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Investigadores da Católica criam biosílica extraída da cana-de-açúcar

Um dos maiores projetos de investigação na área da biotecnologia, liderado pelo laboratório associado CBQF da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade da Católica Portuguesa, em parceria com a empresa Amyris Bio Products Portugal, apresentou um importante resultado: a primeira biosílica extraída da cana-de-açúcar com aplicação na indústria cosmética. Um ingrediente inovador que já deu origem a um produto que está a ser comercializado a nível internacional.

Manuela Pintado, investigadora do CBQF e coordenadora do projeto Alchemy em Portugal, refere que “esta primeira descoberta que dá origem a um produto inovador resulta de um conhecimento mútuo entre as duas entidades envolvidas – CBQF/ESB/UCP e Amyris -, de um alinhamento estratégico, mas acima de tudo do empenho de mais de 100 investigadores do projeto”. Manuela Pintado refere que a multidisciplinaridade da equipa - bioengenharia, microbiologia, bioanalítica entre outras áreas – permitiu “em dois anos criar um novo ingrediente bem aceite pelo mercado e que respeita os princípios da economia circular e do desenvolvimento sustentável”.

A biosílica sustentável é obtida a partir de cinzas de cana-de-açúcar, provenientes da queima de subprodutos das indústrias produtoras de açúcar para geração de energia, incluindo as folhas resultantes do processo da colheita da planta e do bagaço, material fibroso obtido após extração do xarope de açúcar. O novo ingrediente, o primeiro do mundo a ser criado com base em recursos sustentáveis, poderá ser usado, agora, na indústria cosmética, assumindo-se como uma alternativa sustentável e com melhor desempenho à sílica tradicional, extraída da areia, um recurso com intensa exploração no planeta.

“Este ingrediente vem tornar a cosmética limpa – clean beauty – ainda mais limpa e é, digamos assim, a ‘primeira pedra’ da implantação de um hub internacional de inovação na área da Biotecnologia com uma forte cultura de ciência aplicada, espirito empreendedor e empresarial, fortemente orientada ao mercado,” refere Miguel Barbosa, da Amyris Bio Products Portugal. A Amyris Bio Products Portugal é uma subsidiária da norte-americana Amyris Inc., cotada no NASDAQ, sedeada em Emeryville, Califórnia, e cujo CEO é o luso-americano John Melo.

Ciência ao serviço da sustentabilidade dos recursos mundiais
Raquel Madureira, investigadora do projeto, explica “mais do que um ingrediente sustentável, a biosílica mostra como a ciência pode ajudar a valorizar o desperdício de qualquer indústria, a salvaguardar a sustentabilidade dos recursos mundiais e, paralelamente, a promover uma ‘beleza limpa’, ao permitir o desenvolvimento de cosméticos limpos e seguros.” A este nível, refira-se que a indústria da beleza/estética produz milhões de toneladas de resíduos, desde o fornecimento de ingredientes até à criação da embalagem do produto. Este novo produto será comercializado pela Aprinnova, empresa norte-americana líder no campo da biotecnologia aplicada à cosmética sustentável e parceira da Amyris.

O projeto Alchemy que deriva de uma parceria estratégica entre a Universidade Católica Portuguesa, a empresa Amyris Bio Products Portugal e o Governo de Portugal, através da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), é financiado pelo Portugal 2020 e pelo Programa Operacional FEDER. Teve início em 2018 com o objetivo principal de estudar e desenvolver novas aplicações para os subprodutos/resíduos dos processos de fermentação da Amyris e da produção de cana-de-açúcar, potenciando assim o desenvolvimento de novas moléculas de elevado interesse comercial, com destaque para a indústria da cosmética, mas também para nutrição animal e humana, novos materiais e farmacêutica.

Para o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, “este primeiro resultado que advém do projeto Alchemy é muito importante. A AICEP tem acompanhado o processo desde o início, através do contrato de I&D estabelecido com a Amyris e a Universidade Católica Portuguesa, em 2018, e acreditamos que dará um contributo relevante para o aumento das exportações com alta intensidade tecnológica. A parceria com a UCP é um reconhecimento da qualidade do sistema universitário e da capacidade de investigação de Portugal e mais uma vez o talento português está a ser fundamental para o sucesso do projeto. Parabéns à Amyris e à UCP!” 

O Alchemy visa, simultaneamente, a promoção da transferência de tecnologia que se traduzirá num crescimento de competitividade das empresas na área da bioeconomia. Acrescente-se, ainda, que este projeto de investigação se materializa num centro de competências de excelência em biotecnologia, promovendo Portugal na linha da frente nas áreas da bioeconomia e economia circular.

 

Outras informações úteis:

Observatory for the Protection of Social Rights in the European Context

Projecto - logotipo Observatório Competition Law Enforcement

Católica Research Centre for the Future of Law and the Portuguese section of ANESC launched the Observatory for the Protection of Social Rights in the European Context. This Observatory serves the purpose of thinking over the impact of those normative instruments on the national law system, assessing their compliance with supranational sources of law.

The activity pursued by this Observatory is threefold:

(i) Analysis of the rulings and reports of the European Committee of Social Rights, in what concerns the Revised European Social Charter, as well as the case law of the European Court of Human Rights, as far as the European Convention on Human Rights is concerned, with direct or indirect impact on the national system;

(ii) Analysis of the Portuguese legislation and case law, with a view to assessing its compliance with the international instruments mentioned above;

(iii) Analysis of the relationship between several international instruments arising from different sources (Council of Europe; European Union; ILO, UN, WTO) and the terms in which they are connected with national law, in order to solve potential conflicts and to assess their justiciability and effectiveness.

