CEO’s das maiores seguradoras debateram futuro do setor na CATÓLICA-LISBON

A CATÓLICA-LISBON recebeu, na passada quarta-feira, dia 23 de abril, mais de 200 profissionais do setor para a conferência “A Inovação e a Transformação nas Seguradoras em Portugal”, um encontro inédito que juntou os líderes das principais seguradoras a operar no país para debater num auditório esgotado os grandes desafios do setor e o papel da tecnologia na sua transformação.

Organizado no âmbito do programa executivo "Inovação e Transformação em Seguros", em parceria com a NTT Data, o evento contou com uma mesa-redonda composta por Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, Luís Menezes, CEO do Grupo Ageas Portugal, Pedro Carvalho, CEO da Generali Tranquilidade e Teresa Brantuas, CEO da Allianz Portugal, moderada por Nuno Castro, Partner da NTT DATA e especialista em seguros, e Paulo Bracons, Diretor do programa na CATÓLICA-LISBON.

De acordo com Nuno Moreira da Cruz, Dean da Formação de Executivos da CATÓLICA-LISBON, “o setor dos seguros é o que tem mais desafios” pela frente. Na abertura da conferência, o Nuno Moreira da Cruz apontou a regulação, a longevidade da população e as alterações climáticas como eixos centrais de preocupação para o futuro.

Também na sessão de abertura, Filipe Santos, Dean da CATÓLICA-LISBON, reforçou a importância da colaboração entre os agentes do setor: “É crucial que as empresas do setor segurador se unam. Mais do que seguir caminhos individuais, existe uma oportunidade estratégica de colaboração. Juntos, temos mais força para enfrentar os desafios comuns e contribuir para um Portugal mais próspero, saudável e sustentável".

Durante o debate da mesa-redonda foram tratados diversos temas, nomeadamente, alterações climáticas, alterações demográficas causadas pelo envelhecimento populacional, prevenção de riscos, literacia financeira, lacunas de proteção (protection gaps) e os efeitos da digitalização numa maior eficiência de processos.

Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, destacou a sustentabilidade e a demografia/longevidade como dois dos maiores desafios para a indústria seguradora, tendo defendido a necessidade de uma visão estratégica sustentada pela inovação tecnológica, capaz não só de apoiar os objetivos de negócio, mas também de induzir mudanças nos comportamentos da sociedade.

Já Luís Menezes, CEO do Grupo Ageas Portugal, salientou o grande desafio digital que se coloca ao setor, com destaque para a inteligência artificial. Apesar da complexidade da sua adoção, defendeu que a prevenção deve estar no centro da estratégia, especialmente na área dos seguros de saúde. “Nós acreditamos que a prevenção é muito importante por dois temas. Em primeiro lugar, no caso da saúde é fácil de ver, estamos a contribuir para a saúde de cada indivíduo. Do ponto de vista do risco, diminuímos o risco de cada indivíduo e por isso o risco total mutualizado diminui, mas alguém tem de pagar o preço, neste caso são os prestadores de saúde”.

Na mesma linha de pensamento, Pedro Carvalho, CEO da Generali Tranquilidade, acredita que a tecnologia permite melhorias na detenção e avaliação de riscos, que consequentemente possibilita atuar mais na prevenção. “A tecnologia vai ajudar porque ajuda a identificar os riscos de uma forma mais precisa e mais quantificada. Vai certamente identificar riscos que hoje não os conseguimos identificar e não os conseguimos, desde logo, nem sequer avaliar. Vai também permitir atuar muito mais na prevenção. A prevenção que podemos fazer através da tecnologia em relação a fenómenos ambientais é enorme”. Lembrou ainda a falta de consciência política e reserva financeira convincente para responder a fenómenos climáticos extremos, como um fundo para catástrofes como sismos, e critica a falta de literacia financeira e de conhecimento sobre as necessidades financeiras e de proteção da população.

Teresa Brantuas, CEO da Allianz, reforçou a ideia de que a tecnologia deve ser encarada como uma ferramenta facilitadora, enfatizando a importância de recolher feedback dos utilizadores para aferir a eficácia das inovações implementadas. “A tecnologia é um facilitador, não conseguimos de maneira nenhuma melhorar a qualidade de serviço, a nossa produtividade e a nossa performance se não investirmos em tecnologia e em transformação digital. (…) Já estamos muito próximos dos clientes, com a transformação digital com as novas tecnologias estamo-nos a aproximar deles, estamos a ir ao encontro das necessidades e das expectativas deles muito melhor do que fazíamos aqui há uns anos”.

O evento contou ainda com a intervenção de João Ribeiro da Costa, Professor Afiliado Sénior da CATÓLICA-LISBON, que apresentou uma visão abrangente sobre o impacto da inteligência artificial e das tecnologias emergentes na modernização das seguradoras, desde a automação de processos até à personalização dos serviços ao cliente.

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