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Investigadores do CUBE co-organizam série de webinars sobre a Economia Digital

Com os seminários presenciais em pausa em instituições pelo mundo fora, um grupo de investigadores que se foca na Economia Digital, incluindo Miguel Godinho de Matos e Christian Peukert da CATÓLICA-LISBON, juntou-se para organizar uma série de webinars sobre o tema, abertos a todos. O Virtual Digital Economy Seminar, ou VIDE, começou a 9 de abril e já tem sessões marcadas até 9 de julho.

Os apresentadores destes seminários vem de instituições por todo o mundo, incluindo o MIT, Yale, New York University, Stanford ou a London Business School e as temáticas abordadas vão desde machine learning aos mercados digitais, desde o impacto das críticas online ao papel da internet na fase inicial da resposta ao Covid-19.

Os seminários em live-stream, que têm lugar à quinta-feira às 16h00 em Lisboa, duram uma hora, incluindo 15 minutos de discussão morada entre os participantes.

Para acompanhar, visite o website do VIDE aqui.

Católica-Lisbon sobe a 39.ª melhor do mundo na formação de executivos

A Católica-Lisbon é a 39.º melhor escola do mundo na formação costumizada para empresas, segundo o “Ranking Global do Financial Times Executive Education 2020”, divulgado ao primeiro minuto desta segunda-feira, 11 de maio.

A escola de negócios da Palma de Cima distingue-se quer nos nos programas customizados para empresas, quer nos programas de inscrição aberta, as duas áreas que contribuem para a construção do ‘ranking’ global, onde ocupa a 50.ª posição no mundo. Mas é nos programas para empresas que o salto atinge maior dimensão: 15 lugares em relação a 2019.

Céline Abecassis-Moedas, diretora para a Formação de Executivos da Católica-Lisbon destaca “a forte ligação” da escola às empresas, que lhe permite “antecipar” necessidades e expetativas para o futuro.

"As empresas apreciam muito a experiência customizada e personalizada que têm nos nossos programas de formação e valorizam particularmente as metodologias pedagógicas inovadoras, que têm impacto no futuro dos seus profissionais", salienta.

A Nova SBE é a escola portuguesa melhor colocada no “Ranking Global do Financial Times Executive Education 2020”: 44.ª. A escola liderada por Daniel Traça vê especialmente destacadas as pontuações referentes aos critérios de “qualidade do corpo docente” (subindo da 45ª para a 38ª posição mundial), “conteúdos e metodologia pedagógica” (ascendendo da 39.ª para a 37.ª posição) e “desenho do programa” (subindo do 39.º para o 37.º lugar).

No ranking de programas customizados de formação de executivos do Financial Times, a Nova SBE integra hoje, no que diz respeito ao critério de “crescimento”, o top 10 mundial (subindo da 61ª para a 8ª posição).

Ler artigo completo aqui.

Católica-Lisbon Forecasting Lab- NECEP distinguido com o prémio mundial Best Analyst Forecast Award 2020

O Católica Lisbon Forecasting Lab- NECEP, unidade de previsão económica da Católica Lisbon School of Business and Economics, foi distinguido com o prémio mundial Best Analyst Forecast Award 2020, na categoria Produto Interno Bruto (PIB)de Portugal, da Focus Economics, uma das maiores e prestigiadas entidades de análises e previsões económicas para 130 países da África, Ásia, Europa e Américas.

Este prémio significa que o Católica Lisbon Forecasting Lab-NECEP foi a entidade a nível internacional que apresentou a previsão mais precisa para o crescimento do PIB português, para 2019, ano em que o PIB cresceu 2,2%. Para Filipe Santos, Dean da CATÓLICA-LISBON “é uma honra a CATÓLICA-LISBON obter mais este reconhecimento da qualidade dos seus economistas e do seu núcleo de previsão económica, liderado pelo Professor João Borges de Assunção, a quem eu felicito e a toda a sua equipa por este desempenho notável e pelo excelente contributo que dão para um maior conhecimento da Economia Portuguesa”.

Para o Prof. João Borges de Assunção, coordenador do NECEP “este reconhecimento é um estímulo para os nossos Assinantes, Comissão Científica e Colaboradores presentes e passados do Núcleo, e aumenta a nossa responsabilidade para comunicar de forma eficaz a nossa visão para a economia portuguesa em 2020 e 2021”.

Este é o segundo ano em que o Católica Lisbon Forecasting Lab – NECEP é reconhecido mundialmente pela qualidade das suas previsões.

O Católica Lisbon Forecasting Lab | NECEP, integrado no Centro de Estudos Aplicados da Católica Lisbon School of Business & Economics (CATÓLICA-LISBON), foi fundado em maio de 2005. É uma entidade independente que acompanha a atividade económica corrente e no horizonte de médio prazo de Portugal, da zona euro e da economia global, e elabora trimestralmente, uma folha de análise que inclui previsões sobre as economias portuguesa e europeia num horizonte de médio prazo.

CATÓLICA-LISBON oferece formação em empregabilidade a desempregados

Numa altura em que a inesperada situação de pandemia está a fazer com que muitas pessoas estejam a ser obrigadas a procurar  um novo emprego, a Católica Lisbon School of Business & Economics vem colocar os seus conhecimentos e experiência ao serviço da sociedade civil com a iniciativa "Objetivo:Emprego". Esta iniciativa nasce para fazer face ao crescente desemprego na sociedade portuguesa originado pela pandemia COVID-19.

Deste modo a equipa de Careers & Talent da CATÓLICA-LISBON vai partilhar ferramentas essenciais para ajudar todos os que necessitem de enfrentar o desafio da empregabilidade com mais sucesso, lançando uma série de 6 webinars, com dicas simples e práticas, que cobrirão os seguintes dias e temas:

Dia 20 de Maio – Técnicas para Procurar Emprego

Dia 27 de Maio – Construir um CV com Impacto

Dia 3 de Junho – Criar um Perfil no LinkedIn

Dia 8 de Junho  - Marketing Pessoal Eficaz

Dia 17 de Junho – Explorar Oportunidades no Mercado

Dia 24 de Junho - Preparar a Entrevista de Emprego

Os webinars serão gratuitos, sempre entre as 18:00 e as 19:00 bastando, para tal, inscrever-se através do link disponibilizado aqui, no site ou na página do Facebook da Católica Lisbon School of Business & Economics.

Saiba mais aqui.

Paulo Cardoso do Amaral: "Zuckerberg e o vil metal: o lado bom"

Depois do desastroso início de projecto Libra, no ano passado, o facebook veio tentar emendar a mão, corrigindo o seu white paper no passado dia 16, e chamando-lhe agora “payment system”.

Pois parece que andou a falar com os reguladores, apresentou até um relatório do G7 favorável a stable coins, e acabou a propor recentemente uma espécie de sistema de pagamentos suportado por uma espécie de blockChain e com um cabaz de stable coins, incluindo a sua própria criptomoeda, a Libra. Tudo porque há muitas pessoas no mundo sem capacidade para movimentar o seu dinheiro, numa altura onde a comunicação liberalizada de dados multimédia passou a ser a norma para tudo, exceto para os pagamentos. Tudo muito meritório. Ler o white paper da Libra é acreditar que é tudo sem fins lucrativos, tudo muito seguro, e para nos ajudar a todos.

A verdade é que não se percebe porque é que o facebook está há cinco anos a complicar o que é simples. Eu explico.