Observatório para a Tutela dos Direitos Sociais em Contexto Europeu

Centro Estudos Investigação em Direito UCP_ANESC

O Católica Research Centre for the Future of Law  e a secção portuguesa da ANESC lançaram o Observatório para a Tutela dos Direitos Sociais em Contexto Europeu. Este Observatório serve o propósito de reflectir sobre o impacto desses instrumentos normativos no sistema jurídico nacional, avaliando a sua conformidade com as fontes supranacionais de direito. A actividade desenvolvida por este Observatório tem três vertentes:

(i) Análise das decisões e relatórios do Comité Europeu dos Direitos Sociais, no que diz respeito à Carta Social Europeia Revista, bem como da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, no que diz respeito à Convenção Europeia dos Direitos do Homem, com impacto direto ou indireto sobre o sistema nacional;

(ii) Análise da legislação e jurisprudência portuguesa, com vista a avaliar a sua conformidade com os instrumentos internacionais acima mencionados;

(iii) Análise da relação entre vários instrumentos internacionais provenientes de diferentes fontes (Conselho da Europa; União Europeia; OIT, ONU, OMC) e os termos em que estão ligados ao direito nacional, a fim de resolver potenciais conflitos e de avaliar a sua justiciabilidade e eficácia.

Mais informação aqui.

Projeto Promise

Promise

Os desafios enfrentados pelos jovens em toda a Europa têm sido o foco de debates públicos, políticos e académicos a nível local, nacional e internacional. Os jovens europeus enfrentam escolhas difíceis em áreas-chave da vida social que podem afetar a sua participação na sociedade e, eventualmente, potenciar a sua marginalização: desde questões estruturais de desemprego, falta de acesso a habitação e problemas de dívida, a grandes questões como o meio ambiente, identidade, fé e radicalização, à negociação dos desafios morais decorrentes dos mercados ilegais e dos media sociais cada vez mais sexualizados. Embora existam amplas variações nas oportunidades e desafios entre e dentro dos países, os jovens europeus enfrentam hoje escolhas difíceis na negociação destes labirintos morais.

O projeto PROMISE - Promover o Envolvimento e o Compromisso Social dos Jovens: Oportunidades e desafios para os jovens ‘em conflito’ na Europa - investigará como as respostas dos jovens, muitas vezes negativas, a estes problemas podem criar conflitos, mas também como podem proporcionar oportunidades de compromisso social positivo. Ao abordar as experiências, os valores e as atitudes da juventude europeia vista como ‘em conflito’ com as gerações mais velhas, com as autoridades e com as normas sociais, o PROMISE chegará ao cerne das barreiras e oportunidades para o envolvimento social dos jovens.

O projeto está em execução entre maio de 2016 e abril de 2019 e envolve 12 entidades colaboradoras em 10 países europeus diferentes. É coordenado por uma equipa da Universidade de Manchester liderada pela Dr.ª Jo Deakin (Centro de Criminologia e Justiça Criminal | Faculdade de Direito | Universidade de Manchester | Manchester | M13 9PL; jo.deakin@manchester.ac.uk).

Em Portugal, o PROMISE é desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade Católica Portuguesa – Porto, liderada pela Dr.ª Raquel Matos (Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano I Rua de Diogo Botelho, 1327 I 4169-005 Porto; rmatos@porto.ucp.pt).

Este projeto é financiado no âmbito do Horizonte 2020 – Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação, Acordo de Subvenção n.º 693221.

Para mais informação sobre o PROMISE: www.promise.manchester.ac.uk

 

Projetos de estudantes da ESB na final dos Health INNOVAtion Awards

Dois projetos desenvolvidos por estudantes da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto foram selecionados para a final dos Health INNOVAtion Awards, um acelerador de ideias que promove a inovação no setor da Saúde, que se realiza a 22 de setembro de 2020.

As estudantes do 2º ano da Licenciatura em Bioengenharia - Ana Catarina Lopes Ramos, Ana Sofia Fontes da Silva, Áurea Filipa Oliveira Covas, Maria Inês Silva Lopes da Fonte e Simone Conceição da Costa Sá​ – desenvolveram a APP - SIGnal Monitoring Analysis APP for cardiac diseases, um sistema capaz de analisar um conjunto de parâmetros fundamentais na vida de qualquer pessoa que tenha problemas cardíacos. Através desta aplicação para smartphone é possível medir de uma forma segura e rápida o nível de oxigénio, a pressão arterial, temperatura ou frequência respiratória. Um projeto também orientado pelo docente Pedro Rodrigues.

Sob orientação do docente Pedro Rodrigues, os estudantes do Mestrado em Engenharia Biomédica - Gabriel Silva e Marco Alves -, desenvolveram o projeto NeuroSDR - Software para deteção rápida e precoce das doenças de Alzheimer e Parkinson através da análise de sinais EEG. As doenças neurodegenerativas, como por exemplo a doença de Alzheimer (DA) e a doença de Parkinson (DP), são as principais causas de demência nos idosos. Este tipo de doenças provoca morte celular, o que pode ter impacto na memória, no pensamento cognitivo e nas funções motoras. Especificamente, 75% dos casos de demência a nível mundial advêm destas duas doenças.

Saiba mais aqui.

 

Categorias: Escola Superior de Biotecnologia

Seg, 21/09/2020

Investigadoras do CRC-W publicam artigo na revista Frontiers in Psychiatrys

A revista Frontiers in Psychiatrys publicou um artigo das docentes e investigadoras Rita Francisco e Marta Pedro do Católica Research Centre for Psychological, Family and Social Wellbeing (CRC-W). 

Trata-se da primeira publicação no âmbito do estudo sobre o impacto da pandemia de COVID-19 em crianças e adolescentes, que está a ser desenvolvido em conjunto com investigadores da Universidade Miguel Hernández, em Espanha, e da Universidade de Perugia, em Itália.

O artigo está disponível aqui.

Investigadora Célia Manaia integra lista de cientistas mais citados em todo o Mundo

A investigadora Célia Manaia, do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Escola Superior de Biotecnologia, é uma dos 12 investigadores de instituições portuguesas mais citadas do mundo, segundo a lista “Highly Cited Researchers 2020”, elaborada pela empresa norte-americana Clarivate Analytics. Uma distinção que, para Célia Manaia, “é um reconhecimento do trabalho feito, de procurar ir ao encontro das questões mais centrais na área em que investigamos e de trabalhar em rede.”

