“O meu maior sonho é que possamos construir uma comunidade académica descomplexada na forma de tratar os assuntos” | O percurso de Henrique e Sofia na Católica
“A Católica aparece muito cedo na minha formação. Na escola secundária de Peniche vim a um dia aberto da Universidade Católica e fiquei muito entusiasmado com a forma de refletir sobre os assuntos, com a forma de pensar e até de trabalhar,” conta Henrique Filipe, agora a frequentar o 1.º ano do Mestrado em Teologia.
Tem 23 anos, vem da Atouguia da Baleia, e explica que quando percebeu que o “caminho passava por Teologia,” soube que a “Católica seria efetivamente o melhor sítio,” para concretizar este objetivo.
E a experiência está a ser muito positiva. Os primeiros dias no mestrado são passados a conhecer novos professores, num regime diferente, com mais seminários e não tanto cadeiras. “Que são mais positivos, exigem mais de nós”, comenta.
Quanto ao maior sonho, fala sem tabus. “O meu maior sonho a nível académico é que possamos construir uma comunidade académica descomplexada na forma de tratar os assuntos. E tratá-los efetivamente a todos, não termos medo de alguns discursos que nos podem parecer mais adversos à nossa forma de pensar, mas assumir que a Academia é um lugar de diálogo efetivo.”
Ao lado está Sofia Goes, de 58 anos, a frequentar o 1.º ano da Licenciatura em Teologia, mas estes não são os seus primeiros passos na Universidade. “Sou mãe, sou avó, sou licenciada em Biologia, doutorada em Biologia molecular,” descreve a agora estudante da Faculdade de Teologia.
A vontade de “procurar conhecer melhor a presença de Deus nas nossas vidas” levou-a a ingressar neste curso, onde tem como maior sonho, “participar e integrar uma diversidade grande de vivência da igreja, e de conhecimento de Deus.”
Neste primeiro ano, espera encontrar uma “ligação, uma proximidade a outras vivências diferentes, seminaristas de várias congregações e dos seminários diocesanos com quem possa trocar ideias, aprender, crescer.”