Há 4 anos, o facebook obteve uma licença para operar sistemas de pagamentos no espaço SEPA, a partir da Irlanda. Na mesma altura, tinha metido na cabeça que o seu Messenger seria a forma de passar do simples portal de consumo de conteúdos que todos conhecemos, para a comunicação móvel em tempo real, com a vantagem de poder ganhar uma comissão algures. Não funcionou. Felizmente, como teve o bom senso de comprar o whatsapp, em Dezembro de 2018 avançou, a partir da Índia, com o “roll out” de uma funcionalidade chamada “whatsapp pay”, que é uma espécie de uma wallet. Ficou pelo caminho. E em Abril de 2019 anunciou a Libra com pompa e circunstância, com o apoio da Visa e da Paypal entre quase três dezenas de outras empresas. Mas nem todos foram na cantiga na altura. Depois, lá para Setembro do mesmo ano, a Visa e a Paypal abandonaram o projecto…

Quatro anos a complicar o que é simples é uma eternidade, até porque empresas como a Revolut ou o N26 aproveitaram para oferecer wallets em várias moedas e proporcionam pagamentos internacionais instantâneos grátis, e da forma mais simples do mundo. A China, em particular, já faz isso à escala nacional e também em alguns países asiáticos num ecossistema que cruza o sistema bancário, por oposição às soluções ocidentais onde as Revoluts da vida têm de lutar para montar as suas próprias redes. O mesmo se pode dizer os m-pesa em África. Portanto, a pergunta a fazer ao facebook é, porque não faz o mesmo, ou, pelo menos, porque não começa simples?

Mas há um lado bom. A tecnologia por detrás da Libra é interessante. A utilização da criptografia e uma estrutura tipo blockChain (na verdade é uma blockTree) permite criar uma plataforma de funcionamento independente e confiável.

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Há três escolas de negócios portuguesas no ranking do FT. Uma é uma estreia

O ISEG Lisbon School of Economics and Management entrou pela primeira vez para os rankings do Financial Times (FT). Em comunicado, a universidade sublinha que a tabela do jornal económico britânico “destaca o ISEG por proporcionar uma duplicação do salário (+94%) em três anos”, bem como “colocam o ISEG como a melhor Business School em Portugal na relação custo-benefício (value for money), ao permitir aos estudantes uma recuperação muito rápida do investimento académico, e também na evolução da carreira, ao proporcionar o acesso a empresas de grande dimensão e uma promoção hierárquica mais acelerada”.

Clara Raposo, presidente do ISEG Lisbon School of Economics and Management, defende, em comunicado, que a integração da escola neste ranking “é um reconhecimento internacional há muito esperado, dada a qualidade ímpar da nossa formação, e que só agora é possível devido à recente obtenção de uma acreditação internacional de referência”. “O nosso Conselho Consultivo, que conta com elementos globalmente muito conceituados pela sua visão do mundo e é liderado pelo empresário Gilberto Jordan, é mais um fator diferenciador”.

Por outro lado, Mestrado de Finanças da Católica Lisbon School of Business & Economics a 26º melhor posição mundial. O Mestrado em Finanças da Católica ocupa 16.ª melhor escola do mundo na progressão de carreira dos seus graduados. Filipe Santos, Dean da Católica-Lisbon, defende em comunicado que “é uma honra ter o nosso Mestrado em Finanças entre os 26 melhores do mundo, sendo uma das 16 melhores escolas do mundo na progressão de carreira dos graduados em Finanças”. “Somos ainda a escola portuguesa que melhor corresponde às expetativas dos nossos alunos, com os professores mais internacionais e uma investigação de excelência. Continuaremos a nossa missão de receber os melhores alunos de toda a Europa para lhes proporcionar uma carreira em Finanças verdadeiramente internacional, com uma sólida formação ética, analítica, e de impacto positivo na sociedade”.

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Francisco Velez Roxo: "Utopia Covid"

Um daqueles livros que se devem ler e reler ao longo da vida, é a Utopia de Thomas More, advogado, chanceler de Henrique VIII e membro da Câmara dos Comuns. Escrito em 1516, há mais de 500 anos, continua a marcar o refletir dos que gostam de repensar e lutar por uma sociedade mais “salutarmente justa”. Diferente para melhor. Diferente da que nos atemoriza e atualmente estamos a viver e antever. Não apenas pelo que se passa na saúde pública, no SNS, na economia em geral, mas também pelo que tínhamos imaginado no domínio social e político. Mas agora, dificilmente vai acontecer para as gerações atuais e futuras, sobretudo na perspetiva da sociedade do bem-estar. Do melhor viver.

O livro é simples de ler nas suas duas partes. Inspirado em A República, de Platão, e escrito em contexto medieval, deve levar-nos sempre a pensar sobre as hipóteses de construção de uma “nova” Europa, de um “novo” mundo. A partir do que se vivia à época e de uma evolução que More preconizava, muito espaço há para pensar e idealizar o futuro. Mas, sobretudo, construir e fazer viver horizontes hoje.

O texto que se mantém atual nos ideais genéricos de uma nova sociedade, apesar das várias vagas de mudança da sociedade por que temos passado, fica reforçado e permite até, com alguma criatividade, uma leitura Covid-19. Porque, a exemplo da Idade Média, nos tempos pós-peste negra, nos anos 1500, alguns simples aspetos práticos que hoje vivemos, foram observados. Por exemplo, verificou-se que “em termos de saúde, a proximidade tornava a contaminação viável”. E foi, em anos posteriores, o médico francês Charles Delorme (1584-1678), médico de Luis XIII, que defendeu o uso de vestimentas especiais durante uma epidemia de peste em Marselha. E se More preconizava para a sua Sociedade Utopiana “que o bem-comum seria mais precioso do que o bem individual num Estado de bem-estar social com hospitais gratuitos”, parece que o que temos hoje nos SNS nacionais, não andando longe no objetivo, precisa de ser repensado nas concretizações. Reorganizado. Otimizado segundo a dimensão tecnológica e o humanismo da nova Medicina. E das ameaças epidémicas e pandémicas que se vivem, ou podem vir a surgir no futuro.

Sendo o livro um clássico, tem curiosidades interpretativas, mesmo que um pouco forçadas, para o mundo atual: a sua escrita foi iniciada quando o autor, que vivia em Inglaterra, se encontrava a trabalhar na região dos Países Baixos. Curiosamente, uma parte dessa região (Holanda), no atual contexto pandémico e de crise económica, é muito avessa a uma maior solidariedade social e económica visando construir uma Europa mais Europa. E o livro foi terminado no regresso de More a Inglaterra que, recorde-se, tristemente e há poucos meses, decidiu “brexitar” da União Europeia, antes da Covid-19 ter chegado com a sua onda de doença, morte e destruição económica.

Hoje, ao contrário do que está no primeiro livro da Utopia, que era de conteúdo crítico à sociedade de então, é um facto que não há camponeses a ser expulsos do campo para as cidades. Nem bandos de ladrões à solta numa sociedade com justiça cega e cruel e uma estrutura social baseada numa organização em que a realeza vivia para ter mais riquezas e fazer a guerra. Em que as perseguições religiosas eram uma realidade terrível e o povo era oprimido e forçado fisicamente a trabalho incessante para manter o exército, a corte e uma multidão de ociosos. Hoje, felizmente, temos um mundo e, particularmente, uma Europa mais justa, mesmo que ainda cheia de muitas desigualdades sociais e económicas. Mas com crescentes laivos de “voltar atrás” nas conquistas democráticas pelas razões que se vão observando no dia-a-dia atual, mesmo quando o mundo se tornou global e transparente, fruto da última vaga de mudança provocada pela revolução tecnológica e informacional.