Licenciada em Bioquímica e doutorada em Microbiologia, ambos pela Universidade de Coimbra, Célia Manaia é docente da Escola Superior de Biotecnologia e investigadora do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa. Ao longo dos seus mais de 25 anos como investigadora, tem vindo a dedicar-se ao estudo da diversidade e ecologia bacteriana, em particular de zonas sujeitas à ação humana. Nos últimos anos, Célia Manaia tem vindo também a estudar a dispersão ambiental de bactérias resistentes a antibióticos.

Highly Cited Researchers 2020 distingue 6167 investigadores de todo o mundo

A lista “Highly Cited Researchers 2020”, abrange a última década, e este ano distinguiu 6167 investigadores de mais de 60 países: 3.896 foram distinguidos pelo seu desempenho, em 21 áreas, e 2.493 pelo seu desempenho transversal. Esta lista incide apenas nos artigos mais citados, que representam 1% do que se publica no mundo.

Os países mais representados no ranking deste ano são os Estados Unidos da América, a China, o Reino Unido e a Alemanha. A lista inclui também 26 Prémios Nobel e a Universidade de Harvard, nos EUA, lidera novamente o número de cientistas. A lista completa pode ser consultada aqui.

Satisfeita com a distinção, que é o reconhecimento do trabalho de investigação desenvolvido, Célia Manaia alerta que “as métricas em ciência devem ser vistas com cautela e não devemos deixar que tudo se transforme em números e rankings.” Aos investigadores mais novos, a investigadora deixa alguns conselhos: “trabalhar sempre com muita seriedade, com verdadeira honestidade intelectual, e, muito importante, comunicar bem – com rigor, clareza e transparência”.

Categorias: Investigação Escola Superior de Biotecnologia

Quinta, 19/11/2020

Equipa de investigação da Católica lança Guia “PRO.VI – Protect the Rights of the Victims” para profissionais

No passado dia 22 de fevereiro de 2021, assinalou-se o 31.º Dia Europeu da Vítima de Crime. Recentemente, também a Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (FEP-UCP) lançou um trabalho para profissionais desta área, que resultou de um projeto Europeu - PRO.VI - Protecting Victims Rights - financiado pela Comissão Europeia, cujo principal objetivo é precisamente proteger os Direitos das Vítimas de Crime, através da capacitação dos especialistas que trabalham com esta população.

Este projeto, realizado pelas investigadoras Catarina RibeiroMariana BarbosaRaquel Matos e Mafalda Santos da FEP-UCP, envolveu 5 países europeus (Itália, Espanha, Roménia, Alemanha e Portugal), e a CIG - Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, como principal parceiro nacional nesta jornada.

O Guia Prático para Profissionais foi construído por todos os parceiros da investigação, com a colaboração de vários profissionais, de Vítimas de Crime e de várias instituições, nomeadamente, a CIG (Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género), a APF (Associação para o Planeamento da Família), a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), agentes policiais que integram o Gabinete de Atendimento e Informação à Vítima (GAIV) da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto, o Gabinete para a Igualdade e Apoio à Vítima da Câmara Municipal da Trofa e a Cruz Vermelha Portuguesa.

Todos os anos na União Europeia uma em cada sete pessoas é vítima de crime, incluindo crianças e adultos. A violência tem um impacto muito significativo na saúde e na sociedade, com custos elevadíssimos a nível económico também. A Proteção dos Direitos das Vítimas continua a ser, sem dúvida, uma prioridade.

Paula Castro: "O poder do invisível na saúde do planeta"

O meu filho mais novo é adolescente e faz anos hoje, dia 5 Junho - desejo que quando atingir a idade da mãe possa festejar neste dia mundial do ambiente o sucesso que a humanidade obteve ao reverter caminhos vertiginosamente perigosos para a nossa sobrevivência como espécie.

No Porto Cuidar do solo é um dever de todos - é dele que vem o nosso sustento e assim a saúde da humanidade depende da saúde do solo. Os solos contribuem com 25% da biodiversidade do planeta, invisível aos nossos olhos, e nele são criados 95% dos alimentos que consumimos.

As suas funções não se esgotam aí - também purificam água, controlam cheias e fixam carbono, contribuindo para a estabilização do clima. Os cientistas têm a responsabilidade de dar a ver o solo a toda a sociedade, de tornar visível o que aparentemente não passa de um suporte físico para plantas, estradas ou cidades.

A FAO (a organização das Nações Unidas dedicada à agricultura e alimentação) calcula que um terço do solo mundial está significativamente degradado. Há estimativas que apontam que a cada ano uma área correspondente à produção de 20 milhões de toneladas de cereais é perdida devido à desertificação.

As causas que nos trouxeram a este estado são múltiplas: monoculturas com pouca ou nenhuma rotação, abuso de agroquímicos de síntese, compactação e impermeabilização agravada pelo crescimento urbano, entre outros. Mas talvez a perda mais insidiosa seja a da biodiversidade escondida - os organismos que fazem a diferença entre um solo vivo, fértil, dinâmico e regenerador, e um pó inerte quiçá recheado de contaminantes.

Desde há duas décadas que investigadores na Escola Superior de Biotecnologia da Católica no Porto se dedicam a desenhar soluções baseadas na natureza com vista à regeneração de solos. A biodiversidade do solo é a fonte de inspiração para soluções naturais: desde os biofertilizantes aos bioinoculantes desenvolvemos cocktails de microrganismos que fixam azoto e solubilizam fósforo (nutrientes críticos ao crescimento vegetal) e criam redes de comunicação subterrânea que distribuem água e nutrientes pelas plantas e as protegem de doenças.

Ler artigo completo aqui.

CBQF no programa "Mentes Que Brilham" do Porto Canal

A Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e a empresa americana, Amyris, estão atualmente a desenvolver um projeto de produção de adjuvantes para vacinas profiláticas, que têm um papel fundamental na resposta imunitária provocada pelas vacinas incluindo algumas contra SARS-Cov2.

O Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) recebeu Cláudia Fonseca, do programa "Mentes que Brilham" do Porto Canal para conhecer o projeto, o laboratório e, a equipa que está por detrás do mesmo, entrevistando João Carlos Fernandes da Escola Superior de Biotecnologia.

Assista aqui à reportagem completa no Porto Canal.

AgroGrIN Tech distinguida nos Prémios Empreendedor XXI

A AgroGrIN Tech, criada por investigadores do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, foi uma das dez jovens empresas finalistas em Portugal, no âmbito do programa Prémios Empreendedor XXI. Uma iniciativa promovida pela La Caixa em parceria com o Banco BPI Portugal, que contou com a participação de mais de 171 startups/PMEs. No âmbito deste concurso, a Agência Nacional de Inovação distinguiu, através do programa Born from Knowledge (BfK), a AgroGrIN Tech como a empresa portuguesa que mais se destacou em atividades de Investigação & Desenvolvimento (I&D).

A AgroGrIN Tech, fundada pela investigadora Débora Campos, com o apoio dos investigadores Ricardo García e Ana Vilas-Boas, pretende ser uma referência a nível nacional e internacional, em termos de inovação tecnológica, sustentável e económica para o aproveitamento total dos resíduos gerados pelas industrias de processamento de frutas e vegetais. A aplicação do seu processo patenteado permite produzir novos ingredientes funcionais de alto valor económico através destes resíduos, permitindo a sua reintegração na cadeia alimentar. Além disso, a implementação do processo da AgroGrIN Tech permitirá às empresas a transição para uma economia circular, podendo assim ser económica e ambientalmente sustentáveis.

A startup nasceu do trabalho de investigação científica desenvolvido por Débora Campos durante o seu doutoramento, coordenado pela investigadora Manuela Pintado, na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto. Por esse motivo, a distinção BfK nos Prémios Empreendedor XXI é o reconhecimento pelo elevado impacto da investigação & desenvolvimento no trabalho da AgroGrIN Tech, o pilar base da startup.

A equipa da AgroGrIN Tech explica que esta distinção "é o impulso de que a startup precisava para o seu crescimento e expansão global, uma vez que neste momento se encontra à procura de investimento para acelerar o seu processo de crescimento.”

Categorias: Escola Superior de Biotecnologia

Seg, 10/05/2021

Ana Maria Gomes e Manuela Pintado: "Mar Português – uma fonte inesgotável de valor"

“E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português”

Mar Português, Fernando Pessoa

Assinala-se na última semana de setembro o Dia Mundial do Mar, uma data criada em 1978 pela Organização Marítima Internacional, agência das Nações Unidas. A data pretende alertar para a importância de um desenvolvimento marítimo seguro e eficiente e da proteção dos mares e dos oceanos, essenciais para a vida no planeta e para a sociedade. A beleza natural, riqueza mineral e centenas de milhares (238 700, Fundação Oceano Azul) de espécies marinhas habitante do mar são elemento de fascínio que exigem proteção e valorização apoiadas no conhecimento científico, e numa economia azul sustentável, circular e inclusiva, alinhado com o Pacto Ecológico Europeu.

É indelével a alma marítima de Portugal que atravessa séculos e serve de inspiração à literatura e cultura portuguesas desde a arte à gastronomia. Com uma linha de costa de cerca de 2500 km, incluindo uma das maiores zonas económicas exclusivas do mundo que se estende por 1,7 milhões de km2 (Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030) Portugal goza de um espaço de excelência que conjuga valores naturais únicos com uma grande ocupação humana. A importância da preservação da biodiversidade e da integridade dos ecossistemas e recursos e da prevenção da acidificação e poluição destas zonas, na promoção da qualidade de vida dos cidadãos e nas respetivas economias, implica uma atenção redobrada na sua gestão e desenvolvimento. Urge contribuir para a sua proteção, gestão e conservação alavancando a sustentabilidade das dinâmicas da orla costeira em termos ambiental, económico e social suportadas na tecnologia, conhecimento científico e inovação. Todos os intervenientes são interpelados a agir de forma articulada e colaborativa num modelo multi e interdisciplinar desde as universidades, centros de investigação, indústria, empresas, associações do sector, entidades da Administração Pública e a sociedade civil. São já vários os projetos relevantes neste domínio da multidisciplinaridade, como são o ValorPeixe, o ValorMar e o CVMar+i, com enfoque na valorização de recursos marinhos e seus subprodutos através do desenvolvimento de novos produtos com aplicações na alimentação animal e humana, cosmética, materiais e biomédica, farmacêutica, têxtil ou mesmo agricultura.

Ler artigo completo aqui.

A agricultura e a culinária vão mudar. Gosta de feijão alado?

O que é que a bambara tem? E o que traz de novo o milho-painço? Estarão os europeus prontos para o feijão alado? Todas estas questões deverão ter resposta, dentro de quatro anos, quando o projeto europeu RADIANT der a conhecer os resultados obtidos com o cultivo de 15 grupos de vegetais provenientes de outros continentes ou que, entretanto, caíram em desuso. Os testes começam num grupo de 20 quintas, e deverão expandir-se mais tarde a outras 45, por convite. Estão envolvidas 29 entidades de 12 países. A participação nacional é garantida por duas vias: além da inclusão da Herdade do Freixo do Meio, em Montemor-o-Novo, e da Quinta Biofontinha, na ilha Terceira, Açores, o RADIANT conta com a coordenação da Universidade Católica Portuguesa (UCP).

“Mais do que combater a escassez de alimento, o projeto pretende evitar dietas cada vez mais monótonas. A agricultura tem vindo a produzir mais do mesmo. O que pode ter como resultado a perda de qualidade dos solos e de diversidade dos vegetais. A ideia é que estes alimentos sejam produzidos de forma sustentável e com custos acessíveis”, explica Marta Vasconcelos, professora na Escola Superior de Biotecnologia da UCP.

