“I Ate Civilization and It Poisoned Me” é a nova exposição da Galeria Fundação Amélia de Mello
“I Ate Civilization and It Poisoned Me” é o título da nova exposição da Galeria Fundação Amélia de Mello, na sede da Universidade Católica Portuguesa (UCP), em Lisboa, que fica patente até 11 de julho.
Realizada em parceria com o CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian, reúne 13 obras da coleção do CAM, de 13 artistas: Ana Jotta, Carlos Bunga, Carlos Roque, Cecília Costa, Clara Menéres, Hugo Canoilas, João Louro, Jorge Queiroz, Kiluanji Kia Henda, Maria Capelo, Mónica de Miranda, Sara Bichão e Sara Sadik.
“I Ate Civilization and it Poisoned Me” aborda a relação entre a humanidade e o seu habitat em diferentes tempos e espaços numa “exploração introspetiva e coletiva da marca humana na paisagem ao longo do tempo, e de como o ambiente, por sua vez, nos influencia de volta”, lê-se na folha de sala.
A curadoria da exposição coube aos alunos do seminário de Práticas Curatoriais do Mestrado em Estudos de Cultura, da Faculdade de Ciências Humanas da UCP, integrado no programa académico internacional The Lisbon Consortium, e que ocupa o segundo lugar no ranking dos melhores mestrados do mundo da Eduniversal.
Lembrando a importância do The Lisbon Consortium, lançado há 15 anos para aumentar a cooperação entre a UCP e a instituições culturais de Lisboa, na inauguração, a Reitora da universidade aludiu também ao título da exposição. “Há uma longa tradição na Cultura e na Filosofia de olhar criticamente para a forma como a civilização transforma a natureza, a distorce, de como é um ato de apropriação, de colonização, de toxicidade e de destruição”, começou por descrever, porém, “há a esperança”, ressalvou Isabel Capeloa Gil. “Temos de acreditar que podemos trabalhar com a natureza para fazer diferente. E a arte é certamente um caminho para fazê-lo, por nos permitir pensar criticamente sobre os grandes problemas que moldam o nosso presente, mas também para, de forma inspiracional e aspiracional, pensar mais além, pensar sobre utopia e sobre o futuro. Apesar de a civilização nos envenenar, há esperança na arte”, refletiu.
Já Guilherme d’Oliveira Martins, Administrador Executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, parceira do The Lisbon Consortium, manifestou “satisfação e orgulho nesta experiência comum”, que junta alunos e artistas. “O The Lisbon Consortium é um projeto muito positivo de mobilização e de abertura, para compreender a pluralidade”, sublinhou.
Esta mostra integra o programa Cultura@Católica, e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, entre as 14h00 e as 17h00. A entrada é livre.