Também hoje, e ao contrário  do que era preconizado para a “República da Utopia” por More, no segundo livro, não se vê ainda totalmente implementado o princípio sagrado de que não se deve prejudicar ninguém em nome da religião, ou enfatizar-se a intolerância e o fanatismo. Ainda que o povo possa escolher os seus ideais e crenças, e os vários cultos possam coexistir em harmonia ecuménica num quadro político de democracia formal, os benefícios da paz têm sido bons, mas escassos no tempo.

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João Correia Botelho: "Estado de guerra"

A pandemia não nos sai da cabeça. É um facto! O quotidiano, pura e simplesmente, não deixa: são as notícias que nos chegam em cascata, as máscaras que somos obrigados a usar, as opiniões dos especialistas, as conversas com amigos enquanto desinfectamos as mãos.

O estado das coisas relembra-nos a teoria do “Cisne Negro”, que já foi, também nesta fase, referido várias vezes e por diversos autores.

A história remonta ao século XVI, quando era ensinado às crianças inglesas que todos os cisnes eram brancos porque os registos históricos demonstravam que as penas dos cisnes tinham que ser brancas. Até que, no final do século XVII, exploradores holandeses avistaram, pela primeira vez, cisnes negros na Austrália. O impossível tornava-se possível!

Relembro que o Professor de Finanças Nassim Nicholas Taleb no seu livro publicado em 2007 “The Black Swan: The Impact of the Highly Improbable”, usa esta teoria para explicar alguns dos eventos improváveis que têm acontecido no mundo. Para o efeito, defende o professor Tableb, os eventos “cisne negro” têm que ter três atributos: raridade, elevado impacto e previsibilidade retrospectiva, ou seja, apesar de quase únicos, a humanidade encontra sempre forma de os explicar após o seu acontecimento.

A situação que vivemos é mesmo única e já existem diversas teorias (algumas da conspiração) para explicar esta pandemia.

Importa, na minha opinião discutir o impacto. Mais concretamente, o impacto nas empresas, sejam micro ou gigantes mundiais. Sabemos, já, que em alguns nichos de mercado esta pandemia tem tido um impacto positivo, por exemplo, nas empresas de tecnologia (plataformas de streaming, e ferramentas de trabalho remoto), farmacêuticas, fabricantes de equipamento de protecção individual, entre outras.

E para as empresas portuguesas, qual é o impacto?

Linhas de crédito, moratórias, layoff e outros palavrões já fazem, infelizmente, parte do léxico da grande maioria dos portugueses e todas as medidas têm-nos dado uma falsa sensação de que tudo está mais ou menos bem neste novo normal. No entanto, o maior choque é, e será, a falta de liquidez.

É, portanto, essencial preparar melhor os tempos que se avizinham com algumas medidas concretas: por exemplo, a elaboração e o acompanhamento próximo de um orçamento de tesouraria de forma a saber sempre a posição de liquidez e poder mitigar eventuais riscos de ruptura; sempre que possível, solicitar aos clientes prazos de pagamentos mais curtos; utilizar as medidas de apoio às empresas que o Estado disponibiliza (linhas de crédito bonificadas, diferimento de pagamentos à Autoridade Tributária e à Segurança Social); e negociar com os fornecedores prazos de pagamento mais alargados, mesmo implicando alguma redução da margem – e recordo que as empresas não vivem de margem, mas sim, de dinheiro.

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Isabel Azevedo: "A criatividade e o SNS não tiram férias"

Estamos no período de férias, habitualmente usado para acalmar frenesins e recuperar energias. Viajamos, expomo-nos a experiências diferentes e reabastecemos o repositório criativo. Na rentrée emergem ideias, surgem insights para novos projetos que entram no ciclo de planeamento. Mas este ano a Covid-19 trocou as voltas ao mundo e as férias serão diferentes no formato, mas sobretudo na essência – o descanso. Será um descanso em alerta, porque o vírus não tira férias e porque sabemos que a rentrée será marcada pela incerteza e pela complexidade dos desafios. Iremos precisar de toda a nossa capacidade criativa para imaginar novas soluções em todos os setores e também na saúde.

No SNS muitos profissionais não vão conseguir tirar as merecidas férias. Há que continuar a dar resposta a surtos localizados do vírus, mas também a recuperar os casos de outras patologias que ficaram “suspensos”. Ao mesmo tempo, é preciso preparar a resposta a novos surtos Covid e não só. Desde março que estamos em resposta reativa, maioritariamente com a tomada de medidas de reação imediata, aparentemente avulsas, que vão acompanhando o conhecimento sobre o comportamento do vírus. Agora é preciso ter uma resposta proativa, planeada e integrada, com base no que se aprendeu e nas experiências que resultaram, mas também arriscando em novos modelos de resposta que vão ao encontro das necessidades das populações.

A crise permitiu experimentar alguns modelos que estavam embrionários. Por exemplo, o modelo de hospitalização domiciliária ganhou expressão. Ainda, seguramente, com muito para melhorar, mas a realidade é que se conseguiu assegurar, até junho deste ano, que cerca de 92% dos doentes Covid estivessem a ser tratados em casa. Só foi possível porque havia uma motivação forte – manter as pessoas em segurança, tratá-las e não deixar colapsar o SNS.  Conseguiu-se com alinhamentos institucionais, com o envolvimento de todas as profissões de saúde, famílias e cuidadores e, sobretudo, com a resposta dos doentes, que, no geral, estiveram no comando da sua doença com uma atitude responsável.

If the patient could decide, foi o nome dado a um projeto realizado num outro tempo e numa outra geografia. Em 2013, o Hospital Universitário de Oslo precisava de reduzir significativamente o tempo de espera no diagnóstico do cancro da mama. Usando a metodologia de Design Thinking, conseguiu-se desenhar uma solução, trazendo a perspetiva dos doentes e de todos os profissionais envolvidos no processo. Implicou repensar a forma como as entidades se articulavam e exigiu um trabalho interdisciplinar colaborativo.

Qual o denominador comum nestas duas experiências? Um objetivo claro, uma motivação forte de todos os envolvidos para resolverem o problema da doença com a participação do doente. A grandeza da missão facilita a conjugação de vontades, mas uma vez alcançada uma meta, há uma tendência para voltar ao modelo passado. O desafio agora é manter os modelos novos ativos e ir aperfeiçoando e disseminando as inovações. Quantas boas soluções foram implementadas durante o período da Covid e ficaram circunscritas a um serviço de um Hospital ou de um Centro de Saúde? Quantas destas soluções estão a ser agora abandonadas, apenas porque se assume que não faz sentido trazê-las para o retorno à “normalidade”?

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Filipe Santos: Há um conjunto de empreendedores que vai continuar

O dean da Católica Lisbon School of Business and Economics traça uma evolução difícil para os próximos meses e lamenta que os números “não digam muito sobre o sofrimento das pessoas, o aumento do desemprego e a perda de pequenos negócios”. Pede mais capital para o empreendedorismo e acredita que há fazedores que vão desaparecer, mas outros que vão resistir e reforçar-se.