O projeto, que conta com um total de 5,9 milhões de euros de financiamento, não só vai testar o cultivo de vegetais que geralmente não constam nas safras e nos pratos europeus como prevê testes de degustação, inquéritos e rotulagem que enaltece os benefícios nutricionais dos novos vegetais que vierem a ser cultivados. Também está previsto o desenvolvimento de uma app que ajude os agricultores a apurar quais as espécies que melhor se adequam às condições agrícolas e meteorológicas de cada região.

Nota: Pode ler o artigo na íntegra na edição impressa do Expresso de 13 de agosto de 2021.

Juntos por uma Causa: Recolha solidária de Natal em Viseu

A Universidade Católica Portuguesa organiza novamente uma Campanha Solidária de Natal a nível nacional, até 17 de dezembro. Em Viseu, a campanha associa-se ao projeto Ready to Help e à Ordem Terceira de S. Francisco de Assis.

O Ready to Help é um Projeto De Ação Solidária desenvolvido por alunos do Centro Regional de Viseu da Universidade Católica Portuguesa e que conta hoje com voluntários de várias instituições de ensino superior de Viseu: alunos, colaboradores e docentes.

É um projeto que tem foco em várias vertentes de solidariedade, tais como a literacia, saúde/bem-estar e ambiente.

A sua premissa é Ajudar a Ajudar, que depois do sucesso da campanha do ano anterior, este Natal, irá fazer a entrega de roupa que foi doada ao longo do ano, a três instituições: Cáritas Diocesana, Cruz Vermelha Portuguesa e Centro de Apoio a Deficientes de Santo Estevão.

A Ordem Terceira de S. Francisco de Assis, sediada na Igreja dos Terceiros Franciscanos em Viseu, tem como missão observar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo a exemplo de S. Francisco de Assis.

Perante este propósito de vida, várias são as iniciativas que desenvolve, como uma ação caritativa designada de Pão de Santo António, há mais de quatro décadas.

Esta iniciativa consiste em dar apoio a pessoas, através de senhas mensais que dão direito a pão e leite. Para lá desta iniciativa mensal, também é prestado apoio a casos difíceis e comprovados, no pagamento de luz, água, medicamentos, etc. Pelo Natal, é habitual a doação de cabazes com géneros alimentícios.

Participe na recolha de roupas e alimentos para estas duas causas, e entregue o seu donativo no Hall do Edifício da Universidade ou no Hall da Biblioteca D. José Pedro da Silva.

 

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Categorias: Centro Regional de Viseu Sustentabilidade

Quinta, 09/12/2021

Aprender Com Todos: Projeto do Centro Regional do Porto promove o sucesso escolar e a equidade no acesso à educação

Aprender Com Todos (ACT) é o nome do projeto de intervenção e investigação socioeducativa promovido pela Faculdade de Educação e Psicologia e pela Área Transversal de Economia Social do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa.

Cerca de 400 estudantes, do 1.º ao 9.º ano, já estiveram envolvidos nas atividades promovidas pelo projeto ACT, que está implementado no Agrupamento de Escolas Leonardo Coimbra Filho, no Porto, e que se enquadra na abordagem territorial de Desenvolvimento Local de Base Comunitária.

Financiado pelo Norte 2020 e pelo Fundo Social Europeu, o projeto, que teve início em outubro de 2019, pretende envolver os diferentes agentes educativos e comunitários em prol da promoção do sucesso escolar e da prevenção do abandono precoce, implementando e reforçando medidas que promovam a equidade no acesso à educação.

Lurdes Veríssimo, docente e investigadora da FEP e coordenadora do projeto, refere que “através de atividades de carácter criativo, expressivo e cívico, pretende-se estimular as competências socioemocionais e académicas dos alunos, promotoras de maior participação social, envolvimento e sucesso escolar.”

São 7 os eixos de ação que orientam as atividades promovidas pelo ACT

Prevenção das dificuldades de aprendizagem; Desenvolvimento Socioemocional; Aprendizagem Formal e Não Formal; Disciplina e Cultura Escolar; Direitos Humanos e Cidadania; Envolvimento Parental e Investigação são os 7 eixos orientadores do projeto, através dos quais se desenvolvem múltiplas e diferenciadas atividades que envolvem os alunos do 1.º ao 9.º ano do Agrupamento de Escolas Leonardo Coimbra Filho, no Porto.

Programa de Treino da Consciência Fonológica, Programa de Promoção de Competências de Leitura, Programa Aprender na Comunidade, Projeto “Justiça para Todos”, Academia de Líderes Ubuntu, School Talks, Prémio Malala Yousafzai, “Estudar aqui!” - Exposição comunitária de fotografia e “Vamos falar de…” – Sessões de educação parental são alguns exemplos de atividades desenvolvidas que têm como principais objetivos:

  • prevenir as dificuldades de aprendizagem, promover o desenvolvimento de várias competências socioemocionais;
  • reforçar a colaboração interinstitucional e interdisciplinar entre alunos, docentes e agentes da comunidade;
  • contribuir para a construção de uma visão e de uma vivência positiva da escola;
  • sensibilizar, mobilizar e disseminar conhecimentos e práticas sobre os Direitos Humanos;
  • fomentar a relação entre a escola e a família.

À ação alia-se a Investigação, eixo que se posiciona como transversal a todos os outros, e através do qual se pretende criar mecanismos de monitorização e avaliação da eficácia, da adequação e do impacto das atividades desenvolvidas.

Mais informações disponíveis aqui.

Comissário do Governo Húngaro visita Centro Regional do Porto

A 23 de novembro, o comissário do governo húngaro e presidente do conselho de curadores da Universidade Tokaj-Hegyalja, István Stumpf, esteve no Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa no âmbito de uma visita oficial a Portugal. O encontro permitiu abordar os diferentes modelos universitários portugueses, com um enfoque especial nas áreas da viticultura e enologia.

