Ekin Ilseven: "Os choques que transformam: A crise como um motor de combustão"

Naquela manhã cedo, quando eu estava a caminho do Elephant Nature Park (ENP) em Chiang Mai, na Tailândia, não esperava voltar à noite com as histórias de superação de muitos elefantes maltratados. Alguns ainda caminham como se tivessem os pés acorrentados, outros têm as costas deformadas devido ao excesso de montaria, alguns estão traumatizados pelos ganchos que perfuravam a sua pele, e um esta cego pelas luzes de circo. Estão em recuperação do passado ou, felizmente, já brincalhões, tendo recuperado o entusiasmo pela vida e exibindo um grande sorriso; cada um deles lembra-nos da nossa capacidade de superar e avançar após traumas, fracassos e adversidades nas nossas vidas. O elefante mais jovem do parque, “Lek lek” (que significa “pequeno, pequeno”), era uma prova viva de que as gerações seguintes beneficiam da forma como as gerações anteriores resistem, aprendem e se reerguem, elevando a sociedade num ciclo virtuoso.

Contudo, havia algo mais além do elefante, do indivíduo: uma história de resiliência de um movimento socialmente responsável na região, acelerado pela pandemia de Covid. O mundo como o conhecíamos mudou para todas as pessoas, famílias e organizações em poucos meses. Para a Tailândia, isto significou uma queda de 40 milhões de turistas em 2019 para apenas 400 mil em 2021. No ENP, tanto os elefantes como os seus cuidadores (“mahouts”) e todos os envolvidos nesta organização sem fins lucrativos procuravam formas de se sustentar financeiramente sem a sua missão.

Artigo completo disponível na Renascença.