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Vânia Sousa Lima - "Afinal havia o Outro"

O vírus virou-nos. Do avesso, primeiro. Para dentro, crê-se. Para fora, sabe-se.

Como tempestade que se antecipa, distante, e se deseja não chegue. E antes que fosse dito, era claro que chegaria. Dela ouvia-se falar do seu devastador e nefasto poder.

A palavra cria realidade e as que mais se ouviam eram infecção, doença, morte, crise, quarentena, confinamento, isolamento. E números, muitos (dúbios) números. Faz-se real o risco de ser infectado, real o de perder o emprego, real o de não pagar salários, real o de cancelar projectos, real o de não fruir do desejado, do assumido como garantido, real o de adoecer, real o de morrer. Real o risco de não ser capaz de (se) suplantar.

O entranhar-se do medo revira as entranhas, tolda a razão, turva a emoção, entorpece a acção. O medo do vírus virou-nos, do avesso, primeiro. Para dentro, crê-se. Na procura da garantia da satisfação das mais primárias necessidades de sobrevivência e segurança, as de Maslow. Para dentro de supermercados, farmácias, hospitais, centros de saúde, (mãos) dentro de luvas, dentro de casas. Antes que nos fosse dito. Para dentro de nós e do nosso medo. Crê-se.

O risco é universal como o medo. Ambos nos fazem pessoas. Como, ante eles, a resiliência e a estoicidade. Sabe-se.

A construção relacional do significado evidencia o carácter falacioso do desenvolvimento individual. A história de Mim exige o Outro. Este Outro, história nossa, a quem se quer bem e com quem não se está (por tanto se querer bem não se está). Com quem se quer festejar o aniversário e não se visita. A quem se quer dar um abraço e se vê da janela. Com quem se partilharia uma Páscoa que se reinventa.

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Alunos do secundário regressam às aulas: conheça os riscos

Nos últimos treze dias, as escolas prepararam o regresso dos alunos dos 11.º e 12.º anos. Houve visitas das autoridades de saúde, foram criados corredores para que quem entra e sai não se cruze, pensadas em soluções para as salas de aula pequenas (como o uso dos pavilhões gimnodesportivos). Foram dadas formações pela Força Aéreas aos assistentes operacionais para saberem como eficientemente desinfetar os espaços e preparado um manual que define regras de separação das turmas ou a frequência de limpeza.

Mas nem tudo ficou esclarecido ou é possível solucionar – os conselhos gerais da Escola Secundária Avelar Brotero (Coimbra) e do Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio (Braga) pedem "a suspensão do regresso às aulas e dos exames nacionais". Diz o órgão da Alberto Sampaio: "As garantias de segurança dadas pela Tutela são manifestamente insuficientes, muito mais quando a relação "custo-benefício" se anuncia, no mínimo, duvidosa." Todos estão "expostos a riscos desnecessários", soma o conselho geral do Agrupamento de Escolas Romeu Correia, no Feijó (Almada). 

Eis algumas dúvidas manifestadas por membros da comunidade educativa:
 
1. Transportes Públicos
O conselho geral da Escola Secundária Avelar Brotero (Coimbra) considera que "parte" das orientações da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE) estão "distantes da realidade de muitas escolas". Um dos problemas apontados por esta comunidade escolar são as deslocações casa-escola-casa "desnecessárias, muitas delas em transportes públicos partilhados".

Essa também é uma preocupação manifestada por João Jaime Pires, diretor da Escola Secundária Camões, em Lisboa: "Independentemente de os alunos e pais terem confiança na segurança das escolas, na nossa cidade [andarão] de transportes públicos." E são jovens, gostam de se reunir no jardim em frente, conversar. Será difícil manterem as distâncias. 

Esta solução poderá também trazer problemas de ansiedade acrescida para quem vai realizar exames nacionais. "Este cenário vai ser muito difícil para todos. A escola transforma-se, por efeito dos cuidados sanitários que se têm de ter, mas há o risco de passar a ser um espaço concentracionário, lido e sentido pelos alunos num espaço de concentração, não podem ir ao recreio, não podem conviver, para irem almoçar têm de ir em turnos. Ninguém consegue viver assim", diz José Matias Alves, professor na Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (Porto).

2. Higiene: quem e onde?
Ainda no início de maio já Paulo Guinote, professor e responsável pelo blogue 'O Meu Quintal', manifestava essa dúvida à SÁBADO: "Como é que se vai assegurar a desinfeção em escolas que, em período normal, têm problemas de funcionários para a limpeza?".

As dúvidas mantém-se na Avelar Botelho ou na Alberto Sampaio: os assistentes operacionais foram formados de modo "superficial e precipitado", escreveu o conselho geral da escola de Coimbra. "Existem sérias dúvidas quanto à existência de recursos físicos e humanos suficientes para a necessária desinfeção dos espaços escolares", sublinhou o órgão do agrupamento bracarence, referindo que as casas de banho são "poucas e com ainda menos lavatórios para higienização das mãos".

No Camões, que está em obras, as aulas estavam a ocorrer em mono-blocos e também aí eram poucas as casas de banho – o projeto para a reabertura passava por pedir WC portáteis à Câmara de Lisboa.

3. E se alguém for infetado?
"Em caso de infeção, mais do que previsível, não haverá equidade, na medida em que algumas turmas entrarão em quarentena, enquanto as outras continuarão presencialmente. Caso os professores sejam comuns, todas as suas turmas entram em quarentena", escreve o conselho geral da Alberto Sampaio.

4. Professores em modo presencial, à distância ou de baixa
No início do mês já a direção do Camões estava a receber as declarações das baixas de professores. "Vou ter muita dificuldade na disciplina de Português de 12.º ano e na de História", previa João Jaime Pires, que tem 44 professores acima dos 60 anos. A idade não é entendida como fator de risco, mas há também "muitos com diabetes ou questões cardíacas" e ainda os que têm filhos menores de 12 anos. Este diretor escolar sugeria que os professores titulares "continuassem remotamente a acompanhar os seus alunos, porque são eles que os conhecem os alunos".

"Há colegas que ponderam não regressar, pedindo baixa porque são de grupos de risco. É legítimo que tentem salvaguardar-se", diz André Pestana do Sindicato de Todos os Professores (STOP).

Outra dúvida de Paulo Guinote: "Os professores que tenham [turmas] do secundário e do básico, deixam de ir ao básico à distancia para ir ao secundário? Os horários sobrepõem-se. Uma colega dizia-me: 'Tenho 9.º, 10.º, 12.º e profisisonais. Se voltar, o que é que acontece?' Vão ter que ir buscar professores que não conhecem as turmas". A solução está prevista nas orientações da DGESTE de 5 de maio para os docentes que sejam de grupos de risco e estejam de baixa.

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Portugueses estão a desenvolver teste de saliva para a covid-19

E se bastasse uma pequena gota de saliva para verificar se alguém está, ou já esteve, infetado com o novo coronavírus? Pode parecer futurista, mas em Portugal um grupo de médicos e investigadores liderados por Nuno Rosa, professor da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e investigador de um dos seus laboratórios, o Saliva Tec, sediado no campus de Viseu da UCP, está a trabalhar no desenvolvimento de um teste desse tipo. E os resultados não podiam ser mais promissores.

"Estamos ainda a recolher os últimos dados, mas os nossos resultados mostram que a ideia funciona, a prova de conceito está feita", garante Nuno Rosa, sublinhando que o grupo está agora "na fase de encontrar parceiros para desenvolver e criar um teste miniaturizado para aplicação em larga escala".

O caminho até lá é complexo, mas o objetivo é ter o teste disponível, "talvez, em meados do próximo ano, se tudo correr bem".