Referiu a possibilidade de alunos estrangeiros ficarem por cá e criarem as suas startups. Os empreendedores estão muito preocupados não só porque há uma crise mas também porque há muitas dificuldades de financiamento. Como é que vê a realidade do empreendedorismo em Portugal? Vamos dar passos para trás porque tudo vai ficar mais atrasado? Durante anos sonhámos todos com a startup nation e estamos cada vez mais longe de alcançar esse objetivo?
Acho que não, mas há desafios. Eu diria que um domínio é o ecossistema do empreendedorismo e da inovação, tanto comercial como social, mais inovador, com produtos com base em tecnologia, que tem todo um ecossistema de apoio à volta das venture capital, à volta de alguns fundos públicos, como o 200M ou o fundo para a inovação social, que fazem um matching desses investimentos e cujo financiamento vem muito do venture capital.

Esses não vão parar, é isso?
Acho que esses não vão parar. Podem abrandar, reagendar investimentos de forma mais cautelosa. As capitais de risco têm dinheiro para alocar e sabem que a crise é severa mas temporária. Adiar investimentos pode não fazer sentido porque no fundo são projetos que vão desenvolver serviços para o mercado e se calhar daqui a um ano é a retoma. O fundo de inovação social foi lançado no ano passado e está agora ativamente a alocar investimentos. Eu sou membro do comité de investimentos e sei que já vários investimentos foram feitos. Foi lançado agora na inovação social o chamado fee de crédito, que é a parte de empréstimos bonificados para entidades da economia social. Há um conjunto de investimentos públicos que apoiam este ecossistema de inovação e empreendedorismo que vão continuar, que fazem o matching de investimento privado, que incentivam a não adiar investimentos e acho que esse setor vai sofrer aqui um pequeno embate mas vai sobreviver.

Mas outros empreendedores não.
Estou muito preocupado com o setor das pequenas empresas de serviços. Turismo, restauração, serviços às pessoas… Há todo um universo que emprega centenas de milhares de pessoas em pequenas empresas de serviços, e essas sim, estão a ser muito afetadas pela crise – porque as empresas não cortam na conta da luz, cortam nos pequenos serviços que dantes faziam e que deixam de fazer. O confinamento impediu um conjunto de atividades de se desenvolverem, campos de férias, eventos, restaurantes… Há aí um setor importante de pequenas empresas que não são particularmente inovadoras em termos de tecnologia e portanto não têm este tipo de apoios mas que no fundo eram inovadoras e fizeram bem o seu papel mas não têm capacidade de aguentar um ano sem receitas. Essas têm sido apoiadas por alguns dos fundos de lay-off do governo mas estão em grande dificuldade. Conheço casos de pessoas que voltaram atrás 15 anos porque foram expandindo, tinham um restaurante, abriram outro, criaram uma empresa de eventos, e de repente viram o seu mundo transformado. O português tem muito esta ideia do desenrasca e isto eram negócios que faziam sentido num contexto que de repente foi abruptamente alterado. Esse é o setor que mais irá sofrer, a par com algumas médias empresas que poderão não se aguentar pela fraqueza económica. Aí acho que é importante encontrar soluções e há um equilíbrio difícil: por um lado, não podemos manter vivos negócios que já não têm viabilidade nos próximos dois, três, quatro anos; por outro lado também não podemos deixar que essas pessoas de repente entrem na falência sem qualquer apoio. Vai ter de haver aqui um equilíbrio de ver quem é que ainda tem viabilidade e que pode sobreviver, quem é que não tem viabilidade e deve fechar e ser ajudado a ser reconvertido. Vai ter de haver aqui algum esforço de desenho de políticas mais cirúrgicas. Não tenho números exatos mas acho que há mais de meio milhão de pessoas nessa situação.

Para essas pessoas o lay-off simplificado deveria continuar ou é insustentável para o Estado?
Esse é o desafio, porque em alguns setores nós podemos dizer que de facto as restrições vão continuar mais dois/três meses, mas a partir de janeiro é business as usual, e portanto esses negócios depois de hibernarem durante nove meses conseguem voltar à vida e faz sentido manterem o lay-off. Noutros casos, de facto, o mundo mudou, porque algumas coisas que se faziam dantes agora são digitalizadas e não vão voltar. Outras coisas vão estar estruturalmente mais fracas durante dois, três anos. Em algumas áreas de serviços e turismo, se calhar o embate é mais estrutural, e nesses casos manter o lay-off temporário é adiar o inevitável com aumento de ineficiência para a economia. Talvez fosse melhor ter uma solução diferente.

Por outro lado assustam-me soluções de crédito porque os adiamentos e as moratórias e soluções de crédito endividam o setor empresarial já muito débil em termos de capital. Eu preferia soluções. Se for para viabilizar negócios, soluções de capital e não crédito. Porque o crédito exige garantias. E a garantia ou é pública e cria incentivos adversos, ou é privada, do próprio dono do negócio, e põe um ónus muito grande sobre ele, porque se o negócio depois falha é a vida da pessoa que fica em causa. Numa situação como esta, mais crédito não é a solução. Ou é o sistema de lay-off temporário que se prolonga no tempo para certos setores, e isso poderá fazer sentido, ou se encontra mecanismos de capitalização que são buffers de capital para as empresas, que podem ser recomprados mais tarde pelo próprio dono quando as coisas se reequilibrarem. Vai ter de haver aqui um desenho inteligente de políticas para ajudar este segmento que é importante e que é quem mais sofre com esta crise.

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Esta entrevista foi dividida em artigos adicionais, pelo que poderá consultar os seguintes aqui:

Católica-Lisbon School of Bussiness & Economics bate recorde de admissões em Licenciaturas

Encerrou a primeira fase de admissões na CATÓLICA-LISBON School of Busines & Economics para os programas de licenciatura em Gestão e em Economia. Este ano foi um ano recorde com um número de candidaturas elevadas e um elevado número de alunos de qualidade excecional.

O número de candidaturas aumentou mais de 60%, admitindo uma Classe de excecional qualidade com mais de 100 alunos com médias de candidatura superiores a 18,0 valores e mais de 25 alunos com médias superiores a 19,0 valores.

“Neste ano de tanta incerteza é uma honra poder contar com a confiança dos futuros líderes Portugueses que acreditam no potencial de impacto de uma carreira em Economia e Gestão. Esta geração de jovens reconhece o rigor científico, a qualidade do ensino e a elevada empregabilidade que tem sido a marca de toque da CATÓLICA-LISBON desde que foi pioneira ao iniciar o ensino de grau em Gestão em Portugal” afirma Filipe Santos, Dean da CATÓLICA-LISBON .

A CATÓLICA-LISBON foia única Business School Portuguesa a assegurar uma dupla certificação sanitária – COVID SAFE da APCER e COVID OUT do ISQ, de forma a que a comunidade académica possa com toda a segurança cumprir a sua missão de partilhar conhecimento rigoroso, com uma aprendizagem inspiradora e impacto na sociedade.

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É esta a primeira business school portuguesa com dupla certificação Covid Safe e Covid Out

A Católica Lisbon School Business & Economics recebeu a certificação COVID SAFE pela APCER, e a certificação COVID OUT pelo ISQ. Estas duas certificações validam as medidas de segurança e higiene adoptadas pela Universidade Católica Portuguesa e pela Católica-Lisbon para prevenir os riscos de contágio da COVID-19.

Ambas as certificações foram atribuídas após uma verificação independente em que, no caso da certificação COVID OUT que tem níveis de classificação, a Católica-Lisbon recebeu a notação máxima de “Elevado”.

