. Este novo produto será comercializado pela Aprinnova, empresa norte-americana líder no campo da biotecnologia aplicada à cosmética sustentável e parceira da Amyris.

O projeto Alchemy que deriva de uma parceria estratégica entre a Universidade Católica Portuguesa, a empresa Amyris Bio Products Portugal e o Governo de Portugal, através da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), é financiado pelo Portugal 2020 e pelo Programa Operacional FEDER. Teve início em 2018 com o objetivo principal de estudar e desenvolver novas aplicações para os subprodutos/resíduos dos processos de fermentação da Amyris e da produção de cana-de-açúcar, potenciando assim o desenvolvimento de novas moléculas de elevado interesse comercial, com destaque para a indústria da cosmética, mas também para nutrição animal e humana, novos materiais e farmacêutica.

Para o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, “este primeiro resultado que advém do projeto Alchemy é muito importante. A AICEP tem acompanhado o processo desde o início, através do contrato de I&D estabelecido com a Amyris e a Universidade Católica Portuguesa, em 2018, e acreditamos que dará um contributo relevante para o aumento das exportações com alta intensidade tecnológica. A parceria com a UCP é um reconhecimento da qualidade do sistema universitário e da capacidade de investigação de Portugal e mais uma vez o talento português está a ser fundamental para o sucesso do projeto. Parabéns à Amyris e à UCP!” 

O Alchemy visa, simultaneamente, a promoção da transferência de tecnologia que se traduzirá num crescimento de competitividade das empresas na área da bioeconomia. Acrescente-se, ainda, que este projeto de investigação se materializa num centro de competências de excelência em biotecnologia, promovendo Portugal na linha da frente nas áreas da bioeconomia e economia circular.

 

Outras informações úteis:

Nuno Goulart Brandão: "Reformulação das metodologias de ensino"

Com quase 13 anos de experiência, a Escola de Pós-Graduação e Formação Avançada (EPGFA) da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa reúne a formação avançada para executivos, as pós-graduações, as formações à medida e os serviços de consultoria, actuando em diferentes áreas como a Comunicação Estratégica e Cultura Organizacional, Marketing de Conteúdos, Comunicação e Transformação Digital, Comunicação de Crise, Psicologia e Gestão de Pessoas, Filosofia, Economia e Empreendedorismo Social, Educação e Formação e Arte e Cultura.

Após um ano à frente da EPGFA, Nuno Goulart Brandão, coordenador da escola, faz um balanço claramente positivo deste período que permitiu «concretizar um objectivo muito importante na afirmação, na diferenciação e no desenvolvimento da escola», com uma abordagem inovadora e com a garantia de mais-valias significativas no campo académico e no desenvolvimento profissional dos formandos.

Este ano, «aumentámos a nossa oferta formativa em diversas áreas, onde sentíamos existir uma procura crescente e que se confirmava haver uma lacuna no mercado, e verificámos também um crescimento superior a 50% no número de alunos a frequentar os nossos programas» de pós-graduação e formação avançada. Com o objectivo de reformular as suas metodologias de ensino em contexto de pandemia, a oferta formativa da EPGFA para o ano lectivo 2020-2021, combina já programas leccionados em regime presencial com programas leccionados no modelo de ensino à distância. 

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Rita Figueiras: "Desafios da Geração Z"

Rita Figueiras, professora da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e investigadora na área da comunicação, em entrevista à Ecclesia, destacou que são os contextos que "dão sentido e significado à tecnologia", falando do seu impacto na chamada "Geração Z", sem memória do pré-internet.

"Cresceram num ambiente em que o digital e todas as tecnologias potenciam a interação, em escala mais reduzida -, de um para um -, de um para muitos e de muitos para muitos, em simultâneo. São tecnologias mais envolventes e reclamam mais de cada um", assinala a entrevistada na edição de hoje nas Conversas Originais, um projecto da Agência ECCLESIA que decorre ao longo do mês de setembro.

Segundo a especialista, os atores deste processo são tanto os jovens como as empresas digitais, que limitam possibilidades de comunicação pela arquitectura das plataformas. 

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