A ideia de criar um método para detetar, não só a presença de partículas do SARS-CoV-2, mas também de anticorpos contra ele, usando apenas uma amostra de saliva, surgiu de forma natural entre os investigadores do Saliva Tec. Afinal o que ali fazem é isso mesmo: investigação sobre este fluido biológico, que é muito rico em informação, para aplicação ao diagnóstico em saúde.

"Trabalhamos nesta área há anos, e em 2014 ganhámos um financiamento do Portugal 2020 para montar este laboratório, o único no país especificamente criado para a investigação fundamental nesta área", diz Nuno Rosa. E explica: "Usamos a saliva como fluido informativo sobre a saúde e a partir daí desenvolvemos estratégias de diagnóstico para diferentes patologias, nomeadamente a diabetes, para a qual já temos vários estudos publicados."

Ao contrário do que acontece com as análises sanguíneas que são hoje rotina no diagnóstico em saúde, a saliva, apesar de ter muita informação biológica - contém mais de quatro mil moléculas diferentes e outros tantos microrganismos que, no seu conjunto, são o microbioma oral -, está muito pouco explorada nesse sentido. "É necessário fazer essa investigação fundamental, estudar e estabelecer os parâmetros que para cada molécula definem a diferença entre a saúde e a doença, para se poder operacionalizar ferramentas de diagnóstico a partir da saliva. É isso que fazemos no Saliva Tec ", explica Nuno Rosa.

Entretanto, surgiu a pandemia. Com todas as suas vítimas, os pesados problemas económicos e as muitas restrições sociais que gerou, a covid-19 acabou por ser também uma oportunidade de desenvolver investigação inovadora, que poderá agora ter um impacto positivo na saúde da comunidade, num momento difícil e cheio de incertezas.

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Faculdade de Educação e Psicologia promove inquérito sobre os desafios do teletrabalho

O Research Centre for Human Development (CEDH) da Faculdade de Educação e Psicologia (FEP) da Universidade Católica Portuguesa, no Porto, está a promover um inquérito sobre os desafios do trabalho remoto, fruto do contexto pandémico da Covid-19, no âmbito do projeto Work@Home.

Com o objetivo de conhecer as perceções de todos os que foram repentinamente desafiados a enfrentar o teletrabalho, este inquérito, que está disponível até 5 de fevereiro, inclui questões sobre as experiências com o teletrabalho durante o período da pandemia, nomeadamente, as dificuldades sentidas, as estratégias utilizadas e o suporte recebido por parte da empresa.

O Work@Home, projeto através do qual este estudo se insere, visa analisar as relações de trabalho que foram desafiadas pelo contexto da pandemia da Covid-19 para que através dos dados se possa apoiar a implementação de práticas adequadas ao regime de trabalho remoto.

Filipa Sobral, coordenadora da equipa de investigação responsável do projeto, afirma que “perante a pandemia da COVID-19, o teletrabalho surgiu claramente como uma das melhores alternativas para evitar contactos sociais desnecessários, no entanto, a maioria das empresas e dos seus colaboradores tiveram de se adaptar rapidamente a esta nova realidade, enfrentando muitos desafios relacionados com infraestruturas, equipamentos ou a preparação das suas equipas de trabalho.”

O inquérito pretende caracterizar as perceções dos trabalhadores, face ao suporte organizacional, às competências mobilizadas, ao relacionamento com os líderes e ao bem-estar geral, e as perceções dos líderes de equipa, face aos desafios de gerir uma equipa à distância e às estratégias implementadas de gestão e de motivação. A participação neste estudo é voluntária e anónima e a informação recolhida destina-se unicamente a fins de investigação, sendo que os dados serão tratados de forma coletiva. 

O projeto tem como parceiros o Centro Regional do Porto e o Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa, a Finantech, a Fundação AEP, a Multipessoal, a Symington Family Estates e a Wincode.

Em caso de dúvida, contacte workathome@porto.ucp.pt.

Participe no inquérito aqui.

Equipa de investigação da Católica lança Guia “PRO.VI – Protect the Rights of the Victims” para profissionais

No passado dia 22 de fevereiro de 2021, assinalou-se o 31.º Dia Europeu da Vítima de Crime. Recentemente, também a Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (FEP-UCP) lançou um trabalho para profissionais desta área, que resultou de um projeto Europeu - PRO.VI - Protecting Victims Rights - financiado pela Comissão Europeia, cujo principal objetivo é precisamente proteger os Direitos das Vítimas de Crime, através da capacitação dos especialistas que trabalham com esta população.

Este projeto, realizado pelas investigadoras Catarina RibeiroMariana BarbosaRaquel Matos e Mafalda Santos da FEP-UCP, envolveu 5 países europeus (Itália, Espanha, Roménia, Alemanha e Portugal), e a CIG - Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, como principal parceiro nacional nesta jornada.

O Guia Prático para Profissionais foi construído por todos os parceiros da investigação, com a colaboração de vários profissionais, de Vítimas de Crime e de várias instituições, nomeadamente, a CIG (Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género), a APF (Associação para o Planeamento da Família), a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), agentes policiais que integram o Gabinete de Atendimento e Informação à Vítima (GAIV) da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto, o Gabinete para a Igualdade e Apoio à Vítima da Câmara Municipal da Trofa e a Cruz Vermelha Portuguesa.

Todos os anos na União Europeia uma em cada sete pessoas é vítima de crime, incluindo crianças e adultos. A violência tem um impacto muito significativo na saúde e na sociedade, com custos elevadíssimos a nível económico também. A Proteção dos Direitos das Vítimas continua a ser, sem dúvida, uma prioridade.

Atividades extracurriculares diminuem riscos de utilização de media eletrónicos

Os jovens que passam mais tempo a utilizar meios de comunicação eletrónicos, do smartphone ao tablet, tendem a ter menos ferramentas socioemocionais, autorregulação, motivação, capacidade de decisão ou ajustamento psicológico e maior propensão para cometerem ou serem vítimas de bullying ou cyberbullying, contacto com estranhos, pornografia ou mensagens sexuais. O alerta é feito pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica do Porto, advertindo também para que a pandemia aumentou a exposição a esses perigos - e que impor limites à utilização dos dispositivos não resolve o problema. O antídoto mais eficaz é a participação em atividades extracurriculares, mesmo sem sair de casa.

Publicado no "International Journal of Environmental Research and Public Health", o estudo da UCP avaliou, no início de 2019, 729 adolescentes, dos 11 aos 17 anos, em 17 escolas públicas e privadas de todo o país, incluindo nas ilhas. Os resultados foram evidentes: a participação em atividades fora do ambiente escolar protege contra a utilização excessiva de telemóveis, computadores, videojogos, internet e outros dispositivos, bem como contra os efeitos negativos associados a essa exposição.

Os dados permitiram ainda concluir que as mais-valias das atividades extracurriculares são visíveis na participação individual ou em grupo, em casa ou no exterior e com ou sem componente desportiva. "Pode ser música, ballet, ginástica, surf, escuteiros... O importante é que sejam atividades extra ao tempo escolar, estruturadas, supervisionadas e internacionalizadas para a promoção de competências", explica Luísa Campos, uma das autoras do estudo.

 

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Nota: Este artigo encontra-se disponível na íntegra para assinantes do Expresso.

Teletrabalho? Agora sim, vai começar.