Estas certificações sanitárias fazem parte do plano de contingência que a Católica-Lisbon preparou para o próximo ano lectivo, em resposta à pandemia. Além das certificações sanitárias, a Católica Lisbon School Business & Economics tem planeadas outras medidas, como a adopção do ensino híbrido – presencial e remoto, onde a presença dos alunos de licenciatura no campus vai ser feita de forma alternada.

Já os cursos de mestrado vão funcionar num horário reestruturado com uma aula semana online para todos os estudantes do curso e outra aula semanal presencial no campus, com turmas mais pequenas. Para garantir as condições necessárias para o sistema de ensino híbrido, a Católica-Lisbon avaliou ainda os requisitos tecnológicos e pedagógicos das suas salas de aula e equipou todas com câmaras e microfones de alta qualidade.

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Joana Santos Silva: "Este país não é para velhos (e para os novos também não)"

No início desta pandemia falou-se muitas vezes na vida ou no bolso. Na saúde ou na economia. Na realidade elas são indissociáveis. Não se pode comprar saúde, mas pode-se investir nela e provavelmente o melhor sítio para começar é através da educação. Na esperança de que o país seja para velhos, novos e todos os outros.

Tenho para mim que a base de qualquer sociedade assenta em dois pilares fundamentais para o desenvolvimento: a educação e a saúde.

Por um lado, existe uma quantidade significativa de estudos que demonstram a relação entre o nível de educação e formação e a produtividade económica e capacidade competitiva das nações.

Por outro, a educação e a saúde estão intimamente ligadas. Tem-se mostrado que indivíduos com mais formação beneficiam de melhor saúde e de hábitos e comportamentos mais saudáveis. A educação é um mecanismo essencial para melhorar a saúde populacional, pois diminui a necessidade de acesso a cuidados e respetivos custos e melhora a qualidade de vida quer a nível individual, quer a nível populacional.

E porque é que isto é fundamental? Porque vivemos num país com recursos dedicados à saúde e à educação limitados. Vivemos num país que sofre um desinvestimento crónico nestas duas áreas. Temos orgulho na esperança média de vida da nossa população, mas raramente discutimos a iniquidade dos dados de forma mais granular.

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Rosário Pinto Correia: "Keep it simple!"

Todos somos, mesmo que não o reconheçamos, puxados em varias direções por várias marcas que falam connosco ininterruptamente e com as mais variadas e atraentes promessas. Levar as pessoas a fazer aquilo que as marcas querem que elas façam. É esta a essência do trabalho dos marketeers. E, dito assim, parece mesmo simples!

Mas se pensarmos em tudo o que tem de ser decidido para que este processo de manipulação funcione... a história complica-se! Conhecer as pessoas com quem falamos e o que de facto querem. Encontrar o que lhes podemos dizer para que escolham a nossa marca versus todas as outras em que podem aplicar os seus recursos ... ou como os podemos levar a querer o que nem sonhavam que queriam; Saber até onde podemos levar a marca, para que a promessa formulada seja entregue.

Garantir que o que prometemos não esteja para lá daquilo que define (e limita) a marca aos olhos das pessoas a quem nos dirigimos. Ter noção de até onde a podemos alterar para chegar mais perto do que as pessoas possam querer ... sem deixar de ser quem é; Perceber como podemos gerir todas as interações das pessoas com a marca, que a recordação que dela fica e a satisfação que do seu uso decorra seja otimizada. Sabendo que estas interações podem ser objetivas ou subjetivas, de performance, de serviço ou apenas de afeto, diretas ou indiretas, totalmente controláveis ou menos controláveis ...

Cruzar os recursos de que dispomos com as variadíssimas necessidades de utilização que encontramos quando procuramos caminhos. Ter a capacidade de selecionar os caminhos que maior efeito produzem sobre a rentabilidade da marca e a eles afetar os recursos. Já não é pouco. Agora, somemos a tudo isto a necessidade de fazer chegar a mensagem que escolhemos às pessoas que queremos puxar para nós. E é aqui que a simplicidade tem de ser rainha!

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Prestigiada acreditação AMBA reafirma a reputação internacional de excelência do The Lisbon MBA

O Lisbon MBA Católica|Nova recebeu oficialmente re-acreditação da Association of MBAs (AMBA), uma das principais autoridades mundiais em educação empresarial de pós-graduação, demonstrando o seu contínuo compromisso com a excelência na educação em gestão.

Ao receber a acreditação AMBA, todos os actuais alunos e ex-alunos do Lisbon MBA são convidados a juntarem-se à comunidade global de mais de 50.000 estudantes e alumni da AMBA em mais de 150 países, para estabelecer contactos, liderança de opinião, desenvolvimento de carreira, e uma variedade de benefícios.

Fundado em 2007, o Lisbon MBA Católica|Nova  é uma joint-venture internacionalmente reconhecida entre duas escolas de gestão europeias de topo em Portugal, CATÓLICA-LISBON e NOVA SBE, em parceria com a MIT Sloan School of Management. O Lisbon MBA oferece dois programas, The Lisbon MBA International Programme e The Lisbon MBA Executive Programme. É apoiado por uma rigorosa componente académica de três escolas de gestão de topo, é uma experiência global e tem uma abordagem holística ao ensino, com uma metodologia baseada na acção-aprendizagem, para desbloquear o potencial de liderança e visão global dos estudantes, essencial para o sucesso no mundo VUCA em que vivemos.

A acreditação da Association of MBAs (AMBA) representa o mais alto nível de sucesso na educação empresarial de pós-graduação. Os seus rigorosos critérios de avaliação garantem que apenas os programas de maior qualidade, que demonstram os melhores padrões de ensino, currículo e interacção estudantil, conseguem a acreditação da Associação de MBAs.

Os membros do painel de acreditação da AMBA, representando a administração sénior das Escolas de Gestão acreditadas pela AMBA a nível mundial, elogiaram a marca The Lisbon MBA, que se estabeleceu como líder no mercado português, com fortes relações com os empregadores locais e a indústria.

O painel elogiou o conteúdo dos cursos e a diversidade nos programas. O envolvimento activo dos alumni na experiência de aprendizagem dos alunos, com os alumni a orientar os alunos actuais, foi também mencionado.

Filipe Santos, Diretor da CATÓLICA-LISBON e Daniel Traça, Diretor da NOVA SBE, afirmaram que, "Estamos muito orgulhosos de nos terem atribuído, mais uma vez, a acreditação AMBA. Esta acreditação reconhece e consolida a posição do The Lisbon MBA Católica|Nova no topo dos MBAs do mundo".

"O relatório AMBA demonstra a força dos nossos programas ao proporcionar aos estudantes uma experiência de aprendizagem única, alicerçada no corpo docente de renome das nossas principais escolas de gestão, em colaboração com o nosso parceiro de longa data MIT Sloan".

"A abordagem global e holística ao ensino que partilhamos e promovemos reforça, não só a aquisição de fundamentos de gestão empresarial, mas também a liderança e as capacidades empreendedoras que os gestores requerem para o desenvolvimento de carreiras significativas e para impulsionar a mudança positiva que as suas organizações e a sociedade necessitam num mundo cada vez mais complexo".

"O reconhecimento da AMBA reforça assim o nosso compromisso de continuar a desenvolver os nossos programas de renome do Lisbon MBA - o MBA Internacional a tempo inteiro e o MBA Executivo, como uma forma de moldar os líderes globais que irão marcar o futuro".