A sessão de boas-vindas foi dirigida por Isabel Braga da Cruz, Presidente do Centro Regional do Porto, e por Isabel Vasconcelos, Vice-Reitora da Universidade Católica Portuguesa. Seguiu-se uma reunião entre todos os participantes: István Stumpf e os membros da sua delegação - Klára Breuer, diretora internacional da Universidade Nacional de Serviço Público, Tamás Dúzsi, produtor de vinho e especialista em vinhos, e Boglárka Borbély, chefe de secretariado do comissário -, Miklós Halmai, embaixador da Hungria em Portugal; Paula Castro, diretora da Escola Superior de Biotecnologia; Bento Amaral, Service Director do Instituto de Vinhos do Douro e do Porto; e José António Couto, coordenador da Pós-graduação em Enologia da Escola Superior de Biotecnologia.

A visita da delegação a Portugal contempla também encontros a respeito do estudo de modelos universitários, de aspirações e experiências portuguesas no campo do ensino superior. Adicionalmente, os membros da delegação pretendem, também, estreitar relações bilaterais entre Portugal e a Hungria, conversando sobre futuras oportunidades de cooperação.

Centro de Biotecnologia e Química Fina: Celebrar o passado e desafiar o futuro

Os 30 anos do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) mereceram um ano repleto de comemorações. Todas as iniciativas promovidas neste âmbito pretenderam celebrar e reforçar a importância que este Centro de Investigação da Escola Superior de Biotecnologia do Centro Regional do Porto ocupa no panorama da investigação nacional e internacional.

Gunter Pauli, autor do livro Blue Economy e considerado o “pai” da Economia Circular, foi o convidado da Conferência de Encerramento das comemorações do 30.º aniversário, que decorreu a 28 de outubro, no Auditório Carvalho Guerra do Centro Regional do Porto, tendo tido, igualmente, transmissão online. Uma sessão que pretendeu celebrar as realizações e as conquistas do CBQF, bem como lançar e desafiar a agenda para o futuro.

Isabel Braga da Cruz, Presidente do Centro Regional do Porto, começou por “agradecer a todos os que durante 30 anos acreditaram no potencial do CBQF e contribuíram para o seu reconhecimento nacional e internacional.” A Presidente lembrou, também, que “a classificação de excelência, a mais alta distinção atribuída pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, atesta esta qualidade e reconhece uma comunidade empenhada na inovação e na excelência. Toda a comunidade da Católica no Porto se orgulha do CBQF.”

Seguiu-se uma apresentação de Manuela Pintado, diretora do CBQF, sobre aquele que tem sido o percurso do centro de investigação. Manuela Pintado lembrou que o CBQF é “internacionalmente reconhecido nas áreas da biotecnologia, alimentação, ambiente e saúde”, que “é um interveniente ativo na definição de políticas e prioridades de investigação” e que “cria valor com impacto para a economia circular”.

Capacitando a ciência a criar alto valor através de soluções circulares” foi o título da apresentação central desta conferência, proferida por Gunter Pauli, que começou por felicitar “o trabalho do CBQF e de toda a sua equipa”, bem como todo “o trabalho que ainda têm pela frente”.  

Gunter Pauli inspirou a missão do CBQF, referindo que “verdade”, “honestidade”, “transparência” e “capacidade de perdão” são os ingredientes essenciais “que devem ser traduzidos em iniciativas capazes de transformar o mundo”.  

A sessão de encerramento contou ainda com a intervenção de João Rocha, Coordenador do Comité Executivo do Conselho dos Laboratórios Associados.

Com esta conferência, o Centro de Biotecnologia e Química Fina encerrou o ciclo de comemorações que começou a 24 de novembro de 2020, Dia Mundial da Ciência e Dia Nacional da Cultura Científica. A escolha simbólica desta data procurou marcar o começo de um novo ciclo para o Centro de Investigação e Laboratório Associado.

Chegado ao fim deste ciclo de comemorações, resta a certeza de que a missão de produzir conhecimentos inovadores e relevantes em biotecnologia continua. O CBQF manter-se-á focado em ser um centro de investigação de referência nacional e internacional especializado na criação de conhecimentos transferíveis para a indústria e para a sociedade, cumprindo objetivos circulares de bioeconomia.

 

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Investigadores da Católica criam biosílica extraída da cana-de-açúcar

Um dos maiores projetos de investigação na área da biotecnologia, liderado pelo laboratório associado CBQF da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade da Católica Portuguesa, em parceria com a empresa Amyris Bio Products Portugal, apresentou um importante resultado: a primeira biosílica extraída da cana-de-açúcar com aplicação na indústria cosmética. Um ingrediente inovador que já deu origem a um produto que está a ser comercializado a nível internacional.

Manuela Pintado, investigadora do CBQF e coordenadora do projeto Alchemy em Portugal, refere que “esta primeira descoberta que dá origem a um produto inovador resulta de um conhecimento mútuo entre as duas entidades envolvidas – CBQF/ESB/UCP e Amyris -, de um alinhamento estratégico, mas acima de tudo do empenho de mais de 100 investigadores do projeto”. Manuela Pintado refere que a multidisciplinaridade da equipa - bioengenharia, microbiologia, bioanalítica entre outras áreas – permitiu “em dois anos criar um novo ingrediente bem aceite pelo mercado e que respeita os princípios da economia circular e do desenvolvimento sustentável”.

A biosílica sustentável é obtida a partir de cinzas de cana-de-açúcar, provenientes da queima de subprodutos das indústrias produtoras de açúcar para geração de energia, incluindo as folhas resultantes do processo da colheita da planta e do bagaço, material fibroso obtido após extração do xarope de açúcar. O novo ingrediente, o primeiro do mundo a ser criado com base em recursos sustentáveis, poderá ser usado, agora, na indústria cosmética, assumindo-se como uma alternativa sustentável e com melhor desempenho à sílica tradicional, extraída da areia, um recurso com intensa exploração no planeta.