Nunca, como nos últimos meses, a palavra teletrabalho esteve tão presente. Mas após um ano a lidar com esta realidade, que se sobrepôs a todas as vontades de forma inesperada e imparável, é tempo de fazer balanços, perspectivar o futuro e, acima de tudo, assumir que o verdeiro teletrabalho ainda está por acontecer.Catarina Morais  e Filipa Sobral, investigadoras do Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano (CEDH) da Faculdade de Educação e Psicologia do Porto

Quatro anos antes do início da pandemia, e de acordo com últimos dados do Eurofound, apenas 3% dos europeus exercia o seu trabalho de forma remota. Hoje, mais de um ano após o início da pandemia, e embora sem números oficiais, sabemos que todos aqueles cujas profissões o permitiram, estiveram, estão, e eventualmente estarão nos próximos tempos, a trabalhar a partir de casa. Mas isso não significa que tenham estado, que estejam ou que estarão verdadeiramente em teletrabalho.

Por isso, será com o fim do teletrabalho obrigatório que se tornaram mais claras as mudanças que a pandemia trouxe ao mercado de trabalho e quais as empresas que estarão preparadas para assumir formatos de trabalho mais flexíveis. Flexíveis no que se refere ao controlo de horários, de assiduidade, de localização física do trabalhador e, no limite, flexíveis no sentido de total adaptação ao regime que melhor convém a cada um dos seus trabalhadores - seja esse regime a exclusividade do trabalho remoto, do trabalho presencial ou um regime híbrido.

No âmbito do Projecto Work@Home, do Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano da Universidade Católica Portuguesa (CEDH-UCP), foram inquiridos 2757 trabalhadores em teletrabalho (831 a ocupar cargos de chefia). Os resultados do projecto mostram isso, que a transição abrupta para o teletrabalho trouxe muitas desafios relacionados com questões logísticas, como falta de equipamentos ou a necessidade de formação em tecnologias de informação; mas também, e sobretudo, desafios relacionados com a gestão do espaço e do tempo no que concerne à conciliação da vida pessoal com a vida profissional. Desafio particularmente presente para aqueles que tiveram de partilhar espaço de trabalho com outros elementos da família também a trabalhar, a estudar ou a necessitarem de cuidados constantes.

Curiosamente, e também de acordo com os dados do mesmo estudo, as chefias responderam usando os princípios do conceito acima referido: flexibilidade. Ou seja, mesmo neste regime de teletrabalho abrupto, onde o dia-a-dia foi sendo improvisado, o instinto das chefias levou-as a apostaram em atribuir maior autonomia às suas equipas, em fazer um controlo da gestão do trabalho através do cumprimento de metas, objectivos e prazos (ao invés do controlo de horas e de assiduidade) e permitir que os trabalhadores pudessem ajustar o tempo de trabalho às rotinas da sua vida pessoal.

No final, é interessante perceber que, de acordo com os resultados obtidos, os trabalhadores e as chefias apresentam genericamente uma visão positiva deste regime e estão preparados para se manterem a trabalhar num formato de trabalho que não seja exclusivamente presencial. Agora que o teletrabalho começa a deixar de ser obrigatório, muitas empresas começarão assim a debater internamente qual o futuro do teletrabalho. Naturalmente que "cada caso é um caso" e o teletrabalho não serve todas as empresas, nem todas as funções, e muito menos todos os trabalhadores.

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Bernardo Nunes de Sousa, alumnus da Faculdade de Medicina Dentária, nomeado para lista de melhores médicos do mundo

O médico dentista português Bernardo Nunes de Sousa foi incluído na lista da turma de 2022 “Doctor-To-Doctor-World’s Top 100”, promovido pela associação internacional Global Summits Institute (GSI).

Bernardo Nunes de Sousa iniciou o seu percurso profissional após concluir o seu Mestrado Integrado em Medicina Dentária, na Faculdade de Medicina Dentária (Viseu), em 2012, onde obteve a classificação mais elevada, “summa cum laude”. Foi durante estes primeiros anos da sua formação que surgiu a sua grande paixão pela implantologia. É criador do FULL ARCH CLUB − a plataforma mundial de ensino de implantologia de arcada total, através da qual tem participado na formação de centenas de médicos dentistas.

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Seg, 09/08/2021

André Correia, docente na Faculdade de Medicina Dentária da Católica, eleito presidente da International Team for Implantology

André Correia é o novo presidente da International Team for Implantology (ITI). O docente da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa é o primeiro médico dentista português a exercer o cargo de presidente na secção Ibérica da ITI.

O médico dentista foi eleito presidente na reunião anual de Fellows da secção Ibérica da ITI, que decorreu em Vila Nova de Gaia nos dias 19 e 20 de novembro.

Nesta reunião, participaram três docentes da Faculdade de Medicina Dentária da UCP: André Correia, Diretor do ITI Study Club Porto, e Filipe Araújo e Tiago Marques, Diretores do ITI Study Club Viseu. O primeiro dia foi dedicado a conferências científicas sobre temas da atualidade da Implantologia Dentária. Tiago Marques foi um dos oradores convidados com a conferência intitulada “Digital Workflow in Implant Dentistry”.

No segundo dia, foram realizadas as reuniões de Fellows e de Diretores de Study Clubs de toda a Península Ibérica e foi realizada a eleição de uma nova direção da secção Ibérica da ITI. A nova direção é constituída por André Correia (Presidente), Antonio Liñares (Delegação de Educação), José María Ferrandiz (Coordenador dos ITI Study Clubs) e Laurence Adriaense (Responsável de Comunicação).

A ITI é uma associação global de profissionais de implantologia dentária. Os objectivos da ITI são a promoção e divulgação de conhecimento fundamentado sobre implantologia dentária através da educação e investigação.

 

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Seg, 06/12/2021

Aprender Com Todos: Projeto do Centro Regional do Porto promove o sucesso escolar e a equidade no acesso à educação

Aprender Com Todos (ACT) é o nome do projeto de intervenção e investigação socioeducativa promovido pela Faculdade de Educação e Psicologia e pela Área Transversal de Economia Social do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa.

Cerca de 400 estudantes, do 1.º ao 9.º ano, já estiveram envolvidos nas atividades promovidas pelo projeto ACT, que está implementado no Agrupamento de Escolas Leonardo Coimbra Filho, no Porto, e que se enquadra na abordagem territorial de Desenvolvimento Local de Base Comunitária.

Financiado pelo Norte 2020 e pelo Fundo Social Europeu, o projeto, que teve início em outubro de 2019, pretende envolver os diferentes agentes educativos e comunitários em prol da promoção do sucesso escolar e da prevenção do abandono precoce, implementando e reforçando medidas que promovam a equidade no acesso à educação.

Lurdes Veríssimo, docente e investigadora da FEP e coordenadora do projeto, refere que “através de atividades de carácter criativo, expressivo e cívico, pretende-se estimular as competências socioemocionais e académicas dos alunos, promotoras de maior participação social, envolvimento e sucesso escolar.”

São 7 os eixos de ação que orientam as atividades promovidas pelo ACT

Prevenção das dificuldades de aprendizagem; Desenvolvimento Socioemocional; Aprendizagem Formal e Não Formal; Disciplina e Cultura Escolar; Direitos Humanos e Cidadania; Envolvimento Parental e Investigação são os 7 eixos orientadores do projeto, através dos quais se desenvolvem múltiplas e diferenciadas atividades que envolvem os alunos do 1.º ao 9.º ano do Agrupamento de Escolas Leonardo Coimbra Filho, no Porto.

Programa de Treino da Consciência Fonológica, Programa de Promoção de Competências de Leitura, Programa Aprender na Comunidade, Projeto “Justiça para Todos”, Academia de Líderes Ubuntu, School Talks, Prémio Malala Yousafzai, “Estudar aqui!” - Exposição comunitária de fotografia e “Vamos falar de…” – Sessões de educação parental são alguns exemplos de atividades desenvolvidas que têm como principais objetivos:

  • prevenir as dificuldades de aprendizagem, promover o desenvolvimento de várias competências socioemocionais;
  • reforçar a colaboração interinstitucional e interdisciplinar entre alunos, docentes e agentes da comunidade;
  • contribuir para a construção de uma visão e de uma vivência positiva da escola;
  • sensibilizar, mobilizar e disseminar conhecimentos e práticas sobre os Direitos Humanos;
  • fomentar a relação entre a escola e a família.