A acreditação AMBA é de âmbito e alcance internacional, e a AMBA trabalha com base na convicção de que os programas acreditados devem ser do mais alto nível e reflectir tendências de mudança e inovação no ensino de gestão de pós-graduação. O seu processo de acreditação reflecte este compromisso de fomentar a inovação, e requer que as escolas de gestão tenham um desempenho contínuo ao mais alto nível.

Andrew Main Wilson, Director Executivo da Association of MBAs e Business Graduates Association (BGA), afirmou: "O Lisbon MBA é um projecto fantástico. Há um claro empenho em proporcionar a melhor experiência estudantil para aqueles que se inscrevem nos programas. Estou ansioso por continuar a trabalhar com iniciativa".

The Lisbon MBA e Galp juntam-se no International Consulting Lab

Os alunos do The Lisbon MBA desenvolveram um projeto de consultoria internacional, na sequência da iniciativa International Consulting Lab.

O The Lisbon MBA (uma joint-venture entre a Católica-Lisbon e a Nova SBE) estabeleceu uma parceria com a Galp para implementar o International Consulting Lab, uma iniciativa que permitiu que os alunos do The Lisbon MBA desenvolvessem um projeto de consultoria internacional.

O desafio partiu da Galp, que na sua estratégia de responder aos desafios climáticos e energéticos, rumo a uma economia de baixo carbono, desafiou o The Lisbon MBA para desenvolver um projeto de consultoria no mercado de combustíveis de baixo carbono no mercado brasileiro. Assim, os alunos do International MBA do The Lisbon MBA trabalharam em parceria com os alunos do MBA do INSPER, em São Paulo, Brasil. 

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Filipe Santos: "O que 2021 nos vai trazer (e o que o Governo deve fazer) "

A primeira quinzena de novembro trouxe-nos boas e más notícias, mas todas elas implicaram uma forte redução da incerteza global em que temos vivido e, finalmente, podemos antecipar como será o próximo ano e planear políticas sanitárias e económicas eficazes. Do lado negativo, em termos pandémicos, a incerteza sobre quando e com que severidade chegaria a 2ª vaga à Europa ficou resolvida no início de novembro - a 2ª vaga chegou mais rápido que o previsto e com uma severidade que ultrapassa as previsões mais pessimistas.

Se a situação na Europa é muito má, a situação nos Estados Unidos vai ser catastrófica nas próximas semanas com uma 3ª vaga avassaladora. Neste contexto pandémico agravado, a tão desejada recuperação económica em V que se começou a esboçar timidamente no 3º trimestre já não irá acontecer. Teremos, na melhor das hipóteses, quebras de 8% a 10% da atividade económica em 2020 e uma recuperação em W que se consolidará no final do 1º semestre de 2021.

Do lado positivo, novembro trouxe várias notícias importantes. A confirmação a 7 de novembro da vitória de Biden nas eleições presidenciais americanas reduziu a incerteza sobre a instabilidade geopolítica de um possível segundo mandato Trump ou de um resultado eleitoral ambíguo, prevendo-se agora um período de maior estabilidade e racionalidade na política interna e externa americana (apesar dos enormes desafios deste país no curto prazo).

As notícias de 9 e 16 de novembro sobre uma possível eficácia na ordem dos 90% da vacina Biontech/Pfizer e de 95% da vacina da Moderna fazem antever que vacinas eficazes estarão disponíveis já no início de 2021 para grupos selecionados da população, antevendo-se a distribuição maciça à população no 2º trimestre. Corno há muitas vacinas de tipos diferentes em desenvolvimento, e sete delas j á em estado avançado de validação clínica, mesmo que haja notícias negativas sobre algumas vacinas, haverá outras para as substituir.

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Católica-Lisbon tem novo clube para aproximar investidores da comunidade académica

A Católica-Lisbon tem um novo Investor In Residence, Pedro Cerdeira, e acaba de lançar um novo clube de alunos para aproximar os investidores da comunidade académica, o Venture Capital Club. Chama-se Pedro Cerdeira e é o novo Investor In Residence da Católica-Lisbon que tem como principal função apoiar as equipas e projetos empreendedores da instituição de ensino na sua jornada para angariar investimento, apoiando com mentoria e financiamento numa fase pre-seed.

Pedro Cerdeira, junta-se assim a Sílvia Almeida do BAUC (Business Angels Universidade Católica), a primeira Investor In Residence da Católica-Lisbon. Pedro Cerdeira tem mais de 25 anos de experiência no mercado de Tecnologia da Informação Empresarial, tendo ocupado diversos cargos no desenvolvimento de negócios internacionais, gestão de vendas e alianças e gestão de canais em empresas como Oracle, Brocade, EMC2, Compaq / HP, Alcatel e Accenture.

"É ativo e apaixonado pelo ecossistema de start-ups, como business angel, mentor (TechStars, Startup Lisboa, BGI, Demium), European Union Expert, Denmark Innovation Fund Advisor e membro do conselho de administração da APBA - Associação Portuguesa de Business Angels Fundador e diretor administrativo da Businessplug.com, apoiando startups, investidores e corporações para escalar e desenvolver negócios internacionalmente", explica a instituição de ensino em comunicado. O Venture Capital Club é outra das novidades da Católica-Lisbon.

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Os cursos que ensinam a gerir negócios do luxo

A relojoaria e a joalharia são muito mais do que adornos na formação executiva em Portugal. A última edição do Programa Executivo de Gestão do Luxo da Católica Lisbon School of Business & Economics, terminada há pouco, dedicou a sua última master class ao mundo das pedras preciosas. No ISEG, a outra escola de formação de executivos que aposta fortíssimo nesta área, o Luxury Brand Management Executive Course teve como parceira numa das primeiras edições a Boutique dos Relógios Plus. Helena Amaral Neto, coordenadora do programa do ISEG, e Mónica Seabra-Mendes, diretora do programa da Católica-Lisbon, são nomes incontornáveis da formação na área da gestão do luxo.

Os programas que lideram são diferentes um do outro e afirmam-se entre segmentos diferenciados, mas têm em comum o primado da qualidade. Relojoaria e joalharia são centrais no curso da Católica-Lisbon, que em 2021 celebra uma década. “Damos tanta atenção a estes sectores que lhe dedicamos um dia de imersão total no Programa, para conhecer mais a fundo este mundo tão fascinante”, revela Mónica Seabra-Mendes. No sector da Joalharia, esta business school já formou muitos profissionais, inclusive ao nível dos dirigentes associativos, com um espectro alargado que vai desde o designer, ao retalhista e ao proprietário do negócio.

“Fizemos, inclusive, uma formação específica para o sector da Joalharia e Ourivesaria em Portugal”, salienta. Os dois sectores são por excelência passíveis de ser posicionados no luxo, o que, exige “um conhecimento profundo do que é o luxo e de quais são as ferramentas particulares da gestão do luxo”. Portugal, explica a responsável da Católica-Lisbon, produz inúmeros produtos de alta qualidade, mas não pensa nem comunica luxo”. 

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Daniel Fernandes, docente da CATÓLICA-LISBON, no top 50 mundial dos melhores professores de licenciatura em escolas de negócios

Daniel Fernandes, Professor Associado de Marketing da Católica Lisbon School of Business & Economics, foi considerado um dos 50 melhores professores do mundo de licenciatura em escolas de negócios pela Poets&Quants. Em Portugal foi o único professor reconhecido no Top 50.

