Arte de Julião Sarmento encontra literatura de Gonçalo M. Tavares em exposição na Católica
A Universidade Católica Portuguesa (UCP) inaugurou mais uma exposição na Galeria Fundação Amélia de Mello, desta vez dedicada a desenhos de Julião Sarmento, acompanhados por textos de Gonçalo M. Tavares. No dia 20 de novembro, a comunidade académica reuniu-se para conhecer esta mostra artística e debater sobre a obra e vida de Julião Sarmento.
Para a Reitora da UCP, Isabel Capeloa Gil, “é muitíssimo importante podermos mostrar esta coleção de desenhos aqui na galeria”. Já Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes, aproveitou a ocasião para refletir sobre “a relação que o Julião tinha com os outros artistas e na maneira como nós pensamos o que é um artista-curador.”
A conversa, moderada pelo investigador e crítico literário João Oliveira Duarte, não deixou de fora as memórias do artista, da pessoa, e do amigo Julião Sarmento, que fazia parte do Advisory Board da Escola das Artes da UCP. Bruno Marchand, curador da exposição, recordou a “generosidade” de Sarmento e a constante presença desde o início da sua carreira.
“É comovente que várias gerações passem pelas obras do Julião”, referiu Gonçalo M. Tavares, destacando como “é muito bonito estarmos todos aqui à volta de algo que vai resistir muito mais do que nós próprios”.
Sobre o papel da arte, Isabel Capeloa Gil realçou a importância de existir na universidade “um espaço onde as linguagens artísticas contemporâneas possam estar disponíveis a todos os membros da comunidade”, para que desenvolvam “a capacidade de aprenderem e de se emocionarem com linguagens estéticas, talvez uma forma mais perspicaz de decifração do mundo do que, muitas vezes, a linguagem quantitativa e as linguagens textuais”.
A exposição “Julião Sarmento. A Pedra e o Desenho. 60 desenhos para livro de Gonçalo M. Tavares” está patente na Galeria Fundação Amélia de Mello, na Sede da UCP, em Lisboa, até 10 de janeiro.