À ação alia-se a Investigação, eixo que se posiciona como transversal a todos os outros, e através do qual se pretende criar mecanismos de monitorização e avaliação da eficácia, da adequação e do impacto das atividades desenvolvidas.

Mais informações disponíveis aqui.

Faculdade de Educação e Psicologia promove primeira semana internacional

“Thriving Global Academic Cultures” é o tema central da primeira semana internacional da Faculdade de Educação e Psicologia (FEP) do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa, que decorre de 28 de março a 1 de abril e que tem como objetivo a promoção e a reflexão da internacionalização, enquanto elemento central da agenda da faculdade.

21 docentes e investigadores de universidades europeias e americanas, juntamente com docentes e investigadores portugueses, irão debater temas como a promoção de atitudes associadas a uma cidadania global, a importância de competências interculturais e várias outras questões relativas à construção de uma comunidade internacional.

“Acreditamos que os desafios sem precedentes que enfrentamos num mundo tão globalizado só podem ser ultrapassados se houver uma comunidade internacional comprometida em oferecer soluções conjuntas”, explica Patrícia Oliveira-Silva, membro da direção da Faculdade, acrescentando “assumimos o compromisso de fortalecer a relação com as universidades parceiras internacionais com o propósito de investir em iniciativas conjuntas que possam ser mutuamente benéficas.”

A organização da FEP International Week assenta no compromisso da faculdade em integrar uma mentalidade internacional e intercultural que ultrapassa as fronteiras do campus da universidade e que tem o potencial de beneficiar mutuamente todas as partes interessadas e instituições parceiras para as capacitar a agir numa comunidade global interligada.

No evento discutir-se-á a abundância de desafios que a internacionalização abarca, bem como todas as suas complexidades e exigências: o desenvolvimento curricular internacional; o desenvolvimento de novos consórcios académicos, trabalho em rede, atividades bilaterais e multilaterais; os processos de inovação no ensino e na aprendizagem; a colaboração no ensino e na investigação; o intercâmbio e a capacitação de estudantes e docentes; entre outros. Para além das sessões promovidas, o programa inclui, também, um dia livre destinado a uma visita à cidade do Porto.

Consulte o programa

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Quarta, 23/03/2022

7.º Congresso Internacional de Psicologia da FIUC

Está aberto o call for papers para o 7.º Congresso Internacional de Psicologia da FIUC (Federação Internacional de Universidades Católicas), sob o tema: "Psicologia em Diálogo: Três caminhos, um objetivo". O evento que irá ter lugar na Faculdade de Educação e Psicologia do Centro Regional do Porto, da Universidade Católica Portuguesa, realiza-se de 7 a 9 de julho

Todos os investigadores, incluíndo estudantes, poderão submeter papers (uma Apresentação Oral, um Poster ou/e um Simpósio) sobre os seguintes temas:

  1. Caminho do Diálogo Interdisciplinar
  2. Dimensões da missão universitária (ensino, investigação, e alcance comunitário) Caminho do diálogo
  3. Caminho do Diálogo Universitário Católico

As apresentações orais e simpósios podem ser submetidos até 30 de abril de 2022, e os posters até 31 de maio de 2022.

Call for papers

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Quarta, 27/04/2022

José Matias Alves: "Milhares de alunos sem professores: medidas de emergência"

Dizem os diversos media: no final do segundo período eram 30 mil alunos sem professor a pelo menos uma disciplina. E no próximo ano já serão cerca de 110 mil na mesma situação, conforme um estudo realizado. A lista de disciplinas com falta de professores é cada vez maior: Português, Matemática, Biologia e Geologia, Física e Química, História, Geografia, Inglês, Filosofia, Informática....

Não vou fazer aqui a história do passa culpas: que foi a Maria de Lurdes, o Crato, o Justino, o Tiago Brandão Rodrigues. Há, certamente, uma quota parte de responsabilidade na falha óbvia de planeamento, na gestão da progressão da carreira, na estrutura de remuneração, na degradação da imagem pública da profissão. Também não farei a proclamação da eliminação de disciplinas e da extinção dos dispositivos de autonomia e flexibilização curricular pois isso seria um grave retrocesso concetual e prático.

Enuncio, antes, algumas medidas óbvias e exequíveis requeridas pela emergência deste tempo:

1. Reduzir tempo letivo para que professores em idade legal de aposentação [em regra não mais do que três turmas] para que possam querer prolongar a vida ativa de docência e em apoio ao ensino. Há, certamente, milhares de professores que poderão, em regime de livre adesão, querer prolongar a sua vida na escola interrompendo um ciclo do fugir, logo que possível….;

Artigo completo disponível no Público.

“Quero aproveitar tudo o que a Católica tem para me oferecer”: muita energia e entusiasmo nos novos estudantes de Psicologia

“Sair da zona de conforto” e “aproveitar todas as atividades e oportunidades que a Universidade Católica oferece” são alguns dos desejos da nova estudante da Licenciatura em Psicologia, Carolina Magalhães, que marcou presença na sessão de boas-vindas promovida pela Faculdade de Educação e Psicologia (FEP) do Centro Regional do Porto.

“Sejam bem-vindos! A entrada na faculdade é o início de uma etapa transformadora para vocês, mas também para a faculdade”: foram estas as primeiras palavras de Raquel Matos, diretora da FEP, aos novos estudantes de licenciatura.

A sessão de acolhimento, que decorreu a 8 de setembro, ficou marcada pelo entusiasmo e energia dos cerca de 80 estudantes que marcaram presença. Mariana Duarte, também nova estudante de Psicologia, partilhou que “o entusiasmo é muito”, que está “muito satisfeita com a sua escolha” e que espera “estender os seus horizontes e explorar tudo o que a universidade tem”.

“Vocês vão deixar uma marca na faculdade. É com muito entusiasmo, expectativa, energia e emoção que vos recebemos”, afirmou Raquel Matos. Aos novos estudantes, a diretora da faculdade deixou, também, um conselho: “Tragam interesse, curiosidade, vontade de saber e conhecer sempre mais. Aproveitem, verdadeiramente, a vida no campus.”

A sessão prosseguiu e contou, também, com a intervenção de Alexandra Carneiro, docente e coordenadora da licenciatura: “Aqui não esperamos menos que o vosso melhor.”

Depois de encerrada esta sessão, os estudantes foram convidados a reunirem-se no Auditório Ilídio Pinho para participarem num momento de encontro entre todos os estudantes das diferentes licenciaturas da Católica, onde também foram entregues bolsas e prémios de mérito. Esta sessão de acolhimento geral contou com a intervenção de Isabel Braga da Cruz, Pró-Reitora, que começou por felicitar todos os novos estudantes pelo ingresso no ensino superior e pela escolha da Universidade Católica Portuguesa: “Queremos que tirem desta experiência universitária o melhor partido da formação e da vivência que a Católica vos proporciona.” A Pró-Reitora acrescentou, também, que na Católica todos os estudantes “têm a oportunidade de percorrer um caminho que os levará a fazer a diferença, não só como profissionais, mas, também e essencialmente, como pessoas.”

Imagem da sessão

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Seg, 12/09/2022

Susana Falardo Ramos é eleita Presidente da European Academy of Dental Sleep Medicine

Susana Falardo Ramos, docente na Faculdade de Medicina Dentária, Centro Regional de Viseu da UCP, foi eleita Presidente da European Academy of Dental Sleep Medicine (EADSM), no dia 13 de outubro de 2022, em Florença.