Este reconhecimento anual, que vai já na 3º edição, procura destacar os professores de licenciaturas que impactam de forma marcante o percurso académico dos seus alunos. Para este reconhecimento, os professores são nomeados pelos alunos e membros de staff, que os avaliam e explicam o motivo da nomeação. Posteriormente, são avaliados pela equipa editorial Poets&Quants em duas categorias: investigação e ensino, sendo feita uma média para dar aos professores uma pontuação final. Para o Top 50 de 2020 foram avaliados 107 professores entre mais de 800 nomeações.

À luz do reconhecimento feito pela comunidade académica, Daniel Fernandes afirma que “é imensamente gratificante saber que tive um efeito positivo na trajetória académica e intelectual dos meus alunos”.

Professor na Católica Lisbon School of Business & Economics desde 2013, e com um Ph.D. em Marketing pela Rotterdam School of Management, Erasmus University, Daniel Fernandes leciona unidades curriculares como Comportamento do Consumidor, Gestão de Marketing, Psicologia do Consumidor e dá seminários sobre o comportamento do consumidor na Formação de Executivos. Já ganhou vários prémios de investigação e alcançou quase 2000 citações no Google Scholar, incluindo cerca de 1500 desde 2015.

A Poets & Quants é uma comunidade dedicada a oferecer informação prática e aprofundada para estudantes universitários interessados na formação em áreas de Gestão e Negócios. Mais informações em Poets&Quants Top 50 Undergraduate Professors of 2020 .

Categorias: Católica-Lisbon School of Business & Economics

Quinta, 14/01/2021

João Borges de Assunção: "O Homo confinatus"

O Homo confinatus era muito sedentário e saía apenas para fazer compras de bens essenciais à sobrevivência diária. Homo confinatus é uma espécie animal do género Homo que apareceu no final da época do Holoceno na transição para o Socioloceno.

O Homo confinatus era muito sedentário e saía apenas para fazer compras de bens essenciais à sobrevivência diária. Os espécimes viviam em núcleos familiares muito reduzidos em função do seu processo de especiação.

Os que tinham família mantinham-se juntos até à morte ou até se zangarem. E os que não tinham companheiros viviam até à morte em isolamento e solidão. As oportunidades legais de formação de casais eram apenas duas, em que o isolamento total era parcialmente violado: no elevador e à porta da mercearia.

Há registo de casais que se formavam de forma ilegal e mesmo em festas, também banidas. A principal atividade do confinatus era o teletrabalho. Alguns recebiam dinheiro por essa atividade, mas outros não. O teletrabalho incluía atividades úteis e produtivas, mas também atividades inúteis e ainda a ausência de atividade ou a visualização de filmes e séries na Netflix.

Havia ainda a atividade do teledesemprego. Que consistia em estar desempregado, mas em casa e a olhar para o computador. Esta espécie era coeva com o Homo rebelus. O rebelus era minoritário na sociedade. Mas gostava de trabalhar, viajar e conviver. Algumas das inovações desse período eram feitas por rebelus após autorização prévia dos líderes dos confinatus. Havia ainda rebelus que faziam coisas úteis mesmo sem autorização.

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Miguel Ângelo: "O Espaço e o Tempo nas vendas"

O "depressa e bem" não surge por intuição, chega por muito treino consciente, até nos tornarmos "Competentes Inconscientes". Na minha juventude era um bom jogador de futebol. Pelo menos, é esta a recordação que prefiro guardar dos meus tempos de capitão da equipa de futebol de 5, do enorme Parede Futebol Clube.

Provavelmente não seria esse adjetivo que os meus colegas de equipa iriam escolher para me descrever, mas enfim, se nem o CR7 ou o Messi são unânimes... Nessa altura só precisava de duas coisas para brilhar: Espaço e Tempo.

Eu era um belíssimo jogador quando não me "incomodavam": rececionava em grande estilo, levantava a cabeça à procura do colega mais bem posicionado e a bola "lá aparecia bem redondinha"!

E o que é que esta história tem a ver com as Vendas? Tenho a felicidade de conduzir sessões de formação e treino em Vendas/Negociação desde 2000. Foram já milhares de pessoas, de muitas indústrias diferentes, com níveis de experiência diversos, e tenho bem claro um padrão: "Com Espaço e Tempo...parece fácil." Diria mesmo, que na teoria, até é bastante simples! Se ler alguns dos mais populares livros, entre os milhares que existem sobre estes temas, vai ver que cada passo, de forma isolada, até parece "bom senso", pois "faz sentido". E, então, qual é o potencial problema?

É que como parece simples, por vezes facilitamos na preparação e no treino. E de repente, quando chega o jogo, vemos que não temos nem "Espaço nem Tempo", mas já é tarde... alguém ficou com a bola e marcou golo. Tal como no futebol, em que só pode haver um campeão, também em muitos processos de venda, só há um vencedor.

O segundo pode ser excelente, vir a ganhar no futuro, mas agora perdeu a venda. Chegar no timing certo, demonstrar o nosso valor acrescentado, lidar com diferentes opiniões dos clientes, gerir a comparação com a concorrência e justificar o investimento requer treino. Num diálogo de vendas, as hesitações nos momentos chave, ou uma atitude errada sob pressão, podem custar muito dinheiro. O "depressa e bem" não surge por intuição, chega por muito treino consciente, até nos tornarmos "Competentes Inconscientes". Alguns estudos, feitos recentemente, foram à procura das diferenças entre as práticas dos melhores e dos segundos melhores, igualmente bons, mas que perdem a venda.

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Próximos eventos

Investigadores do CUBE co-organizam série de webinars sobre a Economia Digital

Com os seminários presenciais em pausa em instituições pelo mundo fora, um grupo de investigadores que se foca na Economia Digital, incluindo Miguel Godinho de Matos e Christian Peukert da CATÓLICA-LISBON, juntou-se para organizar uma série de webinars sobre o tema, abertos a todos. O Virtual Digital Economy Seminar, ou VIDE, começou a 9 de abril e já tem sessões marcadas até 9 de julho.

Os apresentadores destes seminários vem de instituições por todo o mundo, incluindo o MIT, Yale, New York University, Stanford ou a London Business School e as temáticas abordadas vão desde machine learning aos mercados digitais, desde o impacto das críticas online ao papel da internet na fase inicial da resposta ao Covid-19.

Os seminários em live-stream, que têm lugar à quinta-feira às 16h00 em Lisboa, duram uma hora, incluindo 15 minutos de discussão morada entre os participantes.

Para acompanhar, visite o website do VIDE aqui.

Católica-Lisbon sobe a 39.ª melhor do mundo na formação de executivos

A Católica-Lisbon é a 39.º melhor escola do mundo na formação costumizada para empresas, segundo o “Ranking Global do Financial Times Executive Education 2020”, divulgado ao primeiro minuto desta segunda-feira, 11 de maio.

A escola de negócios da Palma de Cima distingue-se quer nos nos programas customizados para empresas, quer nos programas de inscrição aberta, as duas áreas que contribuem para a construção do ‘ranking’ global, onde ocupa a 50.ª posição no mundo. Mas é nos programas para empresas que o salto atinge maior dimensão: 15 lugares em relação a 2019.