“Este ingrediente vem tornar a cosmética limpa – clean beauty – ainda mais limpa e é, digamos assim, a ‘primeira pedra’ da implantação de um hub internacional de inovação na área da Biotecnologia com uma forte cultura de ciência aplicada, espirito empreendedor e empresarial, fortemente orientada ao mercado,” refere Miguel Barbosa, da Amyris Bio Products Portugal. A Amyris Bio Products Portugal é uma subsidiária da norte-americana Amyris Inc., cotada no NASDAQ, sedeada em Emeryville, Califórnia, e cujo CEO é o luso-americano John Melo.

Ciência ao serviço da sustentabilidade dos recursos mundiais
Raquel Madureira, investigadora do projeto, explica “mais do que um ingrediente sustentável, a biosílica mostra como a ciência pode ajudar a valorizar o desperdício de qualquer indústria, a salvaguardar a sustentabilidade dos recursos mundiais e, paralelamente, a promover uma ‘beleza limpa’, ao permitir o desenvolvimento de cosméticos limpos e seguros.” A este nível, refira-se que a indústria da beleza/estética produz milhões de toneladas de resíduos, desde o fornecimento de ingredientes até à criação da embalagem do produto. Este novo produto será comercializado pela Aprinnova, empresa norte-americana líder no campo da biotecnologia aplicada à cosmética sustentável e parceira da Amyris.

O projeto Alchemy que deriva de uma parceria estratégica entre a Universidade Católica Portuguesa, a empresa Amyris Bio Products Portugal e o Governo de Portugal, através da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), é financiado pelo Portugal 2020 e pelo Programa Operacional FEDER. Teve início em 2018 com o objetivo principal de estudar e desenvolver novas aplicações para os subprodutos/resíduos dos processos de fermentação da Amyris e da produção de cana-de-açúcar, potenciando assim o desenvolvimento de novas moléculas de elevado interesse comercial, com destaque para a indústria da cosmética, mas também para nutrição animal e humana, novos materiais e farmacêutica.

Para o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, “este primeiro resultado que advém do projeto Alchemy é muito importante. A AICEP tem acompanhado o processo desde o início, através do contrato de I&D estabelecido com a Amyris e a Universidade Católica Portuguesa, em 2018, e acreditamos que dará um contributo relevante para o aumento das exportações com alta intensidade tecnológica. A parceria com a UCP é um reconhecimento da qualidade do sistema universitário e da capacidade de investigação de Portugal e mais uma vez o talento português está a ser fundamental para o sucesso do projeto. Parabéns à Amyris e à UCP!” 

O Alchemy visa, simultaneamente, a promoção da transferência de tecnologia que se traduzirá num crescimento de competitividade das empresas na área da bioeconomia. Acrescente-se, ainda, que este projeto de investigação se materializa num centro de competências de excelência em biotecnologia, promovendo Portugal na linha da frente nas áreas da bioeconomia e economia circular.

 

Outras informações úteis:

Observatory for the Protection of Social Rights in the European Context

Projecto - logotipo Observatório Competition Law Enforcement

Católica Research Centre for the Future of Law and the Portuguese section of ANESC launched the Observatory for the Protection of Social Rights in the European Context. This Observatory serves the purpose of thinking over the impact of those normative instruments on the national law system, assessing their compliance with supranational sources of law.

The activity pursued by this Observatory is threefold:

(i) Analysis of the rulings and reports of the European Committee of Social Rights, in what concerns the Revised European Social Charter, as well as the case law of the European Court of Human Rights, as far as the European Convention on Human Rights is concerned, with direct or indirect impact on the national system;

(ii) Analysis of the Portuguese legislation and case law, with a view to assessing its compliance with the international instruments mentioned above;

(iii) Analysis of the relationship between several international instruments arising from different sources (Council of Europe; European Union; ILO, UN, WTO) and the terms in which they are connected with national law, in order to solve potential conflicts and to assess their justiciability and effectiveness.

Observatório para a Tutela dos Direitos Sociais em Contexto Europeu

Centro Estudos Investigação em Direito UCP_ANESC

O Católica Research Centre for the Future of Law  e a secção portuguesa da ANESC lançaram o Observatório para a Tutela dos Direitos Sociais em Contexto Europeu. Este Observatório serve o propósito de reflectir sobre o impacto desses instrumentos normativos no sistema jurídico nacional, avaliando a sua conformidade com as fontes supranacionais de direito. A actividade desenvolvida por este Observatório tem três vertentes:

(i) Análise das decisões e relatórios do Comité Europeu dos Direitos Sociais, no que diz respeito à Carta Social Europeia Revista, bem como da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, no que diz respeito à Convenção Europeia dos Direitos do Homem, com impacto direto ou indireto sobre o sistema nacional;

(ii) Análise da legislação e jurisprudência portuguesa, com vista a avaliar a sua conformidade com os instrumentos internacionais acima mencionados;

(iii) Análise da relação entre vários instrumentos internacionais provenientes de diferentes fontes (Conselho da Europa; União Europeia; OIT, ONU, OMC) e os termos em que estão ligados ao direito nacional, a fim de resolver potenciais conflitos e de avaliar a sua justiciabilidade e eficácia.

Mais informação aqui.

Projeto Promise

Promise

Os desafios enfrentados pelos jovens em toda a Europa têm sido o foco de debates públicos, políticos e académicos a nível local, nacional e internacional. Os jovens europeus enfrentam escolhas difíceis em áreas-chave da vida social que podem afetar a sua participação na sociedade e, eventualmente, potenciar a sua marginalização: desde questões estruturais de desemprego, falta de acesso a habitação e problemas de dívida, a grandes questões como o meio ambiente, identidade, fé e radicalização, à negociação dos desafios morais decorrentes dos mercados ilegais e dos media sociais cada vez mais sexualizados. Embora existam amplas variações nas oportunidades e desafios entre e dentro dos países, os jovens europeus enfrentam hoje escolhas difíceis na negociação destes labirintos morais.

O projeto PROMISE - Promover o Envolvimento e o Compromisso Social dos Jovens: Oportunidades e desafios para os jovens ‘em conflito’ na Europa - investigará como as respostas dos jovens, muitas vezes negativas, a estes problemas podem criar conflitos, mas também como podem proporcionar oportunidades de compromisso social positivo. Ao abordar as experiências, os valores e as atitudes da juventude europeia vista como ‘em conflito’ com as gerações mais velhas, com as autoridades e com as normas sociais, o PROMISE chegará ao cerne das barreiras e oportunidades para o envolvimento social dos jovens.

O projeto está em execução entre maio de 2016 e abril de 2019 e envolve 12 entidades colaboradoras em 10 países europeus diferentes. É coordenado por uma equipa da Universidade de Manchester liderada pela Dr.ª Jo Deakin (Centro de Criminologia e Justiça Criminal | Faculdade de Direito | Universidade de Manchester | Manchester | M13 9PL; jo.deakin@manchester.ac.uk).

Em Portugal, o PROMISE é desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade Católica Portuguesa – Porto, liderada pela Dr.ª Raquel Matos (Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano I Rua de Diogo Botelho, 1327 I 4169-005 Porto; rmatos@porto.ucp.pt).

Este projeto é financiado no âmbito do Horizonte 2020 – Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação, Acordo de Subvenção n.º 693221.

Para mais informação sobre o PROMISE: www.promise.manchester.ac.uk

 

Projetos de estudantes da ESB na final dos Health INNOVAtion Awards

Dois projetos desenvolvidos por estudantes da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto foram selecionados para a final dos Health INNOVAtion Awards, um acelerador de ideias que promove a inovação no setor da Saúde, que se realiza a 22 de setembro de 2020.

As estudantes do 2º ano da Licenciatura em Bioengenharia - Ana Catarina Lopes Ramos, Ana Sofia Fontes da Silva, Áurea Filipa Oliveira Covas, Maria Inês Silva Lopes da Fonte e Simone Conceição da Costa Sá​ – desenvolveram a APP - SIGnal Monitoring Analysis APP for cardiac diseases, um sistema capaz de analisar um conjunto de parâmetros fundamentais na vida de qualquer pessoa que tenha problemas cardíacos. Através desta aplicação para smartphone é possível medir de uma forma segura e rápida o nível de oxigénio, a pressão arterial, temperatura ou frequência respiratória. Um projeto também orientado pelo docente Pedro Rodrigues.

Sob orientação do docente Pedro Rodrigues, os estudantes do Mestrado em Engenharia Biomédica - Gabriel Silva e Marco Alves -, desenvolveram o projeto NeuroSDR - Software para deteção rápida e precoce das doenças de Alzheimer e Parkinson através da análise de sinais EEG. As doenças neurodegenerativas, como por exemplo a doença de Alzheimer (DA) e a doença de Parkinson (DP), são as principais causas de demência nos idosos. Este tipo de doenças provoca morte celular, o que pode ter impacto na memória, no pensamento cognitivo e nas funções motoras. Especificamente, 75% dos casos de demência a nível mundial advêm destas duas doenças.

Saiba mais aqui.

 

Categorias: Escola Superior de Biotecnologia

Seg, 21/09/2020

Investigadoras do CRC-W publicam artigo na revista Frontiers in Psychiatrys

A revista Frontiers in Psychiatrys publicou um artigo das docentes e investigadoras Rita Francisco e Marta Pedro do Católica Research Centre for Psychological, Family and Social Wellbeing (CRC-W). 

Trata-se da primeira publicação no âmbito do estudo sobre o impacto da pandemia de COVID-19 em crianças e adolescentes, que está a ser desenvolvido em conjunto com investigadores da Universidade Miguel Hernández, em Espanha, e da Universidade de Perugia, em Itália.

O artigo está disponível aqui.

Investigadora Célia Manaia integra lista de cientistas mais citados em todo o Mundo

A investigadora Célia Manaia, do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Escola Superior de Biotecnologia, é uma dos 12 investigadores de instituições portuguesas mais citadas do mundo, segundo a lista “Highly Cited Researchers 2020”, elaborada pela empresa norte-americana Clarivate Analytics. Uma distinção que, para Célia Manaia, “é um reconhecimento do trabalho feito, de procurar ir ao encontro das questões mais centrais na área em que investigamos e de trabalhar em rede.”

Licenciada em Bioquímica e doutorada em Microbiologia, ambos pela Universidade de Coimbra, Célia Manaia é docente da Escola Superior de Biotecnologia e investigadora do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa. Ao longo dos seus mais de 25 anos como investigadora, tem vindo a dedicar-se ao estudo da diversidade e ecologia bacteriana, em particular de zonas sujeitas à ação humana. Nos últimos anos, Célia Manaia tem vindo também a estudar a dispersão ambiental de bactérias resistentes a antibióticos.

Highly Cited Researchers 2020 distingue 6167 investigadores de todo o mundo

A lista “Highly Cited Researchers 2020”, abrange a última década, e este ano distinguiu 6167 investigadores de mais de 60 países: 3.896 foram distinguidos pelo seu desempenho, em 21 áreas, e 2.493 pelo seu desempenho transversal. Esta lista incide apenas nos artigos mais citados, que representam 1% do que se publica no mundo.

Os países mais representados no ranking deste ano são os Estados Unidos da América, a China, o Reino Unido e a Alemanha. A lista inclui também 26 Prémios Nobel e a Universidade de Harvard, nos EUA, lidera novamente o número de cientistas. A lista completa pode ser consultada aqui.

Satisfeita com a distinção, que é o reconhecimento do trabalho de investigação desenvolvido, Célia Manaia alerta que “as métricas em ciência devem ser vistas com cautela e não devemos deixar que tudo se transforme em números e rankings.” Aos investigadores mais novos, a investigadora deixa alguns conselhos: “trabalhar sempre com muita seriedade, com verdadeira honestidade intelectual, e, muito importante, comunicar bem – com rigor, clareza e transparência”.

Categorias: Investigação Escola Superior de Biotecnologia

Quinta, 19/11/2020