Com a unanimidade dos votos dos membros e associados, é a quarta presidente eleita e a primeira portuguesa a destacar-se internacionalmente e a assumir o cargo desta prestigiada academia.

Susana Falardo é especialista Europeia em Medicina Dentária do Sono pela EADSM e Board Diplomate pela American Board of Dental Sleep Medicine, co-autora de artigos científicos e livros académicos, palestrante nacional e internacional na área da medicina dentária do sono. Muito recentemente, assumiu a Cocoordenação da Pós-graduação em Ciências do Sono, na Universidade Católica Portuguesa.

A academia que agora preside, tem liderado a formação e divulgação da medicina dentária do sono, numa abordagem multidisciplinar, na Europa, desde 2006. A EADSM conta com afiliações das congéneres científicas nacionais europeias e com outras no resto do mundo.

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Terça, 18/10/2022

Dia Mundial do Sorriso: Como os futuros dentistas da Católica mudam vidas

“O sorriso é uma das primeiras coisas em que reparamos quando conhecemos alguém”. Quem o diz é Francisca Almeida, estudante do 5.º ano de Medicina Dentária, que todos os dias se depara com dezenas de sorrisos diferentes.

Enquanto dentista em formação, acredita que consegue “ajudar as pessoas a terem um sorriso que as deixa mais confortáveis e confiantes”, algo que pode “ter um impacto importante” na vida dos pacientes. “Nós não salvamos vidas, mas conseguimos fazer as pessoas sorrir”, defende Enrico Rondone, colega da finalista na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Católica, em Viseu.

É nesta faculdade, na Clínica Dentária Universitária, que os estudantes do Mestrado Integrado têm o primeiro contacto com a prática clínica e as diferentes especialidades. “Todos os dias na clínica são especiais”, é assim que Francisca descreve a experiência de conhecer novos pacientes, “com personalidades diferentes”, diariamente. “É mesmo muito giro, porque crescemos enquanto dentistas e pessoas”, explica.

Já Enrico, de 28 anos, aproveita a clínica também para praticar a língua portuguesa. O estudante veio de Itália para seguir o sonho de ser dentista, depois de ter tirado uma licenciatura em Higiene Oral. “Na clínica, tenho de falar outro idioma que não o meu, mas adoro estar em contacto com as pessoas, é uma experiência muito interessante”, partilha.

Para quem está sentado na cadeira do paciente, nem sempre é fácil, mas os futuros dentistas tentam consciencializar as pessoas para a importância de cuidar da saúde oral e procuram desmistificar alguns preconceitos.

“Há muitos mitos”, explica Francisca. “Quando vão fazer uma limpeza, como estamos a limpar o tártaro, as pessoas por vezes acham que estamos a deixar os dentes delas mais frágeis, o que não é verdade”. Outra falsa ideia é que “devemos deixar de escovar os dentes quando há sangramento gengival”. A estudante explica a importância de escovar “de forma mais delicada e insistir na zona afetada” para ajudar a remover os fatores causadores de inflamação.

Já Enrico deixa três conselhos essenciais para manter um sorriso saudável: “escovar os dentes três vezes por dia, usar sempre fio dentário, e de vez em quando bochechar com elixir”.

 

estudantes de Medicina Dentária

José Matias Alves: "Concursos nacionais: o insustentável peso da máquina"

Um professor (ou um candidato a professor) concorre ao concurso nacional de colocação de professores. Escolhe as escolas onde quer e aceita ser colocado para os grupos de docência em que possui qualificação legalmente reconhecida. É graduado segundo dois critérios puramente administrativos: a classificação profissional obtida no termo da sua formação e o tempo de serviço.

Pela lotaria do concurso, é depois colocado numa escola que não conhece e que pode estar a 200, 300 ou 500km da sua residência.

Nota: Pode ler o artigo na íntegra na edição impressa do jornal Público de 28 de outubro de 2022.

 

"Talvez seja cedo para classificar 'quiet quitting' como algo negativo"

Ao longo dos anos, a forma como se encara o trabalho tem vindo a mudar, o que leva ao nascimento de fenómenos como o 'quiet quitting'. Como é muito importante saber o que significa este conceito e as suas consequências, falámos com Filipa Sobral, professora auxiliar na Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa. 

Ao Lifestyle ao Minuto, a professora explica que a "primeira onda de mudança", aconteceu quando os 'millenials' começaram a entrar no mercado de trabalho e a questionar determinadas ideias. Por exemplo, no geral, esta geração não acredita que um trabalho seja para toda a vida - até porque a evolução do mercado de trabalho assim o determinou.

Artigo completo disponível na Notícias ao Minuto.

Ilídia Cabral: "Resgatar a Educação da espuma dos dias"

Este ano, o Dia Internacional da Educação, com o mote “investir nas pessoas, priorizar a educação”, chega a Portugal num cenário de grande turbulência na Educação. À rejeição da proposta inicial de revisão do regime de recrutamento e mobilidade do pessoal docente pela classe, juntam-se reivindicações antigas como, por exemplo, a da recuperação do tempo de serviço perdido aquando do congelamento da carreira, à retenção de milhares de professores em escalões mais baixos e mal remunerados e a da eliminação da precariedade na profissão. O resultado é uma greve nacional de professores como há muito não se via, com impactos significativos nas aprendizagens dos alunos, na vida das escolas e das famílias.

Artigo completo no Público.

Faculdade de Medicina Dentária da Católica abre portas aos mais novos

A Faculdade de Medicina Dentária (FMD) da Universidade Católica em Viseu, abriu as suas portas a estudantes do ensino básico e secundário, no passado dia 26 de abril.

Crianças e jovens visitaram os laboratórios e clínica dentária, e tiveram a oportunidade de conhecer a oferta formativa da FMD.

Os visitantes contaram com um programa que incluiu atividades laboratoriais das áreas de microbiologia, biologia molecular e genética, para experimentar alguns dos recursos e tecnologias inovadoras que a Faculdade tem para oferecer.

A Faculdade organizou também um workshop sobre saúde e higiene oral destinado aos participantes mais novos. A visita permitiu ainda o contacto com investigadores, docentes e estudantes da FMD, numa partilha de experiências, conhecimento e interesses.

A Faculdade de Medicina Dentária vai voltar a abrir as suas portas, para o OPEN DAY Biomedicina ONLINE, no dia 26 de maio, pelas 12h00.

Este evento está pensado para alunos do Ensino Secundário que desejam saber mais sobre o programa da Licenciatura em Ciências Biomédicas e para jovens licenciados que pretendam conhecer o novo Mestrado em Biomedicina Aplicada (ramo de computação | ramo de gestão).


 

Faculdade de Medicina Dentária da Católica abre portas aos mais novos

Categorias: Faculdade de Medicina Dentária

Terça, 23/05/2023

Próximos eventos

Vânia Sousa Lima - "Afinal havia o Outro"

O vírus virou-nos. Do avesso, primeiro. Para dentro, crê-se. Para fora, sabe-se.

Como tempestade que se antecipa, distante, e se deseja não chegue. E antes que fosse dito, era claro que chegaria. Dela ouvia-se falar do seu devastador e nefasto poder.

A palavra cria realidade e as que mais se ouviam eram infecção, doença, morte, crise, quarentena, confinamento, isolamento. E números, muitos (dúbios) números. Faz-se real o risco de ser infectado, real o de perder o emprego, real o de não pagar salários, real o de cancelar projectos, real o de não fruir do desejado, do assumido como garantido, real o de adoecer, real o de morrer. Real o risco de não ser capaz de (se) suplantar.