Céline Abecassis-Moedas, diretora para a Formação de Executivos da Católica-Lisbon destaca “a forte ligação” da escola às empresas, que lhe permite “antecipar” necessidades e expetativas para o futuro.

"As empresas apreciam muito a experiência customizada e personalizada que têm nos nossos programas de formação e valorizam particularmente as metodologias pedagógicas inovadoras, que têm impacto no futuro dos seus profissionais", salienta.

A Nova SBE é a escola portuguesa melhor colocada no “Ranking Global do Financial Times Executive Education 2020”: 44.ª. A escola liderada por Daniel Traça vê especialmente destacadas as pontuações referentes aos critérios de “qualidade do corpo docente” (subindo da 45ª para a 38ª posição mundial), “conteúdos e metodologia pedagógica” (ascendendo da 39.ª para a 37.ª posição) e “desenho do programa” (subindo do 39.º para o 37.º lugar).

No ranking de programas customizados de formação de executivos do Financial Times, a Nova SBE integra hoje, no que diz respeito ao critério de “crescimento”, o top 10 mundial (subindo da 61ª para a 8ª posição).

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Católica-Lisbon Forecasting Lab- NECEP distinguido com o prémio mundial Best Analyst Forecast Award 2020

O Católica Lisbon Forecasting Lab- NECEP, unidade de previsão económica da Católica Lisbon School of Business and Economics, foi distinguido com o prémio mundial Best Analyst Forecast Award 2020, na categoria Produto Interno Bruto (PIB)de Portugal, da Focus Economics, uma das maiores e prestigiadas entidades de análises e previsões económicas para 130 países da África, Ásia, Europa e Américas.

Este prémio significa que o Católica Lisbon Forecasting Lab-NECEP foi a entidade a nível internacional que apresentou a previsão mais precisa para o crescimento do PIB português, para 2019, ano em que o PIB cresceu 2,2%. Para Filipe Santos, Dean da CATÓLICA-LISBON “é uma honra a CATÓLICA-LISBON obter mais este reconhecimento da qualidade dos seus economistas e do seu núcleo de previsão económica, liderado pelo Professor João Borges de Assunção, a quem eu felicito e a toda a sua equipa por este desempenho notável e pelo excelente contributo que dão para um maior conhecimento da Economia Portuguesa”.

Para o Prof. João Borges de Assunção, coordenador do NECEP “este reconhecimento é um estímulo para os nossos Assinantes, Comissão Científica e Colaboradores presentes e passados do Núcleo, e aumenta a nossa responsabilidade para comunicar de forma eficaz a nossa visão para a economia portuguesa em 2020 e 2021”.

Este é o segundo ano em que o Católica Lisbon Forecasting Lab – NECEP é reconhecido mundialmente pela qualidade das suas previsões.

O Católica Lisbon Forecasting Lab | NECEP, integrado no Centro de Estudos Aplicados da Católica Lisbon School of Business & Economics (CATÓLICA-LISBON), foi fundado em maio de 2005. É uma entidade independente que acompanha a atividade económica corrente e no horizonte de médio prazo de Portugal, da zona euro e da economia global, e elabora trimestralmente, uma folha de análise que inclui previsões sobre as economias portuguesa e europeia num horizonte de médio prazo.

CATÓLICA-LISBON oferece formação em empregabilidade a desempregados

Numa altura em que a inesperada situação de pandemia está a fazer com que muitas pessoas estejam a ser obrigadas a procurar  um novo emprego, a Católica Lisbon School of Business & Economics vem colocar os seus conhecimentos e experiência ao serviço da sociedade civil com a iniciativa "Objetivo:Emprego". Esta iniciativa nasce para fazer face ao crescente desemprego na sociedade portuguesa originado pela pandemia COVID-19.

Deste modo a equipa de Careers & Talent da CATÓLICA-LISBON vai partilhar ferramentas essenciais para ajudar todos os que necessitem de enfrentar o desafio da empregabilidade com mais sucesso, lançando uma série de 6 webinars, com dicas simples e práticas, que cobrirão os seguintes dias e temas:

Dia 20 de Maio – Técnicas para Procurar Emprego

Dia 27 de Maio – Construir um CV com Impacto

Dia 3 de Junho – Criar um Perfil no LinkedIn

Dia 8 de Junho  - Marketing Pessoal Eficaz

Dia 17 de Junho – Explorar Oportunidades no Mercado

Dia 24 de Junho - Preparar a Entrevista de Emprego

Os webinars serão gratuitos, sempre entre as 18:00 e as 19:00 bastando, para tal, inscrever-se através do link disponibilizado aqui, no site ou na página do Facebook da Católica Lisbon School of Business & Economics.

Saiba mais aqui.

Paulo Cardoso do Amaral: "Zuckerberg e o vil metal: o lado bom"

Depois do desastroso início de projecto Libra, no ano passado, o facebook veio tentar emendar a mão, corrigindo o seu white paper no passado dia 16, e chamando-lhe agora “payment system”.

Pois parece que andou a falar com os reguladores, apresentou até um relatório do G7 favorável a stable coins, e acabou a propor recentemente uma espécie de sistema de pagamentos suportado por uma espécie de blockChain e com um cabaz de stable coins, incluindo a sua própria criptomoeda, a Libra. Tudo porque há muitas pessoas no mundo sem capacidade para movimentar o seu dinheiro, numa altura onde a comunicação liberalizada de dados multimédia passou a ser a norma para tudo, exceto para os pagamentos. Tudo muito meritório. Ler o white paper da Libra é acreditar que é tudo sem fins lucrativos, tudo muito seguro, e para nos ajudar a todos.

A verdade é que não se percebe porque é que o facebook está há cinco anos a complicar o que é simples. Eu explico.

Há 4 anos, o facebook obteve uma licença para operar sistemas de pagamentos no espaço SEPA, a partir da Irlanda. Na mesma altura, tinha metido na cabeça que o seu Messenger seria a forma de passar do simples portal de consumo de conteúdos que todos conhecemos, para a comunicação móvel em tempo real, com a vantagem de poder ganhar uma comissão algures. Não funcionou. Felizmente, como teve o bom senso de comprar o whatsapp, em Dezembro de 2018 avançou, a partir da Índia, com o “roll out” de uma funcionalidade chamada “whatsapp pay”, que é uma espécie de uma wallet. Ficou pelo caminho. E em Abril de 2019 anunciou a Libra com pompa e circunstância, com o apoio da Visa e da Paypal entre quase três dezenas de outras empresas. Mas nem todos foram na cantiga na altura. Depois, lá para Setembro do mesmo ano, a Visa e a Paypal abandonaram o projecto…

Quatro anos a complicar o que é simples é uma eternidade, até porque empresas como a Revolut ou o N26 aproveitaram para oferecer wallets em várias moedas e proporcionam pagamentos internacionais instantâneos grátis, e da forma mais simples do mundo. A China, em particular, já faz isso à escala nacional e também em alguns países asiáticos num ecossistema que cruza o sistema bancário, por oposição às soluções ocidentais onde as Revoluts da vida têm de lutar para montar as suas próprias redes. O mesmo se pode dizer os m-pesa em África. Portanto, a pergunta a fazer ao facebook é, porque não faz o mesmo, ou, pelo menos, porque não começa simples?

Mas há um lado bom. A tecnologia por detrás da Libra é interessante. A utilização da criptografia e uma estrutura tipo blockChain (na verdade é uma blockTree) permite criar uma plataforma de funcionamento independente e confiável.

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