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José Luís Ramos Pinheiro: "Verdades inconvenientes"

A decisão do Supremo Tribunal de Justiça norte-americano ao definir que o aborto não é um direito constitucionalmente protegido está a levantar uma onda de debates – nos Estados Unidos e não só.

Antes de entrar na "matéria", chamo a atenção para dois pontos.

O primeiro é que se nota uma enorme crispação nos debates, em geral. Sobre este tema ou sobre outros, desde a guerra da Ucrânia até ao Serviço Nacional de Saúde. Os diferentes "lados" não se querem ouvir, muito menos entender as razões argumentadas por quem pensa de modo diferente. As redes sociais estão encharcadas de opiniões que se pretendem impor à força da ofensa, do cancelamento e até de ameaças. É essencial saber conversar. Perceber pontos de vista diferentes. Saber escutar não significa concordar, mas ajuda a evitar ruturas, rótulos e trincheiras. De um lado e do outro.

Artigo completo disponível na Rádio Renascença.

SUMMER ACADEMY Strategy & Leadership

Segunda-feira, julho 04, 2022 - 09:00 - Sexta-feira, julho 15, 2022 - 13:00

CATÓLICA-LISBON | UCP | Lisboa - Sede


De 4 a 15 de julho, a Católica Lisbon School of Business and Economics, UCP, organiza a SUMMER ACADEMY Strategy & Leadership, um curso de curta duração totalmente lecionado em inglês que visa proporcionar uma experiência totalmente imersiva e promover a consciência intercultural, bem como a cidadania global.

O programa pretende reunir estudantes de licenciatura de qualquer formação académica, com idades compreendidas entre os 18 e os 26 anos, e recém-graduados com menos de 2 anos de experiência de trabalho.      
 

PROGRAMA

Categorias: Católica-Lisbon School of Business & Economics Eventos

José Miguel Sardica: "O pântano"

Há 20 anos, depois de uma desprestigiante, mas no fundo inócua, derrota nas eleições autárquicas, o então primeiro-ministro António Guterres resolveu deitar-se abaixo do poder, declarando não querer mais contribuir para o “pântano”. Se não antes, a palavra entrou então para o léxico político nacional – como dali a pouco, em 2003, entraria a “tanga”, vestimenta minimal com que se descreveu o país em contração financeira no tempo de Durão Barroso e Manuela Ferreira Leite.

O “pântano” – e vamos ver se não também a “tanga” – veio-me à memória assistindo ao frente-a-frente parlamentar da semana passada, o primeiro desta nova legislatura. A bancada do PS brilhou na bajulação ao chefe, bem comandada por Eurico Brilhante Dias. As bancadas da oposição cerraram fileiras, com gradações de intensidade diferente, e destaque (já esperado) para a barragem verbal do Chega. O orador mais importante foi, claro, António Costa, porque o frente-a-frente do estado do país consiste nesse justo e democrático interrogatório ao primeiro-ministro, cujo governo é responsável perante a Assembleia da República.

Artigo completo disponível na Rádio Renascença

Cineclube EA | Collateral

Terça-feira, junho 28, 2022 - 18:30 - Terça-feira, junho 28, 2022 - 20:00

Auditório Ilídio Pinho | UCP | Centro Regional do Porto


No dia 28 de junho decorre a última sessão do Cineclube EA no ano letivo 2021/22, e que encerra o ciclo "Coiotes", com o filme "Collateral" de Michael Mann. A sessão, de entrada livre, terá lugar no Auditório Ilídio Pinho às 18h30.

Leia aqui a folha de sala escrita pelo programador e crítico Vítor Ribeiro.

Categorias: Escola das Artes Cultura

Alexandre Freire Duarte: "Nigéria: o sangue de que poucos falam"

Recordo-me perfeitamente. Não foi há muito tempo. Pelo menos não para o meu tempo psicológico. Pouco antes da Páscoa de 2019, um bárbaro e horrível ataque a uma mesquita na cidade neozelandesa de Christchurch provocou meia centena de mortos. A impressão com que fiquei na ocasião, foi que todo o mundo, e com toda a razão e mais alguma, ficou chocado, indignado, abalado por tal evento totalmente inaceitável.

Como é que algo assim pudera acontecer num país como a Nova Zelândia? Como é que alguém, tão cheio de ódio e cinismo, pôde realizar uma ação tão repugnante? O tonitruar de espanto ainda ressoa hoje e certamente na consciência de quem ficou emocionado e afetado por esse massacre que, direta ou indiretamente, originou cerca de duas dezenas e meia de textos neste mesmo órgão noticioso que, tão bondosamente, acolhe estas minhas presentes palavras.

Um massacre tão repugnante que – apesar de no dia de Páscoa desse mesmo ano ter havido uma série de ataques bombistas no Sri Lanka que causaram perto de 250 mortos – foi estimado como o mais trágico e sangrento evento violento de 2019, nas habituais “listas dos mais importantes eventos do ano” elaboradas por distintos órgãos de comunicação social. A matemática e relativismo neomodernos também dão nisto, a ponto dos membros da proeminente Religion News Association dos EUA nem terem colocado, entre os 10 mais importantes eventos religiosos de 2019 e ao contrário do evento neozelandes, o que se passou no país insular do Índico.

Artigo completo disponível no Observador.