O entranhar-se do medo revira as entranhas, tolda a razão, turva a emoção, entorpece a acção. O medo do vírus virou-nos, do avesso, primeiro. Para dentro, crê-se. Na procura da garantia da satisfação das mais primárias necessidades de sobrevivência e segurança, as de Maslow. Para dentro de supermercados, farmácias, hospitais, centros de saúde, (mãos) dentro de luvas, dentro de casas. Antes que nos fosse dito. Para dentro de nós e do nosso medo. Crê-se.

O risco é universal como o medo. Ambos nos fazem pessoas. Como, ante eles, a resiliência e a estoicidade. Sabe-se.

A construção relacional do significado evidencia o carácter falacioso do desenvolvimento individual. A história de Mim exige o Outro. Este Outro, história nossa, a quem se quer bem e com quem não se está (por tanto se querer bem não se está). Com quem se quer festejar o aniversário e não se visita. A quem se quer dar um abraço e se vê da janela. Com quem se partilharia uma Páscoa que se reinventa.

Ler artigo completo aqui.

Alunos do secundário regressam às aulas: conheça os riscos

Nos últimos treze dias, as escolas prepararam o regresso dos alunos dos 11.º e 12.º anos. Houve visitas das autoridades de saúde, foram criados corredores para que quem entra e sai não se cruze, pensadas em soluções para as salas de aula pequenas (como o uso dos pavilhões gimnodesportivos). Foram dadas formações pela Força Aéreas aos assistentes operacionais para saberem como eficientemente desinfetar os espaços e preparado um manual que define regras de separação das turmas ou a frequência de limpeza.

Mas nem tudo ficou esclarecido ou é possível solucionar – os conselhos gerais da Escola Secundária Avelar Brotero (Coimbra) e do Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio (Braga) pedem "a suspensão do regresso às aulas e dos exames nacionais". Diz o órgão da Alberto Sampaio: "As garantias de segurança dadas pela Tutela são manifestamente insuficientes, muito mais quando a relação "custo-benefício" se anuncia, no mínimo, duvidosa." Todos estão "expostos a riscos desnecessários", soma o conselho geral do Agrupamento de Escolas Romeu Correia, no Feijó (Almada). 

Eis algumas dúvidas manifestadas por membros da comunidade educativa:
 
1. Transportes Públicos
O conselho geral da Escola Secundária Avelar Brotero (Coimbra) considera que "parte" das orientações da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE) estão "distantes da realidade de muitas escolas". Um dos problemas apontados por esta comunidade escolar são as deslocações casa-escola-casa "desnecessárias, muitas delas em transportes públicos partilhados".

Essa também é uma preocupação manifestada por João Jaime Pires, diretor da Escola Secundária Camões, em Lisboa: "Independentemente de os alunos e pais terem confiança na segurança das escolas, na nossa cidade [andarão] de transportes públicos." E são jovens, gostam de se reunir no jardim em frente, conversar. Será difícil manterem as distâncias. 

Esta solução poderá também trazer problemas de ansiedade acrescida para quem vai realizar exames nacionais. "Este cenário vai ser muito difícil para todos. A escola transforma-se, por efeito dos cuidados sanitários que se têm de ter, mas há o risco de passar a ser um espaço concentracionário, lido e sentido pelos alunos num espaço de concentração, não podem ir ao recreio, não podem conviver, para irem almoçar têm de ir em turnos. Ninguém consegue viver assim", diz José Matias Alves, professor na Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (Porto).

2. Higiene: quem e onde?
Ainda no início de maio já Paulo Guinote, professor e responsável pelo blogue 'O Meu Quintal', manifestava essa dúvida à SÁBADO: "Como é que se vai assegurar a desinfeção em escolas que, em período normal, têm problemas de funcionários para a limpeza?".

As dúvidas mantém-se na Avelar Botelho ou na Alberto Sampaio: os assistentes operacionais foram formados de modo "superficial e precipitado", escreveu o conselho geral da escola de Coimbra. "Existem sérias dúvidas quanto à existência de recursos físicos e humanos suficientes para a necessária desinfeção dos espaços escolares", sublinhou o órgão do agrupamento bracarence, referindo que as casas de banho são "poucas e com ainda menos lavatórios para higienização das mãos".

No Camões, que está em obras, as aulas estavam a ocorrer em mono-blocos e também aí eram poucas as casas de banho – o projeto para a reabertura passava por pedir WC portáteis à Câmara de Lisboa.

3. E se alguém for infetado?
"Em caso de infeção, mais do que previsível, não haverá equidade, na medida em que algumas turmas entrarão em quarentena, enquanto as outras continuarão presencialmente. Caso os professores sejam comuns, todas as suas turmas entram em quarentena", escreve o conselho geral da Alberto Sampaio.

4. Professores em modo presencial, à distância ou de baixa
No início do mês já a direção do Camões estava a receber as declarações das baixas de professores. "Vou ter muita dificuldade na disciplina de Português de 12.º ano e na de História", previa João Jaime Pires, que tem 44 professores acima dos 60 anos. A idade não é entendida como fator de risco, mas há também "muitos com diabetes ou questões cardíacas" e ainda os que têm filhos menores de 12 anos. Este diretor escolar sugeria que os professores titulares "continuassem remotamente a acompanhar os seus alunos, porque são eles que os conhecem os alunos".

"Há colegas que ponderam não regressar, pedindo baixa porque são de grupos de risco. É legítimo que tentem salvaguardar-se", diz André Pestana do Sindicato de Todos os Professores (STOP).

Outra dúvida de Paulo Guinote: "Os professores que tenham [turmas] do secundário e do básico, deixam de ir ao básico à distancia para ir ao secundário? Os horários sobrepõem-se. Uma colega dizia-me: 'Tenho 9.º, 10.º, 12.º e profisisonais. Se voltar, o que é que acontece?' Vão ter que ir buscar professores que não conhecem as turmas". A solução está prevista nas orientações da DGESTE de 5 de maio para os docentes que sejam de grupos de risco e estejam de baixa.

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Portugueses estão a desenvolver teste de saliva para a covid-19

E se bastasse uma pequena gota de saliva para verificar se alguém está, ou já esteve, infetado com o novo coronavírus? Pode parecer futurista, mas em Portugal um grupo de médicos e investigadores liderados por Nuno Rosa, professor da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e investigador de um dos seus laboratórios, o Saliva Tec, sediado no campus de Viseu da UCP, está a trabalhar no desenvolvimento de um teste desse tipo. E os resultados não podiam ser mais promissores.

"Estamos ainda a recolher os últimos dados, mas os nossos resultados mostram que a ideia funciona, a prova de conceito está feita", garante Nuno Rosa, sublinhando que o grupo está agora "na fase de encontrar parceiros para desenvolver e criar um teste miniaturizado para aplicação em larga escala".

O caminho até lá é complexo, mas o objetivo é ter o teste disponível, "talvez, em meados do próximo ano, se tudo correr bem".

A ideia de criar um método para detetar, não só a presença de partículas do SARS-CoV-2, mas também de anticorpos contra ele, usando apenas uma amostra de saliva, surgiu de forma natural entre os investigadores do Saliva Tec. Afinal o que ali fazem é isso mesmo: investigação sobre este fluido biológico, que é muito rico em informação, para aplicação ao diagnóstico em saúde.

"Trabalhamos nesta área há anos, e em 2014 ganhámos um financiamento do Portugal 2020 para montar este laboratório, o único no país especificamente criado para a investigação fundamental nesta área", diz Nuno Rosa. E explica: "Usamos a saliva como fluido informativo sobre a saúde e a partir daí desenvolvemos estratégias de diagnóstico para diferentes patologias, nomeadamente a diabetes, para a qual já temos vários estudos publicados."

Ao contrário do que acontece com as análises sanguíneas que são hoje rotina no diagnóstico em saúde, a saliva, apesar de ter muita informação biológica - contém mais de quatro mil moléculas diferentes e outros tantos microrganismos que, no seu conjunto, são o microbioma oral -, está muito pouco explorada nesse sentido. "É necessário fazer essa investigação fundamental, estudar e estabelecer os parâmetros que para cada molécula definem a diferença entre a saúde e a doença, para se poder operacionalizar ferramentas de diagnóstico a partir da saliva. É isso que fazemos no Saliva Tec ", explica Nuno Rosa.

Entretanto, surgiu a pandemia. Com todas as suas vítimas, os pesados problemas económicos e as muitas restrições sociais que gerou, a covid-19 acabou por ser também uma oportunidade de desenvolver investigação inovadora, que poderá agora ter um impacto positivo na saúde da comunidade, num momento difícil e cheio de incertezas.

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Equipa de investigação da Católica lança Guia “PRO.VI – Protect the Rights of the Victims” para profissionais

No passado dia 22 de fevereiro de 2021, assinalou-se o 31.º Dia Europeu da Vítima de Crime. Recentemente, também a Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (FEP-UCP) lançou um trabalho para profissionais desta área, que resultou de um projeto Europeu - PRO.VI - Protecting Victims Rights - financiado pela Comissão Europeia, cujo principal objetivo é precisamente proteger os Direitos das Vítimas de Crime, através da capacitação dos especialistas que trabalham com esta população.

Este projeto, realizado pelas investigadoras Catarina RibeiroMariana BarbosaRaquel Matos e Mafalda Santos da FEP-UCP, envolveu 5 países europeus (Itália, Espanha, Roménia, Alemanha e Portugal), e a CIG - Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, como principal parceiro nacional nesta jornada.

O Guia Prático para Profissionais foi construído por todos os parceiros da investigação, com a colaboração de vários profissionais, de Vítimas de Crime e de várias instituições, nomeadamente, a CIG (Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género), a APF (Associação para o Planeamento da Família), a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), agentes policiais que integram o Gabinete de Atendimento e Informação à Vítima (GAIV) da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto, o Gabinete para a Igualdade e Apoio à Vítima da Câmara Municipal da Trofa e a Cruz Vermelha Portuguesa.

Todos os anos na União Europeia uma em cada sete pessoas é vítima de crime, incluindo crianças e adultos. A violência tem um impacto muito significativo na saúde e na sociedade, com custos elevadíssimos a nível económico também. A Proteção dos Direitos das Vítimas continua a ser, sem dúvida, uma prioridade.

Faculdade de Educação e Psicologia promove inquérito sobre os desafios do teletrabalho

O Research Centre for Human Development (CEDH) da Faculdade de Educação e Psicologia (FEP) da Universidade Católica Portuguesa, no Porto, está a promover um inquérito sobre os desafios do trabalho remoto, fruto do contexto pandémico da Covid-19, no âmbito do projeto Work@Home.

Com o objetivo de conhecer as perceções de todos os que foram repentinamente desafiados a enfrentar o teletrabalho, este inquérito, que está disponível até 5 de fevereiro, inclui questões sobre as experiências com o teletrabalho durante o período da pandemia, nomeadamente, as dificuldades sentidas, as estratégias utilizadas e o suporte recebido por parte da empresa.

O Work@Home, projeto através do qual este estudo se insere, visa analisar as relações de trabalho que foram desafiadas pelo contexto da pandemia da Covid-19 para que através dos dados se possa apoiar a implementação de práticas adequadas ao regime de trabalho remoto.

Filipa Sobral, coordenadora da equipa de investigação responsável do projeto, afirma que “perante a pandemia da COVID-19, o teletrabalho surgiu claramente como uma das melhores alternativas para evitar contactos sociais desnecessários, no entanto, a maioria das empresas e dos seus colaboradores tiveram de se adaptar rapidamente a esta nova realidade, enfrentando muitos desafios relacionados com infraestruturas, equipamentos ou a preparação das suas equipas de trabalho.”

O inquérito pretende caracterizar as perceções dos trabalhadores, face ao suporte organizacional, às competências mobilizadas, ao relacionamento com os líderes e ao bem-estar geral, e as perceções dos líderes de equipa, face aos desafios de gerir uma equipa à distância e às estratégias implementadas de gestão e de motivação. A participação neste estudo é voluntária e anónima e a informação recolhida destina-se unicamente a fins de investigação, sendo que os dados serão tratados de forma coletiva. 

O projeto tem como parceiros o Centro Regional do Porto e o Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa, a Finantech, a Fundação AEP, a Multipessoal, a Symington Family Estates e a Wincode.

Em caso de dúvida, contacte workathome@porto.ucp.pt.

Participe no inquérito aqui.

Atividades extracurriculares diminuem riscos de utilização de media eletrónicos

Os jovens que passam mais tempo a utilizar meios de comunicação eletrónicos, do smartphone ao tablet, tendem a ter menos ferramentas socioemocionais, autorregulação, motivação, capacidade de decisão ou ajustamento psicológico e maior propensão para cometerem ou serem vítimas de bullying ou cyberbullying, contacto com estranhos, pornografia ou mensagens sexuais. O alerta é feito pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica do Porto, advertindo também para que a pandemia aumentou a exposição a esses perigos - e que impor limites à utilização dos dispositivos não resolve o problema. O antídoto mais eficaz é a participação em atividades extracurriculares, mesmo sem sair de casa.

Publicado no "International Journal of Environmental Research and Public Health", o estudo da UCP avaliou, no início de 2019, 729 adolescentes, dos 11 aos 17 anos, em 17 escolas públicas e privadas de todo o país, incluindo nas ilhas. Os resultados foram evidentes: a participação em atividades fora do ambiente escolar protege contra a utilização excessiva de telemóveis, computadores, videojogos, internet e outros dispositivos, bem como contra os efeitos negativos associados a essa exposição.

Os dados permitiram ainda concluir que as mais-valias das atividades extracurriculares são visíveis na participação individual ou em grupo, em casa ou no exterior e com ou sem componente desportiva. "Pode ser música, ballet, ginástica, surf, escuteiros... O importante é que sejam atividades extra ao tempo escolar, estruturadas, supervisionadas e internacionalizadas para a promoção de competências", explica Luísa Campos, uma das autoras do estudo.

 

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Nota: Este artigo encontra-se disponível na íntegra para assinantes do Expresso.

Bernardo Nunes de Sousa, alumnus da Faculdade de Medicina Dentária, nomeado para lista de melhores médicos do mundo

O médico dentista português Bernardo Nunes de Sousa foi incluído na lista da turma de 2022 “Doctor-To-Doctor-World’s Top 100”, promovido pela associação internacional Global Summits Institute (GSI).

Bernardo Nunes de Sousa iniciou o seu percurso profissional após concluir o seu Mestrado Integrado em Medicina Dentária, na Faculdade de Medicina Dentária (Viseu), em 2012, onde obteve a classificação mais elevada, “summa cum laude”. Foi durante estes primeiros anos da sua formação que surgiu a sua grande paixão pela implantologia. É criador do FULL ARCH CLUB − a plataforma mundial de ensino de implantologia de arcada total, através da qual tem participado na formação de centenas de médicos dentistas.

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Seg, 09/08/2021

Teletrabalho? Agora sim, vai começar.

Nunca, como nos últimos meses, a palavra teletrabalho esteve tão presente. Mas após um ano a lidar com esta realidade, que se sobrepôs a todas as vontades de forma inesperada e imparável, é tempo de fazer balanços, perspectivar o futuro e, acima de tudo, assumir que o verdeiro teletrabalho ainda está por acontecer.Catarina Morais  e Filipa Sobral, investigadoras do Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano (CEDH) da Faculdade de Educação e Psicologia do Porto

Quatro anos antes do início da pandemia, e de acordo com últimos dados do Eurofound, apenas 3% dos europeus exercia o seu trabalho de forma remota. Hoje, mais de um ano após o início da pandemia, e embora sem números oficiais, sabemos que todos aqueles cujas profissões o permitiram, estiveram, estão, e eventualmente estarão nos próximos tempos, a trabalhar a partir de casa. Mas isso não significa que tenham estado, que estejam ou que estarão verdadeiramente em teletrabalho.

Por isso, será com o fim do teletrabalho obrigatório que se tornaram mais claras as mudanças que a pandemia trouxe ao mercado de trabalho e quais as empresas que estarão preparadas para assumir formatos de trabalho mais flexíveis. Flexíveis no que se refere ao controlo de horários, de assiduidade, de localização física do trabalhador e, no limite, flexíveis no sentido de total adaptação ao regime que melhor convém a cada um dos seus trabalhadores - seja esse regime a exclusividade do trabalho remoto, do trabalho presencial ou um regime híbrido.

No âmbito do Projecto Work@Home, do Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano da Universidade Católica Portuguesa (CEDH-UCP), foram inquiridos 2757 trabalhadores em teletrabalho (831 a ocupar cargos de chefia). Os resultados do projecto mostram isso, que a transição abrupta para o teletrabalho trouxe muitas desafios relacionados com questões logísticas, como falta de equipamentos ou a necessidade de formação em tecnologias de informação; mas também, e sobretudo, desafios relacionados com a gestão do espaço e do tempo no que concerne à conciliação da vida pessoal com a vida profissional. Desafio particularmente presente para aqueles que tiveram de partilhar espaço de trabalho com outros elementos da família também a trabalhar, a estudar ou a necessitarem de cuidados constantes.

Curiosamente, e também de acordo com os dados do mesmo estudo, as chefias responderam usando os princípios do conceito acima referido: flexibilidade. Ou seja, mesmo neste regime de teletrabalho abrupto, onde o dia-a-dia foi sendo improvisado, o instinto das chefias levou-as a apostaram em atribuir maior autonomia às suas equipas, em fazer um controlo da gestão do trabalho através do cumprimento de metas, objectivos e prazos (ao invés do controlo de horas e de assiduidade) e permitir que os trabalhadores pudessem ajustar o tempo de trabalho às rotinas da sua vida pessoal.

No final, é interessante perceber que, de acordo com os resultados obtidos, os trabalhadores e as chefias apresentam genericamente uma visão positiva deste regime e estão preparados para se manterem a trabalhar num formato de trabalho que não seja exclusivamente presencial. Agora que o teletrabalho começa a deixar de ser obrigatório, muitas empresas começarão assim a debater internamente qual o futuro do teletrabalho. Naturalmente que "cada caso é um caso" e o teletrabalho não serve todas as empresas, nem todas as funções, e muito menos todos os trabalhadores.

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Aprender Com Todos: Projeto do Centro Regional do Porto promove o sucesso escolar e a equidade no acesso à educação

Aprender Com Todos (ACT) é o nome do projeto de intervenção e investigação socioeducativa promovido pela Faculdade de Educação e Psicologia e pela Área Transversal de Economia Social do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa.

Cerca de 400 estudantes, do 1.º ao 9.º ano, já estiveram envolvidos nas atividades promovidas pelo projeto ACT, que está implementado no Agrupamento de Escolas Leonardo Coimbra Filho, no Porto, e que se enquadra na abordagem territorial de Desenvolvimento Local de Base Comunitária.

Financiado pelo Norte 2020 e pelo Fundo Social Europeu, o projeto, que teve início em outubro de 2019, pretende envolver os diferentes agentes educativos e comunitários em prol da promoção do sucesso escolar e da prevenção do abandono precoce, implementando e reforçando medidas que promovam a equidade no acesso à educação.

Lurdes Veríssimo, docente e investigadora da FEP e coordenadora do projeto, refere que “através de atividades de carácter criativo, expressivo e cívico, pretende-se estimular as competências socioemocionais e académicas dos alunos, promotoras de maior participação social, envolvimento e sucesso escolar.”

São 7 os eixos de ação que orientam as atividades promovidas pelo ACT

Prevenção das dificuldades de aprendizagem; Desenvolvimento Socioemocional; Aprendizagem Formal e Não Formal; Disciplina e Cultura Escolar; Direitos Humanos e Cidadania; Envolvimento Parental e Investigação são os 7 eixos orientadores do projeto, através dos quais se desenvolvem múltiplas e diferenciadas atividades que envolvem os alunos do 1.º ao 9.º ano do Agrupamento de Escolas Leonardo Coimbra Filho, no Porto.

Programa de Treino da Consciência Fonológica, Programa de Promoção de Competências de Leitura, Programa Aprender na Comunidade, Projeto “Justiça para Todos”, Academia de Líderes Ubuntu, School Talks, Prémio Malala Yousafzai, “Estudar aqui!” - Exposição comunitária de fotografia e “Vamos falar de…” – Sessões de educação parental são alguns exemplos de atividades desenvolvidas que têm como principais objetivos:

  • prevenir as dificuldades de aprendizagem, promover o desenvolvimento de várias competências socioemocionais;
  • reforçar a colaboração interinstitucional e interdisciplinar entre alunos, docentes e agentes da comunidade;
  • contribuir para a construção de uma visão e de uma vivência positiva da escola;
  • sensibilizar, mobilizar e disseminar conhecimentos e práticas sobre os Direitos Humanos;
  • fomentar a relação entre a escola e a família.

À ação alia-se a Investigação, eixo que se posiciona como transversal a todos os outros, e através do qual se pretende criar mecanismos de monitorização e avaliação da eficácia, da adequação e do impacto das atividades desenvolvidas.

Mais informações disponíveis aqui.

André Correia, docente na Faculdade de Medicina Dentária da Católica, eleito presidente da International Team for Implantology

André Correia é o novo presidente da International Team for Implantology (ITI). O docente da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa é o primeiro médico dentista português a exercer o cargo de presidente na secção Ibérica da ITI.

O médico dentista foi eleito presidente na reunião anual de Fellows da secção Ibérica da ITI, que decorreu em Vila Nova de Gaia nos dias 19 e 20 de novembro.

Nesta reunião, participaram três docentes da Faculdade de Medicina Dentária da UCP: André Correia, Diretor do ITI Study Club Porto, e Filipe Araújo e Tiago Marques, Diretores do ITI Study Club Viseu. O primeiro dia foi dedicado a conferências científicas sobre temas da atualidade da Implantologia Dentária. Tiago Marques foi um dos oradores convidados com a conferência intitulada “Digital Workflow in Implant Dentistry”.

No segundo dia, foram realizadas as reuniões de Fellows e de Diretores de Study Clubs de toda a Península Ibérica e foi realizada a eleição de uma nova direção da secção Ibérica da ITI. A nova direção é constituída por André Correia (Presidente), Antonio Liñares (Delegação de Educação), José María Ferrandiz (Coordenador dos ITI Study Clubs) e Laurence Adriaense (Responsável de Comunicação).

A ITI é uma associação global de profissionais de implantologia dentária. Os objectivos da ITI são a promoção e divulgação de conhecimento fundamentado sobre implantologia dentária através da educação e investigação.

 

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Seg, 